Alfabeto tibetano: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 19: Linha 19:


Essa escrita está intimamente ligada à etnia [[Tibete|tibetana]], porém, é também usada por [[línguas tibetanas]] faladas no [[Butão]], em partes da [[Índia]] e do [[Nepal]] e mesmo no [[Paquistão]].<ref>Chamberlain 2008</ref> Além disso, a escrita tibetana influenciou a criação de outras escritas como a [[escrita limbu|limbu]] e [[escrita lepcha|lepcha]]<ref name="daniels">Daniels, Peter T. and William Bright. ''The World’s Writing Systems''. New York: Oxford University Press, 1996.</ref> e a [[escrita 'Phags-pa|’phags-pa]].<ref name="daniels" />. A escrita tibetana apresenta muitas formas [[Romanização (linguística)|romanizadas]].<ref>Ver, por exemplo [http://www.eki.ee/wgrs/rom1_bo.pdf]</ref>
Essa escrita está intimamente ligada à etnia [[Tibete|tibetana]], porém, é também usada por [[línguas tibetanas]] faladas no [[Butão]], em partes da [[Índia]] e do [[Nepal]] e mesmo no [[Paquistão]].<ref>Chamberlain 2008</ref> Além disso, a escrita tibetana influenciou a criação de outras escritas como a [[escrita limbu|limbu]] e [[escrita lepcha|lepcha]]<ref name="daniels">Daniels, Peter T. and William Bright. ''The World’s Writing Systems''. New York: Oxford University Press, 1996.</ref> e a [[escrita 'Phags-pa|’phags-pa]].<ref name="daniels" />. A escrita tibetana apresenta muitas formas [[Romanização (linguística)|romanizadas]].<ref>Ver, por exemplo [http://www.eki.ee/wgrs/rom1_bo.pdf]</ref>

==Descrição==
[[Image:Tibetan script.svg|right|small|500px|"Escrita Tibetana"]]
A escrita Tibetana tem 30 [[consoante]]s, também conhecidas como radicais.
{| cellpadding="8" style="font-size: x-large"
|-
|ཀ <small><small>ka</small></small> ||ཁ <small><small>kha</small></small> ||ག <small><small>ga</small></small> ||ང <small><small>nga</small></small>
|-
|ཅ <small><small>ca</small></small> ||ཆ <small><small>cha</small></small> ||ཇ <small><small>ja</small></small> ||ཉ <small><small>nya</small></small>
|-
|ཏ <small><small>ta</small></small> ||ཐ <small><small>tha</small></small> ||ད <small><small>da</small></small> ||ན <small><small>na</small></small>
|-
|པ <small><small>pa</small></small> ||ཕ <small><small>pha</small></small> ||བ <small><small>ba</small></small> ||མ <small><small>ma</small></small>
|-
|ཙ <small><small>tsa</small></small> ||ཚ <small><small>tsha</small></small> ||ཛ <small><small>dza</small></small> ||ཝ <small><small>wa</small></small> <small><small><small>(não era originalmente parte do alfabeto)</small><ref>No antigo Tibetano não há letra w, que era, porém, um dígrafo para 'w.</ref></small></small>
|-
|ཞ <small><small>zha <ref name="ReferenceA">No caso de Zh e Sh, o h significa palatização.</ref></small></small> ||ཟ <small><small>za</small></small> ||འ <small><small>'a <ref>O ''h'' ou [[apóstrofo]] (’) geralmente significa aspiração.</ref></small></small>
|-
|ཡ <small><small>ya</small></small> ||ར <small><small>ra</small></small> ||ལ <small><small>la</small></small>
|-
|ཤ <small><small>sha <ref name="ReferenceA"/>||ས <small><small>sa</small></small> ||ཧ <small><small>ha <ref>A letra h isolada implica em fricativa glotal surda.</ref></small></small>
|-
|ཨ <small><small>a</small></small>
|}
[[Image:Om Mani Padme Hum.jpg|left|thumb|250px|Texto policrômico à esquerda do centro é o [[mantra]] primário do [[Budismo tibetano]], [[Sânscrito]] – IAST “Om Mani Padmeṃ"]]



==Notas==
==Notas==

Revisão das 17h18min de 11 de março de 2011

Tibetano (Abugida)
Falado(a) em: China, Índia
Região: Tibete, Jammu e Caxemira
Total de falantes:
Família: Escrita proto-sinaítica
 alfabeto fenício
  alfabeto aramaico
   escrita Brāhmī
    escrita Gupta
     escrita Siddham
      Tibetano (Abugida)
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
Escritas nos alfabetos mongol, tibetano, chinês e manchu no Templo de Yonghe, em Pequim

O alfabeto tibetano foi composto no século VII pela tradução de textos sagrados do budismo. Derivado das escritas cursivas utilizadas nessa altura na Índia central, foi composto com um manifesto cuidado de simplificação, graças a um rigoroso conhecimento da fonética. A criação foi atribuída a Thonmi Sambhota, ministro do primeiro rei tibetano convertido ao budismo, que teria trazido, em livros sagrados, estas escritas das Índias.

A Escrita tibetana é um abugida originado da família Brahmi usada para escrever a língua tibetana bem como as línguas butanesa, siquim, ladakhi e por vezes a balti. A forma impressa da escrita é denominada escrita uchen (em tibetano: དབུ་ཅན་; Wylie: dbu-can; "com uma cabeça") enquanto que a escrita cursiva a mão e usada no dia a dia é chamada escrita umê script (em tibetano: དབུ་མེད་; Wylie: dbu-med; "sem cabeça").

Essa escrita está intimamente ligada à etnia tibetana, porém, é também usada por línguas tibetanas faladas no Butão, em partes da Índia e do Nepal e mesmo no Paquistão.[1] Além disso, a escrita tibetana influenciou a criação de outras escritas como a limbu e lepcha[2] e a ’phags-pa.[2]. A escrita tibetana apresenta muitas formas romanizadas.[3]

Descrição

"Escrita Tibetana"
"Escrita Tibetana"

A escrita Tibetana tem 30 consoantes, também conhecidas como radicais.

ka kha ga nga
ca cha ja nya
ta tha da na
pa pha ba ma
tsa tsha dza wa (não era originalmente parte do alfabeto)[4]
zha [5] za 'a [6]
ya ra la
sha [5] sa ha [7]
a
Texto policrômico à esquerda do centro é o mantra primário do Budismo tibetano, Sânscrito – IAST “Om Mani Padmeṃ"


Notas

  1. Chamberlain 2008
  2. a b Daniels, Peter T. and William Bright. The World’s Writing Systems. New York: Oxford University Press, 1996.
  3. Ver, por exemplo [1]
  4. No antigo Tibetano não há letra w, que era, porém, um dígrafo para 'w.
  5. a b No caso de Zh e Sh, o h significa palatização.
  6. O h ou apóstrofo (’) geralmente significa aspiração.
  7. A letra h isolada implica em fricativa glotal surda.

Bibliografia

Em inglês

  • Asher, R. E. ed. The Encyclopedia of Language and Linguistics. Tarrytown, N. Y.: Pergamon Press, 1994. 10 vol.
  • Beyer, Stephan V. (1993). The Classical Tibetan Language. Reprinted by Delhi: Sri Satguru.
  • Chamberlain, Bradford Lynn. 2008. Script selection for Tibetan-related languages in multiscriptal environments. International Journal of the Sociology of Language 192:117-132.
  • Csoma de Kőrös, Alexander (1983). A Grammar of the Tibetan Language. Reprinted by Delhi: Sri Satguru.
  • _____ (1980–1982). Sanskrit-Tibetan-English Vocabulary. 2 vols. Reprinted by Delhi: Sri Satguru.
  • Daniels, Peter T. and William Bright. The World’s Writing Systems. New York: Oxford University Press, 1996.
  • Das, Sarat Chandra: “The sacred and ornamental characters of Tibet”. Journal of the Asiatic Society of Bengal, vol. 57 (1888), pp. 41–48 and 9 plates.
  • Das, Sarat Chandra (1996). An Introduction to the Grammar of the Tibetan Language. Reprinted by Delhi: Motilal Banarsidass.
  • Jäschke, Heinrich August (1989). Tibetan Grammar. Corrected by Sunil Gupta. Reprinted by Delhi: Sri Satguru.

Referências externas

Placa de resgistro de veículo de Jammu e Caxemira, em escritas Latina e Tibetana

Referências Unicode