Livro da Sabedoria: diferenças entre revisões
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O '''Livro da Sabedoria''' (ou '''Sabedoria de Salomão''') é um dos [[livros deuterocanônicos]] da [[Bíblia]].<ref name="echegary">{{Referência a livro|autor=Echegary, J. González et ali|título=A Bíblia e seu contexto|idioma=português|edição=2|local= São Paulo|editora=Edições Ave Maria|ano=2000|páginas=1133|volumes=2|id=ISBN 9788527603478}}</ref><ref name="pearlman">{{Referência a livro|autor=Pearlman, Myer|título=Através da Bíblia|subtítulo=Livro por Livro|idioma=português|edição=23|local=São Paulo|editora=Editora Vida|ano=2006|páginas=439|id=ISBN 9788573671346}}</ref> Possui 19 capítulos. É normalmente atribuído a [[Salomão]], porém estudos indicam que foi escrito por um [[judeu]] de [[Alexandria]]. |
O '''Livro da Sabedoria''' (ou '''Sabedoria de Salomão''') é um dos [[livros deuterocanônicos]] da [[Bíblia]].<ref name="echegary">{{Referência a livro|autor=Echegary, J. González et ali|título=A Bíblia e seu contexto|idioma=português|edição=2|local= São Paulo|editora=Edições Ave Maria|ano=2000|páginas=1133|volumes=2|id=ISBN 9788527603478}}</ref><ref name="pearlman">{{Referência a livro|autor=Pearlman, Myer|título=Através da Bíblia|subtítulo=Livro por Livro|idioma=português|edição=23|local=São Paulo|editora=Editora Vida|ano=2006|páginas=439|id=ISBN 9788573671346}}</ref> Possui 19 capítulos. É normalmente atribuído a [[Salomão]], porém estudos indicam que foi escrito por um [[judeu]] de [[Alexandria]]. |
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Segundo tais estudos, seu autor foi um judeu de [[Alexandria]] que escreveu o livro nos últimos decênios do séc I AC, foi o último livro do [[Antigo Testamento]] a ser escrito, sendo, portanto, fictícia a atribuição a [[Salomão]]<ref>[[Bíblia de Jerusalém]], Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, pp 1.103-1.104</ref><ref name = pastoral>[http://www.paulus.com.br/BP/_PLG.HTM Sabedoria], [[Edição Pastoral|Edição Pastoral da Bíblia]], acessado em 08 de agosto de 2010</ref>. |
Segundo tais estudos, seu autor foi um judeu de [[Alexandria]] que escreveu o livro nos últimos decênios do séc I AC, foi o último livro do [[Antigo Testamento]] a ser escrito, sendo, portanto, fictícia a atribuição a [[Salomão]]<ref>[[Bíblia de Jerusalém]], Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, pp 1.103-1.104</ref><ref name = pastoral>[http://www.paulus.com.br/BP/_PLG.HTM Sabedoria], [[Edição Pastoral|Edição Pastoral da Bíblia]], acessado em 08 de agosto de 2010</ref>. |
Revisão das 20h20min de 29 de julho de 2013
O Livro da Sabedoria (ou Sabedoria de Salomão) é um dos livros deuterocanônicos da Bíblia.[1][2] Possui 19 capítulos. É normalmente atribuído a Salomão, porém estudos indicam que foi escrito por um judeu de Alexandria.
Segundo tais estudos, seu autor foi um judeu de Alexandria que escreveu o livro nos últimos decênios do séc I AC, foi o último livro do Antigo Testamento a ser escrito, sendo, portanto, fictícia a atribuição a Salomão[3][4].
Alexandria era um importante centro político e cultural grego, e contava com cerca de 200.000 judeus entre seus habitantes. A cultura grega, com suas filosofias, costumes e cultos religiosos, além da hostilidade que, às vezes, incluía perseguição aberta, constituíam uma ameaça constante à fé e à cultura do povo judaico que habitava no Egito. Para não serem marginalizados da sociedade, muitos deixavam os costumes e até mesmo a fé, perdendo a própria identidade para se conformar a uma sociedade idólatra e injusta[4].
O autor, profundamente alimentado pelas Escrituras e pela consciência histórica do seu povo, enfrenta a situação, escrevendo um livro que procura de todos os modos reforçar a fé e ativar a esperança, relembrando o patrimônio histórico-religioso dos antepassados. Ele ensina a verdadeira sabedoria que conduz a uma vida justa e à felicidade. Não se trata da cultura que se conquista pelo pensamento, mas da sabedoria que vem de Deus, opondo-se à idolatria e à vida injusta que nasce dela. Esta sabedoria divina guiou magistralmente a história do povo de Deus, revelando que a verdadeira felicidade pertence aos amigos de Deus. Em outras palavras, o autor quer mostrar que a sabedoria ou senso de realização da vida não é apenas um fruto do esforço do homem, mas é em primeiro lugar um dom que Deus concede gratuitamente aos seus aliados[4].
O livro todo poderia ser resumido em 1,15: A justiça é imortal. De fato, o autor identifica a sabedoria com a justiça e, depois de mostrar que ela é o guia da vida (1,16-5,23) e apresentar a sua natureza (6,1-9,18), faz uma longa meditação sobre o êxodo (10,1-19,21). No êxodo, Israel descobriu a justiça de Deus, a qual comunica ao povo a verdadeira sabedoria. Doravante, toda sabedoria implica exercício da justiça, e este, se for verdadeiro, produz a libertação[4].
O livro pode ser dividido em três grandes seções[5]:
- O destino humano segundo Deus (caps. 1 a 5);
- Elogio à Sabedoria (6:1-11:3);
- Meditação sobre o Êxodo (11:4-19:22).
Referências
- ↑ Echegary, J. González et ali (2000). A Bíblia e seu contexto 2 ed. São Paulo: Edições Ave Maria. 1133 páginas. ISBN 9788527603478 Parâmetro desconhecido
|volumes=
ignorado (|volume=
) sugerido (ajuda) - ↑ Pearlman, Myer (2006). Através da Bíblia. Livro por Livro 23 ed. São Paulo: Editora Vida. 439 páginas. ISBN 9788573671346
- ↑ Bíblia de Jerusalém, Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, pp 1.103-1.104
- ↑ a b c d Sabedoria, Edição Pastoral da Bíblia, acessado em 08 de agosto de 2010
- ↑ Tradução Ecumênica da Bíblia, Ed. Loyola, São Paulo, 1994, pp 1.681-1.682