Tratado de Nerchinsk: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
recat
Linha 8: Linha 8:
[[Categoria:Tratados de paz|Nerchinsk]]
[[Categoria:Tratados de paz|Nerchinsk]]
[[Categoria:Tratados sobre fronteiras|Nerchinsk]]
[[Categoria:Tratados sobre fronteiras|Nerchinsk]]
[[Categoria:Fronteiras da Rússia]]
[[Categoria:Fronteira China-Rússia]]
[[Categoria:Fronteiras da China]]


[[cs:Něrčinská smlouva]]
[[cs:Něrčinská smlouva]]

Revisão das 18h18min de 30 de janeiro de 2011

A fronteira norte da "Tartária Chinesa", neste mapa de 1734, era semelhante à fronteira sino-russa estabelecida em Nerchinsk. Nerchinsk surge no mapa do lado russo.

O Tratado de Nerchinsk, assinado a 27 de Agosto de 1689, foi o primeiro subscrito pela China com uma potência da Europa, neste caso o Império Russo. O tratado delimitava as fronteiras entre China e Rússia e punha fim a uma série de conflitos entre as tropas chinesas estacionadas em Manchúria e diversas colônias russas como Albazin e Nerchinsk, povoadas no seu maior parte por cossacos.

Por meio deste tratado, Rússia renunciava a qualquer reclamação sobre a região do Amur, que até então fora a sua via de saída para o Mar de Okhotsk, e reconhecia os limites do seu império na cordilheira de Stanovoi e o rio Argun. Em consequência, Albazin, que ficava em território chinês, foi destruída e abandonada. Pedro o Grande conseguia como contrapartida uma paz duradoura com o Imperador Kangxi e os seus descentes, ademais de privilegiadas relações comerciais com o Império Qing. Na assinatura do tratado foram de vital importância os missionários jesuítas da Corte de Kangxi, nomeadamente Jean-François Gerbillon e Tomás Pereira, que serviram como tradutores do chinês para o latim, idioma que os oficiais russos conheciam.

As condições de Nerchinsk mantiveram-se até à assinatura dos tratados de Aigun (1858) e Pequim (1860), quando Rússia forçou à enfraquecida Dinastia Qing a ceder-lhe importantes territórios na zona do rio Amur e Ásia Central em troca de praticamente nada. Estes últimos tratados estabeleceram a maioria das atuais fronteiras da China e Mongólia.