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Durante o período do [[Império do Brasil|Império]] e parte do da [[Proclamação da República do Brasil|República]], os indivíduos poderosos e de grande influência política eram também considerados responsáveis pela segurança do país.
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Dessa forma deveriam organizar os [[cidadão]]s aptos com o fim de servirem em situações de emergência, em [[Unidade militar|unidades militares]] da [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]]. De acordo com o efetivo organizado recebiam então os [[Hierarquia militar (Brasil)|postos militares]] correspondentes. A Guarda Nacional foi extinta em [[1922]], mas a denominação permaneceu como forma de tratamento respeitoso a uma pessoa importante.
Dessa forma deveriam organizar os [[cidadão]]s aptos com o fim de servirem em situações de emergência, em [[Unidade militar|unidades militares]] da [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]]. De acordo com o efetivo organizado, recebiam então os [[Hierarquia militar (Brasil)|postos militares]] correspondentes. A Guarda Nacional foi extinta em [[1922]], mas a denominação permaneceu como forma de tratamento respeitoso a uma pessoa importante.


==Referências==
==Referências==

Revisão das 03h26min de 1 de setembro de 2010

Coronel é uma patente militar de oficial existente em quase todos os exércitos do mundo. Esta patente é também utilizada em diversas forças aéreas e forças de segurança. Muito mais raramente, é utilizada em forças navais.

Em quase todos os países onde a patente é utilizada, é a mais elevada de um oficial antes de atingir o generalato.

História e origens

O termo "coronel" deriva do Latim "columnella", significando "pequena coluna". No entanto nunca foi usado como patente nos exércitos do Império Romano. Como patente, o termo surgiu no final do século XVI, na Itália, onde se referia ao oficial encarregado de uma "coluna", no sentido de uma força militar marchando em formação de coluna. O termo surgiu como "colonnello", provavelmente abreviatura do termo "capitano colonnello", ou seja o capitão de uma coluna.

À medida que a função de coronel se tornou numa patente permanente, este oficial tornou-se o capitão superior de uma grupo de companhias que obedeciam à sua autoridade e ao seu regimento - no sentido de regulamento. Este regimento, muitas vezes, consistia num contrato escrito onde eram estabelecido o conjunto de regras, conhecido pelo regimento do coronel. Por extensão, o grupo de companhias submetidas ao regimento de um coronel, passou ser denominado "regimento".

Durante o século XVII, com a mudança do sistema de exércitos mercenários para exércitos nacionais, em muitos países da Europa, os coroneis (normalmente nobres) passaram a ser os proprietários ou titulares dos seus regimentos, responsabilizando-se pela sua administração, instrução, pagamento, fardamento e recrutamento. Os coroneis, por sua vez, estabeleciam contratos com o seu soberano para, eles e os seus regimentos, servirem no seu exército.

No século XIX, em quase todos os países, a patente de coronel, tornou-se um posto profissional militar, mantendo a responsabilidade pelo comando de um regimento ou uma unidade equivalente.

A influência militar europeia fez com que, quase todos os países do mundo, introduzissem essa patente nas suas forças armadas. Alguns países, sobretudo, comunistas introduziram até, um segundo posto de coronel, chamado "coronel superior".

Coronel-general

Ver artigo principal: coronel-general

Na França estabeleceu-se o sistema de um único coronel - chamado coronel-general - ser proprietário de todos os regimentos de uma determinada arma (Infantaria, Cavalaria, Dragões, etc.), estabelecendo um contrato conjunto com o rei. Mais tarde o cargo de coronel-general acabou por se tornar meramente uma dignidade honorífica, sendo, como tal, usado em outros países, como Portugal.

Como patente, o posto de coronel-general foi criado em alguns países. Onde existe, normalmente é o mais elevado posto permanente de oficial general, imediatamente superior ao posto de general e só inferior ao de marechal.

Coronel honorário

Em vários países - sobretudo em monarquias, mas não só - é comum atribuir o comando honorário de um regimento ou outro corpo equivalente a um membro da família real ou a um oficial general que tenha servido nessa unidade. A esses comandantes é dada a patente honorária de coronel do regimento.

Nos países da Commonwealth os regimentos tornaram-se, praticamente, unidades cerimoniais, já que a unidade operacional é o batalhão ou equivalente. Como unidades cerimoniais mantêm, apenas um comandante honorário, normalmente titulado como coronel-em-chefe. Grande parte dos coroneis-em-chefe são membros da Família Real Britânica.

Insígnias e distintivos de coronel, em vários países

Portugal

Ficheiro:POR-Army-OF5-CORTIR.GIF
Antigo distintivo de coronel tirocinado do Exército Português

O posto de coronel, foi introduzido, oficialmente, no Exército Português, em 1707, na sequência da transformação, em regimentos, dos antigos terços de infantaria. Com a mudança de nome das unidades, veio a mudança do nome da patente do oficial responsável pelo seu comando, o mestre de campo, que passou a ser designado "coronel". De observar que as unidades das Tropas Auxiliares, e os seus comandantes, continuaram a ser designados, respectivamente "terços" e "mestres de campo", até final do século XVIII.

No entanto, antes de ser introduzido como posto permanente, o título "coronel" já era, anteriormeente, atribuído aos comandantes algumas unidades do Exército, que, em vez de "terço", eram, tradicionalmente, designadas "regimento". O título foi atribuído, nomeadamente, ao Príncipe D. Teodósio, em 1642, quando foi feito comandante de três terços de nobres de Lisboa. Esse título e comando era, meramente, honorário, já que o comando efetivo dos terços era executado por oficiais designados tenentes do Príncipe.

Actualmente, em Portugal, coronel é a patente mais elevada, da subcategoria de oficial superior, no Exército, Força Aérea e Guarda Nacional Republicana. A patente equivalente, na Marinha Portuguesa, é a de capitão de mar e guerra.

Coronel tirocinado

No Exército Português, designa-se coronel tirocinado, um oficial, com a patente de coronel, que tenha concluído o Curso Superior de Comando e Direcção, necessário para a promoção à subcategoria de oficial general. Entre 1937 e 1999, os coroneis tirocinados tinham um distintivo próprio que consistia nos galões de coronel, acrescidos de uma estrela de oficial general. Entre 1929 e 1937 os coroneis tirocinados foram designados brigadeiros, usando aquele distintivo. Actualmente, os coroneis tirocinados deixaram de ter um distintivo próprio, usando o mesmo dos outros coroneis.

Coronel honorário

Em Portugal, durante a Monarquia Constitucional, foi comum atribuir o título de "coronel honorário" de um determinado regimento ou batalhão independente, a um membro da Família Real Portuguesa ou a monarcas de países amigos. Normalmente, a atribuição da patente de coronel honorário a determinada pessoa, levava à alteração da designação da unidade para incluir o nome ou o título dessa pessoa.

Assim, como exemplos, o Rei D. Carlos I era coronel honorário do Regimento de Cavalaria Nº 2 "de Lanceiros de El-Rei" e o Imperador Guilherme II da Alemanha era coronel honorário do Regimento de Cavalaria Nº 4 "do Imperador Guillerme II".

Era tradição que as visitas oficiais, dos monarcas estrangeiros aos quais tivesse sido dado o comando honorário de um regimento português, incluissem a assistência a manobras da "seu" regimento, fardados com o uniforme de coronel do mesmo.

No Exército Português, paralelamente aos coroneis honorários dos regimentos, continuavam a existir os seus coroneis efectivos, que exerciam o comando prático da unidade.

Coronel do Mar

Na Marinha Portuguesa existiu, durante o século XVIII, o posto de coronel do Mar, equivalente ao de brigadeiro das tropas de Terra. O posto de coronel do mar era, superior ao de coronel das tropas de terra. No final do século, o posto foi substituído pelo de chefe de divisão, equivalente ao posto, actual, de comodoro.

Brasil

No Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, coronel é o mais alto posto de oficial superior, imediatamente acima do tenente-coronel e abaixo dos generais. Na Marinha do Brasil o posto equivalente é o de capitão-de-mar-e-guerra.

Insígnias de Coronel
Coronel EB Coronel PM/BM

Coronel da Guarda Nacional

Durante o período do Império e parte do da República, os indivíduos poderosos e de grande influência política eram também considerados responsáveis pela segurança do país.

Dessa forma deveriam organizar os cidadãos aptos com o fim de servirem em situações de emergência, em unidades militares da Guarda Nacional. De acordo com o efetivo organizado, recebiam então os postos militares correspondentes. A Guarda Nacional foi extinta em 1922, mas a denominação permaneceu como forma de tratamento respeitoso a uma pessoa importante.

Referências

Ver também