Michele Alboreto: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 52: Linha 52:


=== Morte trágica ===
=== Morte trágica ===
Quando tudo indicava mais uma vitória em Le Mans, o mundo é pego de surpresa com uma triste notícia. Em 25 de abril de 2001, Alboreto morre após sofrer um acidente fatal testando o novo [[Audi R8 Race Car|Audi R8]], que seria usado na tradicional prova francesa. A batida aconteceu no momento em que o protótipo cruzava a reta do circuito alemão de [[Lausitzring]], na [[Alemanha]], a 300 km/h. O carro levantou vôo e capotou por várias vezes até bater no guard-rail. Segundo a investigação, o acidente aconteceu por um rasgo no pneu, provocado por um objeto cortante. Terminava assim a carreira de um piloto que trabalhou duro para superar tantas adversidades.
Quando tudo indicava mais uma vitória em Le Mans, o mundo é pego de surpresa com uma triste notícia. Em 25 de abril de 2001, Alboreto morre após sofrer um acidente testando o novo [[Audi R8 Race Car|Audi R8]], que seria usado na tradicional prova francesa. A batida aconteceu no momento em que o protótipo cruzava a reta do circuito alemão de [[Lausitzring]], na [[Alemanha]], a 300 km/h. O carro levantou vôo e capotou por várias vezes até bater no guard-rail. Segundo a investigação, o acidente aconteceu por um rasgo no pneu, provocado por um objeto cortante. Terminava assim a carreira de um piloto que trabalhou duro para superar tantas adversidades.


== Equipes na Fórmula 1 ==
== Equipes na Fórmula 1 ==

Revisão das 19h11min de 5 de março de 2010

Predefinição:F1drive Michele Alboreto (Milão, 23 de dezembro de 1956 - Oberspreewald-Lausitz, 25 de abril de 2001) foi um piloto italiano de Fórmula 1.

O início da carreira

Filho de uma família apaixonada por automobilismo, começou a freqüentar Monza aos 12 anos. Além dos automóveis, sua outra paixão era jogar futebol. "Desisti, mas continuo correndo: faço jogging e corro com minha Ferrari", brincava. Reservado e introspectivo, iniciou no automobilismo em 1977 ao volante de um Fórmula Monza da "Scuderia Salvati", cujo protótipo era equipado com um motor Fiat 500 de dois cilindros. Alboreto aproveitou aquela oportunidade única e mostrou paixão ao conduzir aquele carro. No ano seguinte (1978), transferiu-se para a Fórmula Itália, categoria que contava com monopostos mais potentes.

Após conquistar os títulos da Fórmula 3 Italiana em 1979 e o Campeonato Europeu de F3 em 1980, Michele Alboreto demonstrou versatilidade ao disputar o Mundial de Protótipos com a Lancia. Junto de seu compatriota Riccardo Patrese, conquista sua primeira vitória nas 6 horas de Watkins Glen de 1981. Em seu último ano com carros de "Endurance", na temporada de 1982, vence às 6 horas de Silverstone (com Patrese), os 1000 km de Nürburgring (com Teo Fabi e novamente Patrese) e os 1000 km de Mugello (em dupla com Piercarlo Ghinzani).

Testes com a Tyrrell e vitória com a Minardi na F-2

Com o apoio da Ceramica Imola, Alboreto é convidado para um teste com a equipe Tyrrell, em 1981. Completou algumas voltas e logo foi contratado para substituir Ricardo Zunino no Grande Prêmio de San Marino. Foram dez corridas e um nono lugar no Grande Prêmio da Holanda, em Zandvoort, como melhor resultado. Naquele mesmo ano, conquista a única vitória da história da Minardi em uma prova da Fórmula 2.

A passagem pela Tyrrell

O estilo do italiano agradou Ken Tyrrell e Alboreto permanece no time em 1982. A primeira vitória foi conquistada nesta conturbada temporada, marcada pelos acidentes fatais de Gilles Villeneuve e Riccardo Paletti. Revelação daquele mundial, Michele, com 25 anos na ocasião, venceu o difícil Grande Prêmio de Las Vegas. A corrida foi muito disputada entre ele e o norte-irlandês John Watson da McLaren, que brigava pelo título na oportunidade com o finlandês Keke Rosberg da Williams. As cores azul e amarela de seu capacete, homenagem ao seu grande herói Ronnie Peterson, passaram a ser conhecidas por todos na F-1.

Perseguição

Alboreto passou a ser sondado pelas grandes equipes da Fórmula 1, mas não podia se desvencilhar do contrato com a Tyrrell. Enzo Ferrari, que procurava um substituto para Gilles Villeneuve, convidou o piloto, mas Ken Tyrrell exigiu um motor turbo da Ferrari em troca da liberação do piloto. "Os italianos me criticam por não assinar com Alboreto para o próximo ano, mas o que muitos não sabem é que o convidei no meio desta temporada. Alboreto não optou por reincidir seu contrato com a Tyrrell. Em resposta, mandou-me uma carta muito educada, que mostrou seu grande caráter. Quando Alboreto estiver livre de qualquer tipo de contrato, haverá uma Ferrari à sua disposição", declarou, à época, o velho comendador.

A segunda vitória na Fórmula 1 aconteceu em Detroit, na temporada seguinte (1983). O brasileiro da Brabham, Nelson Piquet, liderava a corrida e conseguia abrir facilmente do Tyrrell de Alboreto. A nove voltas do fim, Piquet teve um pneu furado e foi obrigado a fazer um pit-stop. O italiano assumiu a ponta e administrou sua vantagem para o finlandês Keke Rosberg, da Williams, estabelecendo a última vitória do clássico motor Cosworth DFV de oito cilindros na F-1. Foi uma corrida em que, do 1º ao 6º, apenas o 4º colocado era Turbo. Acabou sendo também a última vitória da equipe do "Tio Ken" na categoria.

Alboreto na Ferrari

Enzo Ferrari contrata Alboreto para a temporada de 1984. Pilotar para o time de Maranello era seu grande sonho e a primeira vitória com a Ferrari acontece no Grande Prêmio da Bélgica, em Zolder. Michele Alboreto termina a temporada na quarta colocação, passando a ser muito popular na Itália.

Entretanto, seu último grande ano na Ferrari aconteceu na temporada de 1985, quando se tornou vice-campeão da Fórmula 1. Alboreto realizava grande campanha e havia vencido no Canadá e na Alemanha. Os "tifosi" lotaram as arquibancadas de Monza para acompanhar o Grande Prêmio da Itália. Todos tinham esperança na vitória da máquina e do piloto da casa, que não acontecia desde a vitória de Ludovico Scarfiotti em 1966. O sonho durou 45 voltas e Alboreto abandonou a corrida com problemas no motor. No Grande Prêmio da Bélgica em Spa-Francorchamps, abandonou na 3ª volta com problemas na embreagem. Era hora de reagir, já que não pontuou em duas provas e a diferença para o líder Alain Prost ia para 16 pontos. No Grande Prêmio da Europa, em Brands Hatch, na Inglaterra, o piloto italiano largou na 15ª posição. Completa a primeira volta em 9º lugar. Chegou a estar em 6º por duas voltas. Percebendo que não conseguia acompanhar o ritmo dos líderes e de Prost, Alboreto vai para os boxes colocar novo jogo de pneus; com a troca, o piloto retorna ao circuito nas últimas posições; a sua tentativa de alcançar os líderes não durou nem duas voltas, porque o Turbo do motor Ferrari do seu carro não aguentou, chegando a sair fogo na parte traseira do aerofólio. A torcida que estava no autódromo e em seus lares não acredita no que estava vendo. O piloto consegue levar o seu carro em chamas até os boxes. Os bombeiros com seus extintores consegue apagá-lo. O francês Alain Prost, sem nenhum problema, consegue terminar a corrida em 4º lugar conquistando o campeonato. A chance de ser o segundo piloto italiano campeão pela Ferrari acabou; a última aconteceu em 1953 com Alberto Ascari, além de ser o terceiro piloto como o de Giuseppe Farina em 1950 e os dois do próprio Ascari em 1952-53 e o quarto título pela Itália. Nas últimas duas provas do campeonato, Alboreto não terminou.

Sondagem pela Williams, volta à Tyrrell e "micos" na Larrousse

Disputou mais três temporadas pelo time de Maranello e nunca mais venceu na Fórmula 1. Foi sondado pela Williams, mas as negociações não progrediram e o piloto italiano voltou para a Tyrrell em 1989. Apesar dos problemas, conseguiu o quinto lugar em Mônaco e a terceira colocação no México. Fazia grande apresentação nos Estados Unidos e foi obrigado a abandonar a corrida com problemas na transmissão. Alboreto saiu no meio da temporada com problemas envolvendo a equipe e seu patrocinador. "Antes do Grande Prêmio da França, Ken Tyrrell aceitou o patrocínio da Camel. Não gosto de quebrar contratos e pedi para a Tyrrell conversar com a Marlboro. Mas Ken disse que o problema era meu." - revelou Alboreto, que aceita o convite da Larrousse-Lamborghini para disputar a pré-classificação no final do ano.

1990-1994: o desgaste na Footwork, fracassos na Scuderia Italia e volta à Minardi

Em um esporte marcado pelas repentinas mudanças de rumo, o piloto esperava reviver a melhor fase de sua carreira, em 1990, na Footwork Arrows. A equipe desenvolve uma parceria com a Porsche para a temporada seguinte, mas o conjunto era desastroso. Depois de três temporadas de poucos resultados, o piloto acerta com a Scuderia Italia. O time italiano usava motores Ferrari e chassis Lola, mas depois de 1993, uniu forças com a Minardi. Assim, Alboreto disputou sua última temporada na Fórmula 1 pela equipe de Faenza e marcou o último ponto no Grande Prêmio de Mônaco de 1994, saindo aos 37 anos de idade.

DTM e Le Mans

No ano seguinte (1995), Michele disputou a DTM com um Alfa Romeo 155 V6, porém não obteve sucesso na categoria alemã. Naquele mesmo ano, correu na IRL e retomou sua carreira nas provas de Endurance. Depois de poucos resultados positivos, Alboreto vence a tradicional 24 horas de Le Mans de 1997 e revive seus dias de glória no automobilismo. O piloto italiano dividiu o TWR-Porsche da equipe Joest Racing, com o sueco Stefan Johansson (seu ex-companheiro de equipe na Ferrari), e o dinamarquês Tom Kristensen.

A vitória em Le Mans abre novos caminhos para Alboreto. A partir de 1998, ele disputa a "ALMS" (American Le Mans Series) pela TWR-Porsche. Em 1999, Alboreto se torna peça importante no desenvolvimento da Audi. O último triunfo do piloto acontece nas 12 Horas de Sebring de 2001 com o italiano Rinaldo Capello e o francês Laurent Aïello, com o Audi R8.

Morte trágica

Quando tudo indicava mais uma vitória em Le Mans, o mundo é pego de surpresa com uma triste notícia. Em 25 de abril de 2001, Alboreto morre após sofrer um acidente testando o novo Audi R8, que seria usado na tradicional prova francesa. A batida aconteceu no momento em que o protótipo cruzava a reta do circuito alemão de Lausitzring, na Alemanha, a 300 km/h. O carro levantou vôo e capotou por várias vezes até bater no guard-rail. Segundo a investigação, o acidente aconteceu por um rasgo no pneu, provocado por um objeto cortante. Terminava assim a carreira de um piloto que trabalhou duro para superar tantas adversidades.

Equipes na Fórmula 1

Ano Equipe Carro/Chassis Motor Pneus Grande Prêmios Vitórias Poles Voltas Mais Rápidas Pontos Total de Pontos Classificação
1994 Minardi Scuderia Italia Minardi M194 Ford Cosworth V8 Goodyear 11 - - - - 1 25º
Minardi M193B 5 - - - 1
1993 BMS Scuderia Italia Lola T93/30 Ferrari V12 Goodyear 9 - - - - - -
1992 Footwork Mugen Honda Footwork FA13 Mugen-Honda V10 Goodyear 16 - - - 6 6 10º
1991 Footwork Grand Prix International Footwork FA12C Ford Cosworth V8 Goodyear 5 - - - - - -
Footwork FA12 Porsche V12 3 - - - -
Footwork A11C 1 - - - -
1990 Footwork Arrows Racing Arrows A11B Ford Cosworth V8 Goodyear 13 - - - - - -
1989 Equipe Larrousse Lola LC89 Lamborghini V12 Goodyear 5 - - - - 6 13º
Tyrrell Racing Organisation Tyrrell 018 Ford Cosworth V8 4 - - - 6
Tyrrell 017B 1 - - - -
1988 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari F187/88C Ferrari V6 Turbo Goodyear 16 - - 1 24 24
1987 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari F1/87 Ferrari V6 Turbo Goodyear 16 - - - 17 17
1986 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari F1/86 Ferrari V6 Turbo Goodyear 16 - - - 14 14
1985 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari 156/85 Ferrari V6 Turbo Goodyear 16 2 1 2 53 53
1984 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari 126 C4 Ferrari V6 Turbo Goodyear 16 1 1 1 30.5 30.5*
1983 Benetton Tyrrell Team Tyrrell 012 Ford Cosworth V8 Goodyear 5 - - - 1 10 12º
Tyrrell 011 10 1 - - 9
1982 Team Tyrrell Tyrrell 011 Ford Cosworth V8 Goodyear 16 1 - 1 25 25
1981 Tyrrell Racing Tyrrell 011 Ford Cosworth V8 Avon 4 - - - - - -
Tyrrell 010 Avon 1 - - - -
Michelin 5 - - - -

* O GP de Mônaco estava previsto para ter 77 voltas, mas em função da forte chuva que não dava segurança aos pilotos no circuito, a prova foi encerrada com 31 voltas. A direção de prova considerou metade dos pontos do 1º ao 6º colocado. Alboreto terminou em 6º lugar marcando 0,5 ponto.


Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons


Ligações externas