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==Biografia==
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Pela sua erudição e labor intelectual, Juba II foi uma figura marcante da civilização greco-latina e um influente percursor da civilização europeia.
Pela sua erudição e labor intelectual, Juba II foi uma figura marcante da civilização greco-latina e um influente percursor da civilização europeia.


=={{Ligações externas}}==
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*[http://www.ruark.org/coins/Mauretania/ Biografias de Juba II e de Cleopatra Selene.]
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Revisão das 04h24min de 5 de abril de 2012

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Juba II
Juba II
Juba II (busto no Museu do Louvre]]
Nascimento 52 a.C.
Morte 23 (74 anos)
Progenitores Pai: Juba I

Juba II (Numídia, 52 a. C.Cesareia, 23), rei berbere da Numídia e de Cesareia (Mauritânia romana), homem de letras e artista, autor de vários tratados sobre literatura, geografia, pintura, teatro, história, medicina e história natural. Publicou cerca de 50 livros, a maioria em grego. Feito prisioneiro aos 6 anos de idade, foi exibido numa das marchas triunfais de César, sendo educado na casa imperial romana. Casou com a filha de Cleópatra e de Marco António.

Biografia

Juba II era filho de Juba I, rei da Numídia. O seu pai apoiou Pompeu na guerra civil contra César tendo, aquando da derrota de Thapsus, em 46 a.C., preferido o suicídio a ser feito prisioneiro. O jovem Juba, teria então cerca de 6 anos, foi capturado e exibido no triunfo que César organizou em Roma.

Educado no seio da família imperial romana, adoptou os costumes e cultura latinos, sendo proficiente em latim e grego. Acompanhou Octávio em algumas das suas campanhas, demonstrando grande coragem e capacidade de liderança.

Amigo do imperador, no ano 25 a. C, foi instalado pelos romanos como rei da Numídia, sucedendo a seu pai. No ano 20 a. C. o imperador deu-lhe como esposa Cleópatra Selene, filha dos célebres Marco António e Cleópatra, trazendo como dote o título de rainha da Mauritânia (isto é da parte ocidental do litoral norte-africano). O casal estabeleceu a sua capital em Iol, rebaptizando a cidade com o nome de Cesareia (Caeserea), naquela que é hoje a cidade de Cherchell no centro norte da Argélia.

Reinando, sob suserania romana, a partir de Cesareia a sua zona de influência estendia-se por todo o Mediterrânio Ocidental, tendo interesses na costa sudoeste da Península Ibérica e na costa atlântica de África até ao sul das Canárias.

Muito conhecido entre os gregos e romanos, Juba foi um homem de letras e artista, autor de vários tratados sobre literatura, pintura, teatro, história e medicina. É unânime o reconhecimento pelos historiadores contemporâneos gregos e romanos da sua inigualável inteligência e erudição.

Entre outras descobertas, deve-se-lhe o reconhecimento e descrição dos poderes curativos das euforbiáceas (o nome eufórbia deriva de Euphorbus, o médico da corte de Juba ).

Dotado de grande curiosidade geográfica, organizou diversas expedições, entre as quais uma que pretendia descobrir as nascentes do rio Nilo, que se acreditava ficavam no sul dos Montes do Atlas.

Também, conhecendo a fama das ilhas Afortunadas, enviou às actuais Canárias uma expedição destinada a verificar as potencialidades das ilhas. Esta expedição diz-se que encontrou as ilhas desertas, embora com restos de antigas construções. Os cães seriam tão numerosos que, por via do latim cane, originou o actual étimo Canárias (literalmente Ilhas dos Cães).

Os manuscritos de Juba serviram de referência a múltiplos historiadores da antiguidade, entre os quais Tito Lívio, Alexandre de Mileto, Diodoro da Sicília e Plínio. Este último vai ao ponto de afirmar que Juba era mais respeitado pelo seu saber do que pelo seu reino.

Admirado e respeitado pelos gregos, foi-lhe erigida, em sinal de reconhecimento, uma estátua frente à academia de Ptolomeu. O reinado de Juba II foi marcado pelo seu sentido de justiça e democracia.

Pela sua erudição e labor intelectual, Juba II foi uma figura marcante da civilização greco-latina e um influente percursor da civilização europeia.

Ligações externas