Santiago (Chile): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Mjbmrbot (discussão | contribs)
m r2.7.1) (Bot: Modificando: hi:सेण्टियागो
Linha 431: Linha 431:
[[gv:Santiago, y Çhillee]]
[[gv:Santiago, y Çhillee]]
[[he:סנטיאגו דה צ'ילה]]
[[he:סנטיאגו דה צ'ילה]]
[[hi:सेण्टियागो]]
[[hi:सेंटियागो]]
[[hif:Santiago]]
[[hif:Santiago]]
[[hr:Santiago de Chile]]
[[hr:Santiago de Chile]]

Revisão das 18h18min de 28 de março de 2011

Santiago
Do topo, em sentido horário: Cerro Santa Lucía; Sanhattan; Titanium La Portada em construção; estação do Metro de Santiago; Torre Entel; e Palácio de La Moneda.
Do topo, em sentido horário: Cerro Santa Lucía; Sanhattan; Titanium La Portada em construção; estação do Metro de Santiago; Torre Entel; e Palácio de La Moneda.
Do topo, em sentido horário: Cerro Santa Lucía; Sanhattan; Titanium La Portada em construção; estação do Metro de Santiago; Torre Entel; e Palácio de La Moneda.
Bandeira oficial de Santiago
Brasão oficial de Santiago
Bandeira Brasão
Localização de Santiago na América do Sul
Localização de Santiago na América do Sul
Localização de Santiago na América do Sul
País  Chile
Prefeito Pablo Zalaquett Said (UDI)
Área  
  Total 641.4 km²
  Metropolitana 15,403.2 km²
População  
  Cidade 5 428 590
  Urbana 6 676 745
   -Densidade metropolitana   467,44/km²
Website: http://www.municipalidaddesantiago.cl

Santiago é a capital e maior cidade do Chile. Está localizada na Região Metropolitana de Santiago, no vale central chileno, ao lado da Cordilheira dos Andes. É o centro cultural, administrativo, industrial e financeiro do país.

Chamada de Grande Santiago ou simplesmente Santiago, é uma aglomeração que possui 26 comunas de maneira íntegra e 11 comunas de forma parcial. A maior parte de Santiago está na Província de Santiago, com alguns setores periféricos dentro das províncias de Maipo, Cordillera e Talagante.

Santiago está localizada nas coordenadas 33° 26' 16" S 70° 39' 01" O, a uma altitude média de 567 metros.[1] No ano de 2002, a conurbação se estendia em 641,4 km² e tinha uma população de 5,428,590 habitantes,[2] o que equivale a cerca de 35,9% da população total do país. De acordo com ditas cifras, Santiago, além disso, é a sétima cidade mais habitada da América Latina e uma das 45 maiores áreas metropolitanas do mundo.[3]

A cidade de Santiago abriga os principais organismos governamentais (à exceção do Congresso Nacional, localizado em Valparaíso), financeiros, administrativos, comerciais e culturais do país. Santiago do Chile também é sede da CEPAL, terceira cidade com melhor qualidade de vida na América Latina, depois de Montevidéu e Buenos Aires[4] e uma cidade global de classe gama.[5] Finalmente, é considerada como a 53º cidade com maiores receitas do mundo, com um PIB (PPC) de US$91 bilhões em 2005 e estimado em US$160 bilhões até 2020.[6]

Por se encontrar localizada em um vale rodeado de montanhas que restringem a circulação dos ventos, Santiago sofre de problemas de poluição atmosférica, que são especialmente graves durante o inverno.

História

A Fundação de Santiago por Pedro de Valdívia por Pedro Lira (1889).

Santiago foi fundada pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia, no dia 12 de fevereiro de 1541, com o nome de "Santiago de Nueva Extremadura" (em honra ao Apóstolo Santiago, santo patrono da Espanha). A cerimônia de fundação ocorreu no "Cerro Huelén" (renomeado por Valdívia como Cerro Santa Lúcia). Assim, Pedro de Valdivia iniciou a conquista do Chile. Foi escolhida essa região por seu clima moderado e por estar ao lado do rio Mapocho. Por conselho do cacique picunche Millacura, a cidade foi fundada entre os dois braços desse rio.

A cidade foi destruída no dia 11 de setembro de 1541 pelas forças dos nativos da região, chefiados por Michimalonco, que promoveu a Guerra do Arauco.

Os primeiros edifícios da cidade foram construídos com o apoio dos nativos picunches. Um pequeno riacho-afluente sul do rio Mapocho foi drenado e transposto, convertendo-se em uma passagem pública, conhecida como Alameda (hoje, a Avenida Libertador Bernardo O'Higgins).

A cidade foi palco da Guerra da Independência (1810-1818). Com a conquista da independência em 1818, logo foi nomeada capital, nesse mesmo ano.

Graças à gestão do intendente Benjamín Vicuña Mackenna (1872-1875), se criou a estrada do Cerro Santa Lúcia e começou a expansão da cidade. Na década de 1880, as salitreiras do norte do Chile trouxeram prosperidade ao país, promovendo o crescimento de Santiago. No entanto, mesmo no final do século XIX, Santiago não passava de uma pequena capital, com poucos edifícios, entre eles, o Palácio de La Moneda, prédio utilizado pelo governo chileno, algumas igrejas e outros prédios cívicos. A Igreja da Companhia de Jesus sofreu um incêndio em 1863, durante uma missa, e mais de 2000 pessoas morreram. Este foi o maior incêndio já registrado na capital até hoje.[7]

Durante a República Autoritaria se criaram a Universidad de Chile, a Escuela Normal de Preceptores, a Escuela de Artes y Oficios e a Quinta Normal, que incluía os museus de Bellas Artes (atual Museu de Ciencía e Tecnología) e de História Natural.

Vista do Paseo Ahumada, no centro da cidade, no fim da década de 1920.

Durante a celebração do Centenário da República, em 1910, criou-se o atual Museu de Belas Artes, o Parque Florestal, a Biblioteca Nacional e a Estação de Trem Mapocho (hoje, um centro de eventos). Junto aos anteriores, as obras do Centenário da República também incluíram a construção do sistema de esgotos e recolecção de águas das chuvas do centro de Santiago, a cargo da companhia francesa Batignolles e Fould.

O século XX se destaca pelo grande crescimento da população, principalmente de gente que provinha do campo, o que descontrolou a planificação urbana e a cidade começou a crescer indiscriminadamente.

Santiago começou a se transformar em uma cidade moderna a partir da década de 1930, com a construção do Bairro Cívico, em torno do Palácio de La Moneda. A cidade se expandiu até as periferias e, em 1940 nasce o conceito da Gran Santiago (Grande Santiago) chegando a quase um milhão de habitantes.

Em 1975 se inaugura o Metropolitano de Santiago, um grande avanço para o transporte da cidade. Em 1985, um sismo destruiu algumas importantes construções históricas no centro da cidade.

Resultado de seu radical crescimento e desenvolvimento econômico e social, intensificado com seu "boom" econômico na década de 1990, Santiago pertence ao grupo dos maiores e mais importantes centros financeiros da América Latina.

Geografia

Geologia e relevo

A cidade de Santiago está localizada principalmente em um vale chamado "vale central". Este vale é parte da conhecida Depressão Intermediária e está delimitado claramente pelo cordão Chacabuco no norte, a Cordilheira dos Andes no leste, a Angostura de Paine no sul e a Cordilheira da Costa no oeste. Esse vale tem a extensão de 80 km na direção norte-sul e de 35 km na direção leste-oeste, aproximadamente.

Há centenas de milhares de anos, o atual território da cidade era banhado pelo oceano e sedimentos marinhos, sendo que a única parte terrestre mais próxima era a já existente Cordilheira da Costa. A morfologia da região começou a ter seu aspecto atual desde o fim do Paleozóico, quando começou a convergência da Placa de Nasca com a Placa Sul-Americana, esta pertencente então ao continente de Gondwana. A convergência levou ao surgimento de uma área terrestre, a partir do Triásico, levantando uma concentrada, grande e larga parte de toda essa área, que deu origem aos Andes. Posteriormente, novas atividades tectônicas geraram a fragmentação da grande massa rochosa levantada, formando a Depressão Intermediária.

A morfologia regional continuou a sua transformação. Os glaciares cubriram a região com gelo, formando sinuosos morros. A forte atividade vulcânica presente nessa época gerou uma série da erupções vulcânicas, lançando grandes fluxos de lava e provocando o derretimento dos glaciares. Isso gerou o depósito de mais sedimentos no vale central, complementado depois pelas chuvas. A sedimentação do vale continuou por milhares de anos e inclusive, os últimos grandes acontecimentos, correspondentes a violentas erupções vulcânicas, se remetem para menos de 5000 anos. Esses sedimentos permitiram a existência de uma fértil bacia e cobriram o relevo anterior à formação andina, deixando somente a parte mais alta de alguns morros, conhecidos como "morros ilhas", por toda a cidade.

Vista da Cordilheira dos Andes desde Santiago.

Atualmente, Santiago se estende principalmente no plano da bacia com uma altitude entre os 400 m nas zonas mais ao oeste e chegando aos 540 m na Praça Baquedano. A área metropolitana é rodeada por alguns "morros ilhas", como é o caso do Cerro Santa Lúcia, Cerro Blanco, Cerro Calán e o Cerro Renca, que com 800 m de altitude é o ponto mais elevado da cidade. No sudoeste da cidade existe um cordão rochoso de vários "morros ilhas", entre os quais se destaca o Cerro Chena. Na direção oeste da cidade, há um dos pontos mais altos da Cordilheira da Costa, como o Cerro Roble Alto, com 2815 m de altitude, sendo que a zona do rio Maipo é a única em que a cordilheira perde altura.

Durante as últimas décadas, o crescimento urbano expandiu os limites da cidade até o setor leste, chegando-se na Pré-Cordilheira dos Andes. Inclusive em comunas como La Dehesa, Lo Curro e El Arrayán, se superou a barreira dos 1000 m de altitude. Por fim, algumas áreas periféricas de baixa altitude que hoje ocupam a "cuenca", vieram da Pré-Cordilheira, como é o caso do cordão montanhoso do Cerro La Pirámide e do Cerro Sán Cristóbal, no setor noroeste de Santiago.

No leste da cidade, está a chamada Serra de Ramón, uma cadeia montanhosa formada pela Pré-Cordilheira, devido à ação da falha de Ramón, alcançando 3296 metros de altitude no cerro de Ramón. Com mais 20 km. ao leste, se encontra a Cordilheira dos Andes, com suas cadeias de montanhas e vulcões, muitos dos quais superam os 6000 m, onde se mantém alguns glaciares. O mais alto é o vulcão Tupungato, com 6570 m, localizado perto do vulcão Tupungatito, com 5900 m de altitude. Até o noroeste se encontram o Cerro El Plomo (5424 m) e o Nevado El Plomo, com 6070 m. Até o sudeste da capital, no entanto, se localizam o Nevado Los Piuquenes (6019 m), o vulcão San José (5856 m) e o Maipo, com 5323 m. De todos estes, tanto o Tupungatito como o San José e o Maipo são vulcões ativos.

Hidrografia

A cidade de Santiago está localizada na bacia hidrográfica do rio Maipo, que possui uma superfície de aproximadamente 15 380 km². Seu curso principal nasce na cordilheira dos Andes, ao sudeste de Santiago, próximo a um vulcão homônimo, e desce pela cordilheira em um cânion chamado de Cânion do Maipo. Nessa área, aparecem três importantes afluentes: o rio Volcán que nasce próximo ao vulcão San José e apresenta algumas termas como Baños Morales; o rio Yeso, cujo curso superior se localiza na represa El Yeso (principal reserva de água potável de toda a região Metropolitana), e o rio Colorado. Ao sair da zona da pré-cordilheira, o rio Maipo entra na "cuenca" de Santiago, aproximando-se da área urbana da capital, demarcando a fronteira entre a comuna de Puente Alto e a recém criada comuna de Pirque. Depois, o rio segue rumo ao sudoeste, sendo de grande importância para o desenvolvimento agrícola das áreas rurais que cercam a cidade, para finalmente seguir seu caminho até o Oceano Pacífico, na cidade de Llolleo, na V Região de Valparaíso.


No entanto, o rio mais importante para a cidade é o rio Mapocho, cujo percurso começou a ser habitado desde a época colonial. O rio Mapocho é o principal afluente do rio Maipo, se encontrando com ele no setor de El Monte, no sudoeste da cidade. O rio Mapocho nasce graças a vários e pequenos riachos na zona nordeste da cordilheira dos Andes e posteriormente, baixa até o vale central através de desfiladeiros da pré-cordilheira, entrando diretamente na zona leste da cidade.

O rio Mapocho passa, no sentido leste-oeste, por cerca de 20 comunas antes de sair pela zona de Pudahuel, para logo percorrer áreas agrícolas até chegar a El Monte. Durante o ano, seu nível pode variar entre 13,6 m³/s em novembro e 2,3 m³/s em abril.

Para que a obtenção de água se tornasse mais fácil para o desenvolvimento agrícola da bacia, foram construídos no século XIX diversos canais de irrigação que conectam o rio Mapocho ao rio Maipo, como o canal San Carlos e o canal Las Perdices. Outras obras foram realizadas para a canalização das águas pluviais provenientes da cordilheira, como o zanjón de la Aguada.

Clima

Gráfico da temperatura e precipitação na cidade.

O clima de Santiago corresponde ao clima temperado, com chuvas no inverno e estação seca prolongada, mais conhecido como clima mediterrânico continentalizado.

A principal característica climática de Santiago é a concentração de cerca de 80% das precipitações durante os meses principalmente de inverno (maio a setembro), variando entre 50 e 80 mm. por mês. Essa quantidade contrasta os índices dos meses correspondentes à estação seca, produzida por um domínio anticiclônico (que é interrompido por cerca de sete ou oito meses) principalmente durante os meses de verão, entre dezembro e março. No verão, a precipitação não supera os 4 mm. Essas precipitações são compostas geralmente por chuva, mesmo que ainda ocorra neve e queda de granizo principalmente nos setores da pré-cordilheira, que estão a aproximadamente 1500 metros de altitude.


Em alguns casos, a neve afeta a cidade, mas apenas a zona leste (setores orientais), sendo muito rara a ocorrência de neve nas outras partes da conurbação. Como Santiago está localizada em uma área semi-árida, há pouca precipitação na região: com a entrada de maior quantidade de massas de ar polares, o maior índice pluviométrico é registrado no inverno. O clima é mais seco no verão, com poucas chuvas registradas, devido à dificuldade de entrada de umidade na área graças ao relevo ao redor da cidade.

Em relação às temperaturas, variam ao longo do ano, passando de uma média de 20 °C durante o mês de janeiro, até uma média de 8 °C nos meses de junho e julho. No verão, Santiago apresenta grandes variações de temperatura, atingindo com facilidade 30 °C ou mais à tarde, e chegando a 12 °C na madrugada. As noites são agradáveis. A maior temperatura já registrada na cidade foi de 37 °C. Já nos meses de outono e inverno, a temperatura cai radicalmente, situando-se entre os 9 °C de dia e baixando para 0 °C ou menos à noite, especialmente na madrugada. A menor temperatura já registrada na cidade foi de -6,8 °C, em 1976. A temperatura média anual da cidade é de 13,7 °C, sendo a quarta capital mais fria da América do Sul.

Clima de Santiago de Chile[8]
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura média (°C) 20,0 19,3 17,0 13,8 10,5 8,0 7,8 9,1 11,3 13,8 16,6 19,1 13,9
Precipitação (mm) 1,2 2,1 4,2 13,7 58,0 78,2 75,5 54,2 26,7 13,6 6,1 3,9 338,2

A localização de Santiago dentro de uma "cuenca" é um dos fatores que mais influenciam no clima da cidade. A cordilheira da Costa serve como um variador climático, por se opor à propagação da influência oceânica, o que contribui para o aumento da oscilação térmica anual e diária (a diferença entre as temperaturas máximas e mínimas diárias pode chegar aos 18 °C) e para uma umidade do ar relativamente baixa (média anual de 70%). No mais, a cordilheira da Costa impede a entrada de massas de ar, a não ser certa nebulosidade baixa costeira que entra na "cuenca" através dos vales fluviais.

Os ventos têm direção predominantemente sudoeste, com intensidade média de 15 km/h especialmente durante o verão, já que no inverno a velocidade deles é quase nula.

Meio-ambiente

A cidade de Santiago se localiza em uma zona ecológica do tipo escleromórfica (conhecida como "matorral chileno"), que tem sido fortemente modificada devido à utilização do solo para fins agrícolas ou para expansão urbana. Nos últimos anos, foi identificada uma rápida degradação dos solos, e consequentemente, sua erosão. Tudo isso está gerando um processo de desertificação, agravado pela utilização de águas subterrâneas (lençóis freáticos) para o consumo humano, pelos incêndios florestais e pela seca de pântanos, entre outros. Apesar disso, ainda restam algumas áreas de grande importância para a biodiversidade, como a quebrada da Plata ou a quebrada de Ramón: todos parques silvestres protegidos, localizados em encostas da cordilheira dos Andes.

Na cidade, o número de áreas verdes é de aproximadamente 2686 públicas e 2625 privadas (década de 1990), que equivalem a 2,5% da área urbana consolidada. Considerando estes índices, cada santiaguino possui em média 5,7 m² de área verde, menos que os 9 m² recomendados pela OMS. No entanto, segundo estudos, este índice atualmente é ainda mais baixo, mesmo porque, enquanto a cidade cresce cerca de mil hectares por ano, apenas 8 hectares de áreas verdes são criados. Metade do número de hectares de áreas verdes corresponde aos "morros ilhas" , que possuem pouca vegetação ou carecem dela. Portanto, descontando essas áreas, os índices chegariam a 1,5 m² de áreas verdes por habitante. No entanto, todos estes índices apresentam grande variação dependendo da zona da cidade: enquanto no setor oriente se pode chegar aos 20 m² por habitante, na zona sul este índice não passa de 1 m² de área verde por habitante.

Poluição atmosférica

Um grave problema ambiental que a cidade sofre é a contaminação atmosférica existente. A cidade, como qualquer outra, produz a poluição, o que vem gerando a acumulação de uma capa de smog sobre ela nas últimas décadas. Esta característica se agrava durante o inverno, devido aos fenômenos climáticos como a inversão térmica, as chuvas e a considerável redução das massas de ar pela "cuenca". Tudo isso, mais o frio próprio dessa época do ano, produz o aumento das infecções respiratórias, principalmente em crianças, que chegam a recorrer ao Sistema de Atenção de Saúde de Santiago.

A contaminação possui diversos componentes químicos tóxicos, como SO2, CO, O3 e NO2, mais os vários tipos de materiais particulados em suspensão (49% produzidos por fontes móveis e 29% por fontes fixas). Os níveis de acumulação destas substâncias são medidos por sete estações de monitoramento da qualidade do ar, instaladas entre 1977 e 1988 por toda a cidade. As medições destas estações, com as pesquisas meteorológicas, permitem às autoridades encarregadas decretar medidas extraordinárias para a diminuição da contaminação, que são chamadas de "alertas ambientais", "pré-emergência ambiental" e/ou "emergência ambiental". Nos últimos anos, os níveis de contaminação ambiental diminuíram consideravelmente: em 1989, o nível médio de material particulado no ar era de 103,3 µg/m³, sendo que em 2004 este nível chegou aos 60,9 µg/m³. Mesmo assim, ainda é uma marca muito superior à norma de 50 µg/m³ estabelecida pelo governo. No caso do material particulado mais fino (MP 2.5), os índices mostram uma redução de 68,8 para 29,3 µg/m³ em uma mesma época do ano. Os registros de "alertas ambientais" baixaram de 38 em 1997 para 9 em 2004; os de "pré-emergências" de 37 para 4, e os de "emergência ambiental" de 4 para nenhum registro.

Os rios também possuem alto nível de contaminação, principalmente devido ao depósito de resíduos industriais e de esgoto. O rio Mapocho, o rio Maipo e o zanjón de la Aguada são os mais afetados, apesar de nos últimos anos diversas iniciativas terem sido criadas para reduzir estes problemas. Várias estações de tratamento de esgoto foram construídas e em 2006, 75% de toda a cidade possuía saneamento básico. Enquanto isso, um projeto da Companhia Águas Andinas pretende construir até 2009 um ducto de 28 km., para eliminar o depósito de esgoto no rio Mapocho.

Por fim, a cidade produz uma grande contaminação que tem afetado e praticamente impossibilitado o trabalho de diversos recintos astronômicos localizados na capital.

Apesar de tudo, é de grande valia ressaltar que diversos esforços têm sido priorizados pelos cidadãos e pelo governo para atenuar a poluição em Santiago. E de fato, a cidade apresenta a cada dia uma melhora no que diz respeito aos seus índices de contaminação. Afinal, por uma característica natural, inversões térmicas são comuns no inverno, causando grandes índices de concentração de fumaça e poluição atmosférica na região de Santiago. Por estar cercada de montanhas, a dissipação de partículas fica dificultada. Durante muito tempo Santiago foi considerada uma das capitais mais poluídas do mundo. Desde 2000 os índices registrados têm sido favoráveis à diminuição da poluição.

Política e governo

Administração

Intendência Metropolitana, sede do governo da Região Metropolitana de Santiago.

Diferente de outras grandes cidades e áreas metropolitanas do mundo, Santiago do Chile carece de um governo metropolitano encarregado de sua administração. Atualmente, a cidade é repartida em diversas autoridades, o que atrapalha a sua administração como uma única entidade.

Segundo a atual estrutura territorial chilena, o território está dividido em três níveis (regiões, províncias e comunas), mas Santiago não se enquadra perfeitamente em nenhum deles. A Região Metropolitana de Santiago foi criada em 1976 para englobar uma área metropolitana criada dois anos antes, a partir da antiga província de Santiago, mas uma série de localidades não foram incluídas em seu território, como Melipilla e Talagante. Já em nível provincial, a Grande Santiago sobrepassa os limites da atual Província de Santiago, incluindo as províncias de Cordillera, Maipo e Talagante. Se tratando de comunas, a cidade é composta por 36 delas.

Em geral, dois tipos de órgãos administram a cidade. De um lado estão os 37 municípios, encarregados da administração local de cada comuna, dirigidos por um prefeito e assessorados por um conselho, eleito por votação popular; no entanto, os encarregados da administração superior da Região Metropolitana são o Governo Regional (formado pelo Conselho Regional e eleito indiretamente), e o Intendente , que o preside e é escolhido diretamente pelo Presidente da República; no mais, o mesmo Intendente corresponde ao governo da região, como representante natural e imediato do Presidente da República, atuando geralmente, dentro de suas possibilidades, como coordenador de todas as ações correspondentes à comuna. Atualmente, o cargo de Intendente Metropolitano de Santiago é desempenhado por Pablo Zalaquett Said.

Quando a Região Metropolitana de Santiago foi formada, não se criou o cargo de governador provincial. Portanto, na Região Metropolitana de Santiago, esse cargo corresponde ao de Intendente. Em 2001 foi criado o cargo de "Delegado provincial", que exerce as funções de governador, representando o Intendente, mas com poder muito menor que o dele, como os governadores provinciais de todo o país.

Cidades-irmãs

Ademais, Santiago pertence à rede de Mercocidades, assinada por 180 cidades dos países membros do Mercosul,[23] e à União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), protocolo assinado por todas as cidades capitais de Ibero-América mais Barcelona e Rio de Janeiro.[24]

Subdivisões

Devido à grande expansão da cidade, esta se organizou em comunas. A cidade de Santiago ocupa a Província de Santiago e alguma comunas vizinhas, no centro da subdivisão de primeiro nível do país, denominada Região Metropolitana de Santiago.

Atualidade Santiago é composta por mais de trinta comunas. O Instituto Nacional de Estadísticas, considera 2005, que a conurbação de Santiago é composta por 36 comunas.

Cerrillos Las Condes Pudahuel
Cerro Navia Lo Barnechea Puente Alto
Conchalí Lo Espejo Quilicura
El Bosque Lo Prado Quinta Normal
Estación Central Macul Recoleta
Huechuraba Maipú Renca
Independencia Ñuñoa San Bernardo
La Cisterna Padre Hurtado San Joaquín
La Florida Pedro Aguirre Cerda San Miguel
La Granja Peñalolén San Ramón
La Pintana Pirque Santiago
La Reina Providencia Vitacura
Mapa de Santiago y sus comunas.
Mapa de Santiago y sus comunas.

Quatro comunas fazem parte de províncias vizinhas: Padre Hurtado, San Bernardo, Pirque e Puente Alto.

Algumas comunas, mesmo não sendo parte da Grande Santiago mantem estreita relação com a metrópole. Dentre estas estão as zonas urbanas de: Colina, Lampa, Peñaflor, Talagante, Calera de Tango, Buin e Paine.

Economia

A cidade de Santiago é o principal polo de desenvolvimento econômico do Chile e um dos mais importantes da América Latina. Segundo o Banco Central, o PIB da Região Metropolitana em 2005 foi de 24.461.582 milhões de pesos chilenos (aproximadamente 35.380 milhões de dólares), o equivalente a 42,68% do PIB total nacional. Este índice, se reajustado com a paridade de poder aquisitivo, aumenta para US$ 91 000 milhões, tornando Santiago a 53º cidade com maior poder aquisitivo do mundo e a 5ª na América Latina (depois da Cidade do México, Buenos Aires, São Paulo e Rio de Janeiro). Estudos projetam que em 2020, seu PIB (PPA) chegaria a US$ 160 000 milhões, com uma taxa de crescimento anual efetiva de 3,8%, mantendo boa posição a nível mundial, sendo superada na América Latina apenas por Bogotá, seguida por Monterrey. Portanto, Santiago ultrapassaria a Cidade do México, Buenos Aires, São Paulo e Rio de Janeiro. Bogotá cresceria radicalmente, ficando em 1º lugar e Santiago seria a 2ª cidade com maior poder aquisitivo da América Latina.

Quase 80% do produto interno bruto regional provêm do setor terciário, sendo que 26,16% do PIB existe graças aos serviços financeiros e empresariais e 13,99% devido ao comércio. A indústria produz 16,50% do PIB, o setor agropecuário apenas 1,06% e a mineração 0,93%, devido principalmente à mineradora de cobre Disputada de Las Condes. Em relação à geração do valor agregado por setores em nível nacional, em Santiago são gerados 45,22% do produzido pelo setor industrial, 42,93% do setor da construção civil, 52,22% do setor de transportes, 64,37% do setor comercial e 76,79% do setor financeiro.

Centro financeiro da cidade.

Em Santiago estão localizadas as principais instituições econômicas do país, incluindo a Bolsa de Comércio de Santiago (cujo principal índice bursátil é o IPSA), e a maioria das sedes de empresas nacionais e multi-nacionais, como LAN, Farmácias Ahumada, Santa Isabel, Falabella, Nestle, HP, Reuters, JP Morgan, Intel, Coca-Cola, Unilever, Nestlé, Kodak, BHP Billiton, IBM, Motorola, Microsoft, Ford, Toyota, Yahoo!, entre outras. Graças a tratados de livre comércio, assinados desde a década de 2000 com os Estados Unidos, União Europeia, República Popular da China, Japão, Coreia do Sul, entre outros, diversas empresas internacionais têm utilizado Santiago como uma plataforma de entrada ao mercado latino-americano. Segundo a revista América Economia, Santiago é uma das melhores cidades para se fazer negócios da América Latina, ficando em diversas áreas entre as primeiras posições. Inclusive, em 2007, Miami e Santiago, empatadas em primeiro lugar, foram consideradas as melhores cidades da América para se realizar novos negócios. Em relação ao comércio, tem crescido muito nos últimos anos, potenciado pela construção de vários centros comerciais em diversas zonas da capital e pelo auge dos inúmeros hipermercados.

Turismo

A cidade é um importante destino turístico a nível nacional, por ser a principal porta de entrada ao país através do Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez e do Paso Transandino Internacional Los Libertadores. Ambos concentram 55,2% do total de pessoas que ingressam no Chile por ano, o equivalente a 1 119 840 de turistas em 2005. No mais, segundo um estudo do Serviço Nacional de Turismo, 52,3% dos turistas (tanto nacionais como internacionais) têm como destino a categoria "Santiago e seus arredores", sendo que quase toda esta parcela também visita as estações de esqui localizadas na Cordilheira dos Andes. Com vários atrativos históricos e culturais, museus, palácios, mirantes, shows, vida noturna intensa, compras, entre outros, se tornou, principalmente após o "boom" econômico da década de 1990, uma grande opção turística. Além disso, se encontra a menos de 100 km do litoral e de estâncias de esqui (entre elas, a mais moderna da América do Sul). Provenientes de todas as partes do mundo, os turistas que conhecem a cidade são principalmente europeus, estadunidenses, canadenses e brasileiros.

Hotelaria

A cidade oferece 220 estabelecimentos hoteleiros que totalizam uma capacidade de 9 240 suítes e 17 147 camas. No entanto, desde os últimos anos estes índices estão em constante aumento, especialmente na área dos hotéis com 3 estrelas ou mais, devido à chegada de diversas cadeias hoteleiras internacionais. A maior parte deles se encontra no centro da cidade e nos bairros de Providencia, Vitacura e Las Condes, que se destacam por sua bela arquitetura e bons serviços, estando aí os hotéis W, Marriot, Hyatt, Ritz Carlton, Radisson, Sheraton, Kennedy, entre outros.

Construção civil

O setor da construção civil encontra-se sobre forte expansão em Santiago. Vários complexos de apartamentos, residenciais, casas, inúmeros condomínios e edifícios comerciais marcam presença. No entanto, nenhum deles se destaca tanto como os novos arranha-céus que a cidade recebe. O primeiro deles será o Titanium La Portada, no setor financeiro da cidade, com pouco mais de 200 metros de altura e estrutura ecológica. Sua previsão de inauguração é para meados de 2010. Próximo ao Titanium La Portada, um mega projeto também está em construção: se trata do Costanera Center, com previsão de inauguração para o ano de 2012. Terá um grande shopping com várias lojas âncoras, dois hotéis (5 e 4 estrelas, em um edifício com 105 metros de altura), restaurantes, cinema, entre outros. Além disso, sua torre principal, um arranha-céus com 300 metros de altura (30º maior do mundo) e mais duas torres, uma com 165 e outra com 160 metros de altura, abrigarão escritórios, empresas e consultórios. Quando inaugurado, será o maior edifício do hemisfério sul e da América do Sul. Devido à crise econômica mundial, a construção do Costanera Center foi totalmente postergada no dia 28 de janeiro de 2009 e retomada no dia 17 de dezembro do mesmo ano. Por isso, a previsão de inauguração do projeto se alterou.

Apesar destes dois últimos serem os principais atuais projetos, frequentemente são anunciados para a capital chilena novos projetos de edificações, principalmente comerciais, residenciais e hotéis, com altura entre 100 e 200 metros, demonstrando sua modernidade e potencial futurístico.

Infra-estrutura

Transporte interurbano

Aéreo

O transporte aéreo utiliza o Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez para os voos tanto nacionais como internacionais. O aeroporto está localizado na comuna de Pudahuel, no noroeste da cidade, a 13 km do centro. Possui sua própria administração, através de capitais privados. Seu número de atrasos e cancelamentos de vôos é baixíssimo. É considerado em vários fatores um dos mais modernos da América Latina. Foi utilizado em 2007 por 8,4 milhões de passageiros, dos quais 4,9 eram internacionais e 3,5 domésticos. Foi inaugurado em 1967, substituindo o antigo Aeroporto Los Cerrillos, que após esta data operou como um aeródromo, até seu fechamento em 2005. Outros pontos relacionados à aviação são a Base Aérea El Bosque e o Aeródromo Eulogio Sánchez, mesmo que não destinados ao transporte público.

Rodoviário
A Autopista Costanera Norte, em meio à cidade.

Em relação às rodovias (chamadas de autopistas), a cidade é cortada pela Rodovia Panamericana (CH-5). Dentro da cidade, ela se chama Rodovia Central. Pela Ruta CH-5, pode-se chegar ao norte do país através da rodovia concessionada do Aconcágua, e ao sul através da Rodovia do Maipo. A Rodovia do Pacífico (CH-68) é uma das mais utilizadas, conectando Santiago a Valparaíso e Viña del Mar; a Rodovia do Sol (CH-78), no entanto, conecta Santiago com San Antonio e outras cidades do litoral central. E por último, a Rodovia Los Libertadores (CH-57) passa pelas cidades de San Felipe e Los Andes, até chegar na fronteira com a Argentina, no Paso Transandino Internacional Los Libertadores.

Existem várias empresas de ônibus interurbanos em Santiago, sendo este um dos mais importantes meios de transporte. Transportam passageiros a outras cidades chilenas e até a outros países, como Argentina, Bolívia, Peru e Brasil. Todos partem dos terminais de Alameda, Santiago, San Borja e Los Héroes, localizados no centro da cidade. No caso do Terminal de San Borja, alguns ônibus também partem para cidades próximas como Talagante, Peñaflor e Melipilla, que nos últimos anos, têm adquirido o título de cidades-dormitório de Santiago.

Ferroviário

O sistema de transporte ferroviário chileno cresceu muito a partir da primeira metade do século XX, tendo como eixo principal a Estação Central de Santiago. No entanto, atualmente está focado principalmente no transporte de cargas até os portos de San Antonio e Valparaíso. Mesmo assim, diferentemente dos outros países da América Latina, se destaca o moderno serviço de transporte de passageiros. O "Metrotren" vai de Santiago a Rancagua e San Fernando. O "Terrasur", de Santiago a Chillán. Todos os serviços são realizados pela empresa chilena EFE. Os trens, classificados como de "velocidade-alta" e elétricos, atingem uma velocidade de até 140 km/h. Todos são dividos em "classe turística" e "classe preferente". É um meio de transporte muito utilizado, por ser econômico, confortável e eficiente. Por ano, são transportados mais de 10 milhões de passageiros em todo o país. Em pouco tempo, será inaugurado o serviço de transporte de passageiros de Santiago até Temuco (a 670 quilômetros de distância), em novos trens elétricos, fabricados na Espanha, com velocidade máxima de 160 km/h.

Serviços básicos

Os serviços básicos estão principalmente sobre o poder de empresas privadas desde o fim da década de 1980 e começo da década seguinte. Chilectra é a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica em Santiago, servida pelo Sistema Interconectado Central. Em relação à água potável e o serviço de tratamento de esgoto, se destaca a empresa Aguas Andinas, suas filiais e a empresa municipal SMAPA, que serve a comuna de Maipú e arredores. Metrogas é a empresa encarregada da distribuição de gás natural, proveniente principalmente do sul da Argentina através do gasoduto de GasAndes.

Cultura

Pontos turísticos

Palácio de La Moneda, Plaza de Armas, Mercado Central e museus


Museu Nacional de Belas Artes.
Palácio de La Moneda.



Os principais pontos turísticos da cidade se encontram no Centro. A partir da Praça da Cidadania, em frente à Avenida Libertador Bernardo O'Higgins, está localizado o Palácio de La Moneda, sede do governo do Chile e do poder executivo. É permitido o acesso apenas de seus pátios internos. O palácio possui, no seu piso inferior, o recém-inaugurado Centro Cultural La Moneda, espaço com arquitetura futurista e exposições permanentes e temporárias, sendo a maioria delas sobre o Chile, seu povo, cultura e costumes. Destaque para um mapa temático detalhado do Chile, com 50 metros de comprimento.

Próximo ao Palácio de La Moneda, está localizado o Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana, eleito um dos melhores e mais completos museus sobre a cultura pré-colombiana do mundo. A um quarteirão de distância, se encontra a Plaza de Armas, praça central da cidade e lugar de encontro de toda a população, que reúne várias atrações: a Catedral Metropolitana de Santiago, o Museu Histórico Nacional e a Municipalidade de Santiago (prefeitura da Comuna de Santiago). O interior da Catedral Metropolitana de Santiago possui uma bela decoração, além de afrescos.

A três quarteirões da Plaza de Armas, está o Mercado Central, com bons e baratos restaurantes, grande parte deles de comida típica chilena e pescados. A mil metros do Mercado Central, está o conceituado Museu Nacional de Belas Artes, em um antigo palácio, com várias obras de arte, esculturas, exposições temporárias e o acervo mais rico do país. Destaque para a obra "Combate Naval de Iquique", a mais representativa do Chile, que demonstra uma das batalhas da Guerra do Pacífico.

Em direção ao norte da cidade, se encontra a antiga residência de Pablo Neruda (La Chascona), hoje um museu. Além de todos os museus anteriormente citados, Santiago também abriga:

  • Museu Arqueológico de Santiago
  • Museu de Santiago Casa Colorada
  • Museu Colonial San Francisco
  • Museu de Arte Contemporânea
  • Museu Interativo Mirador
  • Museu Artequín
  • Museu de Ciência e Tecnologia
  • Museu Ferroviário
  • Museu da Solidariedade "Salvador Allende".
Parques

Em relação às áreas de lazer e parques (áreas verdes), a cidade dispõe do Parque Metropolitano de Santiago (Cerro San Cristóbal), que é um parque municipal e principal mirante da cidade, de onde se tem uma bela vista da Cordilheira dos Andes. Ele abriga o jardim japonês da cidade, o Zoo Parque e também existem teleféricos, praças e, no seu ponto mais alto, venda de recordações e a escultura "A Virgem".

Também estão localizados em Santiago o Parque O'Higgins, com a Arena de Santiago, um parque de diversões e diversos jardins com lagoas; o Parque Florestal, no centro da cidade, ao lado do Rio Mapocho; e o Cerro Santa Lucia, em meio à cidade, antigo forte, com mirante, local onde ocorreu a cerimônia de fundação de Santiago, em 1541.

Estações de esqui

A menos de uma hora de automóvel de Santiago, na direção leste, estão localizadas várias e famosas estâncias de esqui, incluindo a mais moderna da América (com a maior pista de esqui do hemisfério sul). São elas: Valle Nevado, El Colorado, Farellones e La Parva. Um pouco mais afastada, ao norte, Portillo está a aproximadamente três horas da cidade. Valle Nevado e Portillo também são resorts, com toda uma infra-estrutura hoteleira, gastronômica e de lazer. A primeira estância de esqui da América foi Portillo, construída em 1929. Grande parte destas localidades recebem anualmente delegações de esportes na neve, provenientes de vários países, além dos numerosos turistas e esquiadores amadores e profissionais. Segundo pesquisas, cerca de 70% dos hóspedes do resort Valle Nevado e 30% dos hóspedes do resort de Portillo são brasileiros, na alta temporada (julho).

Vinícolas

Algumas das mais importantes e tradicionais vinícolas do Chile estão localizadas próximas a Santiago, nos Vales do Maipo e Aconcágua. Grande parte delas possui reconhecimento e prestígio internacional. Entre as inúmeras vinícolas, se destacam a Concha y Toro, Santa Rita e Undurraga. Nos últimos anos, alguns vinhos do vale do Maipo, da uva da casta Cabernet Sauvignon, obtiveram as primeiras classificações em renomadas premiações de âmbito internacional, ao lado dos vinhos produzidos no sul de França. Portanto, é evidente a dedicação e talento dos chilenos ao setor vitivinícola. Inclusive, por se atentarem aos mínimos detalhes, melhorando cada etapa do processo produtivo. A obtenção das melhores terras para a plantação das videiras, até a passagem do envelhecimento do vinho em barris de carvalho franceses (de melhor qualidade), são alguns dos diferenciais adquiridos pelas melhores vinícolas do país. No entanto, outros fatores naturais também contribuem para tudo isso, como o solo extremamente fértil dos vales chilenos, graças à atividade vulcânica, e o bom clima dessas regiões. No mais, o país é considerado uma ilha geográfica, isolada, levando à inexistência de pragas e qualquer outro fator externo que prejudique sua tão bem preservada e distinta agricultura: ao norte, o deserto mais árido do planeta; ao leste, a gelada e extensa Cordilheira dos Andes e suas elevações com mais de 6000 m de altitude; ao sul, a Antártida, geleiras, glaciares e lagos; e por fim, ao oeste, o imenso Oceano Pacífico. Soma-se isso à fiscalização muito rígida dos órgãos governamentais, em todos os aeroportos internacionais, estradas froteiriças e portos do país. Resultado: um dos melhores vinhos do mundo.

Outras atrações

No mais, valem a visita alguns pontos de Santiago como o Bairro Bella Vista (bairro boêmio, com vida noturna intensa), o Bairro Brasil (com antigas e belas construções coloniais), a Estação Central de Santiago (com projeto de Gustave Eiffel) e a antiga sede do Congresso Nacional, que hoje se encontra em Valparaíso.

Panorama da cidade a partir da colina de São Cristovão.

Referências

  1. Dirección Meteorológica de Chile - Climatología de ciudades: Santiago. Acesso em 14/12/2007 (em castelhano)
  2. Instituto Nacional de Estatísticas do Chile (INE) - Chile: Ciudades, Pueblos, Aldeas y Caseríos (2005). PDF comprimido em zip. Acesso em 14/12/2007 (em castelhano)
  3. Demographia.com - Largest world metropolitan areas ranked. Acesso em 14/12/2007 (em inglês)
  4. Globalización - Ciudades Latinoamericanas en el Índice de Calidad de Vida. Acesso em 27/02/2008 (em castelhano)
  5. Globalization and World Cities - Inventory of World Cities. Acesso em 14/12/2007 (em inglês)
  6. PricewaterhouseCoopers - Table 1.2 – Top 30 urban agglomeration GDP rankings in 2005 and illustrative projections to 2020 (using UN definitions and population estimates) (2007). UK Economic Outlook, March 2007, pág. 5 (PDF). Acesso em 9/06/2007 (em inglês)
  7. Nuestro.cl - Breve relatório do incêndio (em castelhano)
  8. Dados obtidos entre 1867 e 1990 na estação meteorológica de Pudahuel. Fonte: WorldClimate.com Climate data for 33°S 70°W. Acesso em 17/12/2007 (em inglês)
  9. Prefeitura de Riga - Rigas sadraudzibas pilsetas. Acesso em 12/12/2007 (em letão)
  10. Municipalidad de Guayaquil - GYE en el Mundo/Ciudades Hermanas. Acesso em 12/12/2007 (em castelhano)
  11. City of Miami - Programa Ciudades Hermanas (2005). Acesso em 12/12/2007 (em castelhano)
  12. City of Minneapolis - International connections. Acesso em 12/12/2007 (em inglês)
  13. Ayuntamiento de Madrid - Relaciones internacionales: Relación de ciudades. Acesso em 12/12/2007 (em castelhano)
  14. Ciudad Autónoma de Buenos Aires - Convenios de hermanamiento (PDF). Acesso em 12/12/2007 (em castelhano)
  15. Mairie de Paris - Les pactes d'amitié et de coopération. Acesso em 12/12/2007 (em francês)
  16. Secretaria Municipal de Relações Internacionais As Cidades-Irmãs de São Paulo. Acesso em 12/12/2007
  17. KMV.gov.ua (em russo)- (RTF). Acesso em 12/12/2007
  18. Greater Municipality of Ankara - List of the Sister Cities and 5th May Europe Day Celebration. Acesso em 12/12/2007 (em inglês)
  19. Chile Asia Pacífico - BCN - Santiago y Beijing firman hermandad (8 de agosto de 2007). Acesso em 12/12/2007 (em castelhano)
  20. Chile Asia Pacífico - BCN - Santiago se hermana con Hefei (2 de novembro de 2007). Acesso em 12/12/2007 (em castelhano)
  21. El Periódico de Extremadura - Plasencia y Chile sientan las bases de su hermanamiento (23 de fevereiro de 2007). Acesso em 12/12/2007 (em castelhano)
  22. Municipio de Querétaro - Boletín No.100/2008 (26 de fevereiro de 2008). Acesso em 8/06/2008 (em castelhano)
  23. Mercociudades - Ciudades miembros. Acesso em 12/12/2007
  24. Ayuntamiento de Madrid - Unión de Ciudades Capitales Iberoamericanas. Acesso em 12/12/07 (em castelhano)

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Santiago (Chile)

Predefinição:Link FA