Cunhambebe: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m uso incorrecto da crase --~~~~
Retirei o trecho final, que é pouco objetivo.
Linha 1: Linha 1:
[[Ficheiro:Quoniambec.jpg|right|thumb|300px|Cunhambebe, como ilustrado por André Thevet, um cosmógrafo francês que acompanhou a expedição de [[Nicolas Durand de Villegaignon]].]]
[[Ficheiro:Quoniambec.jpg|thumb|Cunhambebe, como ilustrado por André Thevet, um cosmógrafo francês que acompanhou a expedição de [[Nicolas Durand de Villegaignon]]]]
'''Cunhambebe''' foi um chefe [[indígena]] [[Tupinambá]] que viveu no século XVI. Foi a autoridade máxima entre todos os líderes [[Tamoios]] da região compreendida entre o [[Cabo Frio]] ([[Rio de Janeiro]]) e [[Bertioga]] ([[São Paulo]]). Foi aliado dos [[França|franceses]] que se estabeleceram na [[Baía de Guanabara]] em 1555, no projeto da [[França Antártica]]. É citado na obra do religioso [[França|francês]] [[André Thévet]] [[Les singularitez de la France Antarctique]] e na obra do aventureiro alemão [[Hans Staden]] [[Duas Viagens ao Brasil|História Verdadeira...]].


Faleceu de "peste" (provavelmente [[varíola]]) após a chegada dos colonos franceses de [[Nicolas Durand de Villegagnon]] à Baía de Guanabara.
'''Cunhambebe''' ([[século XVI]]) foi um chefe [[indígena]] [[Tupinambá]] que dominou todos os caciques [[Tamoios]] da região compreendida entre o [[Cabo Frio]] ([[Rio de Janeiro]]) e [[Bertioga]] ([[São Paulo]]). Foi aliado dos [[França|franceses]] que se estabeleceram na [[Baía de Guanabara]] em [[1555]] ([[França Antártica]]). É citado nas obras do religioso [[França|francês]] [[André Thévet]] ("''[[Les singularitez de la France Antarctique]]''", Paris, [[1558]]) e do [[mercenário]] [[Alemanha|alemão]] [[Hans Staden]], que dele foi prisioneiro entre [[1554]] e [[1557]].


Segundo [[Capistrano de Abreu]], houve não apenas um, mas dois Cunhambebes: pai e filho. O pai teria sido o famoso guerreiro que Hans Staden encontrou na Serra de Ocaraçu (atual conjunto de morros do Cairuçu, ao Sul de [[Paraty]], na região de Trindade). André Thevet também teria conhecido este Cunhambebe.
Faleceu de "''peste''" (provavelmente [[varíola]]) após a chegada dos colonos franceses de [[Nicolas Durand de Villegagnon]] a Guanabara.


Alguns anos após a morte deste Cunhambebe, o padre [[José de Anchieta]] teria encontrado o Cunhambebe filho em Yperoig (atual cidade de [[Ubatuba]]), para as negociações que deram origem ao Armistício de Yperoig - o primeiro tratado de paz no continente americano, colocando fim à chamada [[Confederação dos Tamoios]], que ameaçava [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]] e a unidade do território português.
Segundo [[Capistrano de Abreu]], houve não apenas um, mas dois Cunhambebes. O pai era o famoso guerreiro que certa vez Hans Staden encontrou em pessoa na serra de Ocaraçu (atual conjunto de morros do Cairuçu, ao Sul de [[Paraty]], região de Trindade). A este Cunhambebe também teria alcançado André Thévet.


Pacificados os indígenas das proximidades de São Vicente, os portugueses atacaram os franceses que estavam instalados na Baía de Guanabara, dizimando as tribos tupinambás que ali residiam. O fato se repetiu no Cabo Frio, tendo sobrevivido os Tupinambás de [[Ubatuba]], que, fugindo para o sertão ou misturando-se aos colonos em Ubatuba, deram origem aos atuais [[caiçara]]s, na região do Litoral Norte de [[São Paulo]].
Alguns anos após a morte deste Cunhambebe, o padre [[José de Anchieta]] teria encontrado o Cunhambebe filho, em Yperoig, rio das Perobas (atual cidade de [[Ubatuba]]), para as negociações que deram origem ao [[Armistício de Yperoig]] - o primeiro tratado de paz no continente americano, colocando fim à chamada [[Confederação dos Tamoios]], que ameaçava [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]] e a unidade do território português, haja vista a amizade dos [[Tupinambás]] (chefiados por Cunhambebe) com os franceses.

Desarmados os indígenas, os portugueses atacaram os franceses na [[baía de Guanabara]], dizimando o grosso da nação Tupinambá que ali existia. O fato se repetiu no Cabo Frio, tendo sobrevivido os Tupinambás de [[Ubatuba]], que fugindo para o sertão ou misturando-se aos colonos em Ubatuba, deram origem aos atuais [[caiçara]]s, na região do Litoral Norte de [[São Paulo]].

No início do [[século XVII]], não havia mais nenhum Tupinambá na região do [[Rio de Janeiro]], além dos convertidos ao [[catolicismo]] e os utilizados como serviçais pelos portugueses. Cunhambebe filho, sentindo-se traído pelos "''abarés"'' (padres) e pelos portugueses, teria amaldiçoado as terras de Yperoig - no lendário episódio cohecido como [[A Maldição de Cunhambebe]].


No início do [[século XVII]], não havia mais nenhum Tupinambá na região do [[Rio de Janeiro]], a não ser os convertidos ao [[catolicismo]] e os utilizados como serviçais pelos portugueses.
{{esboço-históriabr}}
{{esboço-históriabr}}



Revisão das 20h50min de 1 de setembro de 2011

Cunhambebe, como ilustrado por André Thevet, um cosmógrafo francês que acompanhou a expedição de Nicolas Durand de Villegaignon

Cunhambebe foi um chefe indígena Tupinambá que viveu no século XVI. Foi a autoridade máxima entre todos os líderes Tamoios da região compreendida entre o Cabo Frio (Rio de Janeiro) e Bertioga (São Paulo). Foi aliado dos franceses que se estabeleceram na Baía de Guanabara em 1555, no projeto da França Antártica. É citado na obra do religioso francês André Thévet Les singularitez de la France Antarctique e na obra do aventureiro alemão Hans Staden História Verdadeira....

Faleceu de "peste" (provavelmente varíola) após a chegada dos colonos franceses de Nicolas Durand de Villegagnon à Baía de Guanabara.

Segundo Capistrano de Abreu, houve não apenas um, mas dois Cunhambebes: pai e filho. O pai teria sido o famoso guerreiro que Hans Staden encontrou na Serra de Ocaraçu (atual conjunto de morros do Cairuçu, ao Sul de Paraty, na região de Trindade). André Thevet também teria conhecido este Cunhambebe.

Alguns anos após a morte deste Cunhambebe, o padre José de Anchieta teria encontrado o Cunhambebe filho em Yperoig (atual cidade de Ubatuba), para as negociações que deram origem ao Armistício de Yperoig - o primeiro tratado de paz no continente americano, colocando fim à chamada Confederação dos Tamoios, que ameaçava São Vicente e a unidade do território português.

Pacificados os indígenas das proximidades de São Vicente, os portugueses atacaram os franceses que estavam instalados na Baía de Guanabara, dizimando as tribos tupinambás que ali residiam. O fato se repetiu no Cabo Frio, tendo sobrevivido os Tupinambás de Ubatuba, que, fugindo para o sertão ou misturando-se aos colonos em Ubatuba, deram origem aos atuais caiçaras, na região do Litoral Norte de São Paulo.

No início do século XVII, não havia mais nenhum Tupinambá na região do Rio de Janeiro, a não ser os convertidos ao catolicismo e os utilizados como serviçais pelos portugueses.

Ícone de esboço Este artigo sobre História do Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.