Sete Colinas de Lisboa: diferenças entre revisões
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A ideia destas presumíveis sete colinas poderia advir dos [[Romanos]], que viam em Felicitas Julia ou Olisipo uma estrutura geográfica semelhante à da capital do [[Império Romano| império Romano]]. A lenda refere que Roma, quando foi fundada, era rodeada por Sete Colinas, a saber: [[Campidoglio]], [[Quirinale]], [[Viminale]], [[Esquilino]], [[Célio]], [[Aventino]] e [[Palatino]]. |
A ideia destas presumíveis sete colinas poderia advir dos [[Romanos]], que viam em Felicitas Julia ou Olisipo uma estrutura geográfica semelhante à da capital do [[Império Romano| império Romano]]. A lenda refere que Roma, quando foi fundada, era rodeada por Sete Colinas, a saber: [[Campidoglio]], [[Quirinale]], [[Viminale]], [[Esquilino]], [[Célio]], [[Aventino]] e [[Palatino]]. |
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'''Colina de São Jorge''', também chamada do [[Castelo de São Jorge| Castelo]], é a colina mais alta das ''sete'' (na realidade é a colina da Graça que é contínua a esta que é a mais alta colina de Lisboa, mas foi como vimos esquecida pelo autor desta lenda) e é onde fica o actual [[Castelo de São Jorge]] e onde se pensa que apareceu o primeiro povoado que deu origem a Lisboa, nesta colina e por baixo do Castelo apareceram vestígios do [[Oppidum]] Romano (sendo por esse motivo a parte central do antigo [[municipium]] Romano), sabe-se que o [[alcácer]] árabe estava aí instalado e foi aí que se construiu o castelo do tempo da [[Reconquista]] que ainda hoje existe. A sua área geográfica abrange actualmente os bairros da [[Mouraria]], do [[Castelo (Lisboa)|Castelo]] e parte do de [[Alfama]] (sudeste). |
'''[[Colina de São Jorge]]''', também chamada do [[Castelo de São Jorge| Castelo]], é a colina mais alta das ''sete'' (na realidade é a colina da Graça que é contínua a esta que é a mais alta colina de Lisboa, mas foi como vimos esquecida pelo autor desta lenda) e é onde fica o actual [[Castelo de São Jorge]] e onde se pensa que apareceu o primeiro povoado que deu origem a Lisboa, nesta colina e por baixo do Castelo apareceram vestígios do [[Oppidum]] Romano (sendo por esse motivo a parte central do antigo [[municipium]] Romano), sabe-se que o [[alcácer]] árabe estava aí instalado e foi aí que se construiu o castelo do tempo da [[Reconquista]] que ainda hoje existe. A sua área geográfica abrange actualmente os bairros da [[Mouraria]], do [[Castelo (Lisboa)|Castelo]] e parte do de [[Alfama]] (sudeste). |
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'''[[Colina de Sant'Ana]]''', onde ficava o [[Mosteiro das freiras Dominicanas de Nossa Senhora da Anunciada]], local onde agora fica o [[Largo da Anunciada]]. Deu nome ao local e à rua que junto dele, em [[1539]], depois dos frades Agostinhos o cederem por troca às freiras, que se transferiram para este local da sua primitiva fundação na [[Costa do Castelo]], mesmo no topo da mesma colina. Esta Colina localiza-se a Oeste do [[Castelo de São Jorge]], tendo constituído um ''esporão'' entre a [[Ribeira de Valverde]] a poente e a [[Ribeira de Arroios]] a nascente, que na sua confluência o delimitavam a sul, equivalendo grosso modo à área actualmente definida pela [[Rua de São José]]/[[Rua das Portas de Santo Antão]], [[Rua da Palma]]/[[Largo do Martim Moniz]] e [[Praça da Figueira]]. |
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'''Colina de Santo André''', conta-se que [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] aproveitando as qualidades estratégicas da região e aqui instalou, em [[1147]], as suas tropas para atacarem a cidade, com o terramoto de [[1551]] que fez sair muitos moradores da cidade antiga estes escolheram as colinas da Graça e de Santo André por serem muito altas (na realidade os factos também se referem à colina da Graça que é continua a esta), e na altura menos ocupadas e de "melhores ares", assim, famílias nobres instalam-se na região e adquiram quintas onde construíram casas de campo, mais tarde essas casas dão lugar a grandes palácios que se localizam sobretudo ao longo das calçadas da Graça e Santo André e ainda no Largo da Graça. |
'''[[Colina de Santo André]]''', conta-se que [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] aproveitando as qualidades estratégicas da região e aqui instalou, em [[1147]], as suas tropas para atacarem a cidade, com o terramoto de [[1551]] que fez sair muitos moradores da cidade antiga estes escolheram as colinas da Graça e de Santo André por serem muito altas (na realidade os factos também se referem à colina da Graça que é continua a esta), e na altura menos ocupadas e de "melhores ares", assim, famílias nobres instalam-se na região e adquiram quintas onde construíram casas de campo, mais tarde essas casas dão lugar a grandes palácios que se localizam sobretudo ao longo das calçadas da Graça e Santo André e ainda no [[Largo da Graça]]. |
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'''Colina das Chagas''' cujo nome é atribuído por causa da Igreja que nele edificaram os marinheiros da [[Descoberta do caminho marítimo para a Índia|rota da Índia]] em louvor às Chagas de Cristo, corresponde actualmente à área que se situa o Largo do Carmo e área envolvente. |
'''[[Colina das Chagas]]''' cujo nome é atribuído por causa da Igreja que nele edificaram os marinheiros da [[Descoberta do caminho marítimo para a Índia|rota da Índia]] em louvor às [[Chagas de Cristo]], corresponde actualmente à área que se situa o [[Largo do Carmo]] e área envolvente. |
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Revisão das 14h10min de 7 de fevereiro de 2014
Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada tal como Roma numa povoação rodeada de sete colinas.
Citação Histórica
A citação referente às sete colinas de Lisboa aparece pela primeira vez no Livro das Grandezas de Lisboa, de Frei Nicolau de Oliveira no século XVII: «as sete colinas sobre as quais estava assente Lisboa: Castelo, São Vicente, São Roque, Santo André, Santa Catarina, Chagas e Sant'Ana».
A referência às sete colinas no contexto histórico também é citada por outros autores dos séculos XVII e XVIII.
Proveniência lendária e factos
A ideia destas presumíveis sete colinas poderia advir dos Romanos, que viam em Felicitas Julia ou Olisipo uma estrutura geográfica semelhante à da capital do império Romano. A lenda refere que Roma, quando foi fundada, era rodeada por Sete Colinas, a saber: Campidoglio, Quirinale, Viminale, Esquilino, Célio, Aventino e Palatino.
Mas independentemente desta proveniência lendária popular foi Frei Nicolau de Oliveira, como já referido, empenhado em arranjar um paralelo apressado com a cidade de Roma que as referiu pela primeira vez no século XVII. Com o crescimento urbano, estendeu-se a outras elevações e, no século XVI, Damião de Góis já a descrevia espalhada por cinco colinas: Esperança, São Roque, Sant'Ana, Senhora do Monte (ou Santa Catarina do Monte Sínai) e Castelo (ou São Jorge). Hoje naturalmente que a cidade ocupa muitas mais e nem aquelas na altura eram bem sete, por exemplo, a colina da Graça foi esquecida por Frei Nicolau, uma vez que chegando a Lisboa pelo mar, é encoberta pela do Castelo, com essa daria oito colinas mas a mesma impossibilitava a imitação ou a similaridade com Roma e era mais conveniente imitá-la.
Outro facto é que as Colinas de Santa Catarina do Monte Sinai e Chagas, até 1597, tratava-se de apenas um monte, o chamado Pico de Belveder, que até tinha uma célebre povoação, que mais tarde foi inserida na malha urbana de Lisboa, mas nesse ano verificou-se uma derrocada de terras devido ao terramoto desse ano, que cavou a depressão e onde hoje se estende o Elevador da Bica, dando origem no vale à urbanização da Bica, criando-se assim as duas colinas actuais. Sem este acidente, vinte e três anos depois Frei Nicolau teria tido algumas dificuldades em encontrar sete colinas visíveis do estuário do rio Tejo.
Descrição das colinas
Colina de São Jorge, também chamada do Castelo, é a colina mais alta das sete (na realidade é a colina da Graça que é contínua a esta que é a mais alta colina de Lisboa, mas foi como vimos esquecida pelo autor desta lenda) e é onde fica o actual Castelo de São Jorge e onde se pensa que apareceu o primeiro povoado que deu origem a Lisboa, nesta colina e por baixo do Castelo apareceram vestígios do Oppidum Romano (sendo por esse motivo a parte central do antigo municipium Romano), sabe-se que o alcácer árabe estava aí instalado e foi aí que se construiu o castelo do tempo da Reconquista que ainda hoje existe. A sua área geográfica abrange actualmente os bairros da Mouraria, do Castelo e parte do de Alfama (sudeste).
Colina de São Vicente onde fica o actual Bairro de Alfama e o Convento de São Vicente de Fora.
Colina de Sant'Ana, onde ficava o Mosteiro das freiras Dominicanas de Nossa Senhora da Anunciada, local onde agora fica o Largo da Anunciada. Deu nome ao local e à rua que junto dele, em 1539, depois dos frades Agostinhos o cederem por troca às freiras, que se transferiram para este local da sua primitiva fundação na Costa do Castelo, mesmo no topo da mesma colina. Esta Colina localiza-se a Oeste do Castelo de São Jorge, tendo constituído um esporão entre a Ribeira de Valverde a poente e a Ribeira de Arroios a nascente, que na sua confluência o delimitavam a sul, equivalendo grosso modo à área actualmente definida pela Rua de São José/Rua das Portas de Santo Antão, Rua da Palma/Largo do Martim Moniz e Praça da Figueira.
Colina de Santo André, conta-se que D. Afonso Henriques aproveitando as qualidades estratégicas da região e aqui instalou, em 1147, as suas tropas para atacarem a cidade, com o terramoto de 1551 que fez sair muitos moradores da cidade antiga estes escolheram as colinas da Graça e de Santo André por serem muito altas (na realidade os factos também se referem à colina da Graça que é continua a esta), e na altura menos ocupadas e de "melhores ares", assim, famílias nobres instalam-se na região e adquiram quintas onde construíram casas de campo, mais tarde essas casas dão lugar a grandes palácios que se localizam sobretudo ao longo das calçadas da Graça e Santo André e ainda no Largo da Graça.
Colina das Chagas cujo nome é atribuído por causa da Igreja que nele edificaram os marinheiros da rota da Índia em louvor às Chagas de Cristo, corresponde actualmente à área que se situa o Largo do Carmo e área envolvente.
Colina de Santa Catarina que vai actualmente do Camões até à Calçada do Combro.
Colina de São Roque, também confundida por uns como colina de São Pedro de Alcântara que nunca existiu pois essa designação é de uma Rua e de um Jardim com um nome bem recente, na mesma situa-se o Miradouro de São Pedro de Alcântara, fonte talvez da confusão, nesta está situada actualmente o Bairro Alto.
Ver também
Ligações externas
- Junta de Freguesia da Graça
- Junta de Freguesia de São José
- Frutos da Sombra
- Pangea-Patalassa
- Informação Turística de Lisboa