Teatro Garrett: diferenças entre revisões
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No dia 25 de Abril de 1915, o [[Orfeão Povoense]] (popularmente Poveiro), dirigido por [[Josué Trocado]], fez a sua primeira apresentação em público no Teatro Garrett. O espectáculo abre com a Tuna dos Empregados do Comércio na marcha ''O Poveiro'' de Josué Trocado. Na segunda parte prossegue com o Orfeão Povoense, com a "Cantata", hino do Orfeão, a "A Bailadeira Oriental" de H. Weyts, a "A Vindima" de [[Josué Trocado]] e o "Coro dos Caçadores" de Freischutz Weber. Na terceira parte, teatro com a comédia "o Caloiro" pelo Colégio Povoense. |
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Revisão das 19h33min de 9 de setembro de 2009
Predefinição:Info/Teatro Teatro Garrett é um teatro localizado na cidade da Póvoa de Varzim, em Portugal. Foi o primeiro teatro da Póvoa de Varzim, surgiu no último quartel do século XIX e foi o que teve maior impacto social e longevidade. Em meados do século XX, com a popularidade dos cinemas, passou a designar-se Cine-Teatro Garrett.
História
Origens e apogeu
O Teatro Garrett surgiu por iniciativa de uma sociedade de cinco cidadãos do Porto, que levou à edificação do teatro num elegante edifício de madeira em 22 de Agosto de 1873.[1] O Teatro homenageia Almeida Garrett, impulsionador do teatro em Portugal, cuja ligação à Póvoa advém do seu amigo pessoal, o poveiro Francisco Gomes de Amorim. A popularidade da Póvoa de Varzim como eminente instância balnear, leva à construção de um novo edifício para o teatro, o presente, em 1890.
Um espaço fundamental para a sociedade poveira da época, muitos foram os que assistiram ali, pela primeira vez nas suas vidas, a peças de teatro, cinema e concertos. O monumento ao Cego do Maio, um herói local condecorado pelo Rei D. Luís I, das mais antigas esculturas da Póvoa de Varzim, foi construída com o dinheiro necessário obtido localmente por meio de subscrições e de espectáculos organizados pelo Clube Naval Povoense no Teatro Garrett.
Teatro Garrett, berço do Orfeão
No dia 25 de Abril de 1915, o Orfeão Povoense (popularmente Poveiro), dirigido por Josué Trocado, fez a sua primeira apresentação em público no Teatro Garrett. O espectáculo abre com a Tuna dos Empregados do Comércio na marcha O Poveiro de Josué Trocado. Na segunda parte prossegue com o Orfeão Povoense, com a "Cantata", hino do Orfeão, a "A Bailadeira Oriental" de H. Weyts, a "A Vindima" de Josué Trocado e o "Coro dos Caçadores" de Freischutz Weber. Na terceira parte, teatro com a comédia "o Caloiro" pelo Colégio Povoense.
A decadência
Com o passar dos anos, no final do século XX, o espaço encontrava-se em avançado estado de degradação. Para o recuperar devidamente, foram propostos vários projectos e tentado apoio financeiro com recurso ao programa nacional denominado Adaptação e Instalação de Recintos Culturais em 1997, que no entanto é rejeitado, transitando para o ano seguinte, mas que uma alteração legislativa impede nova candidatura augurando o desaparecimento do teatro. Assim, para proteger o teatro de ser usado para outros fins, que não o seu propósito secular, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim decide comprar o imóvel por 170 mil contos (o equivalente a quase 848 mil euros).[2][3]
A recuperação
A 15 de Setembro de 2008, aproveitando um momento menos bom na construção civil nacional, mas positiva financeiramente na cidade, foi finalmente adjudicada a recuperação e valorização do Garrett, por apenas quatro milhões e 300 mil euros, um valor mais baixo do que o valor base do concurso, na ordem dos cinco milhões e 400 mil euros. A obra arrancaria nos próximos 30 dias.[3] No entanto, com a crise financeira mundial, com as dificuldades financeiras da construtora e o atraso na chegada das verbas do Fundo de Turismo (dos impostos da concessão de jogo do Casino da Póvoa), que financiarão 50% da empreitada, levam a que a requalificação pare durante longos meses.[4]
Projecto de recuperação
A intervenção pretende-se recuperar a imagem de sala de espectáculos, vocacionada para a apresentação de teatro e dança, espectáculos de música ou até para a projecção de filmes de carácter não comercial, mantendo as características essenciais do edifício, com a recuperação da fachada, mas adequada às exigências contemporâneas do público.[3]
A reestruturação do edifício, passou pelo redimensionamento da própria sala de espectáculos, cuja capacidade total passa a 485 lugares sentados, a criação de uma sala de apoio para recepções ou eventos de menor escala e de uma zona de bar e esplanada ao nível da cobertura do edifício, a criação de novos camarins, a reestruturação geral do palco e das áreas técnicas.[3]
- ↑ Baptista de Lima, João (2008). Póvoa de Varzim - Monografia e Materiais para a sua história. [S.l.]: Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira CMPV
- ↑ Cine-Teatro Garrett - CMPV
- ↑ a b c d Cine-Teatro Garrett de volta à vida cultural da Póvoa - CMPV
- ↑ Recuperação do Cine-Teatro Garrett parada - Jornal de Notícias