Lamas do Vouga: diferenças entre revisões
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Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de [[Trofa (Águeda)|Trofa]] e [[Segadães]], para formar uma nova freguesia denominada [[União das Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga]].<ref>''Diário da República'', 1.ª Série, n.º 19, [http://dre.pt/pdf1sdip/2013/01/01901/0000200147.pdf Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias)]. Acedido a 2 de fevereiro de 2013.</ref> |
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É a 18º freguesia do concelho em área, a 15ª em população e a 11ª em densidade demográfica. |
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* Sousa Baptista, A.S. (1950) «Considerações sobre a Cidade Luso-Romana de Vacca, o Julgado e o Burgo de Vouga», Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. XVI, p. 81-117. |
* Sousa Baptista, A.S. (1950) «Considerações sobre a Cidade Luso-Romana de Vacca, o Julgado e o Burgo de Vouga», Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. XVI, p. 81-117. |
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Revisão das 13h45min de 26 de junho de 2013
Lamas do Vouga foi uma freguesia portuguesa do concelho de Águeda, com 4,3 km² de área e 729 habitantes (2011). Densidade: 169,5 hab/km².
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Trofa e Segadães, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga.[1]
Localizada na zona noroeste do concelho, Lamas do Vouga tem como vizinhas as localidades de Macinhata do Vouga a norte, Valongo do Vouga a leste e Trofa a sul e o concelho de Albergaria-a-Velha a oeste. Dista cerca de oito quilómetros da cidade de Águeda.
Lugares
- Lamas do Vouga
- Pedaçães
- Vila Verde
- Vouga
História
Apesar da sua pequena dimensão, Lamas do Vouga é uma das freguesias mais históricas do Distrito de Aveiro. A sua importância histórica resulta do facto de ali se cruzarem com o rio Vouga as antigas estradas que ligavam as cidades do extremo ocidente peninsular. Já por ali passava a estrada romana, fazendo a ligação de Olisipo a Bracara Augusta. Mais tarde, as estradas medievais (mourisca, coimbrã, real) viriam também a passar por ali. E ainda hoje é por ali que passa o Itinerário Complementar IC2. Uma outra estrada romana, e mais tarde medieval, passando igualmente em Lamas do Vouga, fazia a ligação de Viseu ao litoral aveirense. A ponte medieval do rio Vouga e a romana do rio Marnel, ainda existentes, continuam a testemunhar a antiga importância viária do local.
Enquanto freguesia religiosa, a história de Lamas do Vouga remonta ao Mosteiro de Santa Maria de Lamas, ou Mosteiro do Marnel, documentado no século X e a que se encontra ligado Gonçalo Viegas de Marnel. Situava-se este mosteiro na margem sul do pequeno rio Marnel, afluente do Vouga. A igreja paroquial de Santa Maria de Lamas viria a ser consagrada no século XII, conforme lápide que ainda se conserva. Devido ao progressivo assoreamento das margens do Vouga, o local da primitiva igreja e mosteiro de Santa Maria de Lamas, onde ainda subsistem alguns vestígios, tornou-se insalubre e frequentemente alcançado pelas cheias, pelo que a igreja foi transferida para um ponto mais alto na margem norte do rio Marnel. Era priorado da apresentação dos duques de Aveiro, passando para a Coroa quando esta família se extingiu, no reinado de Dom José.
Na organização civil, a freguesia de Lamas do Vouga sucede ao antiquíssimo concelho de Vouga, extinto em 31 de Dezembro de 1853. A sua sede, conhecida como burgo de Vouga, situava-se junto à estrada real, entre as pontes do Vouga e do Marnel, em local hoje englobado na malha urbana da povoação de Lamas do Vouga. De notar que, no antigo regime, parte da povoação de Lamas do Vouga pertencia ao concelho e capitania-mor de Aveiro. Em 1689, o concelho do Vouga abrangia Arrancada, o lugar de Santo António, Vale Maior e Carvalhal da Portela, Lanheses, Mesa, Macinhata, metade da Aguieira, Veiga, Ferreiros, Soutelo, Sabugal e as Póvoas de Cadaveira, Mouta, Moutedo, Campelinho, Assores, Viade, Salgueiro, Redondo, Bico, A-do-Fernando das Cavadas, Troviscal, Toural, Lavegadas, Chouchos e Mocho assim como a freguesia de Águeda
O concelho de Vouga foi um dos inúmeros concelhos em que se dividiu a Terra de Vouga, território medieval documentado nos séculos XI a XIV, o qual correspondia grosso modo à zona sul do distrito de Aveiro, isto é, desde Albergaria-a-Velha até à Mealhada. A sede desta grande terra de Vouga era também o burgo de Vouga.
O burgo e terra de Vouga estão na continuidade da antiga cidade romana de Talabriga e seu território. Talábriga situava-se no Monte Marnel, ou Cabeço do Vouga, local de notáveis características defensivas, situado precisamente na freguesia de Lamas do Vouga. Embora ainda não seja conhecida a extensão exacta da cidade romana, os vestígios já revelados pelas escavações merecem visita.
A decadência do burgo de Vouga resulta do processo de assoreamento do delta do Vouga, que levou à formação da ria de Aveiro, afastando o mar e dificultando a navegação. À medida que o burgo de Vouga entrava em agonia, emergia no litoral a vila de Aveiro, hoje capital do distrito.
Património
- Ruínas da cidade romana de Talábriga
- Ponte medieval do rio Vouga
- Ponte do Cabeço do Vouga ou Ponte Velha do Marnel
- Igreja paroquial de Santa Maria de Lamas
- Capela do Espírito Santo, no Monte Marnel
Informação Diversa
- Actividades Económicas: Agricultura e Comércio
- Festas e romarias: S. Lourenço (domingo após 10 de Agosto) e Espírito Santo (1º domingo de Julho)
- Gastronomia Local: Leitão à Bairrada, Chanfana e doces regionais
- Colectividades: associação de caçadores “ A norte de Águeda”, associação de Jovens de Pedaçães, associação musical “3 gerações” e Associação Social Desportiva e Cultural de Pedaçães (ASDCP).
- Ladeira, F.D. (1982) Município de Águeda, Ed. do Autor, 2 volumes.
- Nogueira Gonçalves, A. (1959) Inventário Artístico de Portugal. VI. Distrito de Aveiro. Zona Sul, Academia Nacional de Belas Artes (ed.), Lisboa.
- Seabra Lopes, L. (1996) «Talábriga e as Origens da Terra de Vouga», Beira Alta, vol. LV, 1-2, Assembleia Distrital de Viseu, p. 169-187.
- Seabra Lopes, L. (2000) «A Estrada Emínio-Talábriga-Cale: Relações com a Geografia e o Povoamento de entre Douro e Mondego», Conimbriga, vol. 39, Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, p. 191-258.
- Sousa Baptista, A.S. (1950) «Considerações sobre a Cidade Luso-Romana de Vacca, o Julgado e o Burgo de Vouga», Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. XVI, p. 81-117.
Referências
- ↑ Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.