Luiz Carlos Mendonça de Barros: diferenças entre revisões

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Revisão das 15h08min de 10 de julho de 2010

Luiz Carlos Mendonça de Barros (São Paulo, 1942) é um engenheiro e economista brasileiro, ex-presidente do BNDES (novembro de 1995 a abril de 1998) e ex-ministro das Comunicações (abril de 1998 a novembro de 1998).

Graduado pela USP em engenharia de produção e doutor em economia pela Unicamp, Mendonção, como também é conhecido, iniciou a carreira em 1967 como analista financeiro do Investbanco. Em 1972 passou a operar na Bolsa de Valores de São Paulo, através da corretora Patente, que fundou junto com três outros sócios. Em 1983 fundou o Planibanc, onde permaneceu como sócio até 1993. Neste ano, fundou o Banco Matrix junto com André Lara Resende, só se afastando da instituição em novembro de 1995, quando assumiu a presidência do BNDES.

Em abril de 1998, com a morte de Sérgio Motta, foi nomeado Ministro das Comunicações por Fernando Henrique Cardoso. Seu nome ficou em evidência após o escândalo do grampo do BNDES, logo após a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, o que lhe custou o cargo de Ministro das Comunicações e o levou ao banco dos réus numa ação de improbidade administrativa. Em conversas gravadas na sede do BNDES, revelou-se um esquema de favorecimento de empresas no leilão de privatização da Telebrás, elaborado por Luiz Carlos Mendonça de Barros e André Lara Resende, então presidente do BNDES, com a devida condescendência do Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que também aparece nas gravações. Além de Mendonção, o escândalo também derrubou seu irmão, José Roberto Mendonça de Barros, da Câmara de Comércio Exterior, e ceifou André Lara Resende da presidência do BNDES [1].

Foi também denunciado pelo Ministério Público em outro processo, envolvendo a concessão irregular de empréstimos para a privatização da Eletropaulo [2].

Apesar de tudo, continuou a compor a equipe econômica que dava sustentação ao modelo neoliberal implantado pelo governo tucano durante os oito anos da presidência de Fernando Henrique Cardoso. É lembrado ainda pelas disputas travadas com o grupo de Pedro Malan, à época Ministro da Fazenda, sobre os rumos da economia brasileira.

Em 2001 criou a MBG & Associados, uma empresa que oferece cursos profissionalizantes à distância, em parceria com seu irmão e Lídia Goldeinstein. Também em 2001 fundou a editora Primeira Leitura, chefiando a organização da revista de mesmo nome (Revista Primeira Leitura), em parceria com Reinaldo Azevedo. A revista acabou extinta em junho de 2006.

Ainda ligado ao PSDB, auxiliou nas campanhas de Geraldo Alckmin e José Serra em 2006.

Absolvição

Em 2009 foi absolvido pela Justiça Federal das acusações feitas pelo Ministério Público, em decisão proferida pelo juiz titular da 17ª Vara Federal de Brasília, Moacir Ferreira Ramos. Em sua sentença, o magistrado deixou registrado: "Penso ser importante enfatizar que esta ação foi promovida em decorrência de representação feita por alguns políticos que, à época das privatizações do setor de telefonia, ostentavam notória oposição ao governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso, que então administrava o país (...) Ora, se havia a preocupação com a apuração destes fatos, por que esses nobres políticos não interferiram junto ao governo atual, ao qual têm dado suporte, para que fosse feita, a fundo, a investigação dessas denúncias - sérias, enfatize-se - que apontaram na representação?"[3][4].

Referências


Precedido por
Edmar Bacha
Presidente do BNDES
19951998
Sucedido por
André Lara Resende
Precedido por
Sérgio Motta
Ministro das Comunicações do Brasil
1998
Sucedido por
Pimenta da Veiga