Vizinha Faladeira: diferenças entre revisões
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|bgcolor=#003399 align="center"|<font color="ffffff">''Uma viagem fantástica viagem no mundo do pirlimpimpim'' |
|bgcolor=#003399 align="center"|<font color="ffffff">''Uma viagem fantástica viagem no mundo do pirlimpimpim'' |
Revisão das 15h40min de 19 de fevereiro de 2010
Vizinha Faladeira | |
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Fundação | 10 de dezembro de 1932 (91 anos) |
Cores | Azul, vermelho e branco |
Símbolo | Sereia |
Bairro | Santo Cristo |
Presidente | Eduardo Silva |
Desfile de 2010 | |
Enredo | Uma viagem fantástica viagem no mundo do pirlimpimpim |
Agremiação Recreativista Escola de Samba Vizinha Faladeira, fundada na década de 30, é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro.
História
O nome da escola surgiu como ironia a duas moradoras da Rua da América, a Velha França e a Velha do Beco, conhecidas e afamadas faladeiras das vidas alheias. A Vizinha Faladeira participou pela primeira vez dos desfiles em 1933.
Em 1934, com o enredo Malandro Regenerado, a escola trouxe 12 luxuosas limusines, com pessoas bem vestidas, formando a comissão de frente. Gambiarras iluminavam a avenida. Apesar de delirantemente aplaudida, a escola tirou o 4º lugar.
Para o carnaval de 1935, foram contratados os irmãos Garrido, os melhores cenógrafos da época. O enredo foi Samba na Primavera. Naquele ano, segundo alguns estudiosos, a Vizinha teria apresentado o primeiro carro alegórico utilizado numa escola de samba: um caramanchão sobre rodas. A comissão de frente veio montada a cavalo. Mais uma vez o sucesso foi extraordinário, mas a escola ficou apenas em 3º lugar.
Em 1936, o público e a imprensa aguardavam mais novidades. A Vizinha apresentou o enredo Ascensão do Samba na Alta Sociedade. Suas fantasias eram inigualáveis. Pela primeira vez desfilou uma ala de damas, com sombrinhas. A bateria veio de malandros, com seus instrumentos de barrica francesa. Uma sofisticação, já que as outras escolas traziam instrumentos pesados e de má qualidade de som. Novamente tirou o 3º lugar.
Uma só bandeira foi o enredo de 1937, uma homenagem às bandeiras nacional e dos estados. Naquele ano, o luxo e o esplendor das sedas fornecidas só foram superados pelas 40 gambiarras que a escola trouxe, iluminando a Praça Onze com as luzes flamejantes dos lampiões de carbureto. Foi um grande contraste com as co-irmãs, iluminadas com velas e lamparinas. Com justiça, sagrou-se campeã.
Em 1939, a Vizinha Faladeira trouxe o maior carnaval da década de 30. O enredo Branca de Neve e os 7 Anões teve, pela primeira vez no carnaval, uma ala infantil, fantasiada de anões, e apresentou, também pioneiramente, destaques luxuosos, em cima dos carros. A consagração foi total. Quando todos esperavam o bicampeonato, veio a decepção: a escola foi desclassificada por infringir o item do regulamento que proibia temas estrangeiros.
Devido a este fato, a Diretoria resolveu acabar com aquela que fora a maior, a mais rica, a mais irreverente e revolucionária Escola da época. Mas em respeito a seus componentes e ao grande público a diretoria preparou a última surpresa: No Carnaval de 1940, a Vizinha desfilou normalmente até divisar o palanque dos julgadores, parando mesmo antes de se apresentar para os mesmos e desfraldando uma faixa com os dizeres: "DEVIDO ÀS MARMELADAS, ADEUS CARNAVAL. UM DIA VOLTAREMOS", e desfilou por trás do palanque dos julgadores, caracterizando-se assim, o primeiro e mais importante protesto em desfiles de Escolas de Samba até os dias de hoje.
No dia 6 de janeiro de 1989 foi convocada uma assembleia geral e foi revivida a escola, que desfilou no Grupo de Acesso no ano de 1990. Foi campeã com um enredo sobre Clara Nunes. Cinquenta anos após ficar com a bandeira enrolada, suas cores: azul, vermelha e branca, voltaram a representar a escola nos desfiles.
A Vizinha Faladeira está sendo resgatada, por um grupo de pessoas ilustres e de boa vontade, agregando os trabalhadores do porto e os moradores dos bairros da Saúde, Santo Cristo, Morro do Pinto, Providência, além de pessoas da Zona Sul, que começam a descobrir a escola.
A Vizinha Faladeira, campeã do Grupo B em 2004, permaneceu por dois anos no Acesso A, de 2005 até 2006, quando foi rebaixada para o Grupo B.
Em 2008, terminou na penúltima posição no grupo B, tendo que desfilar no Grupo C em 2009.
Já em 2009, com o enredo A luz da vida jamais se extinguirá, a agremiação ficou na 6ª colocação, não conseguindo a promoção para o antigo Grupo de acesso B, fazendo 157,8 pontos.
Classificações
Vizinha Faladeira | |||||||||
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Ano | Colocação | Grupo | Enredo | Carnavalesco | |||||
1934 [1] | 4ªlugar | Especial | Malandro Regenerado | ||||||
1935 | 4ªlugar[2] | Especial | Samba na Primavera | Irmãos Garrido | |||||
1936 | 6ªlugar[3] | Especial | Ascensão do Samba na Alta Sociedade | Irmãos Garrido | |||||
1937[4] | Campeã | Especial | Uma só bandeira | Irmãos Garrido | |||||
1939 | Desclassificada | Especial | Branca de Neve e os 7 Anões | Irmãos Garrido | |||||
1990 | Campeã | D | Clara Nunes, o canto de um povo | Jorge Nova | |||||
1991 | 4ºlugar | C | Eu sou o samba | Jorge Nova | |||||
1992 | Campeã | C | Quem é do mar não enjoa | Jorge Nova | |||||
1993 | 10ºlugar | B | Um ser criança | Sergio Murilo | |||||
1994 | Vice-Campeã | B | Sou Rei - Sou Rainha - Na corte da Vizinha | Paulo Barros e Henrique Celibe | |||||
1995 | 6ºlugar | A | O Relicário do samba | Paulo Barros e Henrique Celibe | |||||
1996 | 4ºlugar | A | Elba Popular Brasileira | Jorge Nova | |||||
1997 | 10ºlugar | A | Lan, a cara alegre e colorida do Rio | Sylvio Cunha | |||||
1998 | 7ºlugar | B | Cem anos de existência: tome Providência. | Júlio Mattos | |||||
1999 | 10ºlugar | B | Sou Vizinha Delirando a Passarela, É Paulínea na Sapucaí | Guina Nascimento e Carlos Mazzarella | |||||
2000 | 4ºlugar | C | Mata Atlântica - SOS nos 500 do Brasil | Comissão de Carnaval | |||||
2001 | 10ºlugar | B | Uarará, o fruto da vida | Comissão de Carnaval | |||||
2002 | 5ºlugar | B | Nem tudo que reluz é ouro | Paulo Barros | |||||
2003 | 7ºlugar | B | Todo mundo tem família - A história é a mesma, só muda o endereço | Lílian Rabello | |||||
2004 | Campeã | B | A Bela Adormecida | Flávio Policarpo | |||||
2005 | 7ºlugar | A | 2222 Gil, o Expresso da Cultura no Brasil | Flávio Policarpo e Antônio Sérgio | |||||
2006 | 9°lugar | A | Adorável loucura na cidade do encantamento | Severo Luzardo | |||||
2007 | 5ºlugar | B | Oduduya - a volta ao tempo da criação | Jorge Caribé | |||||
2008 | 13ºlugar | B | Vizinha Faladeira no Brasil das maravilhas | Laerte Gulini | |||||
2009 | 6ºlugar | RJ-2 | A luz da vida jamais se extinguirá | Walter Guimarães | |||||
2010 | 5ºlugar | RJ-2 | Uma viagem fantástica viagem no mundo do pirlimpimpim | Orlando Júnior | |||||
Ligações externas
Referências
- ↑ desfile extra [1]
- ↑ http://www.academiadosamba.com.br/memoriasamba/desfiles/1935.htm
- ↑ http://www.academiadosamba.com.br/memoriasamba/desfiles/1936.htm
- ↑ Em 1938, não houve desfile