José Antônio Caldas: diferenças entre revisões

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Oriundo do Seminário de Olinda, desde cedo destacou-se na pregação das idéias liberais.<ref name=santo/> Após ser ordenado sacerdote, eleito, por sua Província, deputado constituinte, foi para o [[Rio de Janeiro]] fazer política.<ref name=santo/> Pelas graças do Imperador brasileiro e amizade com os [[José Bonifácio de Andrada e Silva|Andrada]], assumiu uma cadeira na [[Constituição brasileira de 1824|Assembleia Constituinte de 1823]], representando [[Alagoas]].<ref name=vigfarr>[http://livrariadoindependente.org/index.php?route=product/product&product_id=57 JUNG, Roberto. José Antonio Caldas. O Vigário dos Farrapos. Porto Alegre: Martins Livreiro-Editor, 2006, 150 p. ISBN 857537063-4]</ref> <ref name=calmon>[http://www.idisabel.org.br/calmon/aconstituinte.pdf CALMON, Pedro. A Constituinte - A tribuna política.]</ref>
Oriundo do Seminário de Olinda, desde cedo destacou-se na pregação das idéias liberais.<ref name=santo/> Após ser ordenado sacerdote, eleito, por sua Província, deputado constituinte, foi para o [[Rio de Janeiro]] fazer política.<ref name=santo/> Pelas graças do Imperador brasileiro e amizade com os [[José Bonifácio de Andrada e Silva|Andrada]], assumiu uma cadeira na [[Constituição brasileira de 1824|Assembleia Constituinte de 1823]], representando [[Alagoas]].<ref name=vigfarr>[http://livrariadoindependente.org/index.php?route=product/product&product_id=57 JUNG, Roberto. José Antonio Caldas. O Vigário dos Farrapos. Porto Alegre: Martins Livreiro-Editor, 2006, 150 p. ISBN 857537063-4]</ref> <ref name=calmon>[http://www.idisabel.org.br/calmon/aconstituinte.pdf CALMON, Pedro. A Constituinte - A tribuna política.]</ref>


Com a [[Noite da agonia|dissolução da Assembleia]]<ref name=calmon/>, voltou ao [[nordeste]], onde participou da [[Confederação do Equador]], foi preso e condenado à [[prisão perpétua]].<ref name=vigfarr/> Recolhido inicialmente na [[Fortaleza de São José da Ilha das Cobras|fortaleza da ilha das Cobras]], foi transferido, depois, para as prisões de [[Fortaleza de São João|São João]], [[Forte Tamandaré da Laje|Lage]] e finalmente [[Fortaleza de Santa Cruz da Barra|Santa Cruz]]. <ref name=santo/> Com o auxilio da [[maçonaria]], conseguiu fugir e chegar a [[Buenos Aires]]<ref name=vigfarr/>, em janeiro de [[1825]].<ref name=santo/>
Com a [[Noite da agonia|dissolução da Assembleia]]<ref name=calmon/>, voltou ao [[nordeste]], onde participou da [[Confederação do Equador]]<ref name=spald_epo>{{citar livro|autor=[[Walter Spalding|SPALDING, Walter]]|titulo=A epopeia farroupilha|ano=1963|editora=Biblioteca do Exército Editora|local=Rio de Janeiro|páginas=392}}</ref> , foi preso e condenado à [[prisão perpétua]].<ref name=vigfarr/> Recolhido inicialmente na [[Fortaleza de São José da Ilha das Cobras|fortaleza da ilha das Cobras]], foi transferido, depois, para as prisões de [[Fortaleza de São João|São João]], [[Forte Tamandaré da Laje|Lage]] e finalmente [[Fortaleza de Santa Cruz da Barra|Santa Cruz]]. <ref name=santo/> Com o auxilio da [[maçonaria]], conseguiu fugir e chegar a [[Buenos Aires]]<ref name=vigfarr/>, em janeiro de [[1825]].<ref name=santo/>


Na [[Argentina]] envolveu-se com [[Juan Manuel de Rosas]], assumiu como [[jornalista]] a ''Imprensa Oficial do Exército Argentino'', trabalhou como pároco e em pouco tempo foi enviado ao [[Uruguai]] para confabular com [[Juan Antonio Lavalleja]]. <ref name=vigfarr/>
Na [[Argentina]] envolveu-se com [[Juan Manuel de Rosas]], assumiu como [[jornalista]] a ''Imprensa Oficial do Exército Argentino'', trabalhou como pároco e em pouco tempo foi enviado ao [[Uruguai]] para confabular com [[Juan Antonio Lavalleja]]. <ref name=vigfarr/>


Em 1826, era cura de [[Cerro Largo]], tendo antes sido presidente da ''Junta Econômica e Administrativa'' de [[Mello]]. Acabou incorporado ao exército Republicano Oriental como [[capelão]], integrou o exército de [[Carlos Maria de Alvear]] e combateu na [[Batalha do Passo do Rosário]] contra o [[Brasil]].<ref name=santo/> Passou a escrever seu jornal ''O Telégrapho'', em [[1829]].<ref name=vigfarr/>
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Na fronteira com o Brasil encontrou Bento Gonçalves, Alencastro e um grupo de jovens oficiais em cujo espírito semeou idéias de liberalismo e democracia.<ref name=santo>[http://www.viapolitica.com.br/sonhos/08_1835_a_ordem.php SANTO, Miguel Frederico do Espírito. 1835: a ordem e o horizonte utópico.]</ref> <ref name=vigfarr/> Fez amizade com [[Bento Gonçalves da Silva]] e passou a conspirar novamente contra o [[Pedro II do Brasil|imperador brasileiro]], foi a [[Porto Alegre]] tentar convencer o governante da Província sulina a aderir à idéia separatista e posterior adesão ao famoso Quadrilátero (a união dos territórios do Rio Grande do Sul, Uruguai e algumas províncias argentinas).<ref name=vigfarr/> Mais tarde, envolveu-se com a [[Revolução Farroupilha]].<ref name=vigfarr/>
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==Ver também==
==Ver também==

Revisão das 02h02min de 2 de julho de 2013

José Antônio Caldas
Nascimento 1783
Alagoas
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Sacerdote, jornalista

José Antônio Caldas, o padre Caldas (Alagoas, 1783 — ?) foi um sacerdote católico, jornalista e republicano brasileiro.

Oriundo do Seminário de Olinda, desde cedo destacou-se na pregação das idéias liberais.[1] Após ser ordenado sacerdote, eleito, por sua Província, deputado constituinte, foi para o Rio de Janeiro fazer política.[1] Pelas graças do Imperador brasileiro e amizade com os Andrada, assumiu uma cadeira na Assembleia Constituinte de 1823, representando Alagoas.[2] [3]

Com a dissolução da Assembleia[3], voltou ao nordeste, onde participou da Confederação do Equador[4] , foi preso e condenado à prisão perpétua.[2] Recolhido inicialmente na fortaleza da ilha das Cobras, foi transferido, depois, para as prisões de São João, Lage e finalmente Santa Cruz. [1] Com o auxilio da maçonaria, conseguiu fugir e chegar a Buenos Aires[2], em janeiro de 1825.[1]

Na Argentina envolveu-se com Juan Manuel de Rosas, assumiu como jornalista a Imprensa Oficial do Exército Argentino, trabalhou como pároco e em pouco tempo foi enviado ao Uruguai para confabular com Juan Antonio Lavalleja. [2]

Em 1826, já residia no Uruguai, sendo padre de Cerro Largo, tendo antes sido presidente da Junta Econômica e Administrativa de Mello. Acabou incorporado ao exército Republicano Oriental como capelão, integrou o exército de Carlos Maria de Alvear e combateu na Batalha do Passo do Rosário contra o Brasil.[1] Passou a escrever seu jornal O Telégrapho, em 1829.[2]

Na fronteira com o Brasil conviveu com Bento Gonçalves, Serafim Joaquim de Alencastre, Joaquim Pedro Soares, Manuel Lucas de Oliveira, futuros líderes da Revolução Farroupilha, em cujo espírito semeou idéias de liberalismo e democracia.[1] [2][4] Fez amizade com Bento Gonçalves da Silva e passou a conspirar novamente contra o imperador brasileiro, foi a Porto Alegre tentar convencer o governante da Província sulina a aderir à idéia separatista e posterior adesão ao famoso Quadrilátero (a união dos territórios do Rio Grande do Sul, Uruguai e algumas províncias argentinas).[2] Mais tarde, envolveu-se com a Revolução Farroupilha.[2]

Ver também

Referências

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