Antipapa Gregório VIII: diferenças entre revisões

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Revisão das 09h27min de 20 de junho de 2006

O Antipapa Gregório VIII (Limousin, ? - Salerno, Agosto de 1137) foi antipapa durante um breve período de tempo na primeira metade do século XII, de 10 de Março de 1118 a 22 de Abril de 1121.

De seu nome verdadeiro Maurício Burdino (Maurice Bourdin em francês), era natural da Aquitânia. Educado em Cluny, Limoges e finalmente em Castela, tendo-se tornado diácono da de Toledo.

Devido à sua ligação com Cluny, tornou-se um legado papal perfeito para a Península Ibérica, que recentemente adoptara o rito romano como versão oficial do catolicismo, ao invés do velho rito moçarábico, dito de Santo Isidoro, que na altura foi considerado como herético. Assim, tornou-se bispo de Coimbra em 1099, embora a sua actividade não o tenha deixado permanecer muito tempo na sua diocese, velho foco da cultura moçárabe.

Foi em peregrinação à Terra Santa durante quatro anos, tendo sido feito ao regressar arcebispo de Braga (1109). Nessa situação, próximo do conde Henrique de Borgonha, foi um dos principais agentes da reorganização eclesiástica do Condado Portucalense.

Em 1114, Maurício envolveu-se numa disputa com o arcebispo primaz de Toledo, Bernardo (que era ao mesmo tempo legado papal tal como ele), clamando ambos pela primazia entre as dioceses da Hispânia, pelo que foi chamado à Santa Sé e repreendido pelo Papa Pascoal II.

Contudo, a sua posição teve alguns apoiantes entre a Cúria Romana, e em 1116, quando o Imperador Henrique V da Germânia invadiu a Itália para se opor ao Papa no quadro da questão das investiduras, o Papa enviou Maurício à frente de uma legação dirigida ao imperador, enquanto Pascoal e a Cúria se deslocavam para Benevento, no Sul de Itália.

Maurício acabaria por trair a sua posição e abraçar a causa do imperador. Henrique entrou em Roma num Domingo de Páscoa - 23 de Março de 1117 - tendo-se feito coroar solenemente por Maurício. Em face disto, o Papa Pascoal II excomungou Henrique e amoveu Maurício dos cargos que ocupava, incluindo o arcebispado de Braga.

Pascoal morreu em 24 de Janeiro de 1118, sendo sucedido, após reunião do conclave, pelo Papa Gelásio II, em Março desse mesmo ano. Henrique, sabendo que o novo papa era também contra a sua política, dirigiu-se a Roma, mas Gelásio, avisado, fugiu para Gaeta e recusou-se a encontrar-se com o Imperador para discutir qualquer assunto relacionado com a reforma gregoriana.

Como reacção, os cardeais afectos ao imperador (os gibelinos) declararam nula a eleição de Gelásio, e proclamaram ao invés Maurício como Papa, com o nome de Gregório VIII (10 de Março). Gelásio, em Cápua, excomungou tanto Henrique como o antipapa Gregório (7 de Abril)

Após a morte de Gelásio, Calisto III foi eleito Papa em 1119; o novo Papa tetou fazer um acordo com o imperador, a chamada Concordata de Worms ou Pacto Calixtino (1122).

Calisto regressou a Roma e Gregório fugiu, refugiando-se em Sutri; aí o foram procurar as tropas papais, tendo cercado a cidade durante oito dias, até os seus concidadãos terem entregue o Antipapa. Este foi depois levado para Roma e feito prisioneiro, encarcerado em sucessivos mosteiros. Nessa situação viria a morrer num mosteiro em Salerno, em Agosto de 1137.

Precedido por
Crescónio
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1099 - 1108
Sucedido por
Gonçalo Pais
Precedido por
Geraldo de Moissac
{{{título}}}
1109 - 1118
Sucedido por
Paio Mendes
Precedido por
Papa Pascoal II
{{{título}}}
1118 - 1121
(em oposição a Gelásio II e Calisto II)
Sucedido por
Papa Calisto II

Ligações externas