Problema do mal: diferenças entre revisões
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Na [[Filosofia da religião]] e [[Teologia]], o '''Problema do mal''' é o problema de conciliar a existência do [[mal]] ou [[sofrimento]] no mundo com a existência de [[Deus]].<ref>{{Citar enciclopédia|first=Michael |last=Tooley |title=The Problem of Evil |encyclopedia=Stanford Encyclopedia of Philosophy |url=http://plato.stanford.edu/entries/evil/}}</ref> O problema é mais frequentemente analisado no contexto dos [[Deus pessoal|deuses pessoais]] das [[religiões abraâmicas]], mas também é relevante para as tradições [[politeísmo|politeístas]] que evolvem vários [[deidade|deuses]]. |
Na [[Filosofia da religião]] e [[Teologia]], o '''Problema do mal''' é o problema de conciliar a existência do [[mal]] ou [[sofrimento]] no mundo com a existência de [[Deus]].<ref>{{Citar enciclopédia|first=Michael |last=Tooley |title=The Problem of Evil |encyclopedia=Stanford Encyclopedia of Philosophy |url=http://plato.stanford.edu/entries/evil/}}</ref> O problema é mais frequentemente analisado no contexto dos [[Deus pessoal|deuses pessoais]] das [[religiões abraâmicas]], mas também é relevante para as tradições [[politeísmo|politeístas]] que evolvem vários [[deidade|deuses]]. |
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'''Uma explicação para isso, poderia ser que o Mal foi criado por Deus, para aprimorar o bem, ou seja, fazer com que, com a atuação do mal sobre o bem, este pudesse evoluir. Se analisarmos a atual civilização, veremos que ela se aprimorou, evoluiu, em grande parte devido ao "atrito" do mal e do bem. Por exemplo, muitas tecnologias que utilizamos e que muito nos auxilia atualmente, foram criadas inicialmente com o intuito de defesa, proteção de ameaças inimigas, maléficas. Outra no entanto diz que o suposto "bem" (o deus genocida do velho testamento ou o deus hippie do novo com seu filho-profeta?) criou o suposto "mal" pra tentar se promover as custas dele, pois sem vilanizados e demonizados a serem apedrejados sadicamente não existem mocinhos nem auto-heróis que baseiam seu status acima do bem e do mal bancando os mais "legais" que o resto do mundo em sua típica máscara social auto-promotora. |
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O problema do mal é uma das mais poderosas objeções ao [[teísmo]] tradicional<ref name=swinburne05 />. A maioria dos teístas responde que um perfeito pode ainda permitir um certo mal, insistindo que a concessão de um bem maior, como o [[livre arbítrio]], não pode ser alcançada sem alguns males.<ref name=swinburne05>{{Citar enciclopédia|first=Richard |last=Swinburne |authorlink=Richard Swinburne |year=2005 |title=Evil, the problem of |editor=Ted Honderich |encyclopedia=The Oxford Companion to Philosophy |isbn=0199264791}}</ref> Uma defesa contra o problema do mal é estabelecer que os [[atributos divinos]] são logicamente consistentes com a existência do mal, mas que isso não significa que o mal derive deles, ou que deles se possa retirar uma explicação quanto as razões pelas quais o mal existe ou ocorre. Uma [[teodicéia]], por outro lado é uma tentativa de fornecer tais justificativas para a existência do mal.<ref>{{Citar enciclopédia|first=Ted |last=Honderich |authorlink=Ted Honderich |year=2005 |title=Theodicy |encyclopedia=The Oxford Companion to Philosophy |isbn=0199264791 |quote=''[[John Hick]], por exemplo, propõe uma teodicéia, enquanto [[Alvin Plantinga]] formula uma defesa. A idéia do livre arbítrio aparece freqüentemente em ambas as estratégias, mas de modos diferentes.''}}</ref> |
O problema do mal é uma das mais poderosas objeções ao [[teísmo]] tradicional<ref name=swinburne05 />. A maioria dos teístas responde que um perfeito pode ainda permitir um certo mal, insistindo que a concessão de um bem maior, como o [[livre arbítrio]], não pode ser alcançada sem alguns males.<ref name=swinburne05>{{Citar enciclopédia|first=Richard |last=Swinburne |authorlink=Richard Swinburne |year=2005 |title=Evil, the problem of |editor=Ted Honderich |encyclopedia=The Oxford Companion to Philosophy |isbn=0199264791}}</ref> Uma defesa contra o problema do mal é estabelecer que os [[atributos divinos]] são logicamente consistentes com a existência do mal, mas que isso não significa que o mal derive deles, ou que deles se possa retirar uma explicação quanto as razões pelas quais o mal existe ou ocorre. Uma [[teodicéia]], por outro lado é uma tentativa de fornecer tais justificativas para a existência do mal.<ref>{{Citar enciclopédia|first=Ted |last=Honderich |authorlink=Ted Honderich |year=2005 |title=Theodicy |encyclopedia=The Oxford Companion to Philosophy |isbn=0199264791 |quote=''[[John Hick]], por exemplo, propõe uma teodicéia, enquanto [[Alvin Plantinga]] formula uma defesa. A idéia do livre arbítrio aparece freqüentemente em ambas as estratégias, mas de modos diferentes.''}}</ref> |
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Na Filosofia da religião e Teologia, o Problema do mal é o problema de conciliar a existência do mal ou sofrimento no mundo com a existência de Deus.[1] O problema é mais frequentemente analisado no contexto dos deuses pessoais das religiões abraâmicas, mas também é relevante para as tradições politeístas que evolvem vários deuses.
O problema do mal é uma das mais poderosas objeções ao teísmo tradicional[2]. A maioria dos teístas responde que um perfeito pode ainda permitir um certo mal, insistindo que a concessão de um bem maior, como o livre arbítrio, não pode ser alcançada sem alguns males.[2] Uma defesa contra o problema do mal é estabelecer que os atributos divinos são logicamente consistentes com a existência do mal, mas que isso não significa que o mal derive deles, ou que deles se possa retirar uma explicação quanto as razões pelas quais o mal existe ou ocorre. Uma teodicéia, por outro lado é uma tentativa de fornecer tais justificativas para a existência do mal.[3]
Richard Swinburne sustenta que não faz sentido assumir que existe esse bem maior, a não ser que se saiba o que ele é, ou seja, até que tenhamos uma boa teodicéia[2]. Muitos filósofos contemporâneos discordam. O Ceticismo teísta, que se baseia na posição de que seres humanos nunca podem esperar entender o divino, é talvez a mais popular resposta ao problema do mal entre os filósofos da religião contemporâneos.
Referências
- ↑ Tooley, Michael. «The Problem of Evil». Stanford Encyclopedia of Philosophy
- ↑ a b c Swinburne, Richard (2005). «Evil, the problem of». In: Ted Honderich. The Oxford Companion to Philosophy. ISBN 0199264791
- ↑ Honderich, Ted (2005). «Theodicy». The Oxford Companion to Philosophy. ISBN 0199264791.
John Hick, por exemplo, propõe uma teodicéia, enquanto Alvin Plantinga formula uma defesa. A idéia do livre arbítrio aparece freqüentemente em ambas as estratégias, mas de modos diferentes.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Problem of evil», especificamente desta versão.