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{{nihongo|'''Hikikomori'''|引き篭り|lit. isolado em casa}} é um termo de origem [[língua japonesa|japonesa]] que designa um comportamento de extremo isolamento doméstico. Os ''hikikomori'' são pessoas geralmente jovens entre 15 a 39<ref name="Asahi">[http://www.asahi.com/national/update/0724/TKY201007230751.html Jornal "Asahi Shinbun"] (texto em japonês). Site visitado em 23 de julho de 2010.</ref> anos que se retiram completamente da [[sociedade]], evitando contato com outras pessoas. Em geral, moram sozinhos ou com os pais e se dedicam a [[internet]], [[manga]]s, [[anime]]s e [[video game]]s como forma de preencher o tempo e viver num mundo isolado fantasiando a realidade. Os individuos tem seu desenvolvimento social paralisado afetando o processo natural de amadurecimento.
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{{nihongo|'''Hikikomori'''|引き篭り|lit. isolado em casa}} é um termo de origem [[língua japonesa|japonesa]] que designa um comportamento de extremo isolamento doméstico. Os ''hikikomori'' são pessoas geralmente jovens entre 18 a 34 anos que se retiram completamente da [[sociedade]], evitando contato com outras pessoas. Em geral, moram sozinhos ou com os pais e se dedicam a [[internet]], [[manga]]s, [[anime]]s e [[video game]]s como forma de preencher o tempo e viver num mundo isolado fantasiando a realidade. Os individuos tem seu desenvolvimento social paralisado afetando o processo natural de amadurecimento.


== Japão ==
== Japão ==
Esse tipo de [[comportamento]] é atualmente tido como problema de saúde pública no [[Japão]] onde milhares de jovens se encontram nesta situação devido ao alto grau de perfeição exigido das pessoas em tarefas diárias e à pressão acarretada por tal exigência, o que acaba levando muitas pessoas a problemas [[Psicologia|psicológicos]] de baixa [[auto-estima]] e em alguns casos extremos tendências [[Sociopatia|sociopáticas]] graves. Há casos extremos onde filhos chegam aos 40 anos ainda dependentes dos pais e sem experiência profissional.
Esse tipo de [[comportamento]] é atualmente tido como problema de saúde pública no [[Japão]] onde milhares de jovens se encontram nesta situação devido ao alto grau de perfeição exigido das pessoas em tarefas diárias e à pressão acarretada por tal exigência, o que acaba levando muitas pessoas a problemas [[Psicologia|psicológicos]] de baixa [[auto-estima]] e em alguns casos extremos tendências [[Sociopatia|sociopáticas]] graves. Há casos extremos onde filhos chegam aos 40 anos ainda dependentes dos pais e sem experiência profissional.


O Ministério da Saúde no Japão estima que cerca de 50 mil japoneses são vítimas do fenômeno. Dados do psicólogo Saito Tamaki, criador do termo e pioneiro na pesquisa sobre tal fenômeno, indicam um quadro muito mais sombrio: um milhão de jovens do sexo masculino seriam vítimas desse distúrbio, o que leva ao assombroso quadro de 20% da população adolescente masculina (ou 1% da população do país inteiro) vivendo em reclusão quase que total. É um tanto óbvio que graças ao comportamento isolacionista ao extremo das vítimas, o número exato de Hikikomori existentes atualmente não pode ser medido com exatidão, e provavelmente está entre um dos dois extremos propostos pelos dados fornecidos. Há informações de que Tamaki teria posteriormente admitido em sua autobiografia (''Hakushi no kimyo na shishunki'') que esse número não tem base factual e foi empregado apenas para chocar e chamar atenção para o problema.
O Ministério da Saúde no Japão estima que cerca de 70 mil<ref name="Asahi"/> japoneses são vítimas do fenômeno. Dados do psicólogo Saito Tamaki, criador do termo e pioneiro na pesquisa sobre tal fenômeno, indicam um quadro muito mais sombrio: um milhão de jovens do sexo masculino seriam vítimas desse distúrbio, o que leva ao assombroso quadro de 20% da população adolescente masculina (ou 1% da população do país inteiro) vivendo em reclusão quase que total. É um tanto óbvio que graças ao comportamento isolacionista ao extremo das vítimas, o número exato de Hikikomori existentes atualmente não pode ser medido com exatidão, e provavelmente está entre um dos dois extremos propostos pelos dados fornecidos. Há informações de que Tamaki teria posteriormente admitido em sua autobiografia (''Hakushi no kimyo na shishunki'') que esse número não tem base factual e foi empregado apenas para chocar e chamar atenção para o problema.


== Mundo ==
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O tratamento é feito estimulando o jovem a atividades sociais, culturais e esportivas, porém a companhia constante de outra pessoa apoiando é fundamental, visto que os hikikomori's são extremamente sensíveis a interações humanas. Na Inglaterra, grupos de apoio dos que sofrem o mesmo problema se mostraram bastante eficientes.
O tratamento é feito estimulando o jovem a atividades sociais, culturais e esportivas, porém a companhia constante de outra pessoa apoiando é fundamental, visto que os hikikomori's são extremamente sensíveis a interações humanas. Na Inglaterra, grupos de apoio dos que sofrem o mesmo problema se mostraram bastante eficientes.

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Revisão das 20h33min de 23 de julho de 2010

Hikikomori (引き篭り lit. isolado em casa?) é um termo de origem japonesa que designa um comportamento de extremo isolamento doméstico. Os hikikomori são pessoas geralmente jovens entre 15 a 39[1] anos que se retiram completamente da sociedade, evitando contato com outras pessoas. Em geral, moram sozinhos ou com os pais e se dedicam a internet, mangas, animes e video games como forma de preencher o tempo e viver num mundo isolado fantasiando a realidade. Os individuos tem seu desenvolvimento social paralisado afetando o processo natural de amadurecimento.

Japão

Esse tipo de comportamento é atualmente tido como problema de saúde pública no Japão onde milhares de jovens se encontram nesta situação devido ao alto grau de perfeição exigido das pessoas em tarefas diárias e à pressão acarretada por tal exigência, o que acaba levando muitas pessoas a problemas psicológicos de baixa auto-estima e em alguns casos extremos tendências sociopáticas graves. Há casos extremos onde filhos chegam aos 40 anos ainda dependentes dos pais e sem experiência profissional.

O Ministério da Saúde no Japão estima que cerca de 70 mil[1] japoneses são vítimas do fenômeno. Dados do psicólogo Saito Tamaki, criador do termo e pioneiro na pesquisa sobre tal fenômeno, indicam um quadro muito mais sombrio: um milhão de jovens do sexo masculino seriam vítimas desse distúrbio, o que leva ao assombroso quadro de 20% da população adolescente masculina (ou 1% da população do país inteiro) vivendo em reclusão quase que total. É um tanto óbvio que graças ao comportamento isolacionista ao extremo das vítimas, o número exato de Hikikomori existentes atualmente não pode ser medido com exatidão, e provavelmente está entre um dos dois extremos propostos pelos dados fornecidos. Há informações de que Tamaki teria posteriormente admitido em sua autobiografia (Hakushi no kimyo na shishunki) que esse número não tem base factual e foi empregado apenas para chocar e chamar atenção para o problema.

Mundo

Não apenas no Japão, os Hikikomoris podem ser encontrados em qualquer grande centro urbano do mundo com incidência em famílias onde o poder aquisitivo é maior. Com o recente avanço tecnológico e aumento do poder financeiro a família moderna propicia aos filhos conforto e tecnologia, impedindo de enfrentarem o mundo, buscar seu espaço, seguirem seu caminho e dando a eles ocupação permanente em seus lares. Estima-se que nos EUA a incidência é alta o que fez o sistema de saúde elaborar uma cartilha aos psicólogos e psiquiatras. Uma pesquisa no Reino Unido mostrou que os hikikomoris britânicos são centrados em cultura de massa japonesa - os animes e videogames estimulariam jovens a entrar nesse estado de isolamento.

Hikikomoris em sua grande maioria costumam frequentar fórums anônimos na internet, ondem podem trocar experiencias como animes, mangas, jogos, seriados etc.

Tratamento

Em 2007 o governo Japonês implantou um programa de assistência aos hikikomoris - assistentes sociais estabelecem contato com eles através de cartas, telefonemas e depois os convidam a sair para cinema, praças, shoppings, estimulando o contato social e consequentemente melhorando o estado de isolamento. Essas assistentes sociais são chamadas de "Super Irmãs" por serem do sexo feminino e conseguirem re-erguer muitos jovens masculinos nessa situação.

O tratamento é feito estimulando o jovem a atividades sociais, culturais e esportivas, porém a companhia constante de outra pessoa apoiando é fundamental, visto que os hikikomori's são extremamente sensíveis a interações humanas. Na Inglaterra, grupos de apoio dos que sofrem o mesmo problema se mostraram bastante eficientes.

Referências

  1. a b Jornal "Asahi Shinbun" (texto em japonês). Site visitado em 23 de julho de 2010.

Ver também

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