Dicotomia: diferenças entre revisões

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*TELES, Antônio Xavier. ''Introdução ao estudo de filosofia''. São Paulo, Ática 8a ed, 1972.
*TELES, Antônio Xavier. ''Introdução ao estudo de filosofia''. São Paulo, Ática 8a ed, 1972.
*MEDEIROS, Simone Doglio. ''Apostila de filosofia''. 2000.
*MEDEIROS, Simone Doglio. ''Apostila de filosofia''. 2000.
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[[Categoria:Figuras de linguagem]]
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Revisão das 16h44min de 13 de novembro de 2013

 Nota: Se procura pela noção em economia, consulte Dicotomia clássica; para os estudos de Saussure, veja Dicotomias saussureanas.

Dicotomia de dicótomo. s. f., divisão em duas partes; classificação que se baseia na divisão e subdivisão sucessiva em dois; fase em que a Lua apresenta metade do seu disco. Bem e Mal

[Do gr. dichotomía.] Substantivo feminino.

  1. Método de classificação em que cada uma das divisões e subdivisões não contém mais de dois termos. [Cf. politomia.]
  2. Repartição dos honorários médicos, à revelia do doente, entre o médico assistente e outro chamado por este.
  3. Astr. Aspecto de um planeta ou de um satélite quando apresenta exatamente a metade do disco iluminada. [Ocorre na quadratura.]
  4. Lóg. Divisão lógica de um conceito em dois outros conceitos, em geral contrários, que lhe esgotam a extensão. Ex.: animal = vertebrado e invertebrado.
  5. Bot. Tipo de ramificação vegetal em que a ponta do órgão (caule, raiz, etc.) se divide repetidamente em duas porções idênticas, e que é próprio dos talófitos e briófitos, sendo muito raramente observado nas plantas floríferas; dicopodia.
  6. Teol. Princípio que afirma a existência única, no ser humano, de corpo e alma.

A dicotomia corpo/alma possui uma problematização muito antiga que começa há mais de quatro séculos antes de Cristo, onde na maioria filósofos gregos (principalmente Platão, Sócrates e Aristóteles) viam a alma como o lugar privilegiado da razão, da sabedoria e da ciência. Eles com suas teorias optam pela mente, e ao corpo constroem significados que diminuem sua importância na sociedade da época. O corpo então é visto como secundário ao progresso humano que levava a alma ao erro e ao enfraquecimento do pensamento. A visão idealista sobre o mundo sistematizada a partir de Platão contraditoriamente cria escolas filosóficas materialistas e individualistas como, por exemplo, os cìnicos,epicurismo, ceticismo e estoicismo.Dentre os pensamentos a cerca de corpo cito dois pensamentos, um de Aristóteles e outro de Anaxágoras que confirmam a importância da mente na formação do indivíduo:“Nada caracteriza melhor o homem do que o fato de pensar” “Tudo era um caos até que surgiu a mente e pôs ordem nas coisas” (Teles, 1972, p. 13). Dentro deste raciocínio sobre corpo o sentido de liberdade para os filósofos gregos estava diretamente ligado com a busca do LOGOS. Outros filósofos buscavam se apoiar tanto na busca do conhecimento quanto na elevação da alma. Pitágoras (582-497 a. C) foi um destes filósofos que segundo Aristóteles se ocupou primeiro da matemática e da aritmética e depois do misticismo e religião. A reencarnação da alma era uma realidade em sua vida, e dentro de seus conhecimentos buscou acrescentar a espiritualidade aos ensinamentos filosóficos (Chaves, 1998, p.30).

Platão (427-347 a. C) também possui uma grande afinidade pelas coisas não materiais acreditando na existência de um mundo de ideias onde o nosso conhecimento sobre a realidade seria apenas uma cópia da verdade sobre as coisas. Nós estamos apenas percebendo as sombras das coisas e não o real que seria a ideia das coisas.O conhecer seria apenas um reconhecimento já que estamos sempre reencarnando.

A transcendência da alma criada pelos filósofos idealistas, de certo modo cria uma maneira de ver a vida que influenciava diretamente sobre a inferioridade do corpo. Este corpo esta a serviço da alma submisso a interesses divinos e, sobretudo deverá passar por várias vidas mundanas para alcançar e purificação necessária à evolução espiritual.

A dicotomia alma/corpo perdura com vários outros filósofos da antiguidade em todas as partes do mundo mostrando a dificuldade de aceitar o corpo como situação e necessidade de manter contato com a realidade, e definir suas percepções e subjetividades dentro das relações entre homens e natureza.

Bibliografia

  • CHAVES, José dos Reis. A reencarnação segundo a bíblia e a ciência. São Paulo, Martin Claret, 1998.
  • TELES, Antônio Xavier. Introdução ao estudo de filosofia. São Paulo, Ática 8a ed, 1972.
  • MEDEIROS, Simone Doglio. Apostila de filosofia. 2000.