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[[Ficheiro:Bee waggle dance.png|thumb|A [[Inteligência em abelhas|Dança das abelhas]] promovido pelas [[Abelha-europeia]], indicando uma fonte de alimento à direita da direção do sol, fora da colméia. O abdômen do dançarino aparece turva por causa do rápido movimento lado a lado.]]
[[Ficheiro:Bee waggle dance.png|thumb|A [[Inteligência em abelhas|Dança das abelhas]] promovido pelas [[Abelha-europeia]], indicando uma fonte de alimento à direita da direção do sol, fora da colméia. O abdômen do dançarino aparece turva por causa do rápido movimento lado a lado.]]
O termo " linguagem de animais" é frequentemente utilizado para os sistemas de comunicação não-humanos. [[Linguistas]] e [[semióticos]] não consideram ela seja uma linguagem verdadeira, descrevendo-as como sistemas de [[comunicação animal]] baseados em sinais não-simbólicos<ref>Cobley, P. ''Routledge Companion to Semiotics''. London, 2010;</ref>, já que a interação entre animais nesse tipo de comunicação é fundamentalmente diferente dos princípios da linguagem humana. Segundo esta abordagem, uma vez que os animais não nascem com a capacidade de raciocinar em termos de [[cultura]], a comunicação animal é se refere a algo qualitativamente diferente do que é encontrado em comunidades humanas<ref>{{citar notícia|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u373738.shtml|titulo=Cientista de Harvard vê limitações em linguagem animal|ultimo=[[Folha.con]]|data=19 fev 2008}}</ref>. [[Comunicação]], [[língua natural|língua]] e [[cultura]] são mais complexas entre os [[seres humanos]]. Um cão pode comunicar com sucesso um estado emocional agressivo com um rosnado, que pode ou não fazer com que um outro cão se afaste ou recue. Da mesma forma, um grito humano de [[medo]] pode ou não alertar outros seres humanos do perigo iminente. Nestes exemplos há comunicam, mas não são o que geralmente seria chamado de linguagem.
O termo " linguagem de animais" é frequentemente utilizado para os sistemas de comunicação não-humanos. [[Linguistas]] e [[semióticos]] não consideram ela seja uma linguagem verdadeira, descrevendo-as como sistemas de [[comunicação animal]] baseados em sinais não-simbólicos<ref>Cobley, P. ''Routledge Companion to Semiotics''. London, 2010;</ref>, já que a interação entre animais nesse tipo de comunicação é fundamentalmente diferente dos princípios da linguagem humana. Segundo esta abordagem, uma vez que os animais não nascem com a capacidade de raciocinar em termos de [[cultura]], a comunicação animal é se refere a algo qualitativamente diferente do que é encontrado em comunidades humanas<ref>{{citar notícia|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u373738.shtml|titulo=Cientista de Harvard vê limitações em linguagem animal|ultimo=[[Folha.com]]|data=19 fev 2008}}</ref>. [[Comunicação]], [[língua natural|língua]] e [[cultura]] são mais complexas entre os [[seres humanos]]. Um cão pode comunicar com sucesso um estado emocional agressivo com um rosnado, que pode ou não fazer com que um outro cão se afaste ou recue. Da mesma forma, um grito humano de [[medo]] pode ou não alertar outros seres humanos do perigo iminente. Nestes exemplos há comunicam, mas não são o que geralmente seria chamado de linguagem.


Em vários casos divulgados, os animais vêem sendo ensinados a entender certas características da [[linguagem humana]]. [[Karl von Frisch]] recebeu o [[Prêmio Nobel]] em [[1973]] por sua pesquisa sobre a comunicação sígnica e suas variantes entre as [[abelhas]]<ref>[[Karl Ritter von Frisch]]. ''Sprache' oder 'Kommunikation' der Bienen?''. Psychologische Rundschau 4', 1953;</ref>. Foram ensinados aos [[chimpanzé|chimpanzés]], [[Gorila|gorilas]] e [[Orangotango|orangotangos]] a [[língua de sinais]] baseados na linguagem de sinais americano. Suspeita-se que o [[Papagaio-cinzento|papagaio-cinzento Africano]], [[Alex (papagaio)||Alex]], que possuía a capacidade de imitar a fala humana com um alto grau de precisão pode ter tido inteligência suficiente para compreender alguns dos discursos que imitou<ref>{{citar notícia|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u327732.shtml|titulo=Papagaio Alex, que revolucionou estudo da linguagem, morre aos 31|ultimo=[[Folha.com]]|data=12 set 2007}}</ref><ref>{{citar notícia|url=http://180graus.com/geral/papagaio-africano-alex-chocou-o-mundo-ao-decifrar-enigmas-veja-226512.html|titulo=Papagaio africano Alex chocou o mundo ao decifrar enigmas|ultimo=180 Graus|data=28 set 2009}}</ref><ref>{{citar notícia|url=http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1899527-EI8145,00.html|titulo=Papagaio-celebridade morre aos 31 anos nos EUA|ultimo=[[Portal Terra]|data=28 set 2009}}</ref>. Embora os animais possam ser ensinados a entender partes da linguagem humana, eles são incapazes de desenvolver uma linguagem.
Em vários casos divulgados, os animais vêem sendo ensinados a entender certas características da [[linguagem humana]]. [[Karl von Frisch]] recebeu o [[Prêmio Nobel]] em [[1973]] por sua pesquisa sobre a comunicação sígnica e suas variantes entre as [[abelhas]]<ref>[[Karl Ritter von Frisch]]. ''Sprache' oder 'Kommunikation' der Bienen?''. Psychologische Rundschau 4', 1953;</ref>. Foram ensinados aos [[chimpanzé|chimpanzés]], [[Gorila|gorilas]] e [[Orangotango|orangotangos]] a [[língua de sinais]] baseados na linguagem de sinais americano. Suspeita-se que o [[Papagaio-cinzento|papagaio-cinzento Africano]], [[Alex (papagaio)||Alex]], que possuía a capacidade de imitar a fala humana com um alto grau de precisão pode ter tido inteligência suficiente para compreender alguns dos discursos que imitou<ref>{{citar notícia|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u327732.shtml|titulo=Papagaio Alex, que revolucionou estudo da linguagem, morre aos 31|ultimo=[[Folha.com]]|data=12 set 2007}}</ref><ref>{{citar notícia|url=http://180graus.com/geral/papagaio-africano-alex-chocou-o-mundo-ao-decifrar-enigmas-veja-226512.html|titulo=Papagaio africano Alex chocou o mundo ao decifrar enigmas|ultimo=180 Graus|data=28 set 2009}}</ref><ref>{{citar notícia|url=http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1899527-EI8145,00.html|titulo=Papagaio-celebridade morre aos 31 anos nos EUA|ultimo=[[Portal Terra]]|data=28 set 2009}}</ref>.. Embora os animais possam ser ensinados a entender partes da linguagem humana, eles são incapazes de desenvolver uma linguagem.


Embora os defensores dos sistemas de [[comunicação animal]] venham debatido os níveis de [[semântica]] encontrados nesse tipo de linguagem , ainda não foi encontrado nada que possa pelo menos ser aproximado da sintaxe da linguagem humana<ref>Thomas Sebeok. Signs, bridges, origins. In: Trabant, Jürgen (ed.). ''Origins of Language''. Budapest: Collegium Budapest, 1996 (89–115);</ref>.
Embora os defensores dos sistemas de [[comunicação animal]] venham debatido os níveis de [[semântica]] encontrados nesse tipo de linguagem , ainda não foi encontrado nada que possa pelo menos ser aproximado da sintaxe da linguagem humana<ref>Thomas Sebeok. Signs, bridges, origins. In: Trabant, Jürgen (ed.). ''Origins of Language''. Budapest: Collegium Budapest, 1996 (89–115);</ref>.

Revisão das 14h28min de 6 de janeiro de 2012

 Nota: Para outros significados, veja Linguagem (desambiguação).
Arnold Lakhovsky, A conversação (1935).
A escrita cuneiforme é o primeiro documento escrito que se tem registro[1]. No entanto, acredita-se que a língua falada preceda a escrita em pelo menos dezenas de milhares de anos[2].

Linguagem pode se referir tanto à capacidade especificamente humana para aquisição e utilização de sistemas complexos de comunicação, quanto à uma instância específica de um sistema de comunicação complexo[3]. O estudo científico da linguagem, em qualquer um de seus sentidos, é chamado linguística[4].

O ser humano fala aproximadamente entre 3000 e 6000 línguas. Não existem dados precisos. As línguas naturais são os exemplos mais marcantes que temos de linguagem. No entanto, ela também pode se basear na observação visual e auditiva, ao invés de estímulos. Como exemplos de outros tipos de linguagem, temos as línguas de sinais e a linguagem escrita. Os códigos e os outros tipos de sistemas de comunicação construído artificialmente, tais como aqueles usados ​​para programação de computadores, também podem ser chamadas de linguagens. A linguagem, nesse sentido, é um sistema de sinais para codificação e decodificação de informações. A palavra portuguesa deriva do francês antigo langage[5]. Quando usado como um conceito geral, a palavra "linguagem" refere-se a uma faculdade cognitiva que permite aos seres humanos aprender e usar sistemas de comunicação complexos.

A linguagem humana enquanto sistema de comunicação é fundamentalmente diferente e muito mais complexa do que as formas de comunicação das outras espécies, já que se baseia em um diversificado sistema de regras relativas à símbolos para os seus significados, resultando em um número indefinido de possíveis expressões inovadoras a partir de um finito número de elementos. De acordo com os especialistas, a linguagem pode ter se originado quando os primeiros hominídeos começaram cooperar, adaptando sistemas anteriores de comunicação baseado em sinais expressivos a fim de incluir a teoria da mente, compartilhando assim intencionalidade. Nessa linha, este desenvolvimento pode ter coincidido com o aumento do volume do cérebro, e muitos linguistas vêem as estruturas da linguagem como tendo evoluído a fim de servir a funções comunicativas específicas. A linguagem é processada em vários locais diferentes do cérebro humano, mas especialmente na área de Broca e na Área de Wernicke[6]. Os seres humanos adquirem a linguagem através da interação social na primeira infância. As crianças geralmente já falam fluentemente quando estão em torno dos três anos de idade[7].

O uso da linguagem tornou-se profundamente enraizado na cultura humana, além de ser empregada para comunicar e compartilhar informações. A linguagem também possui vários usos sociais e culturais, como a expressão da da identidade, da estratificação social, na manutenção da unidade em uma comunidadee para o entretenimento. A palavra "linguagem" também pode ser usado para descrever o conjunto de regras que torna isso possível, ou o conjunto de enunciados que podem ser produzir essas regras.

Todas as línguas contam com o processo de semiose que relacionam um sinal com um determinado significado. Línguas faladas e línguas de sinais contém um sistema fonológico que regem a forma como os sons ou os símbolos visuais são articulados a fim de formar as sequencias conhecidas como palavras ou morfemas; além de um sistema sintático para reger a forma como as palavras e os morfemas são utilizados a fim de formar frases e enunciados. Línguas escritas usam símbolos visuais para representar os sons das línguas faladas, mas elas ainda necessitam de regras sintáticas que governam a produção de sentido a partir da sequências das palavras. As línguas evoluem e se diversificam ao longo do tempo. Por isso, sendo a língua uma realidade essencialmente variável, não há formas de falar intrinsecamente erradas. A noção de certo e errado tem origem na sociedade, não na estrutura da língua[8][9][10].

A história de sua evolução pode ser reconstruído a partir de comparações com as línguas modernas, determinando assim quais características as línguas ancestrais devem ter tido para as etapas posteriores terem ocorrido. Um grupo de idiomas que descendem de um ancestral comum é conhecido como família linguística. As línguas que são mais falada no mundo atualmente pertencem à família indo-européia, que inclui línguas como o Inglês, o espanhol, o português, o russo e o hindi; as línguas sino-tibetanas, que incluem o chinês, mandarim, cantonês e muitos outros; as línguas semíticas, que incluem o árabe, o amárico e o hebraico; e as línguas bantu, que incluem o suaíli, o Zulu, o Shona e centenas de outras línguas faladas em todo África.

Definições

A palavra linguagem tem pelo menos dois significados fundamentais: a linguagem como um conceito geral; e a linguagem como um sistema linguístico específico (língua portuguesa, por exemplo). Em português, se utiliza a palavra linguagem como um conceito geral e a palavra língua como um caso específico de linguagem. Em francês, o idioma utilizado pelo linguista Ferdinand de Saussure (o primeiro que explicitamente fez essa distinção), existe a mesma distinção entre as palavras langage e langue[11].

Quando se fala da linguagem como um conceito geral, várias definições diferentes podem ser utilizadas ​​para salientar diferentes aspectos do fenômeno[11]. Estas definições implicam também diferentes abordagens e entendimentos da linguagem, distinguindo as diversas escolas da teoria linguística.

Faculdade mental, órgão do corpo ou instinto

Uma definição vê a linguagem primordialmente como a faculdade mental que permite aos seres humanos realizarem qualquer tipo comportamento linguístico: aprender línguas, produzir e compreender enunciados. Esta definição realça a universalidade da linguagem entre todos os seres humanos, destacando as bases biológicas da capacidade humana para a linguagem como um desenvolvimento exclusivo do cérebro humano[12][13]. Este ponto de vista entender a linguagem como uma propensão inata do ser humano para a linguagem. Exemplos podem ser a gramática universal de Noam Chomsky ou a teoria inatista de Jerry Fodor. Esses tipos de definições são muitas vezes aplicados nos estudos da linguagem no quadro das ciências cognitivas e da neurolinguística. A língua também pode ser entendida como o órgão muscular relacionado ao sentido do paladar que fica localizado na parte ventral da boca da maior parte dos animais vertebrados e que serve para "processar" os alimentos.

Sistema simbólico formal

Outra definição vê a linguagem como um sistema formal de signos, regidos por regras gramaticais que quando combinadas geram significados. Esta definição enfatiza o fato de que as línguas humanas podem ser descritas como sistemas estruturais fechados constituídos de regras que relacionam sinais específicos com significados específicos. Esta visão estruturalista da linguagem foi primeiramente introduzido por Ferdinand de Saussure, sendo seu estruturalismo fundamental para a maioria das abordagens da linguística atual. Alguns defensores deste ponto de vista têm defendido uma abordagem formal para estudar as estruturas da linguagem, privilegiando assim a formulação de regras abstratas subjacentes que podem ser entendidas para gerar ​estruturas linguísticas observáveis. O principal proponente de tal teoria é Noam Chomsky, que define a linguagem como um conjunto particular de frases que podem ser gerados a partir de um determinado conjunto de regras[14]. O ponto de vista estruturalista é comumente usado na lógica formal, na semiótica, e em teorias da gramática formal - mais comumente utilizado nos quadros teóricos da gramática descritiva. Na filosofia da linguagem, esses pontos de vista estão associados com filósofos como Bertrand Russell, as primeiras obras de Ludwig Wittgenstein, Alfred Tarski e Gottlob Frege.

Ferramenta para comunicação

Ainda outra definição vê a linguagem como um sistema de comunicação que permite aos seres humanos o compartilhamento de sentidos. Esta definição realça a função social da linguagem e o fato de que o homem utiliza-na para se expressar e para manipular objetos em seu ambiente. As teorias da gramática funcional explicam as estruturas gramaticais por suas funções comunicativas, e compreende as estruturas gramaticais da linguagem como o resultado de um processo adaptativo pelo qual a gramática foi feita "sob medida" a fim de atender as necessidades comunicativas de seus usuários. Este ponto de vista da linguagem está associado ao estudo da linguagem na pragmática, na linguística cognitiva e interacional, bem como na sociolinguística e na linguística antropológica. As teorias funcionalistas tendem a estudar gramática como um fenômeno dinâmico, com estruturas que estão sempre em processo de mudança, dependendo de como são empregados por seus falantes. Esta visão leva ao estudo da tipologia linguística, como pode ser mostrado que os processos de gramaticalização que tendem a seguir trajetórias que são parcialmente dependentes de tipologia. Na filosofia da linguagem esses pontos de vista são frequentemente associados com as obras posteriores de Ludwig Wittgenstein e com os filósofos da linguagem ordinária, como GE Moore, Paul Grice, John Searle e John Austin.

O que torna a linguagem humana única

A linguagem humana é única quando comparada com outras formas de comunicação, tais como aquelas usadas ​​por animais. Ela permite aos seres humanos produzirem um conjunto infinito de enunciados a partir de um conjunto finito de elementos[3][15]. Os símbolos e as regras gramaticais de qualquer tipo de linguagem são em grande parte arbitrárias. Por isso que o sistema só pode ser adquirido através da interação social. Os sistemas conhecidos de comunicação utilizados por animais, por outro lado, só podem expressar um número finito de enunciados que são na sua maioria transmitidos geneticamente[16]. A linguagem humana é também a única que têm uma estrutura complexa projetada para atender a uma grande quantidade de funções - bem mais do que qualquer outro tipo de sistema de comunicação.

Origem

Crânio do Homo neanderthalensis, descoberto em La Chapelle Aux Santos, na França. Desconhece-se se o Neanderthal tinha língua.
Exemplo de pinturas encontradas no Parque Nacional Serra da Capivara. Uma das singularidade da linguagem humana baseia-se no seu referencial simbólico, desde o tempo pré-histórico.

As teorias sobre a origem da linguagem podem ser divididas segundo algumas premissas básicas. Algumas teorias sustentam a ideia de que a linguagem é tão complexa que os especialistas não conseguem imaginar que simplesmente apareceu do nada na sua forma final, mas que ela deve ter evoluído a partir de um sistema pré-linguístico anterior existente entre os nossos ancestrais pré-humanos. Essas teorias podem ser chamadas de teorias baseadas na continuidade. O ponto de vista oposto afirma que a linguagem é um traço humano único, que não pode ser comparado a qualquer coisa encontrada entre os não-humanos e que deve, portanto, têm aparecido repentinamente na transição entre os pré-hominídeos e o homem primitivo. Essas teorias podem ser definidos como a teoria da descontinuidade. Da mesma forma, algumas teorias vêem a linguagem em sua maioria como uma faculdade inata que é em grande parte geneticamente codificado, enquanto outros a vêem como um sistema que é em grande parte cultural, que se aprende através da interação social[17]. Atualmente, o único defensor proeminente da teoria da descontinuidade é Noam Chomsky[18]. De acordo com ele, "alguma mutação aleatória ocorreu, talvez depois de algum chuveiro de raios cósmicos estranhos. O cérebro foi reorganizado, implantando assim um órgão da linguagem num cérebro primata". Acautelando-se a fim dessa história não ser tomada literalmente, Chomsky insiste que ela "pode ​​ser mais próximo da realidade do que muitos outros contos de fadas que são contadas sobre processos evolutivos, incluindo a linguagem"[19]. As teorias baseadas na continuidade são tidas atualmente pela maioria dos estudiosos, mas elas variam na forma como encaram esse desenvolvimento. Aqueles que vêem a linguagem como sendo principalmente inata, como Steven Pinker por exemplo, mantém como precedentes a cognição animal, enquanto aqueles que vêem a linguagem como uma ferramenta de comunicação socialmente aprendido, como Michael Tomasello vê-na como tendo desenvolvido a partir da comunicação animal[6], da comunicação gestual[20] ou ainda da comunicação vocal. Há ainda outros modelos de continuidade que vêem a linguagem sendo desenvolvida a partir da música[21].

Uma vez que o surgimento da linguagem está localizada no início da pré-história do homem, os desenvolvimentos relevantes na língua não deixaram vestígios histórico direto, nem muito menos existe a possibilidade de processos similares serem observados hoje. Teorias que dão ênfase a continuidade muitas vezes olham para os animais a fim de ver se, por exemplo, os primatas mostram qualquer traço que pode ser visto como análogo a alguma tipo de linguagem que os pré-humanos utilizaram. Alternativamente, os primeiros fósseis humanos podem ser inspecionado para procurar vestígios de adaptação física para usar a linguagem ou com alguns traços pré-linguístico. Atualmente, é indiscutível que em sua maioria, os pré-humanos australopithecus não tinham sistemas de comunicação significativamente diferentes daqueles encontrados nos símios em geral, mas as opiniões na academia variam quanto à evolução desde o aparecimento do Homo, cerca de 2,5 milhões de anos atrás. Alguns estudiosos assumem o desenvolvimento de sistemas primitivos de linguagem (proto-língua) tão cedo quanto o Homo habilis, enquanto outros colocam o desenvolvimento da comunicação simbólica primitiva apenas com o Homo erectus (1,8 milhões de anos atrás) ou o Homo heidelbergensis (0,6 milhões de anos atrás). O desenvolvimento da linguagem como a conhecemos estaria com o Homo sapiens sapiens, há menos de 100.000 anos atrás, na África[22]. Análise linguística usadas por Johanna Nichols , linguista da Universidade da Califórnia, Berkeley, estimou que o tempo necessário para atingir a atual difusão e diversidade nas línguas modernas, aponta que a linguagem vocal surgiu, pelo menos, há 100.000 anos atrás[23].

Funções da linguagem

Obs:Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.

Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era desenvolvido de maneira "sistematizada" (alguém pergunta - alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto outro escuta em silêncio, etc).

Exemplo:

Elementos da comunicação
  • Emissor - emite, codifica a mensagem;
  • Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
  • Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
  • Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem;
  • Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
  • Canal - meio pelo qual circula a mensagem.

Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclusão que quando se trata da parole, entende-se que é um veículo democrático (observe a função fática), assim, admite-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diálogo interativo):

  • locutor - quem fala (e responde);
  • locutário - quem ouve e responde;
  • interlocução - diálogo

nota: as respostas, dos "interlocutores" podem ser gestuais, faciais etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria.

Observação: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação

Funções da linguagem (Jacobson, 1969)
  • Emotiva (ou expressiva) - a mensagem centra-se no "eu" do emissor, é carregada de subjectividade. Ligada a esta função está, por norma, a poesia lírica.
  • Função apelativa (imperativa) - com este tipo de mensagem, o emissor actua sobre o receptor, a fim de que este assuma determinado comportamento; há frequente uso do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade.
  • Função metalinguística - função usada quando a língua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na análise de um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintácticos e/ou semânticos).
  • Função informativa (ou referencial) - função usada quando o emissor informa objectivamente o receptor de uma realidade, ou acontecimento.
  • Função fática - pretende conseguir e manter a atenção dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos publicitários (centra-se no canal de comunicação).
  • Função poética - embeleza, enriquecendo a mensagem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradáveis, etc.

Também podemos pensar que as primeiras falas conscientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos evoluiram para o que podemos reconhecer como 'interjeições". As primeiras ferramentas da fala humana.

Linguagem humana

Ver artigo principal: Língua natural

A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que mais profundamente distingue o homem dos outros animais.

Podemos considerar que o desenvolvimento desta função cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação da mão, que permitiram o aumento do volume do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica facial

Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada e escrita, o homem - aprendendo pela observação de animais - desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos surdos em diferentes países, não só para melhorar a comunicação entre surdos, mas também para utilizar em situações especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas que se podem observar entre si.

Linguagem e línguas: Taxonomia das línguas

Ver artigo principal: Taxonomia das línguas

As línguas do mundo foram agrupadas em famílias de línguas que têm semelhanças. Os maiores grupos são as línguas indo-europeias, línguas afro-asiáticas e as línguas sino-tibetanas.

Línguas construídas

Uma das muitas línguas planejadas que existem, o esperanto, foi criada por L. L. Zamenhof. O Esperanto é uma compilação de vários elementos de diferentes línguas humanas cuja intenção é de ser uma língua de fácil aprendizagem, de forma a proporcionar a toda a população humana uma forma mais fácil e democrática de se comunicar. Hoje é possível encontrar recursos didáticos - gratuitos ou não - na rede mundial para aprendê-la; é uma língua viva em ascensão.

Outras línguas artificiais cada vez mais exploradas e conhecidas hoje em dia são as criadas por J. R. R. Tolkien, autor dos livros da série O Senhor dos Anéis. Segundo o próprio autor, ele criou todo um mundo de aventuras para ter um contexto e um lugar próprio onde inserir as línguas que tinha criado. Na lista de línguas que Tolkien criou podem encontra-se: Quenya, Sindarin, Adûnaic, Entish, Khuzdûl.

O número de línguas artificiais, geralmente chamadas conlangs (palavra que vem do inglês constructed language, "língua construída") tem vindo a aumentar a cada dia. Há vários sites na Internet que aprofundam o tema, contendo listas e breves introduções a centenas ou mesmo milhares de línguas artificiais. A maioria das pessoas que se dedica ao fenómeno, os chamados conlangers, fazem parte de uma lista de distribuição de emails: a CONLIST.

Idiomas minoritários e línguas minoritárias

Idiomas minoritários, como pode facilmente ser deduzido, são línguas utilizadas por certos segmentos minoritários de uma civilização. Muito embora, em certos casos, uma língua pode até ser falada pela maioria dos habitantes de um país em seu cotidiano, mas mesmo assim ser a língua não oficial ou nacional e, para todos os efeitos, permanecendo na condição de idioma minoritário. Um exemplo a ser citado seria o idioma tetum prevalente na nova nação (Timor-Leste), onde o idioma oficial nacional escolhido foi a língua de Camões.

Línguas minoritárias podem existir restritas à condição oral, isto é, somente falada ou podem ser também escritas (ou semi-escritas). Normalmente idiomas minoritários podem ser divididos entre duas categorias: Idiomas autóctones e idiomas alóctones. Autóctone significa natural da terra, indígena. Alóctone significa basicamente língua transplantada ou língua de imigração.

Muitas línguas minoritárias autóctones, como as indígenas do continente americano, adotaram um sistema de escrita europeu com forma de autonomia ante a adaptação.

Outras línguas transplantadas, ao passar do tempo, tornaram-se basicamente línguas faladas mas muito pouco escritas. Um exemplo disso é o idioma alemão cultivado no sul do Brasil por quase duzentos anos (em 2005) que é utilizado em casa e nos círculos mais íntimos, sendo que o português é a língua pública e escrita.

Vejamos alguns exemplos pertinentes ao Brasil: Na primeira categoria se encaixam idiomas nativos como o mbyá-guaraní, o caingangue (kaingang), o terena, etc… já na segunda categoria se enquadram línguas regionais brasileiras que resultaram da incursão de povos de fora, como o idioma alemão (nas suas distintas variações como o pomerano ou Pommersch Platt e o Hunsrückisch, também conhecido por Riograndenser Hunsrückisch ou Hunsrückisch Platt), o italiano ou talian, o japonês, o romani (um falar cigano) e o yorubá ou Iorubá (sendo que esta língua de origem africana permanece viva mais nos rituais religiosos afro-brasileiros, como no candomblé de Salvador da Bahia).

Além disso existem línguas que resultam de contato com o estrangeiro, por exemplo, brasileiros que habitam regiões fronteiriças e que, consequentemente, aprendem a falar castelhano (ou ao menos o chamado portunhol ou portuñol). Nas fronteiras dos Estados Unidos, similarmente, surge o falar Chicano ou Spanglish.

Ainda dentro desta categoria podem ser classificadas aquelas línguas novas que resultam de tais contatos, tomando vida própria e passando a funcionar como língua comum ou franca entre dois ou mais grupos de falantes de idiomas diferentes. Por exemplo, a Língua Geral do Brasil colonial, mas que é, ainda hoje, falada em certas localidades do Amazonas. E, também, comparativamente, pode-se citar o Jargão Chinook (ou Chinook Jargon) que surgiu no noroeste da América do Norte, que foi utilizado por diferentes tribos da região, por europeus e até mesmo por imigrantes chineses. Em ambos os casos, tanto a Língua Geral como o Jargão Chinook (pronunciado xâ-núk) surgiram formas escritas, além da oral.

Também temos os exemplos de línguas de contato adotadas através da incursão de brasileiros nas academias e universidades estrangeiras, por exemplo o francês e o inglês. As línguas artificiais ou construídas também são línguas minoritárias, inclusive a língua de sinais, conforme já citado neste espaço.

Também vale notar os regionalismos que surgem praticamente em todas as culturas do mundo. No Brasil podemos citar variações distintas da língua nacional que se desenvolveram através dos anos, como por exemplo as falas do gaúcho, do carioca, do nordestino, do capixaba, do baiano, do mineiro, etc.

Existem mais duas categorias distintas de falares frequentemente ignorados quando se fala nas línguas do mundo:

A primeira destas classificações tratando-se das línguas inventadas por crianças e jovens para se comunicarem entre si em segredo na presença de adultos, geralmente de seus pais (play languages). Um exemplo disso é o chamado "pig latin" (Igpay Atinlay) que existe principalmente no mundo cultural anglo-saxão. No mundo cultural castelhano existe o jargão jeringonzo, também chamado de jeringonza e jeringôncio. No Brasil existe a chamada Língua do P.

A segunda destas categorias são as linguagens próprias de profissões ou de certos meios que são, muitas vezes, considerados de má ou questionável reputação. No mundo teuto (alemão) existe o falar Rotwelsch ou Gaunersprache (o falar da malandragem), sendo que seus equivalentes na Grã-Bretanha, na França e na Argentina são, respectivamente, o cant, o argot e o lunfardo.

Um assunto controverso que tem emergido em certos meios já desde antes de virada do milênio é justamente a preservação e, até mesmo, o reavivamento de línguas minoritárias ou de línguas minoritárias em determinados contextos. O primeiro é o caso do irlandês na Irlanda ou do maori na Nova Zelândia - este último exemplo sendo considerado um dos grandes sucessos. O segundo caso, o do galego na Espanha, considerado por muitos uma variedade do português, ou o francês no Canadá pois são línguas internacionais mas com estatuto minoritário nesse contexto. Existe toda uma preocupação com o rápido desaparecimento de idiomas no mundo, especialmente com o advento da globalização.

A modo de exemplo, apesar de mais de duzentas línguas serem faladas na República do Brasil, a vasta maioria dos brasileiros acredita que se fala somente português.

Linguagem de animais

Ver artigo principal: Linguagem animal e Comunicação animal
A Dança das abelhas promovido pelas Abelha-europeia, indicando uma fonte de alimento à direita da direção do sol, fora da colméia. O abdômen do dançarino aparece turva por causa do rápido movimento lado a lado.

O termo " linguagem de animais" é frequentemente utilizado para os sistemas de comunicação não-humanos. Linguistas e semióticos não consideram ela seja uma linguagem verdadeira, descrevendo-as como sistemas de comunicação animal baseados em sinais não-simbólicos[24], já que a interação entre animais nesse tipo de comunicação é fundamentalmente diferente dos princípios da linguagem humana. Segundo esta abordagem, uma vez que os animais não nascem com a capacidade de raciocinar em termos de cultura, a comunicação animal é se refere a algo qualitativamente diferente do que é encontrado em comunidades humanas[25]. Comunicação, língua e cultura são mais complexas entre os seres humanos. Um cão pode comunicar com sucesso um estado emocional agressivo com um rosnado, que pode ou não fazer com que um outro cão se afaste ou recue. Da mesma forma, um grito humano de medo pode ou não alertar outros seres humanos do perigo iminente. Nestes exemplos há comunicam, mas não são o que geralmente seria chamado de linguagem.

Em vários casos divulgados, os animais vêem sendo ensinados a entender certas características da linguagem humana. Karl von Frisch recebeu o Prêmio Nobel em 1973 por sua pesquisa sobre a comunicação sígnica e suas variantes entre as abelhas[26]. Foram ensinados aos chimpanzés, gorilas e orangotangos a língua de sinais baseados na linguagem de sinais americano. Suspeita-se que o papagaio-cinzento Africano, |Alex, que possuía a capacidade de imitar a fala humana com um alto grau de precisão pode ter tido inteligência suficiente para compreender alguns dos discursos que imitou[27][28][29].. Embora os animais possam ser ensinados a entender partes da linguagem humana, eles são incapazes de desenvolver uma linguagem.

Embora os defensores dos sistemas de comunicação animal venham debatido os níveis de semântica encontrados nesse tipo de linguagem , ainda não foi encontrado nada que possa pelo menos ser aproximado da sintaxe da linguagem humana[30].

Linguagem formal

A língua não é esvaia em apenas códigos, ela está presente em todo o nosso dia a dia, sendo primordial em todas nossas escolhas.

Ver também

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Referências

  1. Estadão (14 jul 2010). «Encontrado em Jerusalém o documento escrito mais velho da História» 
  2. Maíra Valle e Alessandra Pancetti. A transformação do mundo pela escrita. ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico (10/11/2009);
  3. a b Antônio Houaiss. O que é língua. São Paulo: Brasiliense: 1991;
  4. Evani Viotti. Introdução aos Estudos Linguísticos. Universidade Federal de Santa Catarina: Florianópolis, 2007;
  5. De acordo com o Dicionário de Comunicação: Linguagem (s.f.) é uma forma de expressãodo pensamento entre os homens que opera através de signos vocais (a fala) e eventualmente gráficos (a escrita), que formam uma língua". Ciro Marcondes Filho (org.). Linguagem. In: Dicionário de Comunicação. São Paulo: Paulus, 2009;
  6. a b Carl Sagan. Os Dragões do Edén. Rio de Janeiro: F. Alves, 1997;
  7. Veja. A explosão da linguagem. Edição especial: Bebês. São Paulo: Abril, 1998;
  8. Bruno Ribeiro. A noção de erro na língua. Observatório da Imprensa. Ano 16 - nº 675, edição 672 (13/12/2011);
  9. Marcos Bagno. Por que há erros mais errados do que outros?. Revista Caros Amigos – Nov/2009;
  10. Stella Bortoni. O Estatuto do erro na língua oral e na língua escrita. 30 Nov 1999;
  11. a b John Lyons. Linguagem e Linguística: uma Introdução. São Paulo: LTC, 1987;
  12. Steven Pinker. O instinto da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2002;
  13. Folha de São Paulo. Ouça quem está falando. Sinapse On line (26/08/2003);
  14. Noam Chomsky. Syntactic Structures . Hague: Mouton, 1957;
  15. Marc Hauser; Noam Chomsky & Tecumseh Fitch (2002). "The Faculty of Language: What Is It, Who Has It, and How Did It Evolve?". Science 22 298 (5598): 1569–1579;
  16. Michael Tomasello. Origin of Human Communication. MIT Press, 2008;
  17. Ciência Hoje. A origem da linguagem humana. 19/04/2011;
  18. Superinteressante. Dentro da cabeça de Noam Chonsky. Maio, 2003;
  19. Noam Chomsky. Arquitetura da linguagem. São Paulo: Edusc, 2008;
  20. Superinteressante. As primeiras formas de linguagem. Éh?. Novembro, 2002;
  21. The Economist. Babel or babble?. Abril, 2011;
  22. G1 (15 mai 2011). «África teria sido berço de toda linguagem humana»  Verifique data em: |data= (ajuda)
  23. Bower, Bruce (11 June 1994). Talking back in time; prehistoric origins of language attract new data and debate - language evolution. Science News on Bnet (Technology Industry). CBS Interactive News Service;
  24. Cobley, P. Routledge Companion to Semiotics. London, 2010;
  25. Folha.com (19 fev 2008). «Cientista de Harvard vê limitações em linguagem animal» 
  26. Karl Ritter von Frisch. Sprache' oder 'Kommunikation' der Bienen?. Psychologische Rundschau 4', 1953;
  27. Folha.com (12 set 2007). «Papagaio Alex, que revolucionou estudo da linguagem, morre aos 31» 
  28. 180 Graus (28 set 2009). «Papagaio africano Alex chocou o mundo ao decifrar enigmas» 
  29. Portal Terra (28 set 2009). «Papagaio-celebridade morre aos 31 anos nos EUA» 
  30. Thomas Sebeok. Signs, bridges, origins. In: Trabant, Jürgen (ed.). Origins of Language. Budapest: Collegium Budapest, 1996 (89–115);

Ligações externas