Igrejas ortodoxas orientais: diferenças entre revisões

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As Igrejas [[Católica]] e [[Ortodoxa]] acusam as Igrejas não-calcedonianas de serem monofisitas, devido ao facto de elas não aceitarem a doutrina das ''"[[União Hipostática|duas naturezas de Cristo]]"'' (ou ''[[união hipostática]]''), decretada pelo [[Concílio de Calcedônia]] ([[451]]). Mas, estas mesmas [[Igrejas orientais]] recusam de serem classificadas como monofisitas e, em contrapartida, se descrevem como sendo [[Miafisismo|miafisitas]]. Isto porque as Igrejas não-calcedonianas também acham que o [[monofisismo]] é [[Heresia|herética]].
As Igrejas [[Católica]] e [[Ortodoxa]] acusam as Igrejas não-calcedonianas de serem monofisitas, devido ao facto de elas não aceitarem a doutrina das ''"[[União Hipostática|duas naturezas de Cristo]]"'' (ou ''[[união hipostática]]''), decretada pelo [[Concílio de Calcedônia]] ([[451]]). Mas, estas mesmas [[Igrejas orientais]] recusam de serem classificadas como monofisitas e, em contrapartida, se descrevem como sendo [[Miafisismo|miafisitas]]. Isto porque as Igrejas não-calcedonianas também acham que o [[monofisismo]] é [[Heresia|herética]].


Para equilibrar as doutrinas antitéticas do monofisismo e da união hipostática (ambas também não aceites pelos ortodoxos orientais), estas Igrejas defendem que em [[Jesus]] há a parte humana e a parte divina, mas que estas duas partes se unem para formar uma única e unificada [[Cristologia|Natureza de Cristo]]. Eles acreditam que uma união completa e natural das Naturezas Divina e Humana em uma só Natureza é autoevidente, de maneira a alcançar a [[salvação]] divina da humanidade, em oposição à crença na união hipostática (onde as Naturezas Humana e Divina não estão misturadas, porém também não estão separadas), promovida pelas atuais Igrejas [[Igreja Católica|Católica]],[[Protestantes]] e [[Igreja Ortodoxa|Ortodoxa]].
Para equilibrar as doutrinas antitéticas do monofisismo e da união hipostática (ambas também não aceites pelos ortodoxos orientais), estas Igrejas defendem que em [[Jesus]] há a parte humana e a parte divina, mas que estas duas partes se unem para formar uma única e unificada [[Cristologia|Natureza de Cristo]]. Eles acreditam que uma união completa e natural das Naturezas Divina e Humana em uma só Natureza é autoevidente, de maneira a alcançar a [[salvação]] divina da humanidade, em oposição à crença na união hipostática (onde as Naturezas Humana e Divina não estão misturadas, porém também não estão separadas), promovida pelas atuais Igrejas [[Igreja Católica|Católica]], [[Protestante]] e [[Igreja Ortodoxa|Ortodoxa]].


Esta doutrina especial defendida pelos não-calcedonianos chama-se [[miafisismo]].
Esta doutrina especial defendida pelos não-calcedonianos chama-se [[miafisismo]].

Revisão das 17h50min de 20 de maio de 2013

As Igrejas não-calcedonianas (também conhecidas como antigas Igrejas orientais) compõem uma denominação cristã que surgiu em seguida ao Concílio de Calcedônia, em 451. Elas separaram-se da única Igreja existente até 1054, a que, após o grande cisma, deu origem às igrejas Católica e Ortodoxa, porque elas se recusaram a aceitar a doutrina das "duas naturezas de Cristo", decretada em Calcedônia e aceitada pelos católicos, católicos ortodoxos e, posteriormente, pelos protestantes.

Estas igrejas orientais, apesar de se autodemominarem ortodoxas orientais ou antigas ortodoxas orientais, diferenciam-se grandemente da Igreja Ortodoxa por aceitarem apenas os três primeiros concílios ecumênicos (Niceia, Constantinopla e Éfeso), não estando por isso em comunhão com a Igreja Ortodoxa nem com a Igreja Católica. Mas, o termo ortodoxos orientais deve ser usado com muito cuidado, porque os membros da Igreja Ortodoxa, por vezes, também são chamados de ortodoxos orientais.[1]

Actualmente, existe cerca de 79 milhões de ortodoxos não-calcedonianos, que são organizados em seis Igrejas nacionais autocéfalas e em várias Igrejas autónomas associadas às Igrejas autocéfalas.

Concílio de Calcedónia

Ver artigo principal: Concílio de Calcedónia

De acordo com o artigo sobre o Henotikon na Enciclopédia Católica,[2] os patriarcas de Alexandria, Antioquia e Jerusalém, entre tantos outros, recusaram-se a aceitar a doutrina das "duas naturezas", decretada pelo imperador bizantino Marciano no Concílio de Calcedônia, em 451, separando-as assim da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa. Este acontecimento cismático deu origem às Igrejas não-calcedonianas.

Doutrinas distintas

Ver artigos principais: Monofisismo e Miafisismo

As Igrejas Católica e Ortodoxa acusam as Igrejas não-calcedonianas de serem monofisitas, devido ao facto de elas não aceitarem a doutrina das "duas naturezas de Cristo" (ou união hipostática), decretada pelo Concílio de Calcedônia (451). Mas, estas mesmas Igrejas orientais recusam de serem classificadas como monofisitas e, em contrapartida, se descrevem como sendo miafisitas. Isto porque as Igrejas não-calcedonianas também acham que o monofisismo é herética.

Para equilibrar as doutrinas antitéticas do monofisismo e da união hipostática (ambas também não aceites pelos ortodoxos orientais), estas Igrejas defendem que em Jesus há a parte humana e a parte divina, mas que estas duas partes se unem para formar uma única e unificada Natureza de Cristo. Eles acreditam que uma união completa e natural das Naturezas Divina e Humana em uma só Natureza é autoevidente, de maneira a alcançar a salvação divina da humanidade, em oposição à crença na união hipostática (onde as Naturezas Humana e Divina não estão misturadas, porém também não estão separadas), promovida pelas atuais Igrejas Católica, Protestante e Ortodoxa.

Esta doutrina especial defendida pelos não-calcedonianos chama-se miafisismo.

Lista

Aqui estão listadas as 6 Igrejas não-calcedonianas que são autocéfalas:

Apesar de serem autocéfalas, isto é, independentes umas das outras, estas Igrejas estão ainda em comunhão total entre si, partilhando as mesmas crenças e doutrinas cristãs.

Referências

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