Inosina: diferenças entre revisões

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A inosina é usualmente encontrada em [[tRNA]]s.
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==Síntese==
== Síntese ==
A [[adenina]] é convertida a [[adenosina]] ou a [[monofosfato de inosina]]; qualquer uma destas moléculas pode ser então convertida a inosina, que consegue emparelhar com adenina, [[citosina]] e [[uracilo]].
A [[adenina]] é convertida a [[adenosina]] ou a [[monofosfato de inosina]]; qualquer uma destas moléculas pode ser então convertida a inosina, que consegue emparelhar com adenina, [[citosina]] e [[uracilo]].


==Importância clínica==
== Importância clínica ==
A inosina foi utilizada nos [[década de 1970|anos setenta]] em países do [[leste europeu]] na tentativa de [[dopagem|melhorar os resultados]] de [[atleta]]s, pelo facto de ser um composto utilizado no mecanismo do [[músculo|movimento muscular]]. No entanto, [[ensaio clínico|ensaios clínicos]] conduzidos neste sentido não mostraram a existência de tais melhorias.<ref>{{cite journal |author=McNaughton L, Dalton B, Tarr J |title=Inosine supplementation has no effect on aerobic or anaerobic cycling performance |journal=International journal of sport nutrition |volume=9 |issue=4 |pages=333-44 |year=1999 |pmid=10660865 |doi=}}</ref>
A inosina foi utilizada nos [[década de 1970|anos setenta]] em países do [[leste europeu]] na tentativa de [[dopagem|melhorar os resultados]] de [[atleta]]s, pelo facto de ser um composto utilizado no mecanismo do [[músculo|movimento muscular]]. No entanto, [[ensaio clínico|ensaios clínicos]] conduzidos neste sentido não mostraram a existência de tais melhorias.<ref>{{cite journal |author=McNaughton L, Dalton B, Tarr J |title=Inosine supplementation has no effect on aerobic or anaerobic cycling performance |journal=International journal of sport nutrition |volume=9 |issue=4 |pages=333–44 |year=1999 |pmid=10660865 |doi=}}</ref>


Foi posteriormente demonstrado que a inosina tem propriedades neuroprotectoras, tendo sido proposta para administração pós-[[AVC]] por estimular o revestimento [[axónio|axonal]].<ref>{{cite journal |author=Chen P, Goldberg DE, Kolb B, Lanser M, Benowitz LI |title=Inosine induces axonal rewiring and improves behavioral outcome after stroke |journal=Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. |volume=99 |issue=13 |pages=9031-6 |year=2002 |pmid=12084941 |doi=10.1073/pnas.132076299 |url=http://www.pnas.org/cgi/content/full/99/13/9031}}</ref> Tem sido também testada para a [[esclerose múltipla]], encontrando-se na fase II dos testes clínicos<ref>http://www.clinicaltrials.gov/ct/show/NCT00067327</ref>.
Foi posteriormente demonstrado que a inosina tem propriedades neuroprotectoras, tendo sido proposta para administração pós-[[AVC]] por estimular o revestimento [[axónio|axonal]].<ref>{{cite journal |author=Chen P, Goldberg DE, Kolb B, Lanser M, Benowitz LI |title=Inosine induces axonal rewiring and improves behavioral outcome after stroke |journal=Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. |volume=99 |issue=13 |pages=9031–6 |year=2002 |pmid=12084941 |doi=10.1073/pnas.132076299 |url=http://www.pnas.org/cgi/content/full/99/13/9031}}</ref> Tem sido também testada para a [[esclerose múltipla]], encontrando-se na fase II dos testes clínicos.<ref>http://www.clinicaltrials.gov/ct/show/NCT00067327</ref>


==Biotecnologia==
== Biotecnologia ==
A inosina é útil no desenho de [[primer]]s a utilizar na [[reacção em cadeia da polimerase]], pois emparelha de forma indiscriminada com adenina, [[timina]] ou citosina. A inserção de inosina em primers permite a existência de [[polimorfismo (biologia molecular)|polimorfismo]] numa posição específica da sequência nucleotídica do primer, sem afectar a sua capacidade de ''annealing'' (ligação à cadeia principal de DNA a ser amplificada).
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{{ácidos nucleicos}}
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Revisão das 15h10min de 9 de janeiro de 2010

Inosina
Alerta sobre risco à saúde
Identificadores
Número CAS 58-63-9
PubChem 6021
DrugBank EXPT02378
Código ATC D06BB05,G01AX02
Propriedades
Fórmula química C10H12N4O5
Massa molar 268.2 g mol-1
Farmacologia
Metabolismo Hepático
Classificação legal



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Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

A inosina é um nucleósido formado pela ligação da hipoxantina a uma ribose (ribofuranose) através de uma ligação glicosídica β-N9.

A inosina é usualmente encontrada em tRNAs.

Síntese

A adenina é convertida a adenosina ou a monofosfato de inosina; qualquer uma destas moléculas pode ser então convertida a inosina, que consegue emparelhar com adenina, citosina e uracilo.

Importância clínica

A inosina foi utilizada nos anos setenta em países do leste europeu na tentativa de melhorar os resultados de atletas, pelo facto de ser um composto utilizado no mecanismo do movimento muscular. No entanto, ensaios clínicos conduzidos neste sentido não mostraram a existência de tais melhorias.[1]

Foi posteriormente demonstrado que a inosina tem propriedades neuroprotectoras, tendo sido proposta para administração pós-AVC por estimular o revestimento axonal.[2] Tem sido também testada para a esclerose múltipla, encontrando-se na fase II dos testes clínicos.[3]

Biotecnologia

A inosina é útil no desenho de primers a utilizar na reacção em cadeia da polimerase, pois emparelha de forma indiscriminada com adenina, timina ou citosina. A inserção de inosina em primers permite a existência de polimorfismo numa posição específica da sequência nucleotídica do primer, sem afectar a sua capacidade de annealing (ligação à cadeia principal de DNA a ser amplificada).

Referências

  1. McNaughton L, Dalton B, Tarr J (1999). «Inosine supplementation has no effect on aerobic or anaerobic cycling performance». International journal of sport nutrition. 9 (4): 333–44. PMID 10660865 
  2. Chen P, Goldberg DE, Kolb B, Lanser M, Benowitz LI (2002). «Inosine induces axonal rewiring and improves behavioral outcome after stroke». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 99 (13): 9031–6. PMID 12084941. doi:10.1073/pnas.132076299 
  3. http://www.clinicaltrials.gov/ct/show/NCT00067327