António Segadães Tavares: diferenças entre revisões

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Figura incontornável da [[Engenharia|engenharia]] em [[Portugal]], começou por estudar [[Engenharia]] Electrotécnica, no [[Instituto Superior Técnico]], em [[1961]]. Não ficou indiferente ao movimento associativo contra a [[Salazarismo|ditadura]], envolvendo-se nas greves de [[1962]], quando foi decretado o luto académico.
Figura incontornável da [[Engenharia|engenharia]] em [[Portugal]], começou por estudar [[Engenharia]] Electrotécnica, no [[Instituto Superior Técnico]], em [[1961]]. Não ficou indiferente ao movimento associativo contra a [[Salazarismo|ditadura]], envolvendo-se nas greves de [[1962]], quando foi decretado o luto académico.


Acabaria por mudar de curso e de cidade, primeiro para [[Coimbra]], depois para o [[Porto]], onde se licenciou em [[Engenharia Civil]], em [[1968]]. Recebeu então o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida e foi convidado para assistente no [[Instituto Superior Técnico]], onde lecciona até [[1973]]. Também entre [[1969]] e [[1975]] colabora com o [[Laboratório Nacional de Engenharia Civil]], que lhe edita o livro ''Análise Matricial de Estruturas'', em [[1972]].
Acabaria por mudar de curso e de cidade, primeiro para [[Coimbra]], depois para o [[Porto]], onde se licenciou em [[Engenharia Civil]], em [[1968]]. Recebeu então o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida<ref>[http://www.rtp.pt/gdesport/?article=596&visual=3&topic=1 Os Grandes Portugueses]</ref> e foi convidado para assistente no [[Instituto Superior Técnico]], onde lecciona até [[1973]]. Também entre [[1969]] e [[1975]] colabora com o [[Laboratório Nacional de Engenharia Civil]], que lhe edita o livro ''Análise Matricial de Estruturas'', em [[1972]].


Ligado ao [[MPLA]], decide voltar a [[Angola]], exercendo a docência na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda. Contudo acaba por deixar este país, após um assalto à sua casa, em [[Outubro]] de [[1975]].
Ligado ao [[MPLA]], decide voltar a [[Angola]], exercendo a docência na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda. Contudo acaba por deixar este país, após um assalto à sua casa, em [[Outubro]] de [[1975]].
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De novo em [[Portugal]], torna-se professor associado na [[Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa]], onde é hoje professor catedrático convidado, desde [[1999]]. Dirige o Departamento de Estudos e Projectos da [[Teixeira Duarte]], entre [[1976]] e [[1980]], ano em que se muda para a Triede, como director técnico. Desde [[1986]] que é director da Segadães Tavares & Associados.
De novo em [[Portugal]], torna-se professor associado na [[Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa]], onde é hoje professor catedrático convidado, desde [[1999]]. Dirige o Departamento de Estudos e Projectos da [[Teixeira Duarte]], entre [[1976]] e [[1980]], ano em que se muda para a Triede, como director técnico. Desde [[1986]] que é director da Segadães Tavares & Associados.


Entre os seus projectos de engenharia destacam-se a emblemática pala do [[Pavilhão de Portugal]], o [[Centro Cultural de Belém]], o [[Centro Vasco da Gama]], o [[Le Méridien]] de [[Lisboa]], a [[Faculdade de Medicina Veterinária]], a reconstrução da zona ardida do [[Chiado]] e o reforço do túnel do [[Rossio]]. Em [[Luanda]] assinou o [[Instituto Karl Marx]] e o Estádio da Cidadela. Segadães Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável uma simbiose entre aquela e a arquitectura.
Entre os seus projectos de engenharia destacam-se a emblemática pala do [[Pavilhão de Portugal]], o [[Centro Cultural de Belém]], o [[Centro Vasco da Gama]], o [[Le Méridien]] de [[Lisboa]], a [[Faculdade de Medicina Veterinária]], a sede do [[Montepio Geral]], a reconstrução da zona ardida do [[Chiado]], o reforço do túnel do [[Rossio]], em [[Lisboa]], e o edifício do [[Banco de Portugal]] em [[Évora]]. Em [[Luanda]] assinou o [[Instituto Karl Marx]] e o Estádio da Cidadela. Segadães Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável uma simbiose entre aquela e a arquitectura.


Em [[1998]] [[Jorge Sampaio]] entregou-lhe a Medalha de Grande Oficial da [[Ordem do Mérito]]. Em [[2004]] foi o primeiro português a vencer o [[prémio OStrA]]<ref>[http://matematica2.no.sapo.pt/segadaes/nobeleng.htm Artigo sobre o prémio OStrA] na revista [[Pública]] nº 431 de 29-08-2004.</ref>, o ''[[nobel]]'' da [[engenharia]], pela ampliação do [[Aeroporto da Madeira]].
Em [[1998]] [[Jorge Sampaio]] entregou-lhe a Medalha de Grande Oficial da [[Ordem do Mérito]]. Em [[2004]] foi o primeiro português a vencer o [[prémio OStrA]]<ref>[http://matematica2.no.sapo.pt/segadaes/nobeleng.htm Artigo sobre o prémio OStrA] na revista [[Pública]] nº 431 de 29-08-2004.</ref>, o ''[[nobel]]'' da [[engenharia]], pela ampliação do [[Aeroporto da Madeira]].

Revisão das 00h48min de 26 de março de 2011

António Madeira Segadães Tavares (Luau, 1944) é um engenheiro civil português.

Figura incontornável da engenharia em Portugal, começou por estudar Engenharia Electrotécnica, no Instituto Superior Técnico, em 1961. Não ficou indiferente ao movimento associativo contra a ditadura, envolvendo-se nas greves de 1962, quando foi decretado o luto académico.

Acabaria por mudar de curso e de cidade, primeiro para Coimbra, depois para o Porto, onde se licenciou em Engenharia Civil, em 1968. Recebeu então o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida[1] e foi convidado para assistente no Instituto Superior Técnico, onde lecciona até 1973. Também entre 1969 e 1975 colabora com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que lhe edita o livro Análise Matricial de Estruturas, em 1972.

Ligado ao MPLA, decide voltar a Angola, exercendo a docência na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda. Contudo acaba por deixar este país, após um assalto à sua casa, em Outubro de 1975.

De novo em Portugal, torna-se professor associado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde é hoje professor catedrático convidado, desde 1999. Dirige o Departamento de Estudos e Projectos da Teixeira Duarte, entre 1976 e 1980, ano em que se muda para a Triede, como director técnico. Desde 1986 que é director da Segadães Tavares & Associados.

Entre os seus projectos de engenharia destacam-se a emblemática pala do Pavilhão de Portugal, o Centro Cultural de Belém, o Centro Vasco da Gama, o Le Méridien de Lisboa, a Faculdade de Medicina Veterinária, a sede do Montepio Geral, a reconstrução da zona ardida do Chiado, o reforço do túnel do Rossio, em Lisboa, e o edifício do Banco de Portugal em Évora. Em Luanda assinou o Instituto Karl Marx e o Estádio da Cidadela. Segadães Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável uma simbiose entre aquela e a arquitectura.

Em 1998 Jorge Sampaio entregou-lhe a Medalha de Grande Oficial da Ordem do Mérito. Em 2004 foi o primeiro português a vencer o prémio OStrA[2], o nobel da engenharia, pela ampliação do Aeroporto da Madeira.

Referências

Ligações externas

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