Alfred Sauvy: diferenças entre revisões

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Em 1920 estudou na [[École Polytechnique]] e entrou no [[Institut national d'études démographiques|INED]]. Freqüentava os meios teatrais e jornalísticos, redigia críticas teatrais, palavras cruzadas e pequenos textos para seus colegas de [[rugby]], entre os quais [[Jacques Tati]].
Em 1920 estudou na [[École Polytechnique]] e entrou no [[Institut national d'études démographiques|INED]]. Freqüentava os meios teatrais e jornalísticos, redigia críticas teatrais, palavras cruzadas e pequenos textos para seus colegas de [[rugby]], entre os quais [[Jacques Tati]].


Discípulo de [[Maurice Halbwachs]], adere às teses de [[Adolphe Landry]]. Conselheiro do governo [[Paul Reynaud|Reynaud]] em [[1938]]. Em 1943, publica ''Richesse et population'', onde prega por uma política de controle da natalidade e contra toda forma de protecionismo corporativo ou sindical. Nomeado diretor do INED em em 1945, faz dele um estabelecimento de pesquisa multidisciplinar e atrai brilhantes colaboradores, até 1962, quando se torna diretor da publicação ''Population & Sociétés'',<ref>[http://www.ined.fr/fr/publications/pop_soc/ ''Population & Sociétés'']</ref> cargo que mantém até 1975.foi também um grande musico.
Discípulo de [[Maurice Halbwachs]], adere às teses de [[Adolphe Landry]]. Conselheiro do governo [[Paul Reynaud|Reynaud]] em [[1938]]. Em 1943, publica ''Richesse et population'', onde prega por uma política de controle da natalidade e contra toda forma de protecionismo corporativo ou sindical. Nomeado diretor do INED em em 1945, faz dele um estabelecimento de pesquisa multidisciplinar e atrai brilhantes colaboradores, até 1962, quando se torna diretor da publicação ''Population & Sociétés'',<ref>[http://www.ined.fr/fr/publications/pop_soc/ ''Population & Sociétés'']</ref> cargo que mantém até 1975.Foi também um grande musico.


Num artigo para o jornal "l’Observateur", de 14 de agosto de 1952, foi o primeiro a usar a expressão ''terceiro mundo'', em referência ao terceiro estado do [[Emmanuel Joseph Sieyès|Abade de Sieyes]]:<ref>[http://www.population-demographie.org/A&R-PAV642_p2a5.htm ''Alfred Sauvy aurait cent ans'', par Anne Sauvy-Wilkinson, Population et Avenir mars 1999]</ref>
Num artigo para o jornal "l’Observateur", de 14 de agosto de 1952, foi o primeiro a usar a expressão ''terceiro mundo'', em referência ao terceiro estado do [[Emmanuel Joseph Sieyès|Abade de Sieyes]]:<ref>[http://www.population-demographie.org/A&R-PAV642_p2a5.htm ''Alfred Sauvy aurait cent ans'', par Anne Sauvy-Wilkinson, Population et Avenir mars 1999]</ref>

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Reconstituição da publicação original
1983

Alfred Sauvy, (Villeneuve-de-la-Raho 31 de outubro de 1898 - Paris 30 de outubro de 1990), foi um economista, demógrafo e sociólogo francês.

É o autor da expressão terceiro mundo, que utilizou num artigo para o jornal L´Observateur em 1952.[1]

Biografia

Filho de uma família de proprietários rurais de Roussillon, estudou no Collège Stanislas de Paris antes de ser mobilizado e participar do final da Primeira Guerra Mundial.

Em 1920 estudou na École Polytechnique e entrou no INED. Freqüentava os meios teatrais e jornalísticos, redigia críticas teatrais, palavras cruzadas e pequenos textos para seus colegas de rugby, entre os quais Jacques Tati.

Discípulo de Maurice Halbwachs, adere às teses de Adolphe Landry. Conselheiro do governo Reynaud em 1938. Em 1943, publica Richesse et population, onde prega por uma política de controle da natalidade e contra toda forma de protecionismo corporativo ou sindical. Nomeado diretor do INED em em 1945, faz dele um estabelecimento de pesquisa multidisciplinar e atrai brilhantes colaboradores, até 1962, quando se torna diretor da publicação Population & Sociétés,[2] cargo que mantém até 1975.Foi também um grande musico.

Num artigo para o jornal "l’Observateur", de 14 de agosto de 1952, foi o primeiro a usar a expressão terceiro mundo, em referência ao terceiro estado do Abade de Sieyes:[3]

Car enfin ce Tiers Monde ignoré, exploité, méprisé comme le Tiers-État, veut, lui aussi, être quelque chose.

Existe ainda um depoimento seu onde indica que teria utilizado o conceito em 1951, embora não o termo, em uma publicação brasileira não identificada .[4] Sauvy visitou o Brasil em julho de 1951, a convite do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas.[5]

Nas Ciências Econômicas, Sauvy é conhecido por sua Teoria da Diferenciação, que sustenta que a incorporação de um progresso técnico em um setor da atividade econômica, ao automatizar a produção e gerar ganhos de produtividade, gera a transferência de ativos desse setor para outros.

Alfred Sauvy colaborou ainda ativamente no jornal L´Express de Jean-Jacques Servan-Schreiber, e no Le Monde, e foi conselheiro do governo de Pierre Mendès France (1954).

Obras
  • 1943 La prévision économique – Paris : PUF, 128 p. (Que sais-je? n° 112)
  • 1943 Richesse et population – Paris : Payot, 318 p.
  • 1949 Le pouvoir et l'opinion – Paris : Payot, 188 p.
  • 1952-1954 Théorie générale de la population (2 vol.) – Paris : PUF, 370 p. et 397 p.
  • 1956 La bureaucratie – Paris : PUF, 128 p. (Que sais-je? n°712)
  • 1957 La nature sociale – Paris : Librairie Armand Colin, 302 p.
  • 1958 De Malthus à Mao-Tsé-Toung – Paris : Denoël, 303 p.
  • 1959 La montée des jeunes – Paris : Calmann-Lévy, 264 p.
  • 1963 Malthus et les deux Marx – Paris : Denoël, 367 p.
  • 1965 Histoire économique de la France entre les deux guerres (3 vol.) – Paris : Fayard, 566 p., 627 p. et 467 p.
  • 1965 Mythologie de notre temps – Paris : Payot, 300 p.
  • 1968 Les Quatre roues de la fortune, essai sur l'automobile – Paris : Flammarion, 251 p.
  • 1970 La révolte des jeunes – Paris : Calmann-Lévy, 272 p.
  • 1973 Croissance zéro? – Paris : Calmann-Lévy, 331 p.
  • 1976 L'Économie du diable. Chômage et inflation – Paris : Calmann-Lévy, 247 p.
  • 1976 Eléments de démographie – Paris : PUF, 393 p. (Collection Thémis -Sciences sociales)
  • 1977 Coût et valeur de la vie humaine – Paris : Hermann, 210 p.
  • 1980 La machine et le chômage : les progrès techniques et l'emploi – Paris : Dunod/Bordas, 320 p.
  • 1984 Le travail noir et l'économie de demain – Paris : Calmann-Lévy, 304 p.
  • 1985 De la rumeur à l'histoire – Paris : Dunod, 304 p.
  • 1990 La terre et les hommes : le monde où il va, le monde d'où il vient – Paris : Economica, 187 p.
Sobre
  • Michel Lévy, Alfred Sauvy, compagnon du siècle, La Manufacture, 1990

Ligações externas

Referências

  1. http://www.homme-moderne.org/societe/demo/sauvy/3mondes.html Trois mondes, une planète, L’Observateur]
  2. Population & Sociétés
  3. Alfred Sauvy aurait cent ans, par Anne Sauvy-Wilkinson, Population et Avenir mars 1999
  4. Note sur l’origine de l'expression «Tiers Monde» par Alfred Sauvy : En 1951, j'ai, dans une revue brésilienne, parlé de trois mondes, sans employer toutefois l'expression «Tiers Monde»[1].
  5. Revista Brasileira de Estatística, V12, Nº47, pg 366