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Revisão das 14h15min de 7 de março de 2011
Sarracenos (do grego sarakenoi) era uma das formas com que os cristãos do Medievo designavam, equívoca e genericamente, os árabes ou os muçulmanos. As palavras "islã" e "muçulmano" só foram introduzidas nas línguas europeias no século XVII. Antes disso utilizavam-se expressões como "lei de Maomé", maometanos, agarenos (descendentes de Agar), mouros, etc.
Entretanto, segundo o filósofo e antropólogo Youssef Seddik, os homens não muçulmanos, que, durante séculos após o surgimento do Islã, não tinham o direito de se nomear árabes, chamavam então a si próprios "sarracenos" ou "pagãos".
História
Nos primeiros séculos do Império Romano, o termo foi usado para designar um povo nômade árabe pré-islâmico, que habitava os desertos situados entre a Síria e a Arábia, no Sinai ou no Iêmen. A etimologia provável é a palavra Árabe شرقيين sharqiyyin ("orientais"). Mais tarde, os súditos do império que falavam grego estenderam a palavra a todos os árabes.
Segundo fontes francesas medievais, o termo sarrasins surge a partir da invasão muçulmana rechaçada na batalha de Poitiers (732) e da fixação das fronteiras do Imperio Carolíngio. Especialmente na época das Cruzadas, o termo estendeu-se a todos os muçulmanos - particularmente aos que invadiram a Sicília, no sul da Itália, e a Espanha. Na cronística antiga ocidental, o termo "Império Sarraceno" foi muitas vezes usado para referir-se ao primeiro califado árabe, governado pelas dinastias Omíada e Abássida.
Em alguns textos cristãos, é proposta uma outra etimologia, provavelmente falsa, ou seja "sem Sara" ("Sara sine") - aludindo ao episódio bíblico da rivalidade entre Agar (mãe de Ismael, tradicionalmente considerado como o ascendente primordial dos árabes) e Sara (que gerou, segundo a tradição bíblica, o povo hebreu).