História de Santa Maria (Rio Grande do Sul): diferenças entre revisões

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O assentamento [[urbano]] que se desenvolveu como Santa Maria foi gerado pela instalação do Acampamento da Comissão, em data lamentavelmente ainda desconhecida quanto ao mês e dia, que possibilitaria comemorar 211 anos de fundação.
O assentamento [[urbano]] que se desenvolveu como Santa Maria foi gerado pela instalação do Acampamento da Comissão, em data lamentavelmente ainda desconhecida quanto ao mês e dia, que possibilitaria comemorar 211 anos de fundação.

Em [[2013]] a Prefeitura assinou um convênio com a [[Caixa Econômica Federal]] para a obra de implantação de um Trem Turístico.<ref>[http://www.santamaria.rs.gov.br/noticias/4894-prefeitura-assina-convenio-para-trem-turistico-e-da-grande-passo-para-se-tornar-polo-turistico Prefeitura assina convênio para Trem Turístico e dá grande passo para se tornar polo turístico]</ref><ref>[http://www.defender.org.br/santa-mariars-dada-partida-para-trem-turistico/ Santa Maria/RS – Dada partida para trem turístico]</ref>


== Panorama geral sobre Santa Maria<ref>Rechia, Aistilda</ref> ==
== Panorama geral sobre Santa Maria<ref>Rechia, Aistilda</ref> ==

Revisão das 03h15min de 30 de janeiro de 2013

 Nota: Para aspectos geográficos de Santa Maria, veja Geografia de Santa Maria (Rio Grande do Sul).

Predefinição:Portal-Santa Maria da Boca do Monte Este artigo conta a história do município Gaúcho de Santa Maria, Brasil; Desde 1777 até hoje;

Cronologia de Formação do Território[1]

Santa Maria nasceu como um acampamento militar, durante

Lenda de Criação de Santa Maria

Conta a lenda que na tribo dos Minuanos, um dos grupos indígenas habitantes nas margens do riacho Itaimbé, namorava Imembuí, uma índia muito bonita, de tez clara, cabelos longos e olhos muito negros. Seu nome significa a salva das águas, pois ela nasceu quando sua mãe, a índia Yboquitã, banhava-se nas águas do arroio. Era uma jovem muito querida e admirada por todos de sua tribo e despertava interesse dos jovens índios das tribos vizinhas. Acangatu, um jovem índio da tribo dos Tapes, que habitavam a outra margem do arroio Itaitmbé, apaixonou-se por Imembuí, e para testemunhar seu amor e sua coragem, todos os dias, trazia-lhe uma caça como presente. Porém, a jovem índia tinha por ele somente uma afeição de irmã. Certo dia, encheu-se de coragem e disse a Acangatu o que sentia por ele. O índio, decepcionado, ferido em seu amor próprio, embrenhou-se na floresta e ninguém mais o viu na aldeia. Nessa época, um grupo de bandeirantes que regressava da Colônia do Sacramento, provavelmente, na segunda metade do século XVII, onde haviam ido levar provisões para a Guarnição Portuguesa, avistou a aldeia dos Minuanos e julgaram eles presa fácil, pois só avistaram de longe, uma manada de cavalos, pacificamente pastando. Os bandeirantes costumavam apreender índios, escravizá-los e levá-los para São Paulo, a fim de trabalharem nas lavouras. De longe, viram apenas uma cavalhada tranqüila. E atacaram a aldeia. Entretanto, surpreendente engano: em cada cavalo, um guerreiro escondia-se no flanco oculto da montaria. Os minuanos, avisados por seu vigia, do perigo que se avizinhava, em violenta carga dizimaram os atacantes. Os que não foram mortos, fugiram ou foram feitos prisioneiros. O bandeirante português, Rodrigo, que estava entre os prisioneiros, foi também condenado à morte. O prisioneiro tocava uma música dolente no seu violão e cantava a saudade de sua terra e o destino triste que o levava a um doloroso fim. Era um moço simpático e valente. Imembui, ouvindo seu canto e admirando aquele rosto bonito, comoveu-se e sempre se aproximava dele para ouvi-lo cantar. Seu coração jovem e sensível apaixonou-se por Rodrigo, e sabendo do destino cruel que o aguardava, foi suplicar ao seu pai, o Cacique Apacani, para que o poupasse da dura sorte.

Este, que não negava nem um pedido de sua filha, atendeu-a, tendo Rodrigo passado a viver com os índios. Foi realizado o casamento de Imembuí e Rodrigo, emgrandes festas, de acordo com o ritual indígena. A partir daí, Rodrigo passou a chamar-se Morotin. Casaram-se mais tarde nas Missões, onde também foi batizado o filho deles José. O indiozinho José tornou-se um jovem forte e corajoso, e começou afastar-se de casa, exercitando-se como caçador. Sua mãe sempre o recomendava para que tomasse cuidado, pois, como ele ainda era um menino, poderia ser uma presa fácil a alguma fera faminta. Um dia, José embrenhou-se na mata para caçar e se perdeu. Não conseguiu encontrar o caminho de volta. Seus pais procuraram-no por toda a parte em vão. O menino havia desaparecido. Talvez um animal o tivesse ferido, ou uma cobra venenosa o tivesse picado. Imembuí muito chorou e desaparecimento do filho. José, perdendo o caminho de casa, foi andando, andando pela mata, até que anoiteceu. Aconchegou-se no oco de uma árvore, abrigando-se do frio e das feras e aí passou a noite. E no dia seguinte, continuou a andar. Muito andou, até que chegou às margens de um grande rio, encontrando uma choupana, habitada por um índio que o acolheu. Conversando com o índio, José contou-lhe sua história. O homem, comovido, dispôs-se a ajudá-lo, conduzindo José até a sua aldeia. José, considerado perdido, teve um retorno alegremente comemorado por toda a sua aldeia.. Imembuí e Morotin, agradecidos ao homem que encontrara o seu filho, convidaram-no a participar da alegria de toda a tribo. Reconheceram nesse homem, o índio Acangatu que já havia se curado de sua paixão por Imembuí. De acordo com essa lenda, Santa Maria teve sua origem no amor que uniu uma índia com um branco, nas margens do Arroio Itaimbé, que hoje corre canalizado sob o calçamento do Parque Itaimbé nesta cidade.

Ruas e Praças Antigas[2]

A vila, sede do município de Santa Maria da Boca da Monte, era, em 1858, constituída das seguintes artérias: Travessa do Barào do Cerro Largo (atual Visconde de Pelotas). Praça da Constituição (atual da República), Barão de Pôrto Alegre (atual Conde de Pôrto Alegre). Travessa Marques de Caxias (atual Duque de Caxias), Travessa 2 de Fevereiro (depois Marquês do Herval e atualmente Serafim Valandro). Travessa do Maximiano (atual Floriano Peixoto). Rua do Acampamento, Praça da Matriz (atual Saldanha Marinho). Rua General Rafael Pinto (atual Avenida Rio Branco), Rua da Matriz (atual Venâncio Aires), Rua do Comércio (atual Dr. Bozano). Rua da Aldeia (atual Avenida lpiranga). Havia em projeto a construção da Praça 3 de Maio (onde atualmente se encontra o Colégio Santana), rua Gararapes (atual Silva Jardim), rua dos Andradas e Coronel Manoel dos Santos (Continuação da Atual Avenida Ipiranga).

Demarcação de limites[2]

Incumbido, na segunda reunião do legislativo santamariense, de “demarcar os limites do roelo, da vila”, o vereador João Veríssimo de Oliveira, apresentou na terceira sessão, o seguinte trabalho: "Pelo oeste - da primeira canhada do alto que desce ao Passo da Areia, cortando a rumo do Sul em direção à chacara de Antônio José da Rosa, de lá em direção ao ipê pela frente da chacara de João Goethmer e do ipê em rumo de este em direção à chácara e olaria do falecido Machado e pela chacara de Dona Angélica. De lá, cortando o rumo de Oeste, em direção à chácara de André Beck e seguindo dahi até a casa de Geraldo Alves Damaceno a fechar pela chácara de João Henrique Druek, rumando depois à mesma canhada que vae dar ao Passo da Areia”. (Foi conservada a ortografia original).

Freguesia de Santa Maria[3]

O mapa mais antigo de Santa Maria, possivelmente de 1849, foi elaborado pelo engenheiro e agrimensor alemão Johann Martin Buff, que veio ao Brasil como militar contratado e foi tenente do 28° Batalhão de Caçadores. A povoação era Freguesia filial de Cachoeira e sede de seu 4° Distrito o qual tinha pouco mais de 2.000 habitantes. Foi levantada por ordem do presidente da Província, Francisco José de Sousa Soares de Andréa, Barão de Caçapava, que governou de 10 de abril de 1848 a 6 de março de 1850.

O mapa revela o traçado urbano da povoação, nove anos antes de sua emancipação política. Esse mapa mostra o amplo espaço destinado à praça central e o local da primitiva igreja católica, marcado por uma cruz de malta. Os alinhamentos da atual Av. Rio Branco estão apenas iniciados, afastados da igreja e do cemitério que ficava ao lado. A Rua do Acampamento era a mais densamente edificada. A Rua da Matriz (Venâncio Aires) era a via mais longa, em parte uma estrada desabitada até o Passo da Areia, onde havia algumas chácaras, inclusive a área na qual seria construída a Sotéia. A Rua Pacífica (Dr. Bozano) ia pouco além da atual Rua Conde de Porto Alegre e seguia como um estreito caminho. A Rua da Aldeia, atual Av. Presidente Vargas, era uma longa e sinuosa estrada. Várias vias não haviam sido abertas como as atuais ruas Floriano Peixoto, Duque de Caxias, Coronel Niederauer e Tuiuti.

Mapa do que vem a ser, hoje, a área central de Santa Maria em 1849. Elaborado pelo engenheiro e agrimensor alemão Johann Martin Buff.

Nascimento da povoação[3]

No ano de 2008, comemorou-se o sesquicentenário da emancipação política de Santa Maria, devemos lembrar que houve muita história anterior, desde o nascimento da povoação, há 211 anos. Santa Maria nasceu em consequência de ações estratégicas. Foi por causa de uma retirada estratégica da Partida Portuguesa da 2ª Subdivisão da Comissão Demarcadora de Limites entre terras de Portugal e Espanha, em 1797, que se estabeleceu o início do assentamento da povoação.

Havia anos que ambas as Coroas, através de seus comissários, tentavam estabelecer a divisa territorial na Capitania do Rio Grande de São Pedro. Uma operação difícil permeada por repetidos conflitos. A Comissão portuguesa, sob comando de Joaquim Félíx da Fonseca, capitão de artilharia e astrônomo, realizava seu trabalho na região missioneira, quando as relações entre Portugal e Espanha tornaram-se tensas, anunciando mais uma guerra que seria declarada em 1801. A fim de evitar maiores conflitos, a retirada foi ordenada ao comandante da Comissão, que desceu a Serra de São Martinho do Monte Grande, em busca de proteção junto à Guarda Portuguesa de São Pedro. nas proximidades do Arroio dos Ferreiros.

A Comissão instalou acampamento a pouco mais de 5 km a leste da Guarda, no já então denominado Rincão de Santa Maria, em terras da estância do padre Ambrósio José de Freitas, cuja sede ficava a poucos quilômetros ao sudeste.

O capitão Joaquim Félix da Fonseca comunicou ao comissário espanhol, em 18 de julho de 1797, que iria deixar o Povo de São João Baptista, descer a serra de São Martinho e acampar junto à Guarda Portuguesa do Passo dos Ferreiros. Então, em data ainda não conhecida, entre julho e dezembro de 1797, foram montadas as instalações para abrigar o numeroso grupo de pessoas. Eram oficiais e seus escravos, engenheiro, cirurgião, capelão, técnicos, artifices, soldados, peões e índios. Vários integrantes estavam acompanhados de mulheres e filhos, somando, possivelmente, entre cem e duzentas pessoas.

Os barracões para a equipe técnica da Comissão, para alojamento dos soldados e as primitivas habitações foram erguidos junto à área que futuramente se tomaria a praça central da povoação. E a partir dela, alguns ranchos foram se estabelecendo ao longo do divisor de águas, cujo traçado conhecemos hoje como Rua do Acampamento.

Também foi montado um pequeno oratório que, segundo Saint Hilaire, era uma capelinha coberta de palha, onde o capelão (…) celebrava missa aos domingos e dias santos. (..) Pequenos comerciantes vieram estabelecer-se para vender aos soldados cachaça, fumo e outras mercadorias: agricultores das vizinhanças ai construíram choupanas para se abrigarem quando viessem assistir missa.

No mesmo local, alguns anos depois (1808-10), seria erguido o primitivo e singelo primeiro templo católico da povoação, em alvenaria de tijolos e cobertura de telhas.

Francisco das Chagas Santos, engenheiro da demarcação de limites entre terras de Portugal e Espanha, realizou, em 1800, o levantamento de uma área cujo mapa revela uma extensão de 50 km, de leste a oeste, desde São João à foz do rio Vacacaí no Jacuí. E desde a encosta da serra, ao norte, até cerca de 40 km ao sul. O mapa resultante desse levantamento mostra o local cuja legenda denomina ‘Acampamento la Expedição ‘, onde estão representadas as primitivas edificações. Os pequenos quadriláteros sugerem, por sua disposição, o espaço do acampamento, que originaria a praça central e o início do alinhamento que seria a futura Rua do Acampamento. Cerca de 5 km a oeste, na margem direita do Arroio dos Ferreiros, o mapa mostra o marco português da Guarda de São Pedro e o acampamento da Guarda Portuguesa, um pouco mais a oeste.

Vê-se o traçado de vários caminhos que cruzavam a região, primitivas estradas carroçáveis e algumas trilhas. A posição estratégica é evidenciada pela presença da Guarda Portuguesa de São Pedro, que, além de estar situada em zona de fronteira com terras de Espanha, controlava a “Boca da Picada” ou “Boca do Monte”, nome que se agregaria ao da povoação nascida do Acampamento da Expedição. A Picada da Boca do Monte era o principal caminho que subia a serra de São Martinho, em direção às Missões.

O local do acampamento chamava-se Rincão de Santa Maria, denominação dada, supostamente, pelos jesuítas espanhóis a uma área de povoamento disperso remanescente da antiga redução de São Cosme e São Damião. O topônimo Rincão de Santa Maria daria o nome da futura cidade, como se estendera a outra elementos descritos no mapa. Vê-se claramente o Arroio de Santa Maria, atual Cadena, o Cerro de Santa Maria e, a cerca de 1,5 km a sudeste do Acampamento, o Cerrito de Santa Maria, cujo nome perdura. O Cerrito, com sua forma característica, durante mais de um século e meio dominou a paisagem ao sudeste, antes que os altos edifícios encobrissem o horizonte, O mapa mostra também o Cerro Corcovado, em cujo topo hoje está o Monumento ao Ferroviário.

A região não era despovoada. Apesar de o mapa de 1800 representar algumas poucas edificações esparsas, podemos supor que houvesse mais moradores nos arredores do Rincão de Santa Maria. Por exemplo, na sede da estância do Padre Ambrósio José de Freitas, em cuja sesmaria se instalou o acampamento, nada foi representado, embora se saiba que ele ali habitara, tendo obtido permissão para celebrar missa em seu oratório, em 1794. Também a representação de cinco quadriláteros no Acampamento da Expedição não significa que ali tivesse apenas esse número de edificações, em 1800; obviamente trata-se de uma convenção gráfica simplificando a representação.

Acreditamos que o nascimento da povoação, com sua conseqüente evolução urbana, deu-se a partir do Acampamento da Expedição, no local demarcado no mapa. A posição do acampamento militar da guarda portuguesa determinou o local onde a cidade nasceria.

O assentamento urbano que se desenvolveu como Santa Maria foi gerado pela instalação do Acampamento da Comissão, em data lamentavelmente ainda desconhecida quanto ao mês e dia, que possibilitaria comemorar 211 anos de fundação.

Em 2013 a Prefeitura assinou um convênio com a Caixa Econômica Federal para a obra de implantação de um Trem Turístico.[4][5]

Panorama geral sobre Santa Maria[6]

Aspectos históricos

Dois aspectos marcam o nascimento de Santa Maria: um militar e outro lendário.

A origem da cidade de Santa Maria está assentada no fato histórico denominado Demarcação de Limites da América Latina, no qual as Partidas Portuguesa e Espanhola, aqui chegadas no final do século XVIII (entre 1757 e 1797). tinham como missão demarcar os limites das terras da Coroa Portuguesa e os da Coroa Espanhola, realizando a devolução mútua de terras que haviam sido ilegalmente arrebatadas em litígios por seus familiares. Essas Partidas eram compostas por militares e eram acompanhados por seus familiares, trazendo também artífices e escravos.

Devido a constantes conflitos entre os comissários das duas Partidas, impedindo a concretização do Tratado de Demarcação de Limites, foi, desfeita a Comissão Mista das duas coroas, e o Governador do continente do Rio Grande do Sul, Sebastião Xavier da Veiga, determinou ao Coronel Francisco José Roscio, comandante da 2ª Subdivisão da Partida Portuguesa, que deslocasse sua Partida das Missões em Santo Ângelo, e descendo a Serra de São Martinho até a primeira guarda avançada denominada Arroio dos Ferreiros, aí acampasse. E estabelecido o Acampamento da Comissão Demarcatõria na sesmaria do tenente José Jerónimo de Almeida, que a cedeu ao Padre Ambrósio José de Freitas.

Assim, Santa Maria tem sua formação histórica assinalada por um acampamento militar e seu crescimento deu-se paulatinamente em fases distintas: foi Acampamento, depois Povoado. Curato. Distrito (de Cachoeira do Sul), Freguesia, Vila e por fim Cidade.

Considerando o surgimento dos primeiros ranchos dos militares, Santo Maria é bi-centenária (221 anos, em 2008). Oficialmente, a cidade comemora 150 anos de emancipação política (em 2008). Sob o aspecto lendário, a origem de Santa Maria tem seu berço no drama de amor da índia lmembui, a Salva das águas, filha da tribo dos Minuano, com o bandeirante português Rodrigues, prisioneiro de sua tribo, A paixão de Imembuí por Morotim, como ficou sendo chamado pelos indígenas, foi tão intensa, que a levou a salvar-lhe a vida e tomar-se sua esposa. O primeiro santa-mariense teria sido seu Filho José, batizado mais tarde nas Missões.

Indígenas

A região onde está assentada Santa Maria, até Fins do século XVIII, era habitada por índios que pertenciam a duas tribos: os Minuanos e os Tapes. Os Minuanos habitavam a zona da campanha, na Coxilha do Pau Fincado, mais tarde transferindo-se para uma das margens do arroio Taimbé. Na margem oposta, os Tapes levantaram seus toldos.

Além dessas tribos, também vieram Guaranis, oriundos das Missões Orientais (1800).

Os costumes indígenas muito contribuíram para a nossa cultura. Ainda hoje, descendentes indígenas transitam em nossa população, e nos oferecem produtos de sua cultura e de seu artesanato, principalmente feitos com cipós e fibras de plantas. Possuem grande conhecimento quanto ao uso de ervas medicinais.

Emancipação

A emancipação política de Santa Maria ocorreu em 17 de maio de 1858, quando foi instalada a Primeira Câmara Municipal de Santa Maria da Boca do Monte, e foi presidida pelo vereador mais votado, coronel José Alves Valença.

Santa Maria encontrava-se ainda na categoria de vila, Somente foi elevada à categoria de cidade em 16 de abril de 1876. Pela Lei Provincial número 1013.

Etnias

Constituem a população santa-mariense diferentes grupos étnicos. Aos índios, Filhos da terra, aos africanos, vindos na condição de escravos, juntaram-se os portuguêses e espanhóis, aqui chegados, integrantes das Partidas demarcatórias, no século XVIII. Posteriormente, chegaram alemães, poloneses, italianos, árabes.

Poder Executivo

Durante o período da monarquia, a Administração Municipal de Santa Maria foi desempenhada pelas Câmaras Municipais. O Vereador mais votado exercia o papel de vereador-Presidente. As Cámaras Municipais foram em número de nove. Com o advento da República, veio a reorganização do Estado e foram nomeados Intendentes para o governo municipal. Santa Maria teve 14 intendentes, sendo o primeiro. Coronel Francisco de Abreu Vale Machado (1892-1900) e o último a desempenhar o cargo foi Manoel Ribas que ficou como Intendente de 1928 a 3 de outubro de 1930,quando eclodiu a Revolução que depôs o governo do presidente Washington Luis e dissolveu as intendências. Poucos dias depois, Manoel Ribas foi nomeado Prefeito Municipal, através do ato da Interventoria Federal do Estado.

Estiveram ocupando o cargo de Chefe do Poder Executivo de Santa Maria 25 Prefeitos, incluindo o atual prefeito, Cezar Schirmer.

Poder Legislativo

O Poder Legislativo de Santa Maria, formado por 14 vereadores, constitui-se em um dos suportes do tripé governamental de Santa Maria.

O prédio da Câmara Municipal de Santa Maria, denominado Centro Democrático Adelmo Simas Genro, está localizado à Rua Vale Machado, no Centro. A sala Coronel Valença é o auditório amplo onde se realizam as sessões ordinárias e solenidades. Possui espaço destinado a exposições artístico-culturais e tem como patronímico o artista Eduardo Trevisan.

Ferrovias

O ano de 1885 marca a chegada dos trilhos para a Viação Férrea em Santa Maria. O penedo de 1885 até 1905 foi o que representou um desenvolvimento pujante, senão o maior da história de Santa Maria.

Nesses vinte anos, houve um aumento considerável na população, que era de 3.000 habitantes e foi para 15.000; o número de prédios cresceu de 400 para 1.500, em 1905. Novos hotéis foram abertos para receber o grande número de viajantes que transitavam rumo à serra e à fronteira. Houve um aumento das atividades econômicas, com a abertura de entrepostos comerciais e grandes depósitos de produtos agropecuários.

Linhas: A partir de 1900, Santa Maria passou a comandar o tráfego de trens no Rio Grande do Sul. Era o ponto de cruzamento de todas as linhas férreas: Linha Porto Alegre-Uruguaiana; Linha Tronco Cacequi-Rio Grande; Linha Tronco Santa Maria-Marcelino Ramos, e sediava a Diretoria da Compangnie Auxiliaire des Chemins de Fer au Bresil, arrendatária da rede rio-grandense desde 1898, A Viação férrea exerceu enorme influência no desenvolvimento econômico, social e cultural de Santa Maria.

Santa Maria como centro ferroviário do estado, movimentava trens de transporte de carga, com produtos da região, e trens de passageiros para todas as regiões do Rio Grande do Sul e para todo o país principalmente para o Rio de Janeiro e São Paulo.

A Gare da Viação Férrea - O quadro da Gare, nos tempos áureos do transporte ferroviário, regurgitava em horas de chegada e de partida de trens de passageiros: viajantes, chegando ou partindo; amigos, parentes aguardando a chegada ou se despedindo: bagageiros levando cargas e pertences de passageiros; o movimento dos maquinistas, foguistas, guarda-freios, revisteiros, chefes-de-trem, deixando a composição recém chegada ou preparando-se para a próxima viagem. A gare transbordava pessoas de todas as idades, principalmente jovens. Era ponto cativo para encontros e muitos namoros e romances aconteciam. A chegada dos trens era uma festa. O som de um alto-falante enchia o ar com informações aos viajantes, com música e propagandas comerciais.

Depois da desativação da Viação Férrea, a Gare ficou abandonada por um longo período, sofrendo a ação do tempo e dos vândalos. Hoje, ela está recuperada, graças ao empenho da Prefeitura Municipal, através da Secretaria da Cultura: é Centro de atividades culturais, onde acontecem Oficinas de arte e eventos artísticos e sociais.

Militares

Santa Maria possui a 2ª Guarnição Militar do País (em 2011 está prestes a se tornar a maior do Brasil).

A cidade tem sua origem ligada à atuação dos militares, aqui instalados para o cumprimento da missão demarcatória de limites. Tem tradição militar.

Membros dos batalhões que compunham os regimentos da Guarda Nacional estiveram combatendo Oribe e Rosas no Uruguai e, ocupando altos postos, santa-marienses também comandaram tropas brasileiras na Guerra do Paraguai e se destacaram no Decenio Heróico da Revolução Farroupilha.

A atuação dos militares está vinculada à segurança, não só no que tange à defesa da pátria, frente a um inimigo estrangeiro, ou aliando-se a outras corporações. Em Santa Maria esta sediada a 3ª Divisão de Exército - Divisão Encouraçada, que é herdeira da 3ª Divisão de Infantaria do heróico General Antonio de Sampaio. Congrega Unidades de Santa Maria, Santiago, Alegrete, Rosário do Sul, Cruz Alta e Santa Cruz do Sul. A 6ª Brigada de Infantaria Blindada é uma grande unidade integrada pelos Corpos Militares de Santa Maria, Santa Cruz do Sul e Rosário do Sul, com abrangência em 21 municípios.

Unidades do Exército:

Brigada Militar

Em Santa Maria está sediado o Comando Regional de Polícia Ostensiva Central — CRPOC — cuja área abrange 34 municípios que se localizam numa faixa central do Estado, correspondendo à Depressão Central.

Unidades em Santa Maria:

  • 1° Regimenio de Polícia Montada—Regimento Coronel Pilar;
  • 3ª Companhia de Polícia Rodoviária;
  • 4° Grupamento dc Incêndios (4° GI) —Corpo de Bombeiros— Escola de Habilitação e Especialização de Praças — EsHEP;
  • Hospital da Brigada Militar de Santa Maria “Izidro Gai” — HBMSM.

Base Aérea

O núcleo da Base Aérea de Santa Maria foi criado e ativado em 23 de dezembro de 1970. Unidades em Santa Maria:

  • 5° Esquadrão do Grupo de Aviação — 5º/8 B.Av — realiza missões de ligação, observação, busca e salvamento e Operações aéreas especiais;
  • 1° Esquadrão do 10º Grupo de Aviação 1, — 1º/10º G.Av — é uma unidade de reconhecimento tático da Força Aérea Brasileira;
  • 3° Grupo de Aviação — 3º/10º G.Av — adestra-se nas missões das tarefas operacionais de apoio aéreo aproximado, interdição e superioridade aérea;
  • 4° Grupo de Comunicação e Controle - 4º/1º GCC (opera equipamentos aeronáuticos).

Cultura

Santa Maria ostenta o título de Cidade Cultura, e o mérito advém da gama respeitável de manifestações culturais, representadas pela criação artística (artes plásticas, artesanato); produção literária (em poesia e prosa), composição musical, interpretação vocal e instrumental (popular, regionalista, clássica); bandas musicais, bandas marciais, bandas de rock); grupos de teatro; corais; grupos e escotas de dança (ballé, gaúcha, italiana, alemã, dança moderna e de rua); associações culturais; espaços culturais (Casa de Cultura, museus, bibliotecas (pública e de estabelecimentos particulares).

Um elenco dc poetas, escritores, pintores, desenhistas, cartunistas, escultores, compositores musicais e intérpretes da palavra (poesia e teatro) e da música, dançarinos integram o universo da cultura desta cidade.

Artes plásticas: Associação dos artistas plásticos de Santa Maria. Ab-Galeria de Arte, inaugurada em 19.10.1979, no centro da cidade, mantém exposição permanente de obras, em diversas técnicas, de artistas nacionais e locais.

Letras: Santa Maria possui a novel Academia Santa-Mariense de Letras que originou-se da Associação Santa-Mariense de Letras (entidade que havia completado 20 anos de existência em 2006), tem como objetivo o culto às letras e à Língua Portuguesa; congrega pessoas ligadas ao mundo literário e/ou cultural, preservando a memória, a biografia e a obra de escritores rio-grandenses, especialmente santa-marienses.

A cidade abriga também a Casa do poeta de Santa Maria (CAPOSM).

Teatro: Existem vários grupos: TUI; Companhia Retalhos de Teatro; Grupo Presença, que recentemente perdeu seu grande líder, diretor e criador: Pedro Freire Júnior; Teatro Experimental Universitário, Escola Aberta de Teatro, Grupo sem máscara; Grupo Expressão, entre outros.

Espaços culturais: Teatro Treze de Maio; Casa da Cultura, Gare da Viação Férrea; Museu Treze de Maio; Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide; Biblioteca Central da UFSM: Bibliotecas particulares (UFSM, UNIFRA, FAPAS). Museu Vicente Pallotti, Casa da Memória Edmundo Cardoso.

Feira do Livro

Uma das atividades de maior relevância cultural é a Feira do Livro que realiza em 2013, a sua 40ª edição, tendo como Patrono, o escritor e jornalista José Bicca Larré e Patronesse da Feira Infantil, Selma Feltrin.

Educação

Uma das características da cidade de Santa Maria é sua identidade com a educação. Possui uma rede de ensino, coordenada pela 8ª Coordenadoria Regional de Educaçào, abrangendo escolas estaduais (39) e particulares (40), nos níveis: educacional infantil, fundamental, médio, especiais, profissionais. Possui também uma Rede Municipal de Educação, cuja coordenação é da Secretaria de Município da Educação com 119 escolas (zona urbana e zona rural).

A primeira escola pública criada em Santa Maria data de 23 de agosto de 1838, no período do Governo Republicano de Piratini, durante a Revolução Farroupilha.

No ensino superior, Santa Maria conta com oito estabelecimentos: Universidade Federal de Santa Maria — UFSM; Centro Universitário Franciscano — UNIFRA; Universidade Luterana do Brasil — ULBRA; Faculdade Santa Clara — FASCLA; Faculdade de Direito de Santa Maria — FADISMA; Faculdade Palotina — FAPAS; Grupo Educadional UNINTER (estudo à distância).

Economia

Desde sua fundação, o município de Santa Maria teve a marca do desenvolvimento, através da agricultura e da criação de gado.

Hoje, a agricultura e a pecuária constituem produção parcimoniosa, de consumo praticamente doméstico, destacando-se a produção de arroz e de soja. O setor industrial é bastante modesto. O forte da economia repousa no comércio que agiliza o movimento financeiro da cidade, servindo também, a clientela dos municípios vizinhos.

Comunicação

Rádios: Universidade, Guarathan, Medianeira (AM e FM), Santamariense, Imembuí, Rádio Nativa FM, Antena 1, Pampa, Aleluia, Atlântida, Itapema.

Emissoras de TV locais: TV Pampa, RBS TV.

Jornais: A Razão, Diário de Santa Maria, A Cidade.

Símbolos de Santa Maria

Brasão

Fica adotado como símbolo heráldico de Santa Maria, o seguinte escudo d’armas: “Escudo português em campo de prata, com sigla de Maria Santissima, de cores azuis, circundadas de 2 estrelas da mesma cor, sobre um terraço de dois montes de sua cor. Apoios: duas lanças com bandeirolas vermelhas, estas com losango branco, cruzadas em sautor, por trás do escudo, sobre duas lanças indigenas da mesma posição, ligadas nos cantos por uma boleadeira gaúcha. Divisa: em listel, com as cores da bandeira de Piratini, a legenda em letras de prata: Santa Maria, cidade coração do Rio Grande sul. Timbre: Coroa mural de praia, de 5 torres.

Árvore Ipê-Roxo É considerada a árvore-símbolo do município a espécie popularmente conhecida corno lpê-Roxo. O referido, símbolo passará a constar do brasão do município.

Bandeira

É instituída a bandeira do município com campo de fomra retangular. Contendo no centro o Símbolo Heráldico de Santa Maria.

Parágrafo ünico: O branco simboliza o espírito dc paz da comunidade santamariense.

A população em 1858[7]

Ao ser instalado o município de Santa Maria, sua população era de 5.110 almas, assim distribuídas; Santa Maria (1° distrito), 2105 e Pau Fincado (2°distrito), 2205. Segundo um quadro estatistico aparecido na época e de autoria do engenheiro Antonio Eleutério de Camargo, estavam incluídos, no total da população, 20 escravos libertos e 996 ainda no cativeiro. A percentagem de escravos era, pois, de 18,9%, índice bastante baixo em relação a outros municípios onde a percentagem chegava a alcançar 50%. (Foi conservada a ortografia original).

Imigrantes

Israelitas

Alemães e Italianos

Santa Maria no mapa

Expansão urbana[8]

Dois importantes elementos marcam o processo da expansão urbana do município de Santa Maria: A rede de drenagem e o traçado da ferrovia. Santa Maria vem apresentando, ao longo de décadas, um crescimento urbano desordenado, como acontece na grande maioria das cidades brasileiras. O crescimento populacional cada vez apresenta-se mais desigual, criando novas formas de ocupação urbana. Há um nítido afastamento do indivíduo dos ambientes naturais.

Em 1819, 4 décadas antes de sua emancipação, já possuía as atuais ruas: Acampamento, Avenida Rio Branco, Bozano, e, Avenida Presidente Vargas.

Denominação das primeiras ruas:

  • Acampamento: primeira denominação foi São Paulo, depois, Sete de Setembro.
  • Dr. Bozano: Rua Pacifica, Rua do Comércio.
  • Av. Rio Branco: Rua General Pinto Bandeira, Coronel Valença, Rua do Progresso.
  • Venãncio Aires: Rua da Conceição, da Igreja, da Matriz, Dr. João Inácio.
  • Visconde de Pelotas: Travessa do Barão do Cerro Largo.
  • Floriano Peixoto: Travessa Maximiano, Rua do Cadó.
  • Duque de Caxias: Travessa Marquês de Caxias.
  • Conde de Porto Alegre: Barão de Porto Alegre.
  • Barão do Triunfo: Travessa Germânica.
  • Coronel Niederauer: Rua Dois de Julho.
  • Pinheiro Machado: Rua da Aldeia.
  • Silva Jardim: Rua dos Guararapes.
  • Tuiuti: Rua do Coronel Manoel dos Santos.

Divisão distrital de 1858 até hoje[8]

Quando da instalação oficial de Santa Maria, datada de 17 de maio de 1858, o município já contava com a presença de dois distritos. O 1º sendo a Vila de Santa Maria e o 2º denominado de Pau Fincado. A partir dessa data outras divisões ocorreram ao longo da trajetória histórica de Santa Maria.

Com a criação do distrito de São Pedro (hoje, São Pedro do Sul), o município de Santa Maria passou a contar, a partir de 18 de junho de 1861, com 3 distritos: Sede (1º), Pau Fincado (2º) e Rincão de São Pedro (3º).

Distritos em 1898

Divisão distrital de 1898: 7 distritos.

Distrito População
Sede 32700
Dilermando de Aguiar 5400
Estação Colônia 8500
Silveira Martins 4000
Arroio do Só 2400
São Martinho 4700
Caturrita 7500

Distritos em 1986

Divisão distrital de 1986: 9 distritos.

Distrito Área (km²)
Sede 173
Dilermando de Aguiar 582
Camobi 228
Silveira Martins 190
Arroio do Só 311
São Martinho 670
Boca do Monte 468
Itaára 247
Santa Flora 593

O que mudou? Atualmente…

Distritos em 1988

Divisão distrital de 1988: 9 distritos.

Principal(is) mudança(s) (em relação à 1986):

  • Emancipação do 4º distrito Silveira Martins, passando a ocupar a 4ª posição Arroio Grande. Arroio Grande foi desmembrado do então distrito de Camobi.

Distritos em 1997

A divisão feita em 1997 é a que perdura até hoje, com pequenas mudanças nas divisas distritais, e a então criação do distrito de Santo Antão em 2000 que foi desmembrada do Distrito da Boca do Monte.

Distritos hoje

Distrito Bairros População (hab.)[9] Área (km²) Densidade (hab./km²)
Sede 41 229.031 121,84 1879,77
São Valentim 1 494 133,38 3,70
Pains 1 3.559 133,42 26,68
Arroio Grande 1 2.701 130,71 20,66
Arroio do Só 1 1.127 159,30 7,07
Passo do Verde 1 498 133,40 3,73
Boca do Monte 1 4.085[Obs. 1] 307,44 13,29
Palma 1 856 111,92 7,65
Santa Flora 1 1.263 508,52 2,48
10º Santo Antão 1 [Obs. 2] 51,70 ~
  1. Descontar a população do distrito de Santo Antão, e, recentemente a perda de território para São Valentim com consecutiva perda de população.
  2. Criado após censo de 2000. Distrito desmembrado de Boca do Monte em 2000.

Cronologia Ferroviária[8]

O bairro Itararé surgiu com a instalação da ferrovia em Santa Maria.

Durante muito tempo a ferrovia foi a base para o desenvolvimento de Santa Maria. Mais tarde perdeu espaço para a UFSM.

A presença dos trilhos no espaço urbano do município veio contribuir de forma definitiva para o processo de ocupação territorial. O transporte ferroviário tornou-se elemento de atração populacional, dando origem aos chamados bairros ferroviário, a exemplo de Itararé, km 3.

Referências

  1. Viero, Lia Margot Dorneles. Atlas municipal escolar geográfico.
  2. a b Álbum do 1º Centenáno de Santa Maria, ano 1958.
  3. a b Brenner, José Antônio.
  4. Prefeitura assina convênio para Trem Turístico e dá grande passo para se tornar polo turístico
  5. Santa Maria/RS – Dada partida para trem turístico
  6. Rechia, Aistilda
  7. Álbum do 1º Centenário de Santa Maria, Ano 1958.
  8. a b c Viero, Lia Margot Dornelles. Atlas Escolar Muncipal da Evolução Politico-Administrativa de Santa Maria, RS. 2006.
  9. Censo 2000.