Doença não transmissível: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Pcjrm (discussão | contribs)
Linha 20: Linha 20:
{{Ref-section}}
{{Ref-section}}


== Veja também ==
=={{Ver também}}==

[[Imagem:Physician in hospital sickroom printed 1682.jpg|right|thumb|150px|Hospital em [[Nuremberga|Nürnberg]] 1682]]
[[Imagem:Physician in hospital sickroom printed 1682.jpg|right|thumb|150px|Hospital em [[Nuremberga|Nürnberg]] 1682]]
*[[Doença crônica]]

* [[Doença crônica]]
*[[Saúde pública]]
* [[Morbidade]]
*[[Estilo de vida]]
*[[Fator de risco cardiovascular|Fator de risco]]
* [[Mortalidade]]
* [[Saúde pública]]
*[[Medicina preventiva]]
* [[Demografia]]
* [[Epidemiologia]]
* [[Envelhecimento]]
* [[Violência]]
* [[Estilo de vida]]
* [[Fator de risco cardiovascular|Fator de risco]]
* [[Biotanatologia]]
* [[Medicina preventiva]]



=={{Ligações externas}}==
=={{Ligações externas}}==

Revisão das 17h15min de 8 de novembro de 2009


Uma doença não-transmissível ou DNT ; doenças não –infecciosas; doenças crônicas não-transmissíveis; doenças crônico degenerativas são terminologias usadas para definir grupos de patologias caracterizadas pela ausência de microrganismos, ou seja é uma doença não infecciosa, como também pelo longo curso clínico e irreversibilidade.

Czeresnia, [1] utilizando o conceito de Fabre [2] sobre a transmissão de doenças que orienta a formulação de um discurso preventivo assim como a constituição de normas e leis que buscam definir direitos, deveres e argumentos em oposição a atitudes hostis e irracionais contra os doentes e grupos sociais mais atingidos, a exemplo da hanseníase (lepra) no passado e SIDA e tuberculose em nossos dias. Considera que este, ao definir as formas específicas em que um agente etiológico da doença passa de um indivíduo para outro, construiu uma racionalidade capaz de romper com o medo difuso associado à velha noção de contágio incorporando progressivamente as conquistas da epidemiologia, sobre a susceptibilidade dos hospedeiros e constituição epidêmica.

As doenças e agravos não transmissíveis - DANTs; doenças não infecciosas ou não transmissíveis, como também são chamadas em função das demandas de atendimento aos agravos causados pela violência nos serviços de saúde, recebem vários nomes, como foi dito, sendo que nenhum adéqua-se totalmente a explicação todas as suas particularidades de expressão e causa..

A noção de processos crônico-degenerativos, geralmente são associadas aos problemas decorrentes do envelhecimento dos indivíduos e populações e o grupo relacionado às causas externas. possuem uma característica comum de causalidade multi-fatorial sendo que as Violências dos acidentes e agressões estão mais diretamente associados às más condições de vida, urbanização desorganizada e problemas sócio-econômicos que expõem grandes segmentos da população condições de carência e demanda de consumo não satisfeito ou fatores geradores da criminalidade.

Exemplos de doenças não transmissíveis incluem hipertensão; diabetes; doenças cardiovasculares - (arteriosclerose); neoplasias; (tomados como prioridade no Brasil) doenças respiratórias crônicas (asma); doenças renais (Insuficiência renal crônica); doenças músculo-esqueléticas (reumatismo, Artropatias); problemas de saúde mental, Doenças dos órgãos sensoriais e doenças dentárias e periodontais (essas últimas consideradas relevantes na Europa)

Tais doenças podem ser causadas por fatores genéticos ou do estilo de vida. Uma doença não transmissível não é uma doença que é causada por algo patógeno em si, apesar de algumas destas, especialmente neoplasias, já estarem sendo associadas a microorganismos específicos. Resultam da interação de fatores hereditários, nutricionais relacionadas à alimentação inadequada ou contaminada por poluentes, ocupações de risco, alcoolismo, tabagismo ou outros hábitos. Esses fatores são resultantes do estilo de vida que às vezes são chamados de doenças de riqueza e modernidade.

Transmissível – não transmissível

A humanidade em distintos períodos históricos já padeceu de grandes crises de mortalidade causadas por devastadoras epidemias e paulatinamente desenvolveu estratégias para seu controle. Atribui-se Tucídides, 430 a.C. relato da epidemia da peste em Atenas, seguida das proposições hipocráticas das constituições epidêmicas de Água, Ares e Lugares e das teorias do contágio a partir dos esporos ou partículas da doença de Girolamo Fracastoro (1478 - 1553) e Thomas Sydenham (1624 –1689). Esse último em On Epidemics, 1680 (Sobre Epidemias), retomando as teorias hipocráticas relacionou as epidemias a interação entre as qualidades físicas da atmosfera (sazonais) de dados intervalo de tempo à desordens peculiares dos corpos.

Em função da transição epidemiológica ou seja a redução da mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias o aumento das causas crônico degenerativas e agravos relacionados aos acidentes e violências (causas externas) [3] tem-se retomado a idéia de constituição epidêmica, tal como foi descrita, de forma muito próxima à forma ecológica, agregando o conjunto de circunstâncias (geográficas, históricas, antropológicas, sociológicas) que condicionam o surgimento das epidemias. [4]

Referências

  1. Czeresnia, Dina. Do contágio à transmissão, ciência e cultura na gênese do conhecimento epidemiológico. RJ, Fiocruz, 1997
  2. Fabre G. La notion de contagio au regard du sida, ou comment intèrferent logiques sociales et catégories médicales. Sciences Sociales et Santé, XI (1):5-32, mars, 1993.
  3. Carmo, Eduardo H.; Barreto, Maurício L.; Silva Jr., Jarbas B. Mudanças nos padrões de morbimortalidade da população brasileira: os desafios para um novo século. Epidemiol. Serv. Saúde v.12 n.2 Brasília jun. 2003 disponível em pdf
  4. Czeresnia, Dina Constituição epidêmica: velho e novo nas teorias e práticas da epidemiologia. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, vol. VIII(2): 341-56, jul.-ago. 2001. disponível em pdf

Ver também

Hospital em Nürnberg 1682

Ligações externas