Convento de São Paio de Antealtares: diferenças entre revisões
+imagem |
+ contido e ligaçoes |
||
Linha 35: | Linha 35: | ||
A fachada é simples mas monumental e amostra a [[Paio de Córdova|São Paio]] mártir. A [[planta]] é de [[cruz|cruz grega]] e está recoberta com [[abóbada de canhão| abóbadas de canhão]] com [[artesão]]s. A [[cúpula]] ergue-se sobre [[penacho]]s muito decoradas e termina numa [[lanterna]] que ilumina o interior. |
A fachada é simples mas monumental e amostra a [[Paio de Córdova|São Paio]] mártir. A [[planta]] é de [[cruz|cruz grega]] e está recoberta com [[abóbada de canhão| abóbadas de canhão]] com [[artesão]]s. A [[cúpula]] ergue-se sobre [[penacho]]s muito decoradas e termina numa [[lanterna]] que ilumina o interior. |
||
No [[Museu Arqueológico Nacional de Madrid]] (2) e no Fogg Museum de Harvard (1) conservam-se 3 das 4 colunas románicas que suportavam o altar maior. |
|||
Na cada uma destas colunas cilíndricas representam-se 3 apóstoles diferentes. |
|||
São datables em torno do segundo quarto do século XII. As quatro colunas simbolizam os quatro pilares osbre os que se sustentava a Igreja de Cristo. |
|||
====Imagineria==== |
====Imagineria==== |
||
Linha 61: | Linha 65: | ||
=={{Ver também}}== |
=={{Ver também}}== |
||
⚫ | |||
⚫ | |||
*[[Anexo:Lista de mosteiros e conventos da Galiza]] |
*[[Anexo:Lista de mosteiros e conventos da Galiza]] |
||
=={{Ligações externas}}== |
=={{Ligações externas}}== |
||
⚫ | |||
⚫ | |||
*{{es}}[http://www.monasteriosanpelayo.org/index.htm Site do convento] |
*{{es}}[http://www.monasteriosanpelayo.org/index.htm Site do convento] |
||
*{{es}} [http://man.mcu.es/publicaciones/pdf/columnas_san_paio_febr_01.pdf Verbete sob as colunas românicas do altar maior] |
|||
*{{es}} [http://www.monasteriosanpelayo.org/vida/Publicaciones/InformacionesdelasMonjas/InformacionesdelasMonjas.pdf 2006. Buján Rodríguez, María Mercedes, "Informaciones de las monjas que habitaron en el Monasterio de San Paio de Antealtares de Santiago de Compostela desde 1499 a 1899", Consorcio de Santiago,ISBN 84-934415-0-3] |
|||
[[Categoria:Mosteiros e conventos da Galiza]] |
[[Categoria:Mosteiros e conventos da Galiza]] |
Revisão das 10h58min de 4 de junho de 2010
San Paio de Antealtares é um convento do século IX de freiras beneditinas de clausura.
Situação
Situa-se na zona antiga de Santiago de Compostela, província da Corunha, frente da cabeceira da catedral de Santiago de Compostela, fechando a Praça da Quintana.
História
O mosteiro primitivo
O primeiro mosteiro foi fundado por volta de 830 por Afonso II, "O Casto", e foi ocupado por uma dúzia de monges bentos, comunidade que tinha como missão atender e manter o culto às relíquias do Apóstolo Santiago. A esta primeira comunidade entregou o rei um pequeno couto que pouco depois ampliou até chegar às 3 milhas desde a igreja de Santiago. Ergueu-se o mosteiro a Leste do mausoléu romano no qual se encontraram os restos apostólicos, em frente da sua porta de acesso, o que fez com que o mosteiro recebesse a denominação de Antealtares. Nenhum vestígio tem chegado a atualidade daquela primeira construção, pois do século IX ao XI esteve contíguo à testeira da igreja de Santiago, no lugar que ocupou a cabeceira do templo românico da catedral que substituiu à antiga igreja.
Em 1077, o abade Fagildo e o bispo Diego Páez chegaram, na Concórdia de Antealtares, a um acordo sobre o novo local do mosteiro, que se situava diante dos três altares, na honra do Salvador, de São Pedro e de São João. Neste mosteiro supostamente compôs o bispo São Pedro de Mezonzo o hino "Salve Regina". Nos anos de decadência, os monges bentos abandonaram-no quase em ruínas (derrubou-se em 1256) e instalaram-se em San Martiño Pinario.
O Estudo de Gramática
A 4 de Setembro de 1495 outorgam-se as escrituras de doação de todas as dependências do mosteiro, salvo a igreja, para que Lopo Gómez de Marzoa funde nele um colégio para estudantes pobres, o conhecido como Estudo de Gramática, gérmen da Universidade de Santiago de Compostela.
Em 1499 foi ocupado por uma comunidade de freiras bentas de clausura, que nele permanece até hoje.
Descrição
A igreja
A construção da igreja durou nove anos, sendo encetada em 1700 por Frei Gabriel de Casas, tendo lugar em 1699 a demolição da anterior igreja. Em 1703 a comunidade beneditina retira sua confiança no arquiteto (pela lentidão das obras), sendo Pedro Garcia quem continuou as obras, seguindo as traças já iniciadas. O novo templo inaugurar-se-ia solenemente em 1707.
A fachada é simples mas monumental e amostra a São Paio mártir. A planta é de cruz grega e está recoberta com abóbadas de canhão com artesãos. A cúpula ergue-se sobre penachos muito decoradas e termina numa lanterna que ilumina o interior.
No Museu Arqueológico Nacional de Madrid (2) e no Fogg Museum de Harvard (1) conservam-se 3 das 4 colunas románicas que suportavam o altar maior. Na cada uma destas colunas cilíndricas representam-se 3 apóstoles diferentes. São datables em torno do segundo quarto do século XII. As quatro colunas simbolizam os quatro pilares osbre os que se sustentava a Igreja de Cristo.
Imagineria
O retábulo maior é obra de Francisco Castro Canseco (1714) e nele aparecem três santos, São Bento, São Plácido e São Mauro e três santas, Santa Escolástica, Santa Gertrude e Santa Francisca Romana, conduzindo a imagem de São Paio, rodeado por Santiago e São Fernando montados a cavalo (inspirados no baldaquino da catedral). O conjunto completa-se com uma Assunção da Virgem, acompanhada pelos apóstolos Pedro e Paulo. O órgão, construído em 1782 pelo mestre Alberto de la Peña, foi restaurado recentemente.
O convento atual
Do mosteiro primitivo só se conservam uns capitéis e uma ara de mármore branco. O atual foi começado a construir no século XVI e terminado em 1793. A renovação começou em 1600, sendo encarregada a Mateo López a traça da zona ocidental, para a Praça da Quintana, tornando-o monumental e austero. Em 1641 Jácome Fernández Fillo termina parte deste lado traçado por Bartolomé Fernández Lechuga. Entre 1653 e 1657 construir-se-á um passadiço que enlaça esta parte com a igreja.
A fachada que dá para a Praça da Quintana, é sóbria e utiliza exclusivamente linhas retas. Sua monumentalidade provocou os ciúmes do arcebispado e foi a principal causa da remodelação da cabeceira românica da Catedral, obra que deu como resultado o aspeto que possui atualmente.
A fachada que dá para a Via Sacra, obra de Melchor de Velasco, começada por volta de 1658, apresenta uma portada, a Portaria, enquadrada num arco de volta perfeita sob um friso de tríglifos e métopas entre duas gigantes colunas dóricas. Na parte superior situa-se um frontão curvo partido com um escudo imperial. Tudo isso realizado em claro estilo classicista.
A partir de 1744 construir-se-ia o espaço ao longo da Via Sacra que vai da portaria até a chamada Porta dos Carros, no qual se destaca o conjunto de chaminés que terminam o edifício e a estrutura da Porta dos Carros. Esta é fruto de duas etapas e traças bem diferentes; a primeira relacionada com Fernando de Casas Novoa, e uma segunda, na qual, a partir de 1749, Lucas Ferro Caaveiro aumentará a altura com um miradouro sobre a balaustrada.
A porta apresenta uma cena da Fuga a Egito relacionada com Francisco de Lens.
Situação atual
Atualmente encontra-se em bom estado de conservação.
Desde a igreja pode-se aceder ao Museu de Arte Sacro de Antealtares, inaugurado em 1873 e que oferece uma coleção de objetos litúrgicos.
Aliás, hoje em dia podem-se mercar nele doces elaborados pelas monjas que moram nele.
Ver também
Ligações externas
- (em castelhano)Site do convento
- (em castelhano) Verbete sob as colunas românicas do altar maior
- (em castelhano) 2006. Buján Rodríguez, María Mercedes, "Informaciones de las monjas que habitaron en el Monasterio de San Paio de Antealtares de Santiago de Compostela desde 1499 a 1899", Consorcio de Santiago,ISBN 84-934415-0-3