Vodum: diferenças entre revisões

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'''Vodun''' ou '''Vodoun''' (ortografia [[Benim|Beninense]]; '''Vodun / Vodum''' no [[Brasil]]; '''Vodou''', '''Vaudou''' ou outras ortografias foneticamente equivalentes no [[Haiti]]; '''Vodu''' ou '''Vudu'''). Em [[português]] aplica-se aos ramos de uma tradição religiosa teísta-animista baseada nos ancestrais, que tem as suas raízes primárias entre os povos Ewe-Fon da [[África Ocidental]], no país hoje chamado [[Benim|Benin]], anteriormente Reino do [[Daomé]], onde o vodun é hoje em dia a religião nacional de mais de 7 milhões de pessoas. Além da tradição [[fon]], ou do [[Daomé]], que permaneceu na África, existem tradições relacionadas que lançaram raízes no [[Novo Mundo]] durante a época do tráfico transatlântico
'''Vodun''' ou '''Vodoun''' (ortografia [[Benim|Beninense]]; '''Vodun / Vodum''' no [[Brasil]]; '''Vodou''', '''Vaudou''' ou outras ortografias foneticamente equivalentes no [[Haiti]]; '''Vodu''' ou '''Vudu'''). Em [[português]] aplica-se aos ramos de uma tradição religiosa teísta-animista baseada nos ancestrais, que tem as suas raízes primárias entre os povos Ewe-Fon da [[África Ocidental]], no país hoje chamado [[Benim|Benin]], anteriormente Reino do [[Daomé]], onde o vodun é hoje em dia a religião nacional de mais de 7 milhões de pessoas. Além da tradição [[fon]], ou do [[Daomé]], que permaneceu na África, existem tradições relacionadas que lançaram raízes no [[Novo Mundo]] durante a época do tráfico transatlântico
O vudu é uma arte muito perigosa, mas se feita com exito, é muito eficiente para todos os devidos fins, independente se a pessoa atingidade sabe ou não sobre a magia feita pela pessoa produtora. A pessoa atingida fica em estado de transe, dependendo do fim, por exemplo, se para amor, a pessoa-alvo fica apaixonada enlouquecidamente independente se ela sabia ou não se a pessoa faria isso.


==África==
==África==

Revisão das 06h14min de 25 de maio de 2013

 Nota: Para outros significados, veja Vodum (desambiguação).

Vodun ou Vodoun (ortografia Beninense; Vodun / Vodum no Brasil; Vodou, Vaudou ou outras ortografias foneticamente equivalentes no Haiti; Vodu ou Vudu). Em português aplica-se aos ramos de uma tradição religiosa teísta-animista baseada nos ancestrais, que tem as suas raízes primárias entre os povos Ewe-Fon da África Ocidental, no país hoje chamado Benin, anteriormente Reino do Daomé, onde o vodun é hoje em dia a religião nacional de mais de 7 milhões de pessoas. Além da tradição fon, ou do Daomé, que permaneceu na África, existem tradições relacionadas que lançaram raízes no Novo Mundo durante a época do tráfico transatlântico O vudu é uma arte muito perigosa, mas se feita com exito, é muito eficiente para todos os devidos fins, independente se a pessoa atingidade sabe ou não sobre a magia feita pela pessoa produtora. A pessoa atingida fica em estado de transe, dependendo do fim, por exemplo, se para amor, a pessoa-alvo fica apaixonada enlouquecidamente independente se ela sabia ou não se a pessoa faria isso.

África

Ver artigo principal: Vodun da África Ocidental
Vodou área original - línguas gbe.

Vodun da África Ocidental é chamado Vodun ou Vudun (assim escritas na língua fon do Benin e da Nigéria e na língua ewe do Togo e Gana; também escritas Vodon, Vodoun, Voudou, etc) é uma religião monoteísta tradicional da costa da África Ocidental, da Nigéria a Gana. É distinta das não-organizadas religiões animistas tradicionais, do interior desses mesmos países, bem como de diversas religiões muitas vezes com nomes semelhantes da diáspora africana no Novo Mundo, como o Vodou Haitiano, e semelhante ao Vudu da República Dominicana, Candomblé Jeje no Brasil (que utiliza o termo Vodum), Voodoo da Louisiana, e Santería em Cuba, que são sincretizadas com o Cristianismo e as Religiões tradicionais africanas do povo Congo, do rio Congo,do Pernambuco e de Angola.

Quando a palavra é maiúscula, Vodun, denota a religião. Quando não é, vodun, denota os espíritos que são centrais para a religião. "Voodoo" é o mais comum na ortografia da cultura popular americana.

Vodun é praticado pelos Ewe, Kabye, Mina, Fon, e (com um nome diferente) os povos Yorubas do sudeste do Gana, meridional e central Togo, meridional e central Benin, e sudoeste da Nigéria. A palavra vodún (pronunciado vodṹ - ou seja, com um u nasal em um tom alto) é o Gbe (Ewe-Fon) para a palavra espírito. Além do mais, este tal condinome, como podemos chamar, aparece em várias músicas, tais como: Voodoo Child, do cantor e guitarrista Jimi Hendrix, entre outras locais, mais encontradas na América Central.

Demografia

Dos 60% da população do Benin, cerca de 4 ½ milhões de pessoas, praticam Vodun. (Isso não conta outras religiões tradicionais no Benim.) Além disso, muitos dos 15% da população que denominam-se cristãos pratica uma religião sincretizada, não diferente do Vodou haitiano ou Candomblé brasileiro; na verdade, muitos deles são descendentes de escravos libertos brasileiros que se fixaram na costa perto de Ouidah. Em Togo, cerca de metade da população indígena prática religiões, dos quais Vodun é de longe a maior, com cerca de 2 ½ milhões de seguidores; pode haver outros milhões de vodunsis entre os ewés de Gana: 13% da população de 20 milhões são ewe e de 38% de ganenses praticam religiões tradicionais. De acordo com o censo de dados, cerca de 14 milhões de pessoas prática religiões tradicionais na Nigéria, a maioria dos quais são iorubás praticando Vodun, é possível mas sem discriminação específica.

O termo voodoo em inglês vem da palavra vodun, que significa "divindade" ou "deus" no grupo dialetal ewe-gen-aja-fon do Golfo da Guiné — a oeste da localização contemporânea dos yorùbá. Há muitos séculos, saíram várias dinastias da cidade de Tado, atualmente no Togo. Tais dinastias fundaram os reinos de Allada, Daomé e Hogbonou ou Porto-Novo. Elas e seus súditos acabaram por falar diversos dialetos (Akindélé e Aguessy 1953, Pliya 1970, Capo 1984).

Para além do Benin, o vodun africano e as práticas que dele descendem podem ser encontrados na República Dominicana, Porto Rico, Cuba, Brasil, Haiti, Estados Unidos, Gana e Togo. A palavra vodun é a palavra Ewe-Fon para espírito.

Brasil

História

A tradição e a cultura dos escravos de jeje, Ewe, Fon, Mina, Fanti, Ashanti, deram origem no Brasil às tradições conhecidas como:

Voduns

Mawu é o Ser Supremo dos povos Ewe e Fon, que criou a terra e os seres vivos e engendrou os voduns, divindades que a (Mawu é do gênero feminino) secundariam no comando do Universo. Ela é associada a Lissá, que é masculino, e também co-responsável pela Criação, e os voduns são filhos e descendentes de ambos. A divindade dupla Mawu-Lissá é intitulada Dadá Segbô (Grande Pai Espírito Vital).

Os voduns na África são agrupados em "famílias" chefiadas por um vodun principal, ora representando um elemento ou fenômeno da natureza, ora da cultura. Existem basicamente 4 famílias principais:

  • Os Ji-vodun , ou "voduns do alto", chefiados por (forma basilar de Heviossô).
  • Os Ayi-vodun , que são os voduns da terra, chefiados por Sakpatá.
  • Os Tô-vodun , que são voduns próprios de uma determinada localidade (variados).
  • Os Henu-vodun , que são voduns cultuados por certos clãs que se consideram seus descendentes (variados).

No Brasil os voduns são cultuados nos terreiros de Candomblé, sobretudo nos da Nação Jêje, onde ainda se conserva alguma lembrança da divisão por famílias.

Ritual

Voduns não usam roupas luxuosas não gostam de roupas de festa e geralmente preferem a boa e velha roupa de ração. As danças são cadenciadas em um ritmo mais denso e pesado. Os Voduns estão sempre de olhos abertos e salvo algumas exceções, conversam (usando preferencialmente um dialeto próprio) e dão conselhos a quem os procura.

Iniciação

A iniciação ao culto dos voduns é complexa é longa e pode envolver longas caminhadas a santuários e mercados e períodos de reclusão dentro do convento ou terreiro hunkpame, que podem chegar a durar um ano, onde os neófitos são submetido a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas e votos de segredo e obediência.

Hierarquia

Cuba

A tradição Fon mais ou menos "pura" de Cuba é conhecida como La Regla Arará.

Estados Unidos

Ver artigo principal: Voodoo da Louisiana

É importante notar que a palavra Voodoo é a mais comum, conhecida e usada na cultura popular americana, e é vista como ofensiva pelas comunidades praticantes da Diáspora africana. Entretanto, as soletrações diferentes deste termo podem ser explicadas como segue:

A palavra Voodoo é usada para descrever a tradição Creole de New Orleans, Vodou é usado para descrever a Tradição Vodou Haitiana.

Voodoo da Louisiana , também conhecido como New Orleans Voodoo é uma religião da Diáspora africana, uma forma de (Voodoo) espiritualidade que historicamente foram desenvolvidas falando na língua francesa e Creole pela população Afro-americana do estado de Louisiana nos Estados Unidos.

Haiti

Ver artigo principal: Vodou haitiano
Bandeira Vodu

Vodou haitiano, chamado de Sèvis Gine ou "serviço africano" no Haiti, tem também fortes elementos dos povos Igbo, Congo da África Central, e o Yoruba da Nigéria, embora muitos povos diferentes ou "nações" da África têm representação na liturgia do Sèvis Gine, assim como os índios Taíno, os povos originais das ilhas agora conhecidas como Hispaniola. Formas crioulas de Vodou existem no Haiti (onde é nativo), na República Dominicana, em partes de Cuba, e nos Estados Unidos, e em outros lugares em que os imigrantes de Haiti dispersaram durante os anos. É similar a outras religiões da diáspora africana, tais como Lukumi ou Regla de Ocha (conhecida também como Santería) em Cuba, Candomblé e Umbanda no Brasil, todas essas religiões que evoluíram entre descendentes de africanos transplantados nas Américas.

Jamaica

Obeah é uma forma de religião ou culto de ancestrais africanos praticado na Jamaica, Voduns.

Referências

  • Ajayi, J.F. and Espie, I. “Thousand Years of West African History" (Ibadan: Ibadan University Press, 1967).
  • Akyea, O.E. "Ewe." New York: (The Rosen Group, 1988).
  • Asamoa, A.K. "The Ewe of South-Eastern Ghana and Togo: On the eve of colonialism," (Ghana: Tema Press. 1986).
  • Ayivi Gam l . Togo Destination. High Commissioner for Tourism. Republic of Togo, 1982.
  • Bastide. R. African Civilizations in the New World. New York: Harper Torchbooks, 1971.
  • Decalo, Samuel. "Historical Dictionary of Dahomey" (Metuchen, N.J: The Scarecrow Press, 1976).
  • Deren, Maya. "Divine Horsemen: The Living Gods of Haiti." (London: Thames and Hudson, 1953).
  • “Demoniacal Possession in Angola, Africa”. Journal of American Folk-lore. Vol VI., 1893. No. XXIII.
  • Ellis, A.B. "Ewe-Speaking Peoples of the Slave Coast of West Africa" (Chicago: Benin Press, 1965).
  • Fontenot, Wonda. L. "Secret Doctors: Enthnomedicine of African Americans" (Westport: Bergin & Garvey, 1994).
  • Hazoum ‚ P. “Doguicimi. The First Dahomean Novel" (Washington, DC: Three Continents Press, 1990).
  • Herskovits, M.J. and Hersovits, F.S. Dahomey: An Ancient West African Kingdom. Evanston, IL: Northwestern University,
  • Hindrew, Vivian M.Ed., Mami Wata: African's Ancient God/dess Unveiled. Reclaiming the Ancient Vodoun heritage of the Diaspora. Martinez, GA: MWHS.
  • Hindrew, Vivian M.Ed., Vodoun: Why African-Americans Fear Their Cosmogentic Paths to God. Martinez, GA. MWHS:
  • Herskovits, M.J. and Hersovits, F.S. "An Outline of Dahomean Religious Belief" (Wisconsin: The American Anthropological Association, 1933).
  • Hurston, Zora Neale. "Tell My Horse: Voodoo And Life In Haiti And Jamaica." Harper Perennial reprint edition, 1990.
  • Hyatt M. H. "Hoodoo-Conjuration-Witchcraft-Rootwork" (Illinois: Alama Egan Hyatt Foundation, 1973), Vols. I-V.
  • Journal of African History. 36. (1995) pp. 391–417.Concerning Negro Sorcery in the United States;
  • Language Guide (Ewe version). Accra: Bureau of Ghana Languages,
  • Manoukian, Madeline. “The Ewe-Speaking People of Togland and the Gold Coast”. London: International African Insittute, 1952.
  • Maupoil, Bernard. "La Geomancie L'ancienne des Esclaves" (Paris: L'universit‚ de Paris, 1943).
  • Metraux, Alfred. "Voodoo In Haiti." (Pantheon reprint edition, 1989)
  • Newbell, Pucket. N. “Folk Beliefs of the Southern Negro”. S.C.: Chapel Hill, 1922.
  • Newell, William, W. "Reports of Voodoo Worship in Hayti and Louisiana," Journal of American Folk-lore, 41-47, 1888. p. 41-47.
  • Pliya, J. "Histoire Dahomey Afrique Occidental" (Moulineaux: France, 1970).
  • Slave Society on the Southern Plantation.” The Journal of Negro History. Vol. VII-January, 1922-No.1.

Ver também

Ligações externas

em português

em inglês

Predefinição:Mitologia Africana