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Revisão das 22h39min de 10 de dezembro de 2011

Paralelas assimétricas
Olímpico desde: 1936
Desporto: Ginástica artística
Praticado por: Senhoras
Campeã Olímpica
Tóquio 2020
He Kexin
 China
Campeã do Mundo
Roterdã 2010
Elizabeth Tweddle
 Reino Unido

As barras ou paralelas assimétricas são um aparelho de ginástica artística, criado, especificamente para as senhoras. As assimétricas permitem a ginasta o apoio com o uso apenas das mãos ou dos pés, além de tomá-lo com qualquer outra parte do corpo, desde que faça parte de sua rotina e seus movimentos sejam realizados com segurança.

As rotinas neste aparelho realizadas devem conter movimentos de impulso, vôo e estáticos. Os exercícios de força devem ser usados com moderação, pois os de impulso são a base dos movimentos estáticos antecedidos pelas rotações ou transições. Se por acaso a ginasta cair ela terá trinta segundos para retomar o exercício de onde ele foi interrompido.

História

Em 1830, o espanhol Francisco Amoros escreveu sobre barras desiguais simetricamente ajustadas, em um livro chamado Manuel d’education physique et morale. No ano de 1859, em sua nona edição, uma proposta de modificação das barras não foi imediatamente aceita, pois implicava na exclusiva participação feminina e à época isto seria impossível devido a circunstâncias sociais que envolviam o sexo feminino. Na Alemanha, por volta da virada daquele século, mulheres já praticavam a ginástica, mas só após a segunda grande guerra que retomaram a prática. Além disso, a ginástica praticada pelas mulheres apenas lembrava a praticada pelos homens, com provas como as barras paralelas e a barra fixa.

Só em 1934, as barras assimétricas foram introduzidas em um Campeonato Mundial, na edição de Budapeste. Sua estréia olímpica foi em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, onde apenas a Tchecoslováquia optou por elas como uma prova executável nos exercícios combinados. Com o desinteresse pelo aparelho decaiu também o interesse pela ginástica feminina, no berço do esporte, a Alemanha Ocidental. Sua re-aparição deu-se no Gymnaestrada, em Viena e deixou os ginastas empolgados com a nova técnica. Porém, só em 1967, o modificado aparelho tornou-se exclusivamente uma prática feminina. No Campeonato Europeu, de realização em Amsterdã, a primeira campeã inovadora foi Vera Caslavska. Em 1970, a primeira campeã mundial foi a alemã Karin Janz, que inovou mais uma vez, os movimentos neste aparelho.[1]

Aparelho

As paralelas assimétricas são atualmente fabricadas com fibras sintéticas - de vidro e recobertas com madeira e, por vezes, material aderente, como na trave de equilíbrio. Geralmente, elas ficam posicionadas, a mais alta a 2,36 m de altura e a menor a 1,57 m. Apesar de suas medidas variarem - a barra alta 2,20-2,55 m entre e a barra baixa entre 1,40-1,75 m -, seu peso se mantém sempre o mesmo, 98 kg assim como sua largura, de 2,40 m.[2] Suas astes de base são fabricadas de material metálico e suas cordas de suspensão são fabricadas de material elástico resistente.[3]

Características da competição

Sua sigla, para provas internacionais regulamentadas pela Federação Internacional de Ginástica, é UB.

Este é um aparelho exclusivamente feminino, que derivou das barras paralelas masculinas. A posição das duas barras em diferentes alturas possibilita à ginasta uma gama variada de movimentos, mudanças de empunhaduras e alternância entre as barras. A execução de alguns movimentos também é facilitada através da propriedade de molejo das barras.

A ginástica nas paralelas assimétricas é de difícil execução, e exige muita coragem da praticante. Seus movimentos de segurança ficam basicamente sobre a cintura e o tronco, que devem, por consequência, possuir uma maior mobilidade. Para maior segurança da praticante, é necessário verificar uma boa quantidade de colchões e a montagem do aparelho.[4]

Selo comemorativo ao Jogos Olímpicos de Moscou

Para obter uma boa pontuação, a ginasta possui como obrigação em sua rotina(1):[5]

  • Uma troca com vôo de barras do barrote superior para o inferior;
  • Uma segunda troca de barras do barrote inferior para o barrote superior (no mínimo B);
  • Uma largada e retomada (vôo na mesma barra);
  • Um elemento dos grupos 03, 06 ou 07 (no mínimo C);
  • Uma saída no mínimo "C" para as competições Classificatória (C-I), na final por Equipes (C-IV) e no Individual geral (C-III) e, no mínimo "D" para a competição por Aparelhos (C-II).

Para não ser despontuada, a atleta não pode cometer erros, que variam entre leves e gravíssimos, em um desconto de 0,1 a 1,0, como(2):

  • Tocar as barras e no caso de uma corrida preparatória mal sucedida, interrompê-la;
  • Passar por baixo da barra sem que o movimento faça parte da rotina em um giro ou rotação;
  • Uma queda durante a saída ou a execução da série;
  • Efetuar balanços intermediários enquanto estiver apresentando as séries;
  • As pausas durante os exercícios;
  • Usar força para completar movimentos de impulso;
  • Falta de alinhamento do corpo.

Movimentos

Abaixo, uma pequena lista dos movimentos executáveis nas barras(3):

  • Subida de oitava para trás
  • Oitava, de apoio frontal para dorsal, unindo as pernas
  • Giro cavalgado à frente
  • Sublance (partindo do movimento de oitava)
  • Kippe ao apoio cavalgado
  • Kippe dorsal, a partir da suspensão

Ginastas de destaque

Notas

  • (1) e (2) Essas exigências estão no Código de Pontuação da FIG, atualizado a cada ciclo olímpico.
  • (3) Descrições completas destes movimentos, bem como a técnica correta de execução, aqui

Referências

  1. «At first, they did gymnastics like the men did…» (em inglês). About.com. Consultado em 20 de novembro de 2008 
  2. «Uneven Bars» (em inglês). Fábrica do corpo. Consultado em 20 de novembro de 2008 
  3. «Apparatus norms 2004» (PDF) (em inglês). FIG site. Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  4. «Paralelas assimétricas». Ginásticas.com. Consultado em 11 de novembro de 2008 
  5. «Uneven bars» (em inglês). FlashMavi. Consultado em 27 de janeiro de 2009 

Ver também

Ligações externas

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