Carlos Magalhães de Azeredo: diferenças entre revisões

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== Cartas ==
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De sua intensa correspondência com outros escritores, destacam-se as cartas a [[Machado de Assis]] e [[Mário de Alencar]], integrants do acervo do Arquivo da Academia. Machado tornou-se-lhe tão íntimo missivista que chegou-lhe a fazer confidências não registradas a nenhum outro - esta troca de cartas foi reunida pelo pesquisador norte-americano Carmelo Virgílio, publicada em [[1969]], pelo [[Instituto Nacional do Livro]].
De sua intensa correspondência com outros escritores, destacam-se as cartas a [[Machado de Assis]] e [[Mário de Alencar]], integrantes do acervo do Arquivo da Academia. Machado tornou-se-lhe tão íntimo missivista que chegou-lhe a fazer confidências não registradas a nenhum outro - esta troca de cartas foi reunida pelo pesquisador norte-americano Carmelo Virgílio, publicada em [[1969]], pelo [[Instituto Nacional do Livro]].


== Poesia ==
== Poesia ==

Revisão das 08h59min de 23 de agosto de 2011

Carlos Magalhães de Azeredo
Carlos Magalhães de Azeredo
Retrato de Carlos Magalhães de Azeredo, por Pedro Weingärtner (1903).
Nascimento 7 de setembro de 1872
Rio de Janeiro
Morte 4 de novembro de 1963 (91 anos)
Roma
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Jornalista, diplomata e escritor

Carlos Magalhães de Azeredo (Rio de Janeiro, 7 de setembro de 1872Roma, 4 de novembro de 1963) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Biografia

Nasceu Carlos Magalhães de Azeredo filho póstumo de Caetano Pinto de Azeredo (morto três meses antes de seu nascimento) e de D. Leopoldina Magalhães de Azeredo. Seus primeiros estudos foram no Porto, no Colégio de São Carlos (1879 e 1880), e logo depois retorna ao Brasil, morando em Itu, onde completa a formação preparatória no Colégio São Luís dos padres jesuitas. Aos doze anos já tinha escrito um livro de poesias, intitulado "Inspirações da Infância", que nunca foi publicado. Já aos dezessete anos inicia sua correspondência com Machado de Assis, que logo lhe identifica o valor literário.

Ingressando na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1888, bacharela-se em 1893. Dois anos depois ingressa na carreira diplomática, ocupando diversas funções no estrangeiro. Neste interregno publicou artigos na imprensa paulista e carioca. Encerrou a carreira como representante do Brasil no Vaticano e, tendo sua residência em Roma, esta transforma-se em ponto de encontro dos intelectuais brasileiros em passagem pela Itália.

Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Internacional de Diplomacia e do Instituto de Coimbra.

Carreira diplomática

segundo secretário da Legação do Brasil no Uruguai (1895-96) e na Santa Sé (1896-1901); promovido a primeiro secretário em 1901 e conselheiro em 1911; ministro residente em Cuba, na América Central (1912) e na Grécia (1913-14); ministro plenipotenciário na Santa Sé (1914-19) e embaixador na mesma (1919-34).

Bibliografia

Apesar de relativamente profícuo, sua obra literária é praticamente desconhecida no Brasil, tendo tido bem pouca influência no meio literário do país. Por residir no exterior, entretanto, sua correspondência, entretanto, constitui-se precioso registro histórico de nossa literatura. Em dezembro de 2003 o ex-Presidente e então embaixador em Roma Itamar Franco entregou à Academia Brasileira originais inéditos do autor, por ele encontrados.[1]

Suas obras publicadas foram:

  • Alma primitiva, contos (1895);
  • José de Alencar, ensaio (1895);
  • Procelárias, poesia (1898);
  • Portugal no Centenário das Índias, poesia (1898);
  • Baladas e Fantasias, contos (1900);
  • O Poema da Paz, na Aurora do Século XX (1901);
  • Homens e Livros, estudos (1902);
  • Horas Sagradas, poesia (1903);
  • Odes e Elegias, poesia (1904);
  • O Hino de Púrpura, poesia (1906);
  • Quase Parábola, contos (1913);
  • Vida e Sonho, poesia (1919);
  • A Volta do Imperador, poesia (1920);
  • Laudes do Jardim Real de Atenas, poesia (1921);
  • Ariadne, conto (1922);
  • Casos do Amor e do Instinto, contos (1924);
  • O Eterno e o Efêmero, contos (1936).

Prosa

Excerto:

"Não há fantasmas, não é verdade? Às vezes, em sonho... mas a manhã desfaz o pior sonho... Às vezes nesta sala onde ele também esteve, à claridade desta lâmpada que nos alumiou os colóquios... cuido ver... larvas da imaginação... Ah! batem à campainha. Que susto! Vamos lá. É o meu vivo! O outro não voltará..." [2]

Cartas

De sua intensa correspondência com outros escritores, destacam-se as cartas a Machado de Assis e Mário de Alencar, integrantes do acervo do Arquivo da Academia. Machado tornou-se-lhe tão íntimo missivista que chegou-lhe a fazer confidências não registradas a nenhum outro - esta troca de cartas foi reunida pelo pesquisador norte-americano Carmelo Virgílio, publicada em 1969, pelo Instituto Nacional do Livro.

Poesia

Filiado ao parnasianismo, tinha na poesia a maioria de suas publicações.

Excerto[3]:

Quando de ti me vier a morte, quando um dia
Com tuas próprias mãos me abafares na boca
O suspiro final desta lenta agonia,
Inda no mesmo olhar de submisso respeito
Verás - rindo talvez! - alma leviana e louca,
O supremo perdão do mal que me tens feito...

Academia Brasileira de Letras

Quando da fundação do novo Silogeu, a 28 de janeiro de 1897, foi um dos dez intelectuais convidados para integrar o quadro de fundadores, contando apenas vinte e cinco anos - sendo o mais novo de todos. Ocupou a cadeira 9 da Academia, escolhendo por patrono a Gonçalves de Magalhães.

Falecendo aos 91 anos de idade, foi o acadêmico que por mais tempo ocupou sua cadeira: sessenta e seis anos.

Referências

  1. A notícia consigna que Itamar o fez durante a solenidade do chá, na Academia [1]
  2. "O Capricho de Elfa" in "Baladas e Fantasias", 1900
  3. estrofes do soneto "Invariável", in Procelária, 1898[2]

Ligações externas


Precedido por
Gonçalves de Magalhães
(patrono)
ABL - fundador da cadeira 9
18971963
Sucedido por
Marques Rebelo