Carlos Fino: diferenças entre revisões

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Já nos anos 2000, Carlos Fino foi sub-diretor de Informação, coordenador e apresentador do ''[[Jornal 2]], ''considerado o jornal de referência da estação.
Já nos anos 2000, Carlos Fino foi sub-diretor de Informação, coordenador e apresentador do ''[[Jornal 2]], ''considerado o jornal de referência da estação.


Além de Moscovo, '''Carlos Fino''' foi ainda correspondente e chefe das delegações da RTP em Bruxelas (1995-1998) e Washington (1998-2000).
Além de Moscovo, '''Carlos Fino''' foi ainda '''correspondente e chefe das delegações da RTP em Bruxelas (1995-1998) e Washington (1998-2000).'''


Como '''correspondente de guerra''', assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, Geórgia, Nagorno-Karabakh (enclave arménio na república do Azerbaijão), Chechênia; esteve também na entrada dos mujahideen em Cabul. Ainda esta qualidade, nos anos 2000, assegura a cobertura dos conflitos do Médio-Oriente (reocupação israelita dos territórios palestinos da Cisjordânia), Afeganistão (ataque norte-americano contra os Taliban depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003).
Como '''correspondente de guerra''', assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, Geórgia, Nagorno-Karabakh (enclave arménio na república do Azerbaijão), Chechênia; esteve também na entrada dos mujahideen em Cabul. Ainda esta qualidade, nos anos 2000, assegura a cobertura dos conflitos do Médio-Oriente (reocupação israelita dos territórios palestinos da Cisjordânia), Afeganistão (ataque norte-americano contra os Taliban depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003).


Pela excelente repercussão mediática que a cobertura da RTP no Iraque teve no Brasil (via RTP Internacional), '''Carlos Fino''' foi convidado, a seguir ao conflito, a deslocar-se àquele país, onde proferiu palestras nas Faculdades de Comunicação de várias universidades, designadamente Fortaleza, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital brasileira, Carlos Fino foi então recebido no Planalto pelo Presidente Lula, integrando o primeiro grupo de correspondentes internacionais a avistar-se com o recém-eleito chefe de Estado brasileiro.
Pela excelente repercussão mediática que a cobertura da RTP no Iraque teve no Brasil (via RTP Internacional), '''Carlos Fino''' foi convidado, a seguir ao conflito, a deslocar-se àquele país, onde proferiu palestras nas Faculdades de Comunicação de várias universidades, designadamente Fortaleza, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital brasileira, Carlos Fino foi então recebido no Planalto pelo '''Presidente Lula,''' integrando o primeiro grupo de correspondentes internacionais a avistar-se com o recém-eleito chefe de Estado brasileiro.


Em 2004, Carlos Fino publica, com a chancela da Verbo, '''"A Guerra em Directo"''', livro em que passa em revista a sua experiência como repórter de guerra em diferentes cenários. O livro, que foi "best-seller" em Portugal, teve edição brasileira sob o título '''"A Guerra ao Vivo".'''
Em 2004, Carlos Fino publica, com a chancela da Verbo, '''"A Guerra em Directo"''', livro em que passa em revista a sua experiência como repórter de guerra em diferentes cenários. O livro, que foi "best-seller" em Portugal, teve edição brasileira sob o título '''"A Guerra ao Vivo".'''
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'''Carlos Fino, '''que se aposentou em 2013, costuma ser lembrado como "aquele repórter do furo mundial", por ter sido o primeiro a anunciar, com imagens ao vivo, o bombardeamento de Bagdade na última Guerra do Golfo (2003), levando a televisão pública portuguesa RTP a superar concorrentes muito mais poderosas, como a CNN, a BBC e a SKY. Na altura, jornal ''Correio Braziliense'' titulou na primeira pagina: '''"Fino, o português que furou a CNN".'''
'''Carlos Fino, '''que se aposentou em 2013, costuma ser lembrado como "aquele repórter do furo mundial", por ter sido o primeiro a anunciar, com imagens ao vivo, o bombardeamento de Bagdade na última Guerra do Golfo (2003), levando a televisão pública portuguesa RTP a superar concorrentes muito mais poderosas, como a CNN, a BBC e a SKY. Na altura, jornal ''Correio Braziliense'' titulou na primeira pagina: '''"Fino, o português que furou a CNN".'''


Reconhecendo o valor da sua larga experiência com repórter, correspondente internacional e correspondente de guerra, a Universidade de Brasília (UnB), atribuiu a Carlos Fino, em Novembro de 2013, o título de "Notório Saber" em Comunicação, que no Brasil é legalmente equiparado a um doutorado.
Reconhecendo o valor da sua larga experiência com repórter, correspondente internacional e correspondente de guerra, a Universidade de Brasília (UnB), atribuiu a Carlos Fino, em Novembro de 2013, o título de '''"Notório Saber" em Comunicação''', que no Brasil é legalmente equiparado a um doutorado.





Revisão das 20h41min de 8 de junho de 2014

Carlos Fino é um jornalista internacional português, nascido em Lisboa, em 1948. No início da década de 70, perseguido pela polícia política portuguesa PIDE, devido à sua participação no movimento estudantil (foi membro da Direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa), Carlos Fino abandona clandestinamente o País, dirigindo-se para Paris. Mais tarde, segue para Bruxelas, onde obtém o estatuto de refugiado das Nações Unidas e cursa Direito na ULB (UnIversité Libre de Bruxelles) e daí para Moscovo, cidade em que começa a sua carreira profissional, trabalhando como locutor de rádio internacional e tradutor.

Depois da Revolução dos Cravos, em 1974, regressa a Portugal, onde trabalha na agência Nóvosti e começa a colaborar com vários jornais nacionais e com a antiga Emissora Nacional (EN). Em finais de 1975, regressa a Moscovo, agora na qualidade de correspondente credenciado da EN, predecessora da RDP - Rádio Difusão Portuguesa. Entretanto, começa a colaborar também com a RTP, televisão pública portuguesa, para a qual garante, logo em 1980, a cobertura dos Jogos Olímpicos de Moscovo.

É ao serviço da RTP que Carlos Fino atinge o auge da sua carreira, tendo sido, nos anos 1980, repórter, repórter parlamentar, comentador, apresentador de diversos serviços noticiosos, correspondente internacional e correspondente de guerra.

Em 1989, sempre ao serviço da RTP, Carlos Fino volta a Moscovo, onde cobre toda a transformação que haveria de conduzir ao colapso da URSS e ao fim dos regimes comunistas da Europa de Leste. Foram dele as reportagens sobre as quedas dos regimes e primeiras eleições democráticas na Roménia, Bulgária, antiga Checoslováquia, RDA, Polónia e Hungria .

Já nos anos 2000, Carlos Fino foi sub-diretor de Informação, coordenador e apresentador do Jornal 2, considerado o jornal de referência da estação.

Além de Moscovo, Carlos Fino foi ainda correspondente e chefe das delegações da RTP em Bruxelas (1995-1998) e Washington (1998-2000).

Como correspondente de guerra, assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, Geórgia, Nagorno-Karabakh (enclave arménio na república do Azerbaijão), Chechênia; esteve também na entrada dos mujahideen em Cabul. Ainda esta qualidade, nos anos 2000, assegura a cobertura dos conflitos do Médio-Oriente (reocupação israelita dos territórios palestinos da Cisjordânia), Afeganistão (ataque norte-americano contra os Taliban depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003).

Pela excelente repercussão mediática que a cobertura da RTP no Iraque teve no Brasil (via RTP Internacional), Carlos Fino foi convidado, a seguir ao conflito, a deslocar-se àquele país, onde proferiu palestras nas Faculdades de Comunicação de várias universidades, designadamente Fortaleza, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital brasileira, Carlos Fino foi então recebido no Planalto pelo Presidente Lula, integrando o primeiro grupo de correspondentes internacionais a avistar-se com o recém-eleito chefe de Estado brasileiro.

Em 2004, Carlos Fino publica, com a chancela da Verbo, "A Guerra em Directo", livro em que passa em revista a sua experiência como repórter de guerra em diferentes cenários. O livro, que foi "best-seller" em Portugal, teve edição brasileira sob o título "A Guerra ao Vivo".

Entre 2004 e 2012, Carlos Fino foi conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil, tendo, no âmbito dessas responsabilidades, mantido um programa de rádio semanal na Brasília Super-Rádio FM e participado, como consultor e apresentador (juntamente com o jornalista brasileiro Paulo Markun) de uma série de 13 programas de televisão - "Lá e Cá" - uma co-produção da TV Cultura de São Paulo com a RTP2.

Carlos Fino, que se aposentou em 2013, costuma ser lembrado como "aquele repórter do furo mundial", por ter sido o primeiro a anunciar, com imagens ao vivo, o bombardeamento de Bagdade na última Guerra do Golfo (2003), levando a televisão pública portuguesa RTP a superar concorrentes muito mais poderosas, como a CNN, a BBC e a SKY. Na altura, jornal Correio Braziliense titulou na primeira pagina: "Fino, o português que furou a CNN".

Reconhecendo o valor da sua larga experiência com repórter, correspondente internacional e correspondente de guerra, a Universidade de Brasília (UnB), atribuiu a Carlos Fino, em Novembro de 2013, o título de "Notório Saber" em Comunicação, que no Brasil é legalmente equiparado a um doutorado.