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{{Religiosidade judaica}}
todo mundo odeio ochriiiiiis
A '''religiosidade judaica''' é a maneira com que o [[judeu]] expressa seu [[judaísmo]]. Ao contrário do que possa parecer externamente, não há uma unidade religiosa judaica. Cada judeu expressa sua forma de religião, de acordo com o pensamento religioso comunitário ao qual adere.

==Judaísmo Rabínico==
'''Judaísmo rabínico''' é o nome dado ao judaísmo tradicional, que aceita o [[Tanakh]] como revelação divina e a [[Torá Oral]] também como fonte de autoridade. Recebe este nome devido ao fato de dar grande valor aos ensinamentos rabínicos através dos tempos codificados principalmente no [[Talmud]].

Suas principais ramificações são:

*[[Judaísmo ortodoxo]]
*[[Judaísmo conservador]]
*[[Judaísmo reconstrucionista]]
*[[Judaísmo liberal]]

Algumas ramificações dão grande ênfase à parte mística do judaísmo:

*[[Judaísmo chassídico|Chassidismo]]

==Judaísmo Caraíta==
{{artigo principal|[[Caraísmo]]}}

O '''judaísmo [[caraíta]]''' opõe-se ao judaísmo rabínico ao desconsiderar a [[Torá Oral]] e enfatizar apenas o valor da [[Torá Escrita]], o que o leva a desprezar a autoridade advogada por qualquer outra escritura fora do [[Tanakh]], como o [[Talmud]], o [[Novo Testamento]] cristão e outros textos. Para os caraítas, apenas o [[Tanakh]] tem uma revelação divina e, como tal, nenhuma pessoa pode advogar-se a dar sua interpretação à Torá, como o fazem os estudiosos rabínicos. Sendo assim, os [[caraíta]]s dão uma grande ênfase ao cumprimento literal da Torá, como pode ser visto por meio do cumprimento de alguns mandamentos:

*Os caraítas seguem um calendário móvel baseado na [[Lua Nova]], ao contrário dos rabinistas, que seguem um [[calendário hebraico|calendário fixo]]. Desta forma, os caraítas iniciam seu mês com o início da [[Lua Nova visível]], e seu ano se inicia no mês de [[Abib]], quando a cevada se torna madura nos campos de [[Israel]].

*Na realidade o caraísmo, em toda sua história nunca representou de fato um movimento único, como atesta a historiografia judaica, e sim uma forte resistência de parte do povo judeu, a prática de novas leis, criadas no decorrer da história judaica, e no final da Idade Antiga denominada de lei oral.

*Sem contar com uma liderança central, e com diversos pontos de vistas divergentes, entre seus grupos, o caraísmo não conseguiu fazer frente à unidade judaico-ortodoxa medieval, chegando ao século XX, como uma minoria quase desconhecida mundialmente, O grande exemplo na Idade Média, de oposição aos acréscimos, representado pela lei oral, é o de Uriel Da Costa, líder de um grupo de judeus, que em Amsterdam, praticava somente a lei escrita, ele fora punido com torturas e humilhações pela comunidade judaica local, sua morte merece uma investigação histórica, pois o suicídio anunciado pela dita comunidade é no mínimo suspeita.

*Ele é considerado por muitos como exemplo caraíta, e por outros como fanático e covarde. Em tempos recentes existe uma tentativa de revitalização, por parte do chamado "Movimento Caraíta Mundial", um grupo americo-israelense, que não reconhece como caraíta nenhum outro grupo, mesmo anterior a sua existência, e reclamando para si a exclusividade na autoridade de converter alguém à prática da torá, agindo semelhantemente a uma denominação religiosa detentora de uma marca sob patente, desta maneira muitos pequenos grupos espalhados pelo mundo, tendem a existirem de maneira marginal, isto é, excluída do recém criado movimento, mantendo as mesmas divergências, que durante a Idade Média quase destruiu este pequeno e quase desconhecido grupo judaico.

==Judaísmo samaritano==
{{artigo principal|[[Judeus samaritanos]]}}

O '''Samaritanismo''' é uma ramificação do [[Judaísmo]] praticada pelos [[judeus samaritanos]], que dizem ser descendentes dos antigos habitantes do reino de [[Israel]]. Entre as principais diferenças, ainda mantêm as funções dos [[cohanim]], crêem na santidade do [[monte Gerizim]] e aceitam unicamente a [[Torá]] (conhecida como [[Pentateuco samaritano]]) como escritura inspirada.

==Ramificações Marginais==
Existem alguns grupos que se consideram judaicos, mas não são reconhecidos como tais por grande parte do [[judaísmo]] rabínico. Ainda que existam diversas ramificações como vimos acima, o [[Judaísmo]] Rabínico geralmente se atém a princípios básicos que o distinguem de outros grupos religiosos e permitem identificar ramificações que fujam destes princípios.

===Judaísmo messiânico e ebionismo===
{{artigo principal|[[Judaísmo messiânico]]}}
Entre estes pode-se mencionar o [[Judaísmo messiânico]], o qual adere a práticas do judaísmo, mas crê em [[Yeshua]] ou, em sua forma mais conhecida, [[Jesus]], como o [[Messias]] de Israel, integrando o [[Novo Testamento]] nas suas escrituras, dois aspectos que não fazem parte do judaísmo rabínico.

Algumas outras seitas de cunho [[ebionismo|ebionita]] que creem em [[Jesus]] como um [[Messias]] humano também defendem que sua religião é uma forma de judaísmo, ainda que não sejam aceitos tanto por [[judeu]]s quanto por [[cristão]]s.

===Judaísmo Neo-Paganista===
Pequeno grupo que mescla judaísmo e mitologia siro-canaanita, reconstruindo rituais e culto a El, Baal e Aserat.

===Judaísmo Budista===
Tradicionalmente crê-se que o primeiro norte-americano a converter ao budismo tenha sido um judeu em 1893. Figuras como Joseph Goldstein, Jack Kornfield e Sharon Salzberg ensinam a doutrina budista entre os judeus.

===Judaísmo Islâmico===
Existem pequenas comunidades judaicas que aceitam a Maomé e o Alcorão, mas retêm a identidade judaica, como é caso dos ''chalah'' de Bucara, do Juhidi Al-Islami do Irã e os Judeus de Timbuku, no Mali.

===Shabataianos===
Alguns judeus creem que o messias veio na figura (controversa) de [[Shabtai Zvi]] no século XVIII, que depois converteu-se ao Islam. Existe ainda hoje a comunidade Dohmneh na Turquia e Grécia, que segue uma religião sincrética, com elementos judaicos, cabalísticos, shabataianos, sufistas e islâmicos.

===Renovação Judaica===
Forma alternativa de judaísmo que pretende adaptar a espiritualidade judaica, neo-hassídico misticismo e elementos da Nova Era com expressões contemporâneas.

===Judaísmo Humanista===
Pensamento humanista e não teísta, mas que busca preservar a sabedoria da cultura judaica

=={{Ver também}}==
*[[Etnias judaicas]]
*[[Judaísmo ateístico]]

=={{Bibliografia}}==
*MARQUES, Leonado A. História das Religiões e a Dialética do Sagrado. Madras, 2005.
*MENDES, David Franco. Memórias do Estabelecimento dos Judeus Portugueses e Espanhol Nesta Formosa Cidade de Amsterdam. 1ª Ed. 1772 Edição/ fac-símile editora Van Gorcum, Holanda, 1975.
*REMEDIOS, Mendes dos. Os Judeus Portugueses em Amsterdam. 1ª Editora F. França Amado, Editor, 1911

[[Categoria:Judaísmo]]

Revisão das 11h30min de 15 de fevereiro de 2012

A religiosidade judaica é a maneira com que o judeu expressa seu judaísmo. Ao contrário do que possa parecer externamente, não há uma unidade religiosa judaica. Cada judeu expressa sua forma de religião, de acordo com o pensamento religioso comunitário ao qual adere.

Judaísmo Rabínico

Judaísmo rabínico é o nome dado ao judaísmo tradicional, que aceita o Tanakh como revelação divina e a Torá Oral também como fonte de autoridade. Recebe este nome devido ao fato de dar grande valor aos ensinamentos rabínicos através dos tempos codificados principalmente no Talmud.

Suas principais ramificações são:

Algumas ramificações dão grande ênfase à parte mística do judaísmo:

Judaísmo Caraíta

Ver artigo principal: Caraísmo

O judaísmo caraíta opõe-se ao judaísmo rabínico ao desconsiderar a Torá Oral e enfatizar apenas o valor da Torá Escrita, o que o leva a desprezar a autoridade advogada por qualquer outra escritura fora do Tanakh, como o Talmud, o Novo Testamento cristão e outros textos. Para os caraítas, apenas o Tanakh tem uma revelação divina e, como tal, nenhuma pessoa pode advogar-se a dar sua interpretação à Torá, como o fazem os estudiosos rabínicos. Sendo assim, os caraítas dão uma grande ênfase ao cumprimento literal da Torá, como pode ser visto por meio do cumprimento de alguns mandamentos:

  • Os caraítas seguem um calendário móvel baseado na Lua Nova, ao contrário dos rabinistas, que seguem um calendário fixo. Desta forma, os caraítas iniciam seu mês com o início da Lua Nova visível, e seu ano se inicia no mês de Abib, quando a cevada se torna madura nos campos de Israel.
  • Na realidade o caraísmo, em toda sua história nunca representou de fato um movimento único, como atesta a historiografia judaica, e sim uma forte resistência de parte do povo judeu, a prática de novas leis, criadas no decorrer da história judaica, e no final da Idade Antiga denominada de lei oral.
  • Sem contar com uma liderança central, e com diversos pontos de vistas divergentes, entre seus grupos, o caraísmo não conseguiu fazer frente à unidade judaico-ortodoxa medieval, chegando ao século XX, como uma minoria quase desconhecida mundialmente, O grande exemplo na Idade Média, de oposição aos acréscimos, representado pela lei oral, é o de Uriel Da Costa, líder de um grupo de judeus, que em Amsterdam, praticava somente a lei escrita, ele fora punido com torturas e humilhações pela comunidade judaica local, sua morte merece uma investigação histórica, pois o suicídio anunciado pela dita comunidade é no mínimo suspeita.
  • Ele é considerado por muitos como exemplo caraíta, e por outros como fanático e covarde. Em tempos recentes existe uma tentativa de revitalização, por parte do chamado "Movimento Caraíta Mundial", um grupo americo-israelense, que não reconhece como caraíta nenhum outro grupo, mesmo anterior a sua existência, e reclamando para si a exclusividade na autoridade de converter alguém à prática da torá, agindo semelhantemente a uma denominação religiosa detentora de uma marca sob patente, desta maneira muitos pequenos grupos espalhados pelo mundo, tendem a existirem de maneira marginal, isto é, excluída do recém criado movimento, mantendo as mesmas divergências, que durante a Idade Média quase destruiu este pequeno e quase desconhecido grupo judaico.

Judaísmo samaritano

Ver artigo principal: Judeus samaritanos

O Samaritanismo é uma ramificação do Judaísmo praticada pelos judeus samaritanos, que dizem ser descendentes dos antigos habitantes do reino de Israel. Entre as principais diferenças, ainda mantêm as funções dos cohanim, crêem na santidade do monte Gerizim e aceitam unicamente a Torá (conhecida como Pentateuco samaritano) como escritura inspirada.

Ramificações Marginais

Existem alguns grupos que se consideram judaicos, mas não são reconhecidos como tais por grande parte do judaísmo rabínico. Ainda que existam diversas ramificações como vimos acima, o Judaísmo Rabínico geralmente se atém a princípios básicos que o distinguem de outros grupos religiosos e permitem identificar ramificações que fujam destes princípios.

Judaísmo messiânico e ebionismo

Ver artigo principal: Judaísmo messiânico

Entre estes pode-se mencionar o Judaísmo messiânico, o qual adere a práticas do judaísmo, mas crê em Yeshua ou, em sua forma mais conhecida, Jesus, como o Messias de Israel, integrando o Novo Testamento nas suas escrituras, dois aspectos que não fazem parte do judaísmo rabínico.

Algumas outras seitas de cunho ebionita que creem em Jesus como um Messias humano também defendem que sua religião é uma forma de judaísmo, ainda que não sejam aceitos tanto por judeus quanto por cristãos.

Judaísmo Neo-Paganista

Pequeno grupo que mescla judaísmo e mitologia siro-canaanita, reconstruindo rituais e culto a El, Baal e Aserat.

Judaísmo Budista

Tradicionalmente crê-se que o primeiro norte-americano a converter ao budismo tenha sido um judeu em 1893. Figuras como Joseph Goldstein, Jack Kornfield e Sharon Salzberg ensinam a doutrina budista entre os judeus.

Judaísmo Islâmico

Existem pequenas comunidades judaicas que aceitam a Maomé e o Alcorão, mas retêm a identidade judaica, como é caso dos chalah de Bucara, do Juhidi Al-Islami do Irã e os Judeus de Timbuku, no Mali.

Shabataianos

Alguns judeus creem que o messias veio na figura (controversa) de Shabtai Zvi no século XVIII, que depois converteu-se ao Islam. Existe ainda hoje a comunidade Dohmneh na Turquia e Grécia, que segue uma religião sincrética, com elementos judaicos, cabalísticos, shabataianos, sufistas e islâmicos.

Renovação Judaica

Forma alternativa de judaísmo que pretende adaptar a espiritualidade judaica, neo-hassídico misticismo e elementos da Nova Era com expressões contemporâneas.

Judaísmo Humanista

Pensamento humanista e não teísta, mas que busca preservar a sabedoria da cultura judaica

Ver também

  • MARQUES, Leonado A. História das Religiões e a Dialética do Sagrado. Madras, 2005.
  • MENDES, David Franco. Memórias do Estabelecimento dos Judeus Portugueses e Espanhol Nesta Formosa Cidade de Amsterdam. 1ª Ed. 1772 Edição/ fac-símile editora Van Gorcum, Holanda, 1975.
  • REMEDIOS, Mendes dos. Os Judeus Portugueses em Amsterdam. 1ª Editora F. França Amado, Editor, 1911