Fotonovela: diferenças entre revisões

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== Histórico ==
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A primeira revista de fotonovela, a "fotoromanzo" italiana, datada de 8 de maio de 1947, surgiu na Itália com o nome "Il mio sogno", elaborada por Stefano Reda, jornalista apaixonado por literatura, e Giorgio Camis De Fonseca, diretor da Editora "Novissima di Roma"; sobre a revista havia as palavras: "settimanale di romanzi d'amore a fotogrammi". Era composta por duas fotonovelas, "Nel fondo del cuore" de Stefano Reda e "Menzogne d'amore" de Luciana Peverelli, protagonizadas por Glauco Selva e Resi Farrel.
A primeira revista de fotonovela, a "fotoromanzo"orshaynaaa italiana, datada de 8 de maio de 1947, surgiu na Itália com o nome "Il mio sogno", elaborada por Stefano Reda, jornalista apaixonado por literatura, e Giorgio Camis De Fonseca, diretor da Editora "Novissima di Roma"; sobre a revista havia as palavras: "settimanale di romanzi d'amore a fotogrammi". Era composta por duas fotonovelas, "Nel fondo del cuore" de Stefano Reda e "Menzogne d'amore" de Luciana Peverelli, protagonizadas por Glauco Selva e Resi Farrel.


As primeiras propostas de fotonovelas, porém, não foram histórias inéditas, mas fotos sequenciais de filmes conhecidos da época, tais como: "La principessa Sissi", com [[Romy Schneider]], "Violenza sull'autostrada" com Luisa Ferida e "Eliana e gli uomini" com [[Ingrid Bergman]].
As primeiras propostas de fotonovelas, porém, não foram histórias inéditas, mas fotos sequenciais de filmes conhecidos da época, tais como: "La principessa Sissi", com [[Romy Schneider]], "Violenza sull'autostrada" com Luisa Ferida e "Eliana e gli uomini" com [[Ingrid Bergman]].

Revisão das 11h13min de 12 de maio de 2010

Cena da fotonovela "O Limite da Amizade".

Fotonovelas são novelas em quadrinhos que utilizam, no lugar dos desenhos, fotografias, de forma a contar, sequencialmente, uma história.

No Brasil, as fotonovelas tiveram um mercado cativo por mais de 25 anos, entre os anos 1950 e 70, representando a idéia de uma imprensa popular feminina, com milhões de leitores de histórias publicadas em revistas com grande circulação nacional.

Histórico

A primeira revista de fotonovela, a "fotoromanzo"orshaynaaa italiana, datada de 8 de maio de 1947, surgiu na Itália com o nome "Il mio sogno", elaborada por Stefano Reda, jornalista apaixonado por literatura, e Giorgio Camis De Fonseca, diretor da Editora "Novissima di Roma"; sobre a revista havia as palavras: "settimanale di romanzi d'amore a fotogrammi". Era composta por duas fotonovelas, "Nel fondo del cuore" de Stefano Reda e "Menzogne d'amore" de Luciana Peverelli, protagonizadas por Glauco Selva e Resi Farrel.

As primeiras propostas de fotonovelas, porém, não foram histórias inéditas, mas fotos sequenciais de filmes conhecidos da época, tais como: "La principessa Sissi", com Romy Schneider, "Violenza sull'autostrada" com Luisa Ferida e "Eliana e gli uomini" com Ingrid Bergman.

Muitos atores de cinema protagonizaram fotonovelas, entre eles Vittorio Gassman, Sofia Loren, Laura Antonelli, Silvana Pampanini, Gina Lollobrigida, Silvana Mangano, Raf Valone, Ornella Muti, Terence Hill, Massimo Serato. ESSAS foram umas das melhores atrizes de fotonovela que ja existiu

Fotonovela no Brasil

A primeira revista de fotonovela publicada no Brasil foi "Encanto", pois embora "Grande Hotel" circulasse desde 1947, só em seu nº 210, de 31/07/1951, publicou a primeira fotonovela, intitulada "O primeiro amor não morre". O primeiro número de "Capricho" circulou em 17/07/1952.

Nos anos 1970, mais de 20 revistas de fotonovelas chegaram a circular no Brasil, publicadas por várias editoras: Bloch, Vecchi, Rio Gráfica, Abril e Prelúdio, sendo que, na época, ao contrário das demais editoras que importavam as fotonovelas da Itália, a Bloch produzia suas fotonovelas no Brasil, com a revista "Sétimo Céu".[1]

Em pesquisa de 1974, as revistas de fotonovela só eram superadas, em venda, pelas revistas de quadrinhos infantis. A revista "Capricho", da Editora Abril, era na época a mais vendida (média quinzenal de 211.400 exemplares), perdendo apenas para "Pato Donald", "Mickey" e "Tio Patinhas" (cada uma com uma média periódica aproximada de 400 mil exemplares).[2]

Em 1975, o Instituto Verificador de Circulação analisou a receptividade que as revistas de fotonovelas tinham em todo o país, na venda avulsa. A revista "Capricho" vendia quinzenalmente 273.050 exemplares, sendo que possuía, em todo o país, apenas três assinaturas.[3] Com fotonovelas italianas, "Capricho" também vendia em Portugal e colônias ultramarinas, num total de 11.186, com apenas um assinante, anônimo. Super Novelas Capricho, com circulação quinzenal, vendia 104.903 exemplares, com apenas dois assinantes no Brasil, "Ilusão" vendia quinzenalmente 108.319 exemplares, e "Noturno", com venda mensal de 72.007<Idem, ibidem>.

Características

A fotonovela apresenta uma narrativa que utiliza em conjunto a fotografia e o texto verbal. Como nas histórias em quadrinhos desenhadas, cada quadrinho da sequência corresponde a uma cena da história, no caso, corresponde a uma fotografia acompanhada da mensagem textual.

São, em geral, publicadas no formato de revistas, livretos ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas, e algumas são divididas em capítulos que, geralmente, têm um desfecho próprio, uma espécie de cliffhanger, que cria suspense e curiosidade no leitor, levando-o a comprar a continuação.

A característica principal das histórias é a intriga sentimental, geralmente apresentando uma heroína de origem humilde que luta por um amor difícil e complicado, alcançando seu objetivo de felicidade no final da narrativa. As personagens são pouco trabalhadas psicologicamente, com características maniqueístas e as consequências são sempre estereotipadas.

Críticos e estudiosos consideraram a fotonovela, quase sempre, como um "subgênero da literatura".[4] Entre os anos 1967 e 1971, Angeluccia Bernardes Habert, como tese de doutoramento no Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, pesquisou o campo das fotonovelas, resultando o "estudo de uma forma de literatura sentimental fabricada para milhões", subtítulo que deu à "Fotonovela e Indústria Cultural", editada pela Vozes (1973).[1]

Principais revistas de fotonovelas no Brasil

  • Capricho (Editora Abril)
  • Super Novelas Capricho (Editora Abril)
  • Grande Hotel (Editora Vecchi)
  • Ilusão
  • Noturno
  • Encanto
  • Fascinação
  • Contigo
  • Sétimo Céu (Editora Bloch)
  • Carinho
  • Carícia

Atores brasileiros de fotonovelas

  • Rose di Angelis
  • Marie Luise Indrik
  • Elisângela

Atores italianos de fotonovelas

  • Franco Gasparri
  • Franco Dani
  • Franco Andrei
  • Michella Roc
  • Rosana Galli
  • Katiuscia
  • Marina Coffa
  • Sandro Moretti
  • Jean Mary Carletto
  • Claudia Rivelli
  • Adriana Rame
  • Claudio De Renzi
  • Gianni Vannicola
  • Alex Damiani
  • Sebastiano Somma
  • Alessandro Inches
  • Franco Califano
  • Ornella Pacelli
  • Maurizio Vecchi
  • Gioia Scola
  • Barbara De Rossi
  • Francesca Dellera
  • Luc Merenda
  • Kirk Morris
  • Ivan Rassimov
  • Renato Cestiè
  • Pascal Persiano
  • Maura Magi
  • Luciano Francioli
  • Claudio Aliotti
  • Marina Santi

Notas e referências

  1. a b MILLARCH, Aramis. As Fotonovelas. Curitiba: Jornal Estado do Paraná, 10/02/1974
  2. Idem, ibidem
  3. MILLARCH, Aramis. Curitiba: Jornal Estado do Paraná, 15/03/75
  4. JOANILHO, André Luiz; JOANILHO, Mariângela Peccili Galli. Sombras literárias: a fotonovela e a produção cultural (dez 2008). In: [1]

Referências bibliográficas

  • JOANILHO, André Luiz; JOANILHO, Mariângela Pecciolli Galli. Sombras literárias: a fotonovela e a produção cultural. Revista Brasileira de História, vol. 28, nº 56. In [2]
  • MILLARCH, Aramis. Fotonovelas. Curitiba: Jornal Estado do Paraná, 15/03/75. In: [3]
  • MILLARCH, Aramis. As Fotonovelas. Curitiba: Jornal Estado do Paraná, 10/02/1974 In: [4]

Ligações externas

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