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Reino da Arábia Saudita
المملكة العربية السعودية
(Al-Mamlaka al-`Arabiyya as-Sa`ūdiyya)
Bandeira da Arábia Saudita
Brasão de armas da Arábia Saudita
Brasão de armas da Arábia Saudita
Bandeira Brasão de armas
Lema: "Não há outra divindade além de Alá, e Maomé é o seu profeta." (Chahada)
Hino nacional: Aash Al Maleek
("Vida longa ao Rei")
noicon.
Gentílico: Saudita ¹

Localização Arábia Saudita
Localização Arábia Saudita

Localização da Arábia Saudita
Capital Riade
24°39′N 46°46′E
Cidade mais populosa Riade
Língua oficial Árabe
Governo Monarquia absoluta Islâmica
• Rei Abdallah
• Príncipe Herdeiro Salman bin Abdul Aziz
Formação  
• Declaração da independência 8 de Janeiro de 1926 
• Reconhecimento 20 de Maio de 1927 
• Unificação 23 de Setembro de 1932 
Área  
  • Total 2 149 690 km² (13.º)
 • Água (%) Negligenciável
 Fronteira Jordânia, Iraque, Cuaite, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Iémen
População  
  • Estimativa para 2009 28 686 633[1] hab. (41.º)
 • Densidade 11 hab./km² (205.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2008
 • Total US$ 592 886 milhões[2] (27.º)
 • Per capita US$ 23 814[2] (46.º)
IDH (2010) 0,752 (55.º) – alto[3]
Moeda Riyal (SAR)
Fuso horário AST (UTC+3)
 • Verão (DST) Não usa
Cód. Internet .sa
Cód. telef. +966
¹  Utiliza-se também: Árabe-saudita[4] e Saudi-arábico.[4]

A Arábia Saudita (em árabe: السعودية, transl.: as-Su’ūdiyya), oficialmente Reino da Arábia Saudita (em árabe: المملكة العربية السعودية, transl.: al-Mamlaka al-ʻArabiyya as-Suʻūdiyya), é um país do Oriente Médio. Faz fronteira com a Jordânia e com o Iraque no norte e nordeste, com o Kuwait, Catar,e Emirados Árabes Unidos no leste, com Omã no sudeste e com o Iêmen no sul. O Golfo Pérsico fica a nordeste e o Mar Vermelho a oeste do país. Tem uma população estimada em 28 milhões de habitantes e seu tamanho é de cerca de 2 149 690 quilômetros quadrados.

O Reino é às vezes chamado de "A Terra das Duas Mesquitas Sagradas", em referência a Meca e Medina, os dois lugares mais sagrados do Islã. As duas mesquitas são Al Masjid Al-Haram e Al Masjid Al-Nabawi. O Reino atual foi fundado por Abdul-Aziz bin Saud, cujo empenho começou em 1902 quando ele capturou o ancestral de Al-Saud de Riade e culminou em 1932 com a proclamação e o reconhecimento do Reino da Arábia Saudita, apesar de suas origens nacionais remontarem a 1744 com a criação do Primeiro Estado Saudita.

A Arábia Saudita é o maior exportador de petróleo do mundo,[5] sendo a principal potência econômica de todo o Mundo Árabe. O petróleo representa mais de 90 por cento das exportações e quase 75 por cento das receitas do governo, facilitando a criação de um estado de bem-estar social,[6][7] que o governo tem encontrado dificuldades para financiar durante os períodos de baixos preços do petróleo.

História

Ver artigo principal: História da Arábia Saudita
O fundador da moderna Arábia Saudita, o Rei Abdul Aziz, num encontro com o Presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt em 1945.

Muitos povos têm vivido na península ao longo de mais de cinco mil anos. A cultura Dilmun, ao longo da costa do Golfo, era contemporânea dos sumérios e dos antigos egípcios, e a maior parte dos impérios do mundo antigo estabeleceu trocas comerciais com os estados da península.

A fundação do Islã por Maomé no ano de 620 da era atual e a subsequente importância religiosa das cidades árabes de Meca (também conhecida como Makkah) e Medina concederam aos governantes desse território considerável influência além da península.

O Estado Saudita surge na Arábia Central em 1744. Um chefe local, Muhammad bin Saud, uniu forças a um resgatador dos fundamentos do Islã, Muhammad Abd Al-Wahhab, para criar uma nova entidade política. O moderno Estado Saudita foi fundado pelo último Rei Abdul Aziz Al-Saud (conhecido internacionalmente como Abdul Aziz Ibn Saud).

Em 1902, Abdul Aziz Ibn Saud capturou Riade, a capital ancestral da dinastia de Al-Saud à família rival Rashid. Continuando estas conquistas, Abdul Aziz subjugou Al Hasa, o resto do Nejd e do Hijaz entre 1913 e 1926. A 8 de Janeiro de 1926 Abdul Aziz Ibn Saud torna-se Rei do Hijaz. A 29 de Janeiro de 1927 ele tomou o título de Rei do Nejd (seu título Nejdi anterior era de Sultão). Pelo Tratado de Jidá, assinado a 20 de Maio de 1927, o Reino Unido reconheceu a independência do reino de Abdul Aziz (então conhecido como Reino de Hijaz e Nejd). Em 1932, estas regiões foram unificadas como o Reino da Arábia Saudita. A descoberta de petróleo em 3 de Março de 1938 transformou o país.

As fronteiras com a Jordânia, o Iraque, e o Kuwait foram estabelecidas por uma série de tratados negociados nos anos de 1920, que criaram duas "zonas neutras" -- uma com o Iraque e outra com o Kuwait. A zona neutra Saudita-Kuwaitiana foi administrada conjuntamente em 1971, com cada Estado partilhando igualitariamente os recursos petrolíferos da zona.

A típica paisagem do deserto do Rub' al-Khali, na Arábia Saudita.

Tentativas de acordo para a partilha da zona neutra Saudita-Iraquiana chegaram a um termo em 1981, sendo finalizadas em 1983. A fronteira sul do país com o Iémen foi parcialmente definida em 1934 com o Tratado de Taif, pondo fim a uma breve guerra fronteiriça entre os dois Estados. Um tratado adicional assinado em Junho de 2000 delineou porções da fronteira com o Yemen. A localização e status da fronteira da Arábia Saudita com os Emirados Árabes Unidos não está finalizada; a fronteira de facto reflete um acordo de 1974. A fronteira entra a Arábia Saudita e o Qatar foi definida em Março de 2001. A fronteira com Oman ainda não está demarcada.

Durante a guerra árabe-israelense de 1973, a Arábia Saudita participou do boicote do petróleo árabe aos Estados Unidos e aos Países Baixos. Como membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Arábia Saudita juntou-se a outros países-membros elevando moderadamente o preço do petróleo em 1971.

Em 1990-91, o Rei Fahd desempenhou um papel-chave antes e durante a Guerra do Golfo: a Arábia Saudita acolheu a família real kuwaitiana além de 400 000 refugiados e ao mesmo tempo permitiu a entrada de tropas ocidentais e árabes em seu território para a liberação do Kuwait no ano seguinte.

Quando o então Rei Fahd sofreu um enfarte em novembro de 1995, o seu sucessor, então Príncipe Herdeiro Abdallah, assumiu muitas das responsabilidades rotineiras da condução do governo. Morto o Rei Fahd em 1 de agosto de 2005, Abdallah sucedeu-lhe, convertendo-se no atual rei do país.

Geografia

Imagem de satélite da península Arábica.
Ver artigo principal: Geografia da Arábia Saudita

A Arábia Saudita é um país localizado no sudoeste da Ásia, na região do Oriente Médio. Ocupa 4/5 da Península Arábica e estende-se por 1 950 km, de noroeste a sudeste, e por 1 240 km, de sudoeste a nordeste.

Em área é o maior país árabe, com uma superfície de 1 960 582 km². Está limitado pela Jordânia, pelo Iraque e pelo Kuwait, a norte; pelo golfo Pérsico, pelo Qatar, pelos Emirados Árabes Unidos e por Omã, a leste; pelo Iémen, a sul; e pelo mar Vermelho, a oeste. As cidades mais importantes são Riade, a capital, com 4 260 000 habitantes (2005), Jeddah (3 400 000 hab.) (2005), Meca (1 691 100 hab.) (2005), Medina (1 300 000 hab.), Dammam (1 300 000 hab.), Tabuk (730 000 hab) e Taif (700 000 hab.) (2005).

A maior parte do território da Arábia Saudita é constituída por desertos.

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da Arábia Saudita
Densidade demográfica da Arábia Saudita (pessoas por km²).

A população da Arábia Saudita em 2003 era estimada em cerca de 28,3 milhões de habitantes, incluindo cerca de 6,4 milhões de residentes estrangeiros. Até à década de 1960, a maioria da população era nómada ou seminómada mas devido ao rápido crescimento económico e urbano, mais de 95% da população é agora sedentária. Algumas cidades e oásis têm densidades demográficas de mais de 1 000 habitantes por quilómetro quadrado.

A maior parte dos sauditas é etnicamente árabe. Alguns são de origem étnica mista e descendem de turcos, iranianos, indonésios, indianos, africanos e outros, a maioria dos quais chegou ao país na qualidade de peregrinos e reside na região do Hejaz, ao longo da costa do Mar Vermelho. Muitos árabes de países vizinhos estão empregados no reino. Existem também números significativos de expatriados asiáticos, provenientes principalmente da Índia, Paquistão, Bangladesh, Indonésia e Filipinas. Existem menos de 100 000 cidadãos ocidentais na Arábia Saudita.

É difícil calcular números exactos relativos às religiões professadas na Arábia Saudita, porque o governo afirma que 100% dos cidadãos são muçulmanos.


Religião

A Caaba (centro) na mesquita Al Masjid Al-Haram.

Na Arábia Saudita foi revelado o Alcorão pelo profeta Maomé, religião a qual denominou-se de Islão. Atualmente, a constituição do país é baseada no Alcorão, e nos resgates monoteístas que Muhammad Abd Al-Wahhab realizou sobre o Alcorão e a Sunnah.

A prática pública de qualquer outra religião que não seja o Islão é proibida naquele país. Esta medida é alvo de várias críticas de várias entidades no resto do mundo. Por exemplo, em 2003, um relatório da U.S. Commission on Religious Freedom (Comissão para a Liberdade Religiosa), uma organização estatal americana que investiga as violações à liberdade religiosa no mundo, chamou à Arábia Saudita de o maior violador das liberdades religiosas.

Vários casos, entre os quais o caso recente do professor Mohammad al-Harbia, um professor da escola secundária saudita condenado a 40 meses de prisão e a 750 chicotadas em público por ter discutido a Bíblia e ter dado uma imagem positiva do Judaísmo aos seus alunos, têm originado uma condenação pela opinião pública internacional.

Política

Ver artigo principal: Política da Arábia Saudita
Rei Abdullah, da Arábia Saudita.

A Arábia Saudita é uma monarquia absoluta, de forma que o rei não é apenas o chefe do estado mas também do governo. A lei básica adotada em 1992 declarou que Arábia Saudita é uma monarquia governada pelos filhos e pelos netos do rei Abd Al Aziz Al Saud.

O país tem mostrado um profundo desprezo pelos direitos humanos. Porém, devido à pressões internacionais vem diminuindo o rigor do seu regime absolutista. Em 2005 foram convocadas as primeiras eleições municipais daquele país, eleições transtornadas, é verdade, mas foi um grande passo para um país de tradição tão rígida.

Apesar de seu regime absolutista a Arábia Saudita é o principal aliado muçulmano dos EUA na região.

  • Legislativo: não há.
  • Partidos políticos: não há.
  • Constituição em vigor: não há — o rei governa de acordo com a Sharia, a lei sagrada do islamismo.
  • Organizações: Banco Mundial, FMI, ONU, Opep.

Sistema legal

Predefinição:Contém texto em árabe A Lei Básica, em 1992, declarou que a Arábia Saudita é uma monarquia governada pelos descendentes de Ibn Saud. Também declarou o Alcorão como a constituição do país, governado com base na lei islâmica.[8]

Questões criminais são julgadas em tribunais da Sharia no país. Esses tribunais exercem autoridade sobre toda a população. Casos envolvendo pequenas penalidades são julgados em tribunais sumários da Sharia. A maioria dos crimes graves são julgados em tribunais da Sharia de questões comuns. Tribunais de recurso julgam os recursos dos tribunais da Sharia.[8]

Causas também podem ser julgados em tribunais da Sharia, com uma exceção: os xiitas podem julgar casos desse tipo em seus próprios tribunais. Outros processos cíveis, incluindo os que envolvem queixas contra o governo e a execução de sentenças estrangeiras, são submetidos inicialmente a tribunais administrativos especializados, tais como a Comissão para a Resolução de Conflitos Laborais e o Conselho de Queixas.[8]

As principais fontes de direito saudita são a fiqh hambali, consagrada em vários tratados acadêmicos especificados por juristas competentes, outras escolas de direito, as regulamentações estatais e decretos reais (quando estes são relevantes), e o costume e a prática.[9]

O sistema legal saudita prescreve pena de morte ou castigo físico, incluindo amputação das mãos e dos pés para certos crimes, como assassinato, roubo, estupro, contrabando de drogas, atividade homossexual e adultério. O roubo é punível com a amputação da mão, embora raramente seja fixada para a primeira ofensa. Os tribunais podem impor outras penas severas, como flagelações para crimes menos graves contra a moralidade pública, como a embriaguez.[10] Homicídio, morte acidental e lesão corporal estão abertas à punição pela família da vítima. Retribuição pode ser pedida em espécie ou através de dinheiro. O dinheiro de sangue a pagar pela morte acidental de uma mulher ou de um homem cristão[11] é a metade do que para um homem muçulmano.[12] Todos os outros (hindus, budistas e sikhs) são avaliados em 1/16 daquele valor. A principal razão para isto é que, de acordo com a lei islâmica, os homens devem ser os fornecedores para as suas famílias e, portanto, espera-se que ganhem mais dinheiro em suas vidas. O dinheiro de sangue de um homem deveria sustentar sua família, pelo menos durante um curto período de tempo. Os assassinatos devido à honra também não são punidos tão severamente como assassinato. Isto geralmente decorre do fato de que os assassinatos devidos à honra ocorrem dentro de uma família e são feitos para compensar algum ato 'desonroso' cometido. A escravidão foi abolida em 1962. Muitas leis relacionadas a esta [necessário esclarecer] implicam punições severas, como flagelações por ingressar com o tipo incorreto de visto.[13][14]

Símbolos nacionais

A bandeira nacional consiste de um pano verde com texto em caracteres árabes brancos sobre uma espada, também branca. O texto na bandeira é o da shahada a declaração de fé islâmica:

لا إلاه إلالله محمد رسول الله
La ilaha Ilallah Muhammadar Rasululah
"Não há deus senão Alá, e Maomé é o seu mensageiro"

O brasão de armas é composto por duas espadas cruzadas com fios de cor prata e empunhaduras de cor ouro, ambas com suas pontas colocadas para baixo e situadas abaixo de uma palmeira de cor verde. Este emblema foi adotado em 1950, embora as duas espadas cruzadas tem figurado com anterioridade em antigas bandeiras sauditas. A palmeira e as duas espadas cruzadas aparecem representadas, em outras insígnias do país, em um dos quadrantes superiores do estandarte do monarca saudita.

Aash Al Maleek ("Vida Longa ao Rei") é o hino nacional da Arábia Saudita.

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões da Arábia Saudita
Províncias da Arábia Saudita.

A Arábia Saudita está dividida em 13 províncias (manatiq; singular: mintaqah):

  1. Al Bahah
  2. Al Hudud ash Shamaliyah
  3. Al Jawf
  4. Al Madinah
  5. Al Qasim
  6. Ar Riyad
  7. Ash Sharqiyah
  8. 'Asir
  9. Ha'il
  10. Jizan
  11. Makkah
  12. Najran
  13. Tabuk

Economia

Ver artigo principal: Economia da Arábia Saudita
Ficheiro:Mamlaka .jpg
Kingdom Tower em Riade, a capital e maior cidade do país.

A extração e exportação do petróleo constitui a atividade econômica mais importante, sendo a Arábia Saudita o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), onde tem se firmado como maior produtor aumentando suas exportações.[15] Também são produzidas quantidades significativas de gás natural.

Até há pouco tempo, a produção agrícola era limitada pela inexistência de água e pela grande salinidade do solo.

Agora, graças à irrigação, a Arábia Saudita tornou-se num grande produtor de trigo. A tâmara, o tomate, a melancia, a cevada, a uva, o pepino, a abóbora, a berinjela, a batata, a cenoura e a cebola são também culturas importantes.

Os principais parceiros comerciais da Arábia Saudita são os Estados Unidos, o Japão, o Reino Unido, a Alemanha, a França e a Coreia do Sul.

A Arábia Saudita é um grande destino de imigração proveniente do sul e leste da Ásia e da África Oriental, principalmente de trabalhadores não especializados.

Escassez de água

A Saudi Aramco é a maior companhia do mundo, sendo a principal indústria mundial do setor petrolífero.

A região não tem lagos ou rios.[16] Por isso, o país sofre com a escassez de água e para suprir essa necessidade realiza a dessalinização da água. A capital Riad é abastecida com água transportada por 370 km do Golfo da Árabia para então ser dessalinizada. Com o aperfeiçoamento da tecnologia, os custos do processo têm diminuído.[17]

Outra tentativa envolve a procura por água em aquíferos subterrâneos. Em março de 2010, o processo foi iniciado por cientistas alemães contratados pelo governo saudita que têm feito a abertura de buracos com até 2 mil metros de profundidade.[16]

Na Arábia Saudita, assim como em outros países do Oriente Médio, a agricultura é feita principalmente através do sistema de pivô central de irrigação, onde se capta a água subterrânea dos lençóis freáticos que ficam abaixo do deserto. Isso explica a presença de plantações circulares em regiões completamente inóspitas do deserto da Arábia Saudita.

Cerca de 85% da água disponível na Arábia Saudita é utilizada na agricultura.[16]

Infraestrutura

Educação

Ver artigo principal: Educação na Arábia Saudita
Universidade King Saud.

Quando o Reino da Arábia Saudita foi fundado em 1932, a educação não era acessível a todas as pessoas, e era limitada a instrução individualizada nas escolas religiosas em mesquitas nas áreas urbanas. Essas escolas ensinavam leis islâmicas e habilidades básicas de leitura. No final do século XX, a Arábia Saudita possuía um sistema educacional que cobria todo o país, provendo treinamento gratuito da pré-escola até a universidade a todos os cidadãos.

O sistema educacional primário na Arábia Saudita começou na década de 1930. Em 1945, o Rei Abdulaziz bin Abdelrahman Al-Saud, o fundador do país, iniciou um extensivo programa para estabelecer escolas no reinado. Seis anos depois, em 1951, o país possuía 226 escolas e 29.887 estudantes. Em 1954, o Ministério da Educação foi fundado, chefiado pelo príncipe Fahd bin Abdulaziz como o primeiro Ministro da Educação. A primeira universidade foi a Universidade Rei Saud, fundada em 1957.

No início do século XXI o sistema nacional de educação pública possui vinte universidades, mais que 24 mil escolas, e uma grande quantidade de colégios e outras instituições de educação e treinamento. O sistema provê aos estudantes educação e livro gratuito, serviços de saúde, e é acessível para todos os cidadãos. Mais que 25% da receita anual do estado é para a educação, incluindo treinamento vocacional. O reinado tem também trabalhado em programas escolares para enviar estudantes para os Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Austrália, Japão, Malásia e outras nações. No início do século XXI milhares de estudantes são mandados para o exterior através de programas de educação superior todos os anos.

O estudo do Islã permanece como o centro do sistema educacional da Arábia Saudita. Os aspectos islâmicos do currículo nacional foram examinados em 2006 em um relatório por Freedom House.[18] O relatório percebeu que nas classes de educação religiosa (e em qualquer escola religiosa) as crianças eram ensinadas a depreciar outras religiões, assim como outras ramificações do Islã.[19] O currículo de estudos religiosos da Arábia Saudita é ensinado fora do Reino em madraçais espalhados pelo mundo.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Arábia Saudita

A cultura da Arábia Saudita é assentada, praticamente, nas tradições da religião islâmica, predominante. Na Arábia Saudita ficam dois dos locais mais sagrados do Islão, os quais se consideram os berços da religião, as cidades de Meca e Medina, tomadas por peregrinos do mundo inteiro durante a cerimónia do Hajj.

Gastronomia

A comida local é bastante condimentada. As carnes mais comuns são o frango e o carneiro, sendo a carne suína proibida por lei, segundo a sharia. As comidas mais encontradas são o arroz, as lentilhas, homus (pasta de grão-de-bico), kultra (espetadas de frango ou carneiro), kebab (servido com sopa e legumes), mezze (entradas variadas) e muhalabia (pudim de arroz). O álcool é proibido no país, e ser apanhado bêbado pode causar graves problemas.

Ver também

Referências

  1. «CIA World Factbook - Saudi Arabia». CIA (em inglês) 
  2. a b «Saudi Arabia». International Monetary Fund. Consultado em 1 de outubro de 2009 
  3. «Ranking do IDH 2010». PNUD. Consultado em 4 de novembro de 2010 
  4. a b «Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos» 
  5. «U.S. Energy Information Administration - Saudi Arabia Country Energy Profile» 
  6. «Social Services 2» (em inglês) 
  7. «Royal Embassy of Saudi Arabia-London: The Kingdom Of Saudi Arabia - A Welfare State» (em inglês) 
  8. a b c Saudi Arabia. JURIST
  9. «Saudi Arabia, Kingdom of». Law.emory.edu. 22 de setembro de 1933. Consultado em 1 de maio de 2010 
  10. «Human Rights in Saudi Arabia: A Deafening Silence» (PDF). Consultado em 1 de maio de 2010 
  11. «State Department». State.gov. Consultado em 1 de maio de 2010 
  12. «Saudi Arabian Government and Law». Jeansasson.com. Consultado em 1 de maio de 2010 
  13. «Religion & Ethics - Islam and slavery: Abolition». BBC. Consultado em 1 de maio de 2010 
  14. «Welcome to Encyclopædia Britannica's Guide to Black History». Britannica.com. 31 de janeiro de 1910. Consultado em 1 de maio de 2010 
  15. «Arábia Saudita aumentará a produção em barris diários em julho» [ligação inativa] 
  16. a b c SHAFY, Samiha (20 de março de 2010). Rei saudita contrata equipe alemã para procurar água subterrânea no deserto. <http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2010/03/20/rei-saudita-contrata-equipe-alema-para-procurar-agua-subterranea-no-deserto.jhtm>. Jornal Der Spiegel
  17. NINNI, Karina. (22 de março de 2010). Riad - Um mar de água. Caderno Planeta. Jornal O Estado de S.Paulo
  18. Shea, Nona, et.al. (2006), Saudi Arabia's Curriculem of Intolerence (PDF), Center for Religious Freedom, Freedom House, consultado em 21 de setembro de 2008 
  19. Press Release: Revised Saudi Government Textbooks Still Demonize Christians, Jews, Non-Wahhabi Muslims and, Freedom House, 23 de maio de 2006, consultado em 21 de setembro de 2008 

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