António Cândido Gonçalves Crespo: diferenças entre revisões
Caixa+imagem |
|||
Linha 2: | Linha 2: | ||
| imagem = Gonçalves Crespo.jpg |
| imagem = Gonçalves Crespo.jpg |
||
| legenda = |
| legenda = |
||
| nome_nascimento = António |
| nome_nascimento = António Cândido Gonçalves Crespo |
||
| data_nascimento = {{dni|11|3|1846|SI}} |
| data_nascimento = {{dni|11|3|1846|SI}} |
||
| local_nascimento = [[Rio de Janeiro]], [[Brasil]] |
| local_nascimento = [[Rio de Janeiro]], [[Brasil]] |
Revisão das 15h41min de 19 de novembro de 2012
António Cândido Gonçalves Crespo | |
---|---|
Nascimento | António Cândido Gonçalves Crespo 11 de março de 1846 Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | 11 de junho de 1883 (37 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | Portuguesa |
Ocupação | poeta |
António Cândido Gonçalves Crespo (Rio de Janeiro, 11 de Março de 1846 — Lisboa, 11 de Junho de 1883) foi um jurista e poeta de influência parnasiana, membro das tertúlias intelectuais portuguesas do último quartel do século XIX. Nascido nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, filho de mãe escrava, fixou-se em Lisboa aos 10 anos de idade e estudou Direito na Universidade de Coimbra. Dedicou-se essencialmente à poesia[1] e ao jornalismo. Faleceu em Lisboa com apenas 37 anos de idade.
Biografia
Nasceu nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, Brasil, filho de um comerciante português António José Gonçalves Crespo e de Francisca Rosa da Conceição,[2] uma mestiça escrava à data do seu nascimento. Aos 10 anos de idade mudou-se para Portugal.
Depois de estudos preparatórios em Lisboa, matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra, onde se formou em 1877.
Fixou-se em Lisboa, onde apesar de ter adquirido a nacionalidade portuguesa, ao tempo requisito para o exercício da advocacia, pouco exerceu aquela profissão, optando antes pelo jornalismo. Foi colaborador de diversos periódicos, entre os quais O Ocidente e a Folha, o jornal de Coimbra em que era director João Penha, o poeta que introduziu o parnasianismo em Portugal. Como poeta estreou-se com a colectânea Miniaturas, publicada em 1870.[3] Também se dedicou à tradução, publicando versões em português de poemas de Heinrich Heine.
Em 1874, ainda estudante, casou com a poetisa e escritora Maria Amália Vaz de Carvalho, ingressando, graças a ela e ao seu círculo de amigos, no mundo das tertúlias intelectuais de Lisboa. Nesses círculos a avançou na sua carreira como poeta e publicista, ganhando grande nomeada. Influenciado pela escola parnasiana, nas suas obras poéticas abandonou a estética romântica, afirmando-se como poeta de grande qualidade,[4] particularmente após a publicação póstuma da sua obra completa (1887). A sua colectânea Nocturnos conheceu várias edições (1882, 1888, 1897, 1923, 1942). Em colaboração com a esposa publicou o livro Contos para os Nossos Filhos (1886).
Foi também atraído para o mundo da política e em 1879 foi eleito deputado às Cortes pelo círculo do Estado da Índia. Faleceu em 1883, vítima da tuberculose, com apenas 37 anos de idade.
A sua afirmação como poeta foi reforçada em 1887, quando foram publicadas as suas Obras Completas, com prefácio de Teixeira de Queirós e de Maria Amália Vaz de Carvalho.
Notas
- ↑ Library of the World's Best Literature, Ancient and Modern. Vol. XLII, p. 124.
- ↑ Gonçalves Crespo no GenealNet.
- ↑ Maria Amália Vaz de Carvalho, Alguns homens do meu tempo, p. 4. Lisboa, 1888.
- ↑ António Crespo, por Bulhão Pato.
Obras publicadas
- Miniaturas (1870)
- Nocturnos (1882)
- Contos para os Nossos Filhos (1886, com Maria Amália Vaz de Carvalho)
- Obras Completas (1887)