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André Fernandes investiu contra as reduções do Tape e começou o ano de [[1638]] atacando duramente a redução de Santa Teresa, noroeste do [[rio Taquari]]. Com isso os jesuítas foram expulsos para além do [[rio Uruguai]], não lhes restando mais que aldeias sobre o [[rio Ibicuí]], mais a sudoeste.
André Fernandes investiu contra as reduções do Tape e começou o ano de [[1638]] atacando duramente a redução de Santa Teresa, noroeste do [[rio Taquari]]. Com isso os jesuítas foram expulsos para além do [[rio Uruguai]], não lhes restando mais que aldeias sobre o [[rio Ibicuí]], mais a sudoeste.


Sofreu grande revés em Caazapamirim no final de [[1638]] e retornou a São Paulo. Chegou à vila em março de [[1639]], doente e abandonado por seus índios, apenas com a gente de seu filho Jorge Fernandes. Fez testamento em [[29 de setembro]] de [[1641]] em que diz ter 63 anos e que seu único filho legítimo era o Padre Francisco Fernandes de Oliveira, deixando como filhos naturais Catarina Dias, Jorge Fernandes, Margarida Fernandes e Maria Fernandes.
Sofreu grande revés em Caazapamirim no final de [[1638]] e retornou a São Paulo. Chegou à vila em março de [[1639]], doente e abandonado por seus índios, apenas com a gente de seu filho Jorge Fernandes.
Em 19 de abril de 1641, restabelecido, assinou procuração dos moradores de [[Parnaíba]] ao capitão [[Antônio Raposo Tavares]] para os representar junto ao Rei.
Fez testamento em [[29 de setembro]] de [[1641]] em que diz ter 63 anos e que seu único filho legítimo era o Padre Francisco Fernandes de Oliveira, deixando como filhos naturais Catarina Dias, Jorge Fernandes, Margarida Fernandes e Maria Fernandes.



[[Categoria: História de São Paulo]]
[[Categoria: História de São Paulo]]

Revisão das 17h21min de 23 de setembro de 2006

André Fernandes foi sertanista de renome nos meados do século XVII em São Paulo. Silva Leme, que o chama Paulista e dos maiores sertanistas, descreve sua família no volume VII de sua «Genealogia Paulistana». Filho de Manuel Fernandes Ramos e de Susana Dias, nasceu por volta de 1578. Órfão de pai em 1589, acompanhou a mãe e o tio Belchior Dias Carneiro para as terras virgens de Parnaiba onde o capitão-mor Jorge Correia deu sesmaria aos ditos povoadores - doação aumentada com as sesmarias requeridas pelo segundo marido de Susana, Belchior da Costa, em 26 de dezembro de 1610.

Nestes limites, à margem esquerda do rio Anhembi, André Fernandes ergueu mais tarde a capela de Santana, e tendo devassado os sertões vizinhos, pesquisando ouro, obteve para si uma sesmaria limítrofe em 23 de setembro de 1619. Formou-se um povoado em torno da capela, depois feita matriz , e a 14 de novembro de 1625 foi criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania

Em novembro de 1613 André Fernandes partiu de São Paulo na chefia de uma bendeira que foi ao sertão que hoje sabemos ter sido goiano, do rio Paraupava, com 30 companheiros, bandeira essa determinada pelo provedor das minas, Diogo de Quadros.

Em 1623 recebeu patente de Capitão da infantaria da ordenança de São Paulo e foi escolhido para chefiar a «monção» que levaria D. Vitória de Sá, da família de Salvador Correia de Sá, à cidade de Assunção.

Tomou depois parte na arrancada paulista contra o Guairá em 1628, e permanecendo nesta guerra até fins de 1632. «Uno de los maiores piratas y más cruel matadores de indios que fueron al certon», diz dele um cronista jesuíta.

Esteve na bandeira de Francisco Bueno que em 1637 atacou diversas reduções no sertão do Taipe, atual Rio Grande do Sul. Morto Francisco Bueno, a tropa foi dividida entre Jerônimo Bueno e André.

André Fernandes investiu contra as reduções do Tape e começou o ano de 1638 atacando duramente a redução de Santa Teresa, noroeste do rio Taquari. Com isso os jesuítas foram expulsos para além do rio Uruguai, não lhes restando mais que aldeias sobre o rio Ibicuí, mais a sudoeste.

Sofreu grande revés em Caazapamirim no final de 1638 e retornou a São Paulo. Chegou à vila em março de 1639, doente e abandonado por seus índios, apenas com a gente de seu filho Jorge Fernandes. Em 19 de abril de 1641, restabelecido, assinou procuração dos moradores de Parnaíba ao capitão Antônio Raposo Tavares para os representar junto ao Rei.

Fez testamento em 29 de setembro de 1641 em que diz ter 63 anos e que seu único filho legítimo era o Padre Francisco Fernandes de Oliveira, deixando como filhos naturais Catarina Dias, Jorge Fernandes, Margarida Fernandes e Maria Fernandes.