Ilha da Queimada Grande: diferenças entre revisões
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Há o interesse, por parte de cientistas, ONGs, mergulhadores e outros, de transformar a ARIE da Ilha da Queimada Grande em um Parque Nacional Marinho. A intenção é aumentar a proteção da parte marinha, numa faixa de 2 milhas náuticas no entorno da ilha, onde existem corais e espécies vulneráveis da fauna marinha, como tartarugas e peixes como a [[Caranha]] da ilha, que não faz parte do decreto de criação da ARIE. Há o registro da reprodução da Caranha no entorno da ilha, em [[2003]], por pesquisadores da [[Conservation International]]. |
Há o interesse, por parte de cientistas, ONGs, mergulhadores e outros, de transformar a ARIE da Ilha da Queimada Grande em um Parque Nacional Marinho. A intenção é aumentar a proteção da parte marinha, numa faixa de 2 milhas náuticas no entorno da ilha, onde existem corais e espécies vulneráveis da fauna marinha, como tartarugas e peixes como a [[Caranha]] da ilha, que não faz parte do decreto de criação da ARIE. Há o registro da reprodução da Caranha no entorno da ilha, em [[2003]], por pesquisadores da [[Conservation International]]. |
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== Localização == |
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Latitude: 24°29' S; Longitude: 46°40' W. |
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== Condições insulares == |
== Condições insulares == |
Revisão das 17h24min de 28 de janeiro de 2013
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Janeiro de 2013) |
Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas Queimada Grande e Queimada Pequena | |
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Categoria IV da IUCN (Área de Manejo de Habitat/Espécie) | |
Ilha da Queimada Grande | |
Localização | |
País | Brasil |
Estado | São Paulo |
Mesorregião | Litoral Sul Paulista |
Microrregião | Itanhaém |
Localidade mais próxima | Itanhaém e Peruíbe |
Dados | |
Área | 137,73 ha[1] |
Criação | 5 de novembro de 1985 |
Gestão | ICMBio[2] |
Sítio oficial | www.ICMBio.gov.br |
Coordenadas | |
Ilha da Queimada Grande é uma ilha localizada a cerca de 35 quilômetros do litoral do estado de São Paulo. É desabitada e seu acesso é restrito a cientistas do Instituto Butantan e a analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão federal que administra as unidades de conservação do Brasil. Desde 31 de janeiro de 1984 a ilha é uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), criada pelo Decreto nº 89.336.
Dec nº 91.887 de 05 de novembro de 1985
Há o interesse, por parte de cientistas, ONGs, mergulhadores e outros, de transformar a ARIE da Ilha da Queimada Grande em um Parque Nacional Marinho. A intenção é aumentar a proteção da parte marinha, numa faixa de 2 milhas náuticas no entorno da ilha, onde existem corais e espécies vulneráveis da fauna marinha, como tartarugas e peixes como a Caranha da ilha, que não faz parte do decreto de criação da ARIE. Há o registro da reprodução da Caranha no entorno da ilha, em 2003, por pesquisadores da Conservation International.
Em 2010, o site Listverse, especializado em listas diversas de melhores e piores sobre todos os assuntos, elegeu a ilha como o pior lugar do mundo para se visitar, à frente da zona contaminada de Chernobyl e dos vulcões de lama do Azerbaijão.[3]
Condições insulares
A ilha está a 18 milhas náuticas (aproximadamente 30 km) da costa de Itanhaém e Peruibe.
Possui difíceis condições de desembarque e difíceis condições para fundeio de embarcações.
O desembarque não é aconselhado e até mesmo foi proibido pela Marinha do Brasil devido a grande quantidade de cobras, especialmente a Jararaca-ilhoa, espécie endêmica da ilha[4] e, segundo alguns cientistas, a cobra venenosa com a peçonha mais potente do mundo. Outro motivo para a inibição do desembarque é a preservação da Fauna e Flora da ilha.
Não possui praias, somente costões rochosos. Um farol automático está instalado na ilha, mantido e conservado pela Marinha. A ilha tem uma altitude máxima de 200m e a profundidade ao redor fica em torno dos 45m.
Pesca amadora
É comum a prática de pesca amadora de arremesso e de mergulho, apesar de restrita pelo IBAMA.
As águas da ilha contam com variadas espécies de peixes como:
Ao sul, no Parcel de Fora, em profundidades variando de três a trinta metros, existem espécies de maior porte.
Serpentário natural: Área de Relevante Interesse Ecológico
A ilha também é conhecida como Ilha das Cobras, não sendo aconselhado o desembarque devido ao elevado número de cobras da espécie Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) o desenvolvimento dessa espécie devido o isolamento geográfico submetido após a última glaciação ao final do Pleistoceno. Isolada numa ilha rochosa com a cadeia-alimentar[5] baseada em aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Entretanto, estudos relacionando filogenia e hábitos alimentares demonstram que a Jararaca-ilhoa possui uma mudança em sua dieta, com os indivíduos jovens alimentando-se de anfíbios e lagartos e os adultos apenas de aves migratórias. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar.
É considerada, no meio científico, como o maior serpentário natural do mundo,[6] e existem cerca de 5 cobras por metro quadrado na ilha.[7] Em 5 de novembro de 1985 foi tombada como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pelo Decreto Federal n° 91.887.
Naufrágios
Nas águas da face Oeste da ilha existem dois navios naufragados, próximo ao Saco das Bananas:
- O navio mercante Rio Negro, do Lloyd Brasileiro, naufragado a 17 de julho de 1893. Construído em 1872, era um navio a vapor de pequeno porte, com cerca de 450 toneladas. Naufragou por colisão com a ilha, devido ao mau tempo, encontrando-se atualmente a uma profundidade de 12 a 18 metros.
- O Navio mercante Tocantins, também do Lloyd Brasileiro, naufragado a 30 de agosto de 1933. Era de construção inglesa.
Até hoje pode-se ver o que sobrou dos navios, já que as águas no entorno da ilha são bastantes claras, possibilitando uma visibilidade de 30 a 40 metros de profundidade.
Referências
- ↑ Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas Queimada Grande e Queimada Pequena. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação do Ministério do Meio Ambiente. Página visitada em 28 de janeiro de 2013.
- ↑ «Arie Ilhas da Queimada Pequena e Queimada». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 28 de janeiro de 2013
- ↑ «Top 10 Places You Don't Want To Visit» (em inglês). Listverse. Consultado em 12 de dezembro de 2011
- ↑ Ciência Hoje
- ↑ Cadeia Alimentar
- ↑ TV Tribuna.com
- ↑ Galileu:10 lugares que você não deve visitar