Sexto Júlio Africano: diferenças entre revisões

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Revisão das 00h10min de 25 de setembro de 2010

Sexto Júlio Africano (em latim: Sextus Julius Africanus) foi um viajante e historiador cristão do final do século II dC e início do século III dC. Ele foi uma importante influência para Eusébio, em todos os padres da Igreja posteriores que escreveram sobre a história da Igreja, e em toda a escola grega de escritores de crônicas.

Seu nome indica que ele ele era um africano. Suidas o chamou de "um filósofo líbio", enquanto Gelzer o considerou como tendo ascendência romana[1]. Júlio chamava a si mesmo de "nativo de Jerusalém" – que alguns estudiosos consideram ser de fato seu lugar de nascimento[2] – e vivia nas redondezas de Emaús. Sua crônica indica sua familiaridade com a topografia da Palestina[3].

Vida

Pouco se sabe sobre a sua vida e todas as datas são incertas. Uma tradição o coloca sob o imperador romano Gordiano III (238–244), outras o mencionam sob Alexandre Severo (222–235). Ele parece ter conhecido Abgar VIII, o rei cristão de Edessa (176–213). Em De Viris Illustribus, São Jerônimo afirma que ele viveu durante o imperador Marco Aurélio [4].

Ele também pode ter servido sob Sétimo Severo – então comandante das legiões na Panônia – em 195 dC. Ele esteve também numa embaixada até o imperador Alexandre Severo para pedir a restauração de Emaús, que tinha se transformado em ruínas. Sua missão teve sucesso e desde então a cidade passou a ser conhecida por Emaús Nicópolis.

Júlio viajo para a Grécia, para Roma e foi para Alexandria para estudar, atraído pela fama de sua escola catequética, possivelmente por volta do ano 215 dC[5]. Ele conhecia grego (que era a língua em que ele escrevia), latim e hebraico. Ele foi um soldado e pagão, embora tenha escrito todas as suas obras como um cristão.

Se Júlio era um leigo ou um clérigo permanece um assunto controverso. Tillemont argumento que pela forma como Júlio se referiu ao padre Orígenes como sendo "caro irmão" que ele deve ter sido um padre também[6], mas Gelzer afirma que este argumento é inconclusivo[7]. Textos chamando-o de bispo só apareceram no século IV dC.

Obras

Ele escreveu uma história do mundo (Chronographiai, em cinco livros[8]) da criação até o ano 221 dC, cobrindo, de acordo com os seus cálculos, 5.723 anos. Ele calculou o período entre a criação e Jesus como sendo 5.500 anos, colocando a Encarnação no primeiro dia do Anno Mundi 5.501 (correspondente ao dia 25 de março de 1 aC)[9]. Este método de contagem levou a diversas eras da criação serem utilizadas no Mediterrâneo oriental grego, e todas localizavam a criação no espaço de uma década de 5.500 aC.

A história, que tinha um objetivo apologético, não existe mais, mas extensos trechos dela podem ser encontrados na Crônica de Eusébio, que a utilizou extensivamente quando compilou as primeiras listas episcopais. Também há fragmentos em Jorge Sincelo, Georgio Kedreno e no Chronicum Alexandrinum. Eusébio (História Eclesiástica, I.7[10]; VI.31[8]) preservou alguns trechos de um carta dele para um Aristides, reconciliando aparentes discrepâncias na genealogia de Cristo entre Marcos e Lucas através de uma referência à lei judaica do levirato, que compelia um homem a casar com a viúva de seu irmão falecido, se este morresse sem um descendente masculino. Sua carta à Orígenes afirmando que a história de Susana no Livro de Daniel seria espúria e fictícia e a resposta de Orígenes sobreviveram.

A atribução à Africano de uma obra enciclopédica entitulada Kestoi (Κέστοι "bordado"), tratando de agriculura, história natural, ciências militares e outros assuntos, tem sid disputada por conta de sua característica secular e muitas vezes crédula. August Neander sugeriu que ela teria sido escrito por Africano antes dele ter se devotado às questões religiosas. Um fragmento de Kestoi foi encontrado entre os Papiros de Oxirrinco.

Referências

  1. Gelzer (1898). Sextus Julius Africanus und die Byzantinische Chronographie (em alemão). Leipzig: [s.n.] pp. 4f .
  2. Martin Wallraff (ed.),. «Iulius Africanus: Chronographiae. The Extant Fragments, reviewed by Hagith Sivan (Bryn Mawr Classical Review)» (em inglês). Bryn Mawr Classical Review. Consultado em 24 de setembro de 2010 
  3. Gelzer (1898). Sextus Julius Africanus und die Byzantinische Chronographie (em alemão). Leipzig: [s.n.] 10 páginas 
  4. "De Viris Illustribus - Julius the African", em inglês.
  5. Gelzer (1898). Sextus Julius Africanus und die Byzantinische Chronographie (em alemão). Leipzig: [s.n.] 11 páginas 
  6. Louis-Sébastien Le Nain de Tillemont (1693). Mémoires pour servir à l'histoire ecclésiastique (em francês). III. Paris: [s.n.] 254 páginas 
  7. Gelzer (1898). Sextus Julius Africanus und die Byzantinische Chronographie (em alemão). Leipzig: [s.n.] 9 páginas 
  8. a b «31». História Eclesiástica. Africanus. (em inglês). VI. [S.l.: s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  9. Venance Grumel (1958). La Chronologie (em francês). [S.l.: s.n.] 
  10. «7». História Eclesiástica. The Alleged Discrepancy in the Gospels in regard to the Genealogy of Christ. (em inglês). I. [S.l.: s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)

Ligações externas

Bibliografia

  • M. Wallraff, L. Mecella (hg) (2009). Die Kestoi des Julius Africanus und ihre Überlieferung (em alemão). Berlin und New York: de Gruyter. pp. 395 S 
  • E. Habas (Rubin) (1994). «The Jewish Origin of Julius Africanus». JJS (em inglês) (45): 86-91