Folheto embrionário: diferenças entre revisões

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* Sistema respiratório (pulmão)
* Sistema respiratório (pulmão)
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* Fígado e pâncreas.
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Revisão das 19h48min de 1 de novembro de 2014

 Nota: Se procura outros significados, veja Folículo.

Um folheto embrionário ou folículo embrionário é uma camada de células (ou tecido primitivo) que aparece no embrião animal logo após a gastrulação. Na organogênese esses tecidos primitivos vão diferenciar-se em órgãos componentes do animal.

Os folhetos embrionários podem existir em número de três ou dois, levando a classificação dos animais em triblásticos e diblásticos, respectivamente. Nos animais diblásticos, as camadas formadas são a endoderme e a ectoderme. Já nos triblásticos, as camadas são a endoderme, a mesoderme e a ectoderme.

A mesoderme envolve uma cavidade chamada celoma. Alguns animais não possuem essa cavidade(platelmintos) e outros possuem um celoma falso(nematelmintos),esses animais são chamados, respectivamente, acelomados e pseudocelomados.

Apenas cnidários são diblásticos. Todos os outros seres vivos pluricelulares são triblásticos, exceto os poríferos que não possuem tecido verdadeiro.

Folheto embrionário é a camada de células (ou tecido primitivo) que aparece no embrião animal logo após a gastrulação (disco embrionário bilaminar é convertido em um disco trilaminar). Na organogênese, as células desses tecidos primitivos sofrerão um processo de diferenciação de acordo com as funções que cumprirão no organismo adulto.

A classificação dos animais levando em conta os folhetos embrionários, pode ser: Diblásticos ou Triblásticos. Nos animais diblásticos, as camadas formadas são a endoderme e a ectoderme. Já nos triblásticos, as camadas são a endoderme, a mesoderme e a ectoderme.

Formação dos Folhetos Embrionários

Na segunda semana da gestação dos humanos, o blastocisto vai enterrando-se gradativamente no endométrio uterino. O embrioblasto torna-se bidérmico. A camada de células mais próxima ao polo de implantação é denominada de epiblasto, e a outra, hipoblasto.

Na terceira semana da gestação dos humanos, fase conhecida como gastrulação, ocorre o espessamento do epiblasto na região caudal, que originará a linha primitiva (produz células mesenquimais).  A partir da linha primitiva pode-se estabelecer as superfícies dorsal e ventral, os lados direito e esquerdo, bem como o eixo céfalo-caudal do embrião.

Na extremidade cefálica da linha primitiva, células proliferam-se originando o nó primitivo, e simultaneamente, dentro desta linha, surge um sulco, conhecido como sulco primitivo, que no local de encontro com o nó primitivo, forma uma estrutura conhecida como fosseta primitiva, é por aí que as células epiblásticas migrarão para formar os folhetos embrionários.

Em seguida, surge na superfície da linha primitiva uma rede frouxa de tecido conjuntivo denominado mesênquima, que irá formar os tecidos de sustentação do embrião.

As células do epiblasto que invaginam-se lateralmente pela linha primitiva, deslocando as células do hipoblasto para outras regiões do embrião, formam a ENDODERME. E as células do epiblasto que migram pelas margens laterais da linha primitiva, posicionando-se entre a endorme e o epiblasto, constituem a MESODERME. As células não migrantes formam a ECTODERMA.

A linha primitiva regride e desaparece na quarta semana do desenvolvimento.

Uma parte da mesoderme formará duas bandas espessas e contínuas de um e de outro lado da notocorda, as quais segmentarão em somitos, dando origem ao esqueleto axial e seus músculos correspondentes. Outra parte formará o mesoderma intermediário, lateralmente disposto ao longo daquele, originando o sistema urogenital do individuo; e finalmente, o outro mesoderma, denominado lateralmente, delamina-se em dois folhetos: esplâncnico (visceral) e somático (parietal). Entre o visceral e o parietal forma-se a cavidade celomática embrionária.

De uma forma resumida, a mesoderme divide-se em quatro sub-tipos na neurulação:

A) Mesoderme axial: Dá origem a notocorda.
B) Mesoderme paraxial: desenvolve-se ao longo do eixo do embrião, formando somitos a volta da notocorda e ao tubo neural. Esses somitos dão origem ao esqueleto axial e músculos e tecidos conectivos do esqueleto central.
C) Mesoderme intermédia: dará origem ao sistema urogenital.
D) Mesoderme lateral: divide-se em duas placas: a placa somática (parietal) e a placa esplâncnica (visceral) e, entre as duas, o celoma (nos animais celomados).
D-1) Somática: dá origem a ossos, ligamentos, tecido conectivo e vasos sanguíneos dos membros.
D-2) Esplâncnica: dá origem a coração, vasos sanguíneos e musculatura lisa dos pulmões e sistema digestivo.
D-3) Celoma: dá origem às cavidades do corpo (pleural, pericárdica e pericôndrica)

No final da gastrulação, a região dorsal da gástrula origina a placa neural. As bordas se encurvam, constituindo o sulco neural e, posteriormente, o tubo neural, precursor do encéfalo e da medula espinhal. O tubo neural origina-se de células ectodérmicas.

O que cada folheto nos vertebrados origina:

Folheto Embrião Adulto
Ectoderma
  • camada celular externa
  • tubo neural (nervoso)
  • Epiderme e anexos cutâneos (pêlos e glândulas mucosas)
  • Todas as estruturas do sistema nervoso (encéfalo, nervos, gânglios nervosos e medula espinhal)
  • Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.
Mesoderma somitos:
  • epímero (dorsal)
  • mesômero (médio)
  • hipômero (ventral)
  • Derme
  • Músculos lisos e esqueléticos;
  • Sistema circulatório (coração, vasos sanguíneos, tecido linfático, tecido conjuntivo);
  • Sistema esquelético (ossos e cartilagem);
  • Sistema excretor e reprodutor (órgãos genitais, rins, uretra, bexiga e gônadas)
Endoderme revestimento do arquêntero
  • Epitélio de revestimento interno e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal
  • Sistema respiratório (pulmão)
  • Fígado e pâncreas.

Bibliografia

  • CATALA, M. Embriologia – Desenvolvimento Humano Inicial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2003.
  • GILBERT, S. F. Developmental Biology. 5a.ed. Sinauer Associates, Inc. Suunderland, Massachusetts.U.S.A.,1997.
  • JUNQUEIRA, L. C., CARNEIRO, J. Noções Básicas de Citologia, Histologia e Embriologia.São Paulo: Nobel, 1998.
  • LANGMAN, S.T.; SADLER, W. Embriologia Médica. 9a ed. Rio de Janeiro Guanabara Koogan. 2005.
  • MAIA, G. D. Embriologia Humana. Rio de Janeiro: Atheneu, 1998.
  • MELLO, R. A. Embriologia Humana. São Paulo: Atheneu, 2000.
  • MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia Clínica. 7a ed., Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2005.
  • FERNANDEZ, CASIMIRO GARCIA; GARCIA, SONIA MARIA LAUER DE. Embriologia.2 ed. Editora Artmed. 2001.