Teixeira de Pascoaes: diferenças entre revisões
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*[http://archive.org/search.php?query=creator%3A%22Pascoaes%2C+Teixeira+de%2C+1877-1952%22 Obras de Teixeira de Pascoais] no [http://archive.org/ Internet Archive] |
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*[http://www.gutenberg.org/browse/authors/p#a25460 Obras de Teixeira de Pascoais] no [http://www.gutenberg.org/pt Projecto Gutenberg] |
*[http://www.gutenberg.org/browse/authors/p#a25460 Obras de Teixeira de Pascoais] no [http://www.gutenberg.org/pt Projecto Gutenberg] |
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*[http://purl.pt/index/geral/aut/PT/10411.html Obras de Teixeira de Pascoais] na [http://purl.pt/index/geral/PT/index.html Biblioteca Nacional Digital] |
*[http://purl.pt/index/geral/aut/PT/10411.html Obras de Teixeira de Pascoais] na [http://purl.pt/index/geral/PT/index.html Biblioteca Nacional Digital] |
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*[http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/bases-tematicas/index.php?Itemid=84&option=com_content&view=article&id=1445 Teixeira de Pascoais] no [http://www.instituto-camoes.pt/ Instituto Camões] |
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*[http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugu%c3%aas/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=9011 Artigo no sítio da DGLB] |
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*[http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/pascoaes.htm Teixeira de Pascoais] no [http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/ Projecto Vercial] |
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*[http://www.instituto-camoes.pt/cvc/filosofia/1910a.html Artigo no sítio do Instituto Camões] |
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Revisão das 13h05min de 13 de maio de 2012
Teixeira de Pascoais[1][2], pseudónimo literário de Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, (Amarante, 8 de novembro de 1877[3] — Gatão, 14 de dezembro de 1952) foi um poeta e escritor português, principal representante do Saudosismo.[carece de fontes]
Vida
Nasceu no seio de uma família aristocrática[4] de Amarante, o segundo filho (de sete) de João Pereira Teixeira de Vasconcelos, juiz e deputado às Cortes e de Carlota Guedes Monteiro. Foi uma criança solitária, introvertida e sensível, muito propenso à contemplação nostálgica da Natureza.
Em 1883, inicia os estudos primários em Amarante, e em 1887 ingressa no liceu da vila. Em 1895, muda-se para Coimbra onde termina os seus estudos secundários (em Amarante não foi bom aluno, tendo até reprovado em Português) e em 1896 inscreve-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Ao contrário da maioria dos seus camaradas, não faz parte da boémia coimbrã, e passa o seu tempo, monasticamente, no quarto, a ler, a escrever e a reflectir.
Licencia-se em 1901 e, renitentemente, estabelece-se como advogado, primeiro em Amarante e, a partir de 1906, no Porto. Em 1911, é nomeado juiz substituto em Amarante, cargo que exerce durante dois anos. Em 1913, com alívio, dá por terminada a sua carreira judicial. Sobre esta sua penosa experiência jurídica dirá: "Eu era um Dr. Joaquim na boca de toda a gente. Precisava de honrar o título. Entre o poeta natural e o bacharel à força, ia começar um duelo que durou dez anos, tanto como o cerco de Tróia e a formatura de João de Deus. Vivi dez anos, num escritório, a lidar com almas deste mundo, o mais deste mundo que é possível — eu que nascera para outras convivências." [5]
Sendo um proprietário abastado, não tinha necessidade de exercer nenhuma profissão para o seu sustento, e passou a residir no solar de família em São João do Gatão, perto de Amarante, com a mãe e outros membros da sua família. Dedicava-se à gestão das propriedades, à incansável contemplação da natureza e da sua amada Serra do Marão, à leitura e sobretudo à escrita. Era um eremita, um místico natural e não raras vezes foi descrito como detentor de poderes sobrenaturais.[6]
Apesar de ser um solitário, Gatão era local de peregrinação de inúmeros intelectuais e artistas, nacionais e estrangeiros, que o iam visitar frequentemente.[7] No final da vida, seria amigo dos poetas Eugénio de Andrade e Mário Cesariny de Vasconcelos. Este último haveria de o eleger como poeta superior a Fernando Pessoa, chegando a ser o organizador da reedição de alguns dos textos de Pascoais, bem como de uma antologia poética, nos anos 70 e 80.
Pascoais morreu aos 75 anos, em Gatão, de bacilose pulmonar, alguns meses depois da morte da sua mãe, em 1952.
Obra
Com António Sérgio e Raul Proença foi um dos líderes do chamado movimento da "Renascença Portuguesa" e lançou em 1910 no Porto, juntamente com Leonardo Coimbra e Jaime Cortesão, a revista A Águia, principal órgão do movimento.
Bibliografia
Poesia
- 1895 - Embriões
- 1896 - Belo 1ª parte
- 1897 - Belo 2ª parte
- 1898 - À Minha Alma e Sempre
- 1899 - Profecia (colaboração com Afonso Lopes Vieira)
- 1901 - À Ventura (eBook)
- 1903 - Jesús e Pan
- 1904 - Para a Luz
- 1906 - Vida Etérea
- 1907 - As Sombras
- 1909 - Senhora da Noite
- 1911 - Marânus
- 1912 - Regresso ao Paraíso
- Elegias (eBook)
- 1913 - O Doido e a Morte (eBook)
- 1920 - Elegia da Solidão (eBook)
- 1921 - Cantos Indecisos
- 1924 - A Elegia do Amor
- O Pobre Tolo
- 1925 - D. Carlos
- Cânticos
- Sonetos
- 1949 - Versos Pobres
Prosa
- 1915 - A Arte de Ser Português
- 1916 - A Beira Num Relâmpago
- 1919 - Os Poetas Lusíadas (conjunto de conferências proferidas na Catalunha)
- 1921 - O Bailado
- 1923 - A Nossa Fome
- 1928 - Livro de memórias (autobiografia)
- 1934 - S.Paulo (biografia romanceada)
- 1936 - S. Jerónimo e a trovoada (biografia romanceada)
- 1937 - O Homem Universal
- 1940 - Napoleão (biografia romanceada)
- 1942 - Camilo Castelo Branco o penitente (biografia romanceada)
- Duplo passeio
Conferências
- A Caridade (conferência)
- 1950 - Duas Conferências em Defesa da Paz
- 1951 - João Lúcio (conferência, não professada mas publicada posteriormente, sobre o poeta olhanense)
Teatro
- 1926 - Jesus Cristo em Lisboa (colaboração com Raul Brandão)
Notas
- ↑ Pela grafia arcaica, Teixeira de Pascoaes.
- ↑ Teixeira de Pascoais, Poeta das Origens e da Saudade e Outros Textos - Volume VI
- ↑ Todas as fontes bibliográficas indicam 2 de Novembro de 1877 como a sua data de nascimento. Contudo, o assento de nascimento/baptismo refere indubitavelmente que ele nasceu às cinco horas da tarde de 8 de Novembro de 1877, em Amarante. Segundo Luísa Borges, em O Lugar de Pascoais, Pascoais terá adoptado 2 de Novembro, como data do seu aniversário, por razões puramente simbólicas, por ser o Dia dos Mortos, uma "porta" para o "Mais Além".
- ↑ Vd. genealogia de Teixeira de Pascoaes.
- ↑ Livro de Memórias Ana Sofia.
- ↑ «Isso é corroborado por um simples camponês que viu o Pascoais vir não sei de onde e disse: "Quem é aquele homem que deita fogo pela cabeça?"» in Amor, Liberdade, Poesia - Entrevista a Mário Cesariny de Vasconcelos, por Óscar Faria, Público, 19-01-2002, separata Mil Folhas
- ↑ Um dia, um grupo de estudantes que o foi visitar confundiu-o com o jardineiro da quinta, tão humilde e arcaica era a sua aparência: um homem baixo, franzino e seco.