Transtorno depressivo maior: diferenças entre revisões

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== Causas ==
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As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a [[genética]], [[alimentação]], [[stress]], estilo de vida, separação dos pais, rejeição, [[drogas]], problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.
As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a [[genética]], [[alimentação]], [[stress]], estilo de vida, separação dos pais, rejeição, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.


Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas [[substância química|substâncias químicas]] no [[cérebro]] e os principais medicamentos [[antidepressivo]]s têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis ''normais'' destas substâncias, principalmente a [[serotonina]].
Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas [[substância química|substâncias químicas]] no [[cérebro]] e os principais medicamentos [[antidepressivo]]s têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis ''normais'' destas substâncias, principalmente a [[serotonina]].

Revisão das 13h10min de 27 de setembro de 2011

Depressão
Transtorno depressivo maior
Vincent van Gogh, que sofria de depressão e cometeu suicídio, pintou esse quadro em 1890 de um homem que emblematiza o desespero e falta de esperança sentida na depressão.
Especialidade psiquiatria
Classificação e recursos externos
CID-10 F32, F33
CID-9 296
CID-11 578635574
OMIM 608516
DiseasesDB 3589
MedlinePlus 003213
eMedicine med/532
MeSH D003865
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O transtorno depressivo maior, também chamado de perturbação depressiva major em Portugal, é um transtorno psiquiátrico que afeta pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias (anedonia), apatia, alterações cognitivas (diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais freqüentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho escolar).[1][2]

O transtorno depressivo maior diferencia-se do humor "triste", que afeta a maioria das pessoas regulamente, por se tratar de uma condição duradoura (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 semanas), de maior intensidade ou mesmo por uma tristeza de qualidade diferente da tristeza habitual, acompanhada de vários sintomas específicos e que trazem prejuízo à vida da pessoa. A distimia é um outro tipo de transtorno depressivo caracterizado por sintomas de menor intensidade, mas com caráter bastante crônico (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 anos). Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento.[3]

Prevalência

Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Dependendo do motivo pode ser dada a crianças e adolescentes como separação dos pais, problemas na escola, sexualidade, rejeição e principalmente Bullying. A prevalência-ano para a depressão maior, é de 0,4 a 3,0% em crianças e de 3,3 a 12,4% em adolescentes.[4]

Estima-se que o risco de desenvolver depressão, ao longo da vida, seja de 10% para os homens e de 20% para as mulheres. [5][6] É mais frequente em países frios

Causas

As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, separação dos pais, rejeição, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.

Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro e os principais medicamentos antidepressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente a serotonina.

Fatores psico-sociais

As pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo pesar. Também a falta de amigos, que pode ocorrer devido a vários factores, desde a rejeição, até à falta de interesses em comum, leva à solidão indesejada e é um factor de risco que frequentemente leva à depressão, principalmente durante a adolescência. Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventuais mudanças de cidade, podem causar uma depressão profunda, sendo necessário um longo período de recuperação. A maioria das pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida. Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte rede social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.

Trocar de uma cidade muito boa, para uma pior e que não oferece nada em troca, é um grande fator de risco, por exemplo, uma pessoa que tem vários amigos ir para outra que não tenha ninguém.

Dentre os fatores psico-sociais causadores de depressão, problemas relacionados à convivência e relacionamento no ambiente de trabalho também têm fundamental importância para o desenvolvimento da doença em questão.

Para o behaviorismo um dos fatores correlacionados com a depressão é o desamparo aprendido, que é a diminuição de comportamentos saudáveis resultante de várias punições que aconteciam não importando o que o indivíduo fizesse (punições não-contingentes).[7]

Fatores biológicos

Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, adrenalina e noradrenalina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes.

Na Mania por outro lado, quando existe excesso desses neurotransmissores, os sintomas são de euforia, sensação de energia ilimitada, necessidade de poucas horas de sono, pensamentos acelerados, impulsividade, irritabilidade e dificuldade de se controlar.

Evidências neurobiológicas mostram uma forte relação entre depressão com transtornos de ansiedade. Aproximadamente 85% dos pacientes com depressão tem sintomas de ansiedade significativos e 90% dos pacientes com transtornos de ansiedade experienciam depressão em algum momento.[8]

Factores Fisicos (Traumatismos)

Em algumas depressões podem ser encontradas causas físicas para a sua existência. Há muito que se sabe que muitos dos nossos traumatismos e acidentes físicos ficam registados no nosso corpo em conjunto com as emoções que sofremos na altura do acidente traumatismo.

Isto cria situações somato emocionais que muitas das vezes perpetuam as dores ou alteram a pessoa por completo em termos emocionais. São bem conhecidos os resultados de diversas terapias dirigidas ao físico que fazem libertação somato emocional e alteram por completo o estado emocional da pessoa.

  • Em algumas situações problemas físicos podem criar um desgaste e uma tensão demasiado grande sobre o corpo e sobre o sistema nervoso que desencadeiam ou agravam o estado depressivo. Nestas situações devem-se corrigir os diversos problemas físicos. Infelizmente muitas das vezes não existem quaisquer sintomas da sua existência pelo que estes costumam passar completamente despercebidos.

Outros fatores relacionados ao desenvolvimento de depressão

Medicamentos como betabloqueadores, benzodiazepínicos, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e antiparkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo prazo.

Drogas

Alguns tipos de drogas podem levar a depressão crônica ou a não crônica. A benzoilmetilecgonina (Cocaína) e o Erythroxylon Coca (Extrato de Coca ou Pasta Base de Coca), são as principais que são possíveis a levar a depressão crônica, capazes de alterar completamente o sistema nervoso em menos de 15 segundos após o uso. Já a depressão não crônica, vem geralmente de genética ou causada por distúrbios perante a vida ou drogas não quimícas, como a Cannabis sativa (Maconha), que em uso excessivo pode levar a depressão, auto-agressão, pensamentos de suicídio e morte, entre outros fatores prejudiciais a saúde do indivíduo que a utilizou.

História

Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) em que o equilíbrio ou desequilíbrio era responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo. Hipócrates acreditava que a influência de Saturno levava o baço humano a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo e escurecendo-o, levando ao estado de melancolia. A palavra melancolia vem de melancolis (melanos=negro e colis=bíle).

Galeno redescreveu a melancolia. Aureliano falou da agressividade associada à depressão e associou o suicídio à depressão.

Sintomas

Cerca de 16% da população mundial já teve depressão nervosa pelo menos uma vez na vida. Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres e cerca de um em cada oito homens já sofreram de depressão . O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 1920. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa.

Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias.

Os sintomas, geralmente associados ao quadro depressivo:

Essenciais para o diagnóstico:

  • Humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio; ou
  • Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas

Outros sintomas de depressão incluem:

  • Problemas de auto-confiança e baixa auto-estima
  • Ansiedade
  • Afastamento de amigos ou pessoas
  • Cansaço e perda de energia
  • Falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras actividades.
  • Crises de choro
  • Maus resultados escolares
  • Dificuldade de concentração e relembrar as coisas
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Inquietação e irritabilidade
  • Vontade de ficar só. Afasta-se de tudo e todos.
  • Não querer ouvir barulhos ou ouvir música alta (é uma forma de se alhear e afastar do que se passa à sua volta).
  • Falta de objectivos na vida
  • Não conseguir encontrar algo que anime ou que desperte interesse.
  • Sentimentos de culpa, desespero, desamparo, solidão, ansiedade, vazio, impotência ou inutilidade
  • Alterações no sono (Insónias ou excesso de sonolência)
  • Alterações na alimentação (perda de apetite com diminuição do peso ou compulsão alimentar)
  • Medo de executar determinadas tarefas
  • Preocupação sobre o sentido da vida e a morte
  • Pensamentos de suicídio e morte
  • Auto- agressão
  • Mudanças na percepção do tempo
  • Medo ou sensação de ser ou estar sendo abandonado
  • Desleixo com o vestir ou com a sua apresentação
  • Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, de cabeça, abdominal

Normalmente apresentam-se apenas alguns dos sintomas, com intensidade variada.

Pessoas deprimidas têm frequentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade.

Tipos de depressão

A depressão é muitas vezes classificada como distimia quando os sintomas permanecem por períodos muito longos de tempo (pelo menos seis meses) de forma "leve", enquanto que nas ocorrências graves da depressão os sintomas atingem proporções incontroláveis, impossibilitando as atividades normais do indivíduo e obrigando a internação devido ao alto risco de suicídio.

Do ponto de vista didático, a depressão clínica pode ser dividida em 6 tipos principais.

Depressão maior

Os pacientes com este tipo de depressão apresentam pelo menos 5 dos sintomas listados a seguir, por um período não inferior a duas semanas:

  • Desânimo na maioria dos dias e na maior parte do dia (em adolescentes e crianças há um predomínio da irritabilidade)
  • Falta de prazer nas atividades diárias
  • Perda do apetite e/ou diminuição do peso
  • Distúrbios do sono — desde insónia até sono excessivo — durante quase todo o dia
  • Sensação de agitação ou languidez intensa
  • Fadiga constante
  • Sentimento de culpa constante
  • Dificuldade de concentração
  • Ideias recorrentes de suicídio ou morte
  • Começa a se preocupar com os pequenos problemas da vida
  • Tem dificuldade para tomar banho, ler um livro e até coisas simples como assistir televisão

Além dos critérios acima, devem ser observados outros pontos importantes: os sintomas citados anteriormente não devem estar associados a episódios maníacos (como no transtorno bipolar); devem comprometer actividades importantes (como o trabalho ou os relacionamentos pessoais); não devem ser causados por drogas, álcool ou qualquer outra substância; e devem ser diferenciados de sentimentos comuns de tristeza. Geralmente, os episódios de depressão duram cerca de vinte semanas.

Os sintomas da depressão em adolescentes podem ser diferentes das dos adultos, incluindo tristeza persistente, incapacidade de se divertir com suas atividades favoritas, teimosia constante, irritabilidade acentuada, queixas frequentes de problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar, desânimo, concentração ruim, alterações nos padrões de sono e de alimentação ou queixas freqüentes de não quer ir a aula.

Distimia

Ver artigo principal: distimia

A depressão crônica leve, ou distimia, caracteriza-se por vários sintomas também presentes na depressão maior, mas eles são menos intensos e duram muito mais tempo — pelo menos 2 anos. Os sintomas são descritos como uma "leve tristeza" que se estende na maioria das atividades. Em geral, não se observa distúrbios no apetite ou no desejo sexual, mania, agitação ou comportamento sedentário. Os distímicos cometem suicídio na mesma proporção dos deprimidos graves. Talvez devido à duração dos sintomas, os pacientes com depressão crônica não apresentam grandes alterações no humor ou nas atividades diárias, apesar de se sentirem mais desanimados e desesperançosos, e serem mais pessimistas. Os pacientes crônicos podem sofrer episódios de depressão maior (estes casos são conhecidos como depressão dupla).

Depressão atípica

As pessoas com esta variedade geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas e apresentam um sentimento forte de rejeição.

Depressão pós-parto

Ver artigo principal: Depressão pós-parto

Após o parto é comum ocorrer um forte declínio dos hormônios, resultando em um período de anedonia e apatia conhecido como "Baby blues", que caso persista pode se tornar uma "depressão pós-parto". Essa persistência ocorre em cerca de 6,8 a 16,5% das mulheres adultas e até 26% das adolescentes.[9] E não afeta só as mães, os pais também esperenciam o "baby blues" em 25% dos casos.[10]

Este tipo de depressão pode deve-se não só as mudanças hormônais como também à grande ansiedade, desgaste e frustrações comuns na gravidez, sendo mais pro alterações com o nascimento de um bebê. Por vezes surgem desconfortos, mal-estar e dores que podem agravar o estado emocional e hormonal da recente mãe. Quanto mais estressante for uma gravidez mais provável que resulte em depressão.

Os partos naturais e as alterações que a bacia sofre para o nascimento do bebê podem criar alterações quer a nível da bacia quer a nível da coluna, que podem agravar o estado emocional da mulher. Estas alterações podem estar na origem de depressões de causas físicas.

Distúrbio afetivo sazonal (DAS)

Este distúrbio caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono ou o inverno, que podem desaparecer na primavera ou no verão, quando então tendem a apresentar uma fase maníaca.

Este distúrbio tem como principal fator a falta de sol, sendo bem comum nos países onde a luz solar dura poucas horas. É menos comum em países onde a temperatura gira em torno de 20 a 30 °C.

A D.A.S. (S.A.D. em inglês) atinge cerca de 7% da população da Inglaterra.

Outros sintomas incluem fadiga, tendência a comer muito doce e dormir demais no inverno, mas uma minoria come menos do que o costume e sofre de insônia.

Dentre os tratamentos recomendados, deve-se ficar próximo às janelas durante o período diurno, sair para locais abertos com frequência durante o dia, decorar quartos, mesas, salas com itens coloridos, e fototerapia.

Tensão pré-menstrual (TPM)

Ver artigo principal: Tensão pré-menstrual

Há depressão acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruação. Afeta entre 40 a 75% das mulheres em idade fértil. O diagnóstico baseia-se na presença de pelo menos 5 dos sintomas descritos no tópico depressão maior na maioria dos ciclos menstruais, havendo uma piora dos sintomas cerca de uma semana antes da chegada do fluxo menstrual, melhorando logo após a passagem da menstruação.

Pesar

Ver artigo principal: pesar

O pesar, também conhecido como reação de luto, não é um tipo de depressão, mas ambas possuem muito em comum. Na verdade, pode ser difícil diferenciá-los. O pesar, contudo, é considerado uma resposta emocional saudável e importante quando se lida com perdas. Normalmente é limitado. Nas pessoas sem outros distúrbios emocionais, o sentimento de aflição dura entre três e seis meses. A pessoa passa por uma sucessão de emoções que incluem choque e negação, solidão, desespero, alienação social e raiva. O período de recuperação consome outros 3 a 6 meses. Após esse tempo, se o sentimento de pesar ainda é muito intenso, ele pode afetar a saúde da pessoa ou predispô-la ao desenvolvimento de uma depressão propriamente dita.

Tratamento

A cultura popular associa depressão como um estado de humor da pessoa e que ela pode se curar sozinha. Isso faz com que as pessoas não encarem a depressão como uma doença e não procurem ajuda médica.

A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressiva receitada por pelo menos 12 meses para evitar recaídas [1]) e algumas vezes acompanhada de psicoterapia.

A eletroconvulsoterapia (ECT) é utilizada para indivíduos com depressão grave e que não tiveram resposta satisfatória ao tratamento medicamentoso. A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) ou em inglês Repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) pode ser uma alternativa para os pacientes resistentes aos medicamentos.

Sabe-se também que praticar exercícios regularmente e participar de atividades desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão, além de outros benefícios para a saúde.

São exemplos de tratamentos para a depressão:

Medicação

Os antidepressivos mais usados no tratamento da depressão são os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a Fluoxetina, a Paroxetina e a Sertralina.

Outros antidepressivos usados são os Antidepressivos tricíclicos, Inibidores da MAO, Inibidores da recaptação de dopamina, Inibidores da recaptação de noradrenalina-dopamina, Inibidores da recaptação de serotonina-adrenalina e Antidepressivos tetracíclicos.

O principal mecanismo de ação dos antidepressivos é provocando o aumento de neurotransmissores, como as aminas biogênicas (serotonina, dopamina e noradrenalina). Apesar do nome, alguns antidepressivos também são usados com sucesso em tratamento de diversos outros transtornos, como transtornos de ansiedade, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo e migrânea.

Quanto mais específicos em sua ação, menos efeitos colaterais eles apresentam.

Referências

  1. a b Depressão. Portal Banco de Saúde. 2008 Depressão: Guia 2008
  2. DEL PORTO, José Alberto. Conceito e diagnóstico. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 1999, vol.21, suppl.1 [cited 2011-03-09], pp. 06-11 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500003&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1516-4446. doi: 10.1590/S1516-44461999000500003.
  3. Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais, 4a. Edição
  4. Bahls, SC. Epidemiology of depressive symptoms in adolescents of a public school in Curitiba, Brazil. Rev Bras Psiquiatr 2002;24(2):63-7.
  5. Depression in women. ACOG technical bulletin number 182-July 1993. Int J Gynaecol Obstet. 1993;43(2):203-11.
  6. JUSTO, Luís Pereira and CALIL, Helena Maria. Depressão: o mesmo acometimento para homens e mulheres?. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2006, vol.33, n.2 [cited 2011-03-09], pp. 74-79 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832006000200007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0101-6083. doi: 10.1590/S0101-60832006000200007.
  7. Seligman, M. E. P. (1992). Helplessness. On development, depression and death. New York, W.H. Freeman and Company (Trabalho original publicado em 1975).
  8. Jack M. Gorman M.D. Comorbid depression and anxiety spectrum disorders. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/%28SICI%291520-6394%281996%294:4%3C160::AID-DA2%3E3.0.CO;2-J/abstract (acesso em 06/09/2010)
  9. Faisal-Cury A, Tedesco JJ, Kahhale S, Menezes PR, Zugaib M. Postpartum depression: in relation to life events and patterns of coping. Arch Women Ment Health. 2004;7(2):123-31.
  10. Focusing on Depression in Expectant and New Fathers Prenatal and Postpartum Depression Not Limited to Mothers By James F. Paulson, PhD | 6 de Fevereiro de 2010

Ver também

Ligações externas

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