Economia de Cuba: diferenças entre revisões

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A '''[[economia]] de [[Cuba]]''' é sustentada por recursos naturais que variam de minerais como o níquel e cobalto, com paisagens tropicais que atraem milhões de turistas todos os anos. O capital humano é um dos principais pilares da indústria do país, com a maior taxa de alfabetização, expectativa de vida e cobertura de saúde para toda a região do Caribe. Cuba segue os princípios socialistas, a partir do governo de Raul Castro a iniciativa privada eo papel do mercado aumentou.
A '''[[economia]] de [[Cuba]]''' é sustentada por recursos naturais que variam de minerais como o níquel e cobalto, com paisagens tropicais que atraem milhões de turistas todos os anos. O capital humano é um dos principais pilares da indústria do país, com a maior taxa de alfabetização, expectativa de vida e cobertura de saúde para toda a região do Caribe. Cuba segue os princípios socialistas, a partir do governo de Raul Castro a iniciativa privada eo papel do mercado aumentou.



Revisão das 08h20min de 5 de agosto de 2014

Economia do Cuba
Economia de Cuba
Moeda Peso cubano
Ano fiscal Ano natural
Blocos comerciais OMC, Unasul, G-77 e outras
Estatísticas
PIB 57,49 bilhões US$ (2010()
Variação do PIB 0,9% (2012)
PIB per capita US$ 10.200 (2012)
PIB por setor agricultura: 5,5% indústria: 28,7% serviços: 65,8% (2007)[1]
Inflação (IPC) 3,6% (2013)
População
abaixo da linha de pobreza


 % (2012)
Força de trabalho
por ocupação
agricultura 3,8%, indústria 22,3%, comércio e serviços 73,9% (2010)
Desemprego 4,3% (2012)
Principais indústrias minério de ferro, máquinas, têxteis e vestuário, fertilizantes, transformação de alimentos, açúcar, níquel, tabaco, peixe, fármacos e equipamentos médicos, cítricos, café e turismo.
Exterior
Produtos exportados açúcar, níquel, minério de ferro, calçados, café, Rum, Charuto
Principais parceiros de exportação Países Baixos 21,8 %, Canadá 21,6 %, China 18,7 %, Espanha 5,9 %, (2006)
Produtos importados máquinas, equipamentos elétricos e de transporte, produtos químicos, petróleo, autopeças, eletrônicos
Principais parceiros de importação Venezuela 26,6 %, China 15,6 %, Espanha 9,6 %, Alemanha 6,4 %, Canadá 5,6 %, Itália 4,4 %, Estados Unidos 4,3 %, Brasil 4,2 %, (2006)
Finanças públicas
Fonte principal: The World Factbook
Salvo indicação contrária, os valores estão em US$

NÃO CONFIEM NO WKIPÉDIA A economia de Cuba é sustentada por recursos naturais que variam de minerais como o níquel e cobalto, com paisagens tropicais que atraem milhões de turistas todos os anos. O capital humano é um dos principais pilares da indústria do país, com a maior taxa de alfabetização, expectativa de vida e cobertura de saúde para toda a região do Caribe. Cuba segue os princípios socialistas, a partir do governo de Raul Castro a iniciativa privada eo papel do mercado aumentou.

O índice de pobreza de Cuba era o sexto menor em 2004 dentre os 102 países em desenvolvimento pesquisados pela a Pnud, organismo da ONU[2]Cuba está entre os 70 países do mundo que ostentam um alto Índice de Desenvolvimento Humano (acima de 0,800); em 2007 o IDH de Cuba foi 0,838 (51° lugar). Na América Latina, em 2007, só ficou aquém do Chile (40º lugar), Uruguai (46º) e Costa Rica (48º). O maior gasto, proporcional ao PIB, do mundo com educação pertence a Cuba (8,96% do PIB), seguida da Dinamarca (8,51% do PIB) e Suécia (7,66% do PIB).[3]

Cuba, que inicialmente ficou dependendo exclusivamente do turismo, da exportação de charutos e de níquel, desenvolveu um vigoroso setor de saúde que poderá transformar a economia do país. Dados do Ministério da Saúde, indicam que a indústria do turismo (avaliada em US$ 1,8 bilhão) será superada em breve pelas empresas de biotecnologia, de exportações de vacinas e pelo fornecimento de serviços de saúde para outros países[4]

Economia

No período de 1994 a 1999 a economia cubana cresceu uma média anual de 4,5%. Em 1995 o crescimento foi de 6,2%. Durante o "Período Especial" houve uma recessão provocada pela retirada dos subsídios da União Soviética (cerca de 4 a 6 bilhões de dólares anuais entre 1989 e 1993), o que representou uma perda de,35% em relação ao pico de seu PIB[5]. No ano 2000 o crescimento atingiu 5,6%, em 2001 foi de 3%, a média do crescimento econômico mundial esteve em torno 1,3% e em nível latino-americano atingiu somente 0,5%. Em 2005 o crescimento foi de 5%[5] e em 2006 Cuba teve o maior crescimento econômico de sua história. Em 2006, segundo a estimativas, seu crescimento poderia atingir 11.1% (est.)[6], e segundo a estimativas da CEPAL e da CIA [7] dos dados fornecidos por Cuba[8] - o PIB cubano pode ter crescido 12,5% em 2006[7] reduzindo-se porém acentuadamente nos anos seguintes.[9] Em 2012, segundo Raúl Castro, o crescimento do PIB foi de 3,1%[10] o que coloca o país na 111a posição referente ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita.[11]

A biotecnologia tem contribuído para as exportações cubanas, tendo as vendas de produtos biotecnológicos alcançado, em 1994, a cifra de 400 milhões de dólares. Sua vacina contra hepatite B é vendida em 30 países[12].

Hoje já existem em Cuba 117 atividades privadas autorizadas, com 208 mil pessoas registradas. Essas são as atividades que podem ser realizadas por particulares - oficinas, pequenos negócios, prestação de alguns serviços. A atividade que mais se expande é a dos restaurantes, chamados Paladares (nome alusivo a uma telenovela brasileira)[13]. Os paladares somente podem ter 12 cadeiras, e só devem funcionar com mão-de-obra familiar.

O acesso á água tratada atinge 91% da população, valor acima da média regional e do grupo de renda. O acesso à rede de esgotos atinge 98% da população, valor acima da média regional e do grupo de renda.[14]. A mortalidade infantil em Cuba foi de 6,04 mortes/1.000 nascidos vivos (no Brasil: 27.62/1.000)[6].

Os empregos são 4,86 milhões, sendo 78% no setor estatal e 22% no setor não estatal (2006). A agricultura emprega 20% da força de trabalho, a indústria 19,4% e os serviços 60,6% (2005). A taxa de desemprego foi de 1,9% (2006).A área de Cuba é de 10.920 mil hectares. A população total é de 11 milhões de habitantes. A densidade populacional é de 103 habitantes por km². As reservas ecológicas representam 69,1% do território cubano.

Agropecuária

Foram estabelecidas as Unidades Básicas de Produção Cooperativa (UBCP), em parte das terras ocupadas até então por granjas estatais. Entre setembro de 1993 e agosto de 1995, foram organizadas 3800 UBPCs, com 64% do fundo estatal de terras. cana-de-açúcar, açúcar e seus derivados, tabaco, banana, café, frutas cítricas, arroz, legumes e verduras.

O rapé fabricados são vendidos em todo o mundo; exportações em 2007 atingiu EUA $ 400 milhões.[15]São capturadas 101.920 toneladas de pescados por ano.

Turismo

O turismo em Cuba vem obtendo um crescimento exponencial desde 1989, quando 270.000 visitaram a ilha. Em 1990, Cuba recebeu cerca de 342 mil visitantes e dispunha de aproximadamente 12 mil apartamentos de hotel adequados ao turismo internacional. Em 1999, Cuba recebeu 1,6 milhão de turistas, o que representou um crescimento médio de 19% em relação ao número de visitantes nos anos 1990 e já contava com 32.260 apartamentos de hotel de classe internacional. Em 2003, Cuba recebeu 1,9 milhão de turistas, que geraram US$ 2 bilhões em receitas. Em 2004, foram 2,05 milhões, gerando US$ 2,25 bilhões. Em 2005, Cuba bateu seu recorde acolhendo 2,3 milhões de turistas, o que representou um incremento de 13,2% em relação a 2004. Em 2006, Cuba bateu seu próprio recorde em receitas obtidas com turismo internacional (US$ 2,4 bilhões), mas houve uma pequena queda no número de visitantes, que somaram 2,2 milhões[16]. Em 2007, Cuba anunciou uma série de medidas para tornar seu turismo mais competitivo no Caribe[17].[18]

Quatro grupos empresariais dominam o mercado de hotéis em Cuba: Gran Caribe, Cubanacan, Gaviota e Habaguanex. Existem 24 joint ventures que estão construindo 11.900 quartos, já possuindo 3.700 em operação. Dentre as empresas que possuem acordos de administração de hotéis em Cuba, destacam-se a Sol Melia (Espanha), o Super Clubs (Jamaica), a Accor (França) e a Barcelo (Espanha)[19]

As estimativas do World Tourism Organization indicaram que, em 2007, caso fosse levantado o embargo norte-americano, cerca de 4 milhões de turistas poderiam visitar Cuba, representando uma fatia de mercado de 15,9% do turismo na região do Caribe[20]. Esse turismo representaria para Cuba uma receita direta de de US$ 7,5 bilhões, e gerará uma produção adicional, no resto da economia cubana, de US$ 7,650 milhões[20].

Em 2006, a ilha contava com aproximadamente 48.000 leitos de hotel de categoria internacional, capazes de prover cerca de 25.185 mil noites-quarto de hospedagem. A taxa de ocupação dos hotéis cubanos, em 2006, foi de 60,7%, o que representou a venda efetiva de 15.627 mil noites-quarto. A estada média dos turistas em Cuba é estimada em 4,2 dias. Em 2006, o dispêndio total por turista foi de US$ 1.091 e o gasto diário por turista, de US$ 260[18].O turismo tem se convertido não só num dos setores que mais contribuem para a economia do país, mas também para o desenvolvimento econômico de Cuba.

A atividade turística em Cuba, em 2007, deu emprego a cerca de 268.000 cubanos, sendo 138.000 empregos diretos (dos quais cerca de 20% de nível universitário) e 130.000 indiretos[20].

Biotecnologia

A revista Nature declarou, que Cuba desenvolveu uma considerável capacidade de pesquisa, talvez maior que a de qualquer outro país em desenvolvimento fora do sudeste asiático.[21].

Cuba conseguiu criar, com grande sucesso, uma indústria de biotecnologia capaz de inventar drogas modernas e vacinas próprias[22] e que opera ao lado de uma florescente indústria farmacêutica que vem obtendo sucesso em suas exportações. Como observou a revista Nature, cabe indagar como Cuba, sofrendo um embargo comercial pelos Estados Unidos desde 1962, conseguiu fazer isso e que lições outros países poderiam tirar desse feito. Mais da metade do progresso científico de Cuba foi obtido após a queda do império soviético. Segundo a Nature, o sucesso de Cuba pode ser parcialmente explicado pelos pesados investimentos feitos por Cuba em todos os níveis de educação e também pelo fato de que a ciência em Cuba seria selvagemente[23] dirigida, ou seja, dirigida exclusivamente à solução de seus problemas sociais. A pesquisa estatal de Cuba funciona como um grande laboratório empresarial, exceto em que seus resultados são medidos pelos benefícios sociais que gera, ao invés do desempenho comercial de seus produtos, como ocorre nas corporações comerciais.[24]

A Biotecnologia cubana já gerou mais de 600 patentes para drogas novas e inovadoras como vacinas, proteínas recombinantes, anticorpos monoclonais, equipamento médico com software especial, e sistemas de diagnósticos. Em 2003, a exportação desses produtos cresceu 13% e incluiu novos itens, tais como a vacina contra haemophilus (para prevenção da meningite infantil e pneumonia) e um fator estimulador de colônia e anticorpo monoclonal R3 (para o tratamento do câncer). Cuba é um dos únicos seis países do mundo que produzem o interferon. Cerca de sessenta outros produtos estão nos estágios finais de pesquisa e planos de transferência de tecnologia estão em estudos visando à construção de unidades produtoras no exterior[25]vacinas, interferon, enzimas industriais farmacêuticas, kits de diagnóstico da dengue e do streptococo do grupo B, células tronco.[26][27] A biotecnologia cubana dispõe atualmente de 38 produtos registrados comercializados em mais de 45 países enquanto o país impulsiona projetos de vacinas terapêuticas, algumas em fase avançada como as da Hepatite C e câncer de próstata.

Mineração

Cuba níquel, cromita, ferro, manganês, barro vermelho e pedra calcária. (Cuba detém o segundo maior depósito de níquel do mundo, cerca de 15% das reservas mundiais[28].)

Indústria: açúcar refinado, charutos e cigarros, cimento, fertilizantes, rum, tecidos, tijolos e telhas, industria farmacêutica e biotecnologia.A produção industrial cresceu 17.6% em 2006 (est.)[6].


Entre os produtos não tradicionais de exportação de Cuba que foram duplicadas no período 1996-2000 estão:

  • Cítricos frescos industrializados
  • Aço
  • Produtos de biotecnologia
  • Produtos médicos farmacêuticos
  • Minérios
  • Óleo.

O valor das exportações cubanas atingiu, em 2006, 2,956 milhões de dólares (FOB), distribuídos desta forma: Canadá 18,5%, Holanda 18,5%, China 16%, Bermudas (paraíso fiscal, englobando possíveis reexportações) 14,1%, Espanha 5,1% (2006). O turismo está crescendo aceleradamente e já representa 12% do PIB cubano, gerando 40% de suas divisas cambiais.

O embargo comercial imposto a Cuba pelos Estados Unidos, desde 1962, dificulta demasiadamente a expansão do comércio exterior cubano. Não obstante, Cuba tem conseguido atrair investimentos estrangeiros. Grandes investimentos têm sido feitos nas áreas de turismo, energia e telecomunicações; a União Europeia é responsável por cerca da metade dos investimentos estrangeiros feitos em Cuba.

PIB - Produto Interno Bruto

Ano e peso, respectivamente em milhões de dólares, do período de 1994 à 2006:

  • 1994 - 20.296 ¹
  • 1995 - 20.986 ¹
  • 1996 - 22.812 ¹
  • 1997 - 23.565 ¹
  • 1998 - 23.871 ¹
  • 1999 - 25.494 ¹
  • 2000 - 26.896 ¹
  • 2002 - 28.118 ¹
  • 2003 - 28.948 ¹
  • 2005 - 37.240 (Estimado. Equivalência de poder aquisitivo - não comparável com os anos anteriores) U. S. Department of State, Bureau of Western Hemisphere Affairs, May 2007[5]
  • 2006 - 96.900 (Estimado. Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2009[6]
  • 2007 - 103.900 (2007 est.) Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2009[6]
  • 2008 - 108.400 (2008 est.) Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2009[29]

Produto Interno Bruto per capita

Comparativa histórica da Renda per capita de Cuba com outros países do Caribe, basado em World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2003 AD.

Ano e peso, respectivamente em dólares, do período de 1994 à 2006:

  • 1994 - 1.872 ¹
  • 1995 - 1.926 ¹
  • 1996 - 2.085 ¹
  • 1997 - 2.140 ¹
  • 1998 - 2.164 ¹
  • 1999 - 2.300 ¹
  • 2000 - 2.416 ¹
  • 2001 - 2.477 ¹
  • 2002 - 2.504 ¹
  • 2003 - 2.569 ¹
  • 2004 - 3.059 Equivalência de poder aquisitivo - não comparável com os anteriores
  • 2005 - 3.300 Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2004-07[5]
  • 2006 - 8.500 (est.) Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2006-08 The World Factbook: Cuba, 2009, CIA[6]
  • 2007 - 9.100 (est.) Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2006-08 The World Factbook: Cuba, 2009, CIA[6]
  • 2008 - 9.500 (est.) Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2006-08 The World Factbook: Cuba, 2009, CIA[6]

¹ -[29]


Moeda

Três moedas circulam em Cuba: o dólar, o peso conversível (cotado cerca a de 1,20 pesos por dólar) - e que é utilizado em lojas especiais para turistas, que vendem em dólar, à taxa de um peso conversível por dólar - e o peso tradicional (26 pesos por dólar) utilizado para o pagamento dos salários e para a compra de mercadorias no mercado interno, tais como aluguéis, luz, telefone, roupas e alimentos. Desde 25 de outubro de 2004 foram proibidas na ilha as transações em dólar, que só podem ser legalmente feitas utilizando-se pesos conversíveis[30]

Salários em Cuba

Os salários em Cuba devem ser analisados em termos de "equivalência de poder aquisitivo" ¹, método recomendado hoje em dia até pela CIA para estudar a economia cubana. Freqüentemente se vê comentários anedóticos na imprensa sobre os "baixos" salários em Cuba, aparentemente irrisórios quando se os converte em dólares norte-americanos ao câmbio turismo. Mas esse método é inadequado. Para que se possa fazer uma análise correta dos salários cubanos é preciso atentar para o que o salário pode efetivamente comprar em Cuba, não em Nova York; ou seja, qual é a real relação salário-aquisição de bens e serviços para o povo cubano¹. Por exemplo: uma cesta básica para uma família de 4 pessoas (inclui um filho menor de 7 anos) e contendo arroz, açúcar, café, pão, leite, batata, custa em Cuba 3 dólares. Nos Estados Unidos custa 138 dólares; o aluguel mensal de uma casa em Cuba custa de 1 a 2 dólares; em Cuba a educação e a assistência médica são totalmente gratuitas, e os cubanos pagam quase que todo o salário em impostos, apesar de que não são assim chamados. os baixos salários são na verdade a sobra do que o governo não retira para manter os valores que serão citados.

Com 1 dólar o povo cubano pode:

  • Pagar um mês de aluguel ou,
  • dois meses de eletricidade ou,
  • três meses de telefone ou,
  • comprar a quota de arroz de uma família de 4 pessoas, correspondente a mais de três meses ou,
  • assistir a 22 jogos de baseball de grandes ligas ou,
  • comprar quase 90 litros de leite para seu filho menor de 7 anos.

Na realidade, hoje existe uma dualidade na economia cubana. A atividade econômica se dá em torno do dólar, do peso conversível (cada peso vale um dólar) e do peso não conversível. O dólar e o peso conversível são adotados no livre comércio. O peso não conversível é utilizado para o pagamento dos salários dos cubanos e para a compra de produtos básicos consumidos pela população local.

Energia elétrica

Até 2004, o fornecimento de energia elétrica em Cuba esteve extremamente deficiente, com frequentes blecautes que chegavam a durar 16 horas seguidas[31]. Desde então, o governo cubano vem investindo na expansão da geração e distribuição de energia elétrica, enquanto busca aumentar a eficiência, para conseguir atender ao aumento do consumo, que cresce em média 7% ao ano. Em agosto de 2005, o Ministério da Indústria Pesada cubano anunciou a proibição do uso de lâmpadas incandescentes em Cuba e lançou a operação Economiza Energia, que visava a trocar 1,2 milhão dessas lâmpadas pelas eficientes fluorescentes compactas, que consomem menos de 20% da energia anteriormente usada. Essa campanha, iniciada por Fidel, espalhou-se pelo mundo e está sendo adotada pela Austrália, Canadá e até pela Califórnia[32]. Fidel Castro declarou o ano de 2006 o "ano da revolução da energia elétrica" e se comprometeu a pôr fim aos blecautes até 1° de maio daquele ano[33]. Em 2006, foram acrescentados 1.300 megawatts à capacidade de geração cubana. No início de 2007, foram adicionados mais 711.811 kW, quando se instalaram os 4.158 geradores convencionais a diesel, adquiridos em 2006 ao custo de US$ 800 milhões[34].

Uma análise técnica, minuciosa e completa da situação energética de Cuba pode ser encontrada no estudo feito por D. Pérez, I. López e I. Berdellans para o Centro de Gestión de la Información y Desarrollo de la Energía, CUBAENERGIA, em convênio com a United Nations Department of Economic and Social Affairs (UN DESA)[35]

Divida Externa

A dívida externa estimada em 31 de dezembro de 2011 era de $21,02 bilhões [36] Desde 2010 o governo não divulga dados sobre sua conta corrente e dívida externa, [37] e as reservas de divisas são tratadas como segredo de Estado. [38]

Reformas na economia

Eliminação do Ministério do Açucar

Em 29/09/2011 informou o jornal "Granma" (oficial) que o presidente de Cuba, Raúl Castro, suprimiu o Ministério do Açúcar como parte de uma ampla reestruturação para tentar tornar mais eficiente este setor.

Segundo um relatório do órgão de imprensa do Partido Comunista (PCC): "foi tomada a decisão de extinguir o Ministério do Açúcar, pois atualmente não cumpre com nenhuma função estatal".

Para substituir o ministério, surgido em 1964, o Governo criou o Grupo Empresarial da Agroindústria Açucareira, a fim de se tornar eficiente e com capacidade de "gerar com suas exportações divisas para financiar os gastos próprios", explicou o jornal.[39]

Referências

  1. IBGE :: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  2. GARAVELLO, Murilo. Regime de Fidel cerceou democracia e direitos humanos, mas melhorou qualidade de vida. São Paulo: Especial Cuba, Últimas Notícias, UOL, 19 de fevereiro de 2008, acessado às 14:06
  3. Renda Per Capita dos Países, Fevereiro 15, 2007
  4. Medicina é nova locomotiva da economia de Cuba. Biotecnologia, Biotech Brasil, 31 de Janeiro de 2006 às 10h01
  5. a b c d Background Note: Cuba. Washington: U.S. Dept. of State, maio 2007
  6. a b c d e f g h The World Factbook: Cuba, 2009, CIA
  7. a b CEPAL, Anuario estadístico de América Latina y el Caribe, 2006, Estadísticas económicas, P. 86
  8. Economia latino-americana crescerá 5,3% em 2006, segundo relatório da Cepal. Últimas Notícias, UOL News, 14 de dezembro de 2006 - 17h22
  9. «Producto Interno Bruto en Cuba». Enciclopedia cubana en la red. Consultado em 26 de junho de 2014 
  10. Raúl Castro (7 de janeiro de 2013). «PIB cubano cresceu 3,1% em 2012». Pravda. Consultado em 26 de junho de 2014 
  11. «Comparação entre Países > Produto Interno Bruto (PIB) per capita». Index Mundi. Consultado em 26 de junho de 2014 
  12. DIETRICH, Heinz. CUBA: O milagre biotecnológico
  13. Restaurantes y Paladares de La Habana, Cuba. paseos por la habana .com
  14. Cuba: Environment at a glance 2004, World Bank
  15. http://archive.today/20120703135006/http://www.eleconomista.es/economia/noticias/373090/02/08/Habanos-vendio-400-millones-de-dolares-de-tabaco-torcido-en-2007.html
  16. Unos 194.102 turistas españoles visitaron Cuba en 2005, 33% más pese a los huracanes. Fontes: Fuente: Agencias/EP; Actualidad 24 Horas.com; 26 de janeiro de 2006
  17. FRANK, Marc. Cuba takes steps to spruce up tourism appeal. Havana: uk.reuters.com, 27 de junho de 2007 19:12 BST
  18. a b Cuba Reports Millions in Tourist Revenues. 17 de setembro de 2007.
  19. TURKEL,, Stanley. CUBA: Tourism Thriving Despite the U.S. Trade Embargo. Hotel Interactive, 10 de abril de 2006.
  20. a b c CRESPO, Nicolás e DIAZ, Santos Negrón. Cuban Tourism in 2007: Economic Impact; Cuba in Transition - ASCE 1997
  21. Nature, vol. 436, issue 7049 (July 2005)http://www.nature.com/nature/journal/v436/n7049/index.htmlSocialism in one country: Cuba's scientific community has made substantial progress in addressing social problems. Nature; vol. 436, issue 7049 (July 2005); p303.]
  22. Cuba—innovation through synergy.; NATURE BIOTECHNOLOGY; volume 22, suplemento, dezembro de 2004
  23. Selvagemente ou selvagemmente?
  24. DÁVILA, Agustín Lage.Socialism and the Knowledge Economy: Cuban Biotechnology.; Monthly Review; Volume 58, Number 7, dezembro de 2006
  25. Economic Survey of Latin America and the Caribbean 2003-2004. pp 287-293; ECLAC
  26. Cuba e China avançam na biotecnologia. Conselho de Informações Sobre Biotecnologia, 23 de dezembro de 2005. Fonte: Chicago Tribune, 19 December 2005 e Chicago Tribune e Crop Biotech, 16 December 2005
  27. Cuba realiza primeiro transplante com células-tronco em sistema nervoso. 2 de julho de 2007, Fonte: JB Online, 30 de junho de 2007
  28. http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arquivos/plano_duo_decenal/a_mineracao_brasileira/P15_RT24_Perfil_da_Mineraxo_de_Nxquel.pdf
  29. a b World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2003 AD(Last update: August 2007, copyright Angus Maddison).
  30. HABEL, Janette. Le castrisme après Fidel Castro : une répétition générale, RISAL, 29 décembre 2006.
  31. Cuba-Électricité - consommation (milliards kWh) 1998-2004. Fonte: CIA World Factbook, versão de 1º de janeiro de 2007
  32. Green light for Australian ban on old-style bulb. International, The Guardian, 21 de fevereiro de 2007, p. 24
  33. Cuba's energy revolution. The Economist, 27 de abril de 2006
  34. Bright prospects for Brazilian utilities. The MoneyWeek; 28 de setembro de 2007
  35. PÉREZ D., LÓPEZ, I. e BERDELLANS, I. Energy Indicators for Sustainable Development: Country Studies on Brazil, Cuba, Lithuania, Mexico, Russian Federation, Slovakia and Thailand, United Nations Department of Economic and Social Affairs (UN DESA), Capítulo 4, pp. 83 - 127
  36. «Cuba Dívida externa». Index Mundi. 2012. Consultado em 26 de junho de 2014 
  37. «Cuba negoceia dívida pública externa». Jornal de Angola. 24 de abril de 2014. Consultado em 26 de junho de 2014 
  38. «Cuba pode reabrir negociações com Clube de Paris». Reuters Brasil. 22 de abril de 2014. Consultado em 26 de junho de 2014 
  39. [1]

Ver também

Ligações externas

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