Galante (Campina Grande): diferenças entre revisões

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'''Galante''' é um dos 6 [[Lista de bairros e distritos de Campina Grande#Distritos|distritos]] de [[Campina Grande]], na [[Paraíba]]. Se localiza no extremo leste do município.
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Situa-se no planalto do Borborema, em uma região de superfície de ondulações suaves e médias, com altitudes em torno de 605m.O jogador Joao Francisco Regis Neto o mais popular de galante
Situa-se no planalto do Borborema, em uma região de superfície de ondulações suaves e médias, com altitudes em torno de 605m. A história do Distrito de Galante é contada por seus próprios habitantes e especialmente pela professora Laura Menezes de Amorim "'''''in memoriam"''''' , uma das pioneiras nas ações sociais, educacionais e religiosas, durante mais de 50 anos.

A sua história inicia-se em 1905, com a criação do Distrito de Galante dentro dos limites da propriedade denominada "Pau Careta", do senhor João Correia de Meneses, avô da professora Laura, que cedeu parte das terras a uma empresa ferroviária inglesa, denominada Great Western, com a condição de que fosse erguida uma capela em homenagem ao seu Santo Protetor "Santo Antônio".

A cita empresa havia negociado com o Governo Federal, que ratificou no Diário Oficial do dia 26 de julho de 1904, pelo Decreto nº 5.237, a construção de uma ferrovia com o objetivo de transportar algodão - cultura permanente de grande valor comercial à época - no percurso compreendido entre Itabaiana e Campina Grande.

A definição do trajeto foi objeto de muita controvérsia, vez que havia a possibilidade de ser tanto pela cidade de Alagoa Nova como por Itabaiana. Foi escolhida Itabaiana, e com isso Galante foi beneficiado.

Em 02 de outubro de 1907, a Estrada de Ferro é inaugurada juntamente com a Estação Ferroviária, denominada "Álvaro Machado", em homenagem ao Governador da Paraíba à época.

O primeiro trem a percorrer àqueles trilhos foi a máquina nº 3, da empresa inglesa Great Western, que apareceu enfeitada com palmeiras e duas bandeiras do Brasil. Os galantenses se posicionaram à margem da estrada a fim de presenciarem a passagem do trem, pela primeira vez. "Atiravam flores, davam vivas e levantavam os braços" demonstrando a alegria pelo evento, pois era o primeiro transporte na região a mais de 100 anos. Até a década de 40, a Estação foi o ponto de destaque no desenvolvimento econômico e cultural da região. O transporte de produtos e riquezas levava e trazia novidades, influenciando a vida das pessoas.

Os primeiros habitantes foram provenientes das famílias: Correia de Menezes; Melo e Rodrigues; Gomes e Amorim; Campos e Bezerra; Gonçalves de Freitas; Vieira da Silva; os Pessoas; Alves de Menezes; os Dundas e os Silva.

Segundo historiadores e habitantes mais antigos, a denominação '''GALANTE''', tem duas versões: a primeira vem do entusiasmo demonstrado pelo engenheiro responsável pela construção da Estrada de Ferro, o senhor '''Tomas Mendeles''' que ao visitar o lugarejo, ficou encantado com a beleza de seus planaltos, com as montanhas verdejantes que o circundavam. A segunda versão é revelada pela elegância e simpatia do engenheiro no trato com os moradores, que ao avistá-lo exclamavam: " que moço galante e educado".

Em 1910 , o seu fundador Major João Correia constrói o mercado público local, que abria aos sábados, para a feira onde era realizada a comercialização da produção agrícola regional. miudezas e cortes de tecidos e sapatos.

Galante eleva-se a categoria de Povoado em 1918. Em 1920, o fundador doa um terreno para construção de uma igreja em homenagem a Santo Antônio, o seu santo protetor. Todavia, por falta de uma imagem do Santo de sua devoção, substitui a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Distrito.

As primeiras missas foram celebradas pelo vigário de Campina Grande, MONSENHOR SALLES - veio a ser o nome dado ao Grupo Escolar do Distrito - que chegava a Galante montado a cavalo. O primeiro padre foi JOÃO ONOFRE, vigário da cidade de Fagundes, vindo a ser mais tarde o pároco do Distrito.

Em 1921, foi inaugurada uma escola elementar primária. Em 1924 foi criado o primeiro cartório de registro civil.

Hoje, a imagem mais presente no cotidiano dos galantenses sobre o sistema ferroviário - que deu origem ao Distrito- é o funcionamento do "Trem do Forró", durante os festejos juninos do Maior São João do Mundo, atividades tradicionais do Nordeste, comemoradas no mês de Junho.


[[File:Acude jose rodrigues.jpg|thumb|Açude José Rodrigues em Galante, com o Distrito ao fundo]]
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Revisão das 16h44min de 24 de janeiro de 2015

Galante
  Distrito do Brasil  
Localização
Mapa
Mapa de Galante
Coordenadas 7° 18' 20" N 35° 46' 42" O
Estado Paraíba
Município Campina Grande

Galante é um dos 6 distritos de Campina Grande, na Paraíba. Se localiza no extremo leste do município.

Situa-se no planalto do Borborema, em uma região de superfície de ondulações suaves e médias, com altitudes em torno de 605m. A história do Distrito de Galante é contada por seus próprios habitantes e especialmente pela professora Laura Menezes de Amorim "in memoriam" , uma das pioneiras nas ações sociais, educacionais e religiosas, durante mais de 50 anos.

A sua história inicia-se em 1905, com a criação do Distrito de Galante dentro dos limites da propriedade denominada "Pau Careta", do senhor João Correia de Meneses, avô da professora Laura, que cedeu parte das terras a uma empresa ferroviária inglesa, denominada Great Western, com a condição de que fosse erguida uma capela em homenagem ao seu Santo Protetor "Santo Antônio".

A cita empresa havia negociado com o Governo Federal, que ratificou no Diário Oficial do dia 26 de julho de 1904, pelo Decreto nº 5.237, a construção de uma ferrovia com o objetivo de transportar algodão - cultura permanente de grande valor comercial à época - no percurso compreendido entre Itabaiana e Campina Grande.

A definição do trajeto foi objeto de muita controvérsia, vez que havia a possibilidade de ser tanto pela cidade de Alagoa Nova como por Itabaiana. Foi escolhida Itabaiana, e com isso Galante foi beneficiado.

Em 02 de outubro de 1907, a Estrada de Ferro é inaugurada juntamente com a Estação Ferroviária, denominada "Álvaro Machado", em homenagem ao Governador da Paraíba à época.

O primeiro trem a percorrer àqueles trilhos foi a máquina nº 3, da empresa inglesa Great Western, que apareceu enfeitada com palmeiras e duas bandeiras do Brasil. Os galantenses se posicionaram à margem da estrada a fim de presenciarem a passagem do trem, pela primeira vez. "Atiravam flores, davam vivas e levantavam os braços" demonstrando a alegria pelo evento, pois era o primeiro transporte na região a mais de 100 anos. Até a década de 40, a Estação foi o ponto de destaque no desenvolvimento econômico e cultural da região. O transporte de produtos e riquezas levava e trazia novidades, influenciando a vida das pessoas.

Os primeiros habitantes foram provenientes das famílias: Correia de Menezes; Melo e Rodrigues; Gomes e Amorim; Campos e Bezerra; Gonçalves de Freitas; Vieira da Silva; os Pessoas; Alves de Menezes; os Dundas e os Silva.

Segundo historiadores e habitantes mais antigos, a denominação GALANTE, tem duas versões: a primeira vem do entusiasmo demonstrado pelo engenheiro responsável pela construção da Estrada de Ferro, o senhor Tomas Mendeles que ao visitar o lugarejo, ficou encantado com a beleza de seus planaltos, com as montanhas verdejantes que o circundavam. A segunda versão é revelada pela elegância e simpatia do engenheiro no trato com os moradores, que ao avistá-lo exclamavam: " que moço galante e educado".

Em 1910 , o seu fundador Major João Correia constrói o mercado público local, que abria aos sábados, para a feira onde era realizada a comercialização da produção agrícola regional. miudezas e cortes de tecidos e sapatos.

Galante eleva-se a categoria de Povoado em 1918. Em 1920, o fundador doa um terreno para construção de uma igreja em homenagem a Santo Antônio, o seu santo protetor. Todavia, por falta de uma imagem do Santo de sua devoção, substitui a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Distrito.

As primeiras missas foram celebradas pelo vigário de Campina Grande, MONSENHOR SALLES - veio a ser o nome dado ao Grupo Escolar do Distrito - que chegava a Galante montado a cavalo. O primeiro padre foi JOÃO ONOFRE, vigário da cidade de Fagundes, vindo a ser mais tarde o pároco do Distrito.

Em 1921, foi inaugurada uma escola elementar primária. Em 1924 foi criado o primeiro cartório de registro civil.

Hoje, a imagem mais presente no cotidiano dos galantenses sobre o sistema ferroviário - que deu origem ao Distrito- é o funcionamento do "Trem do Forró", durante os festejos juninos do Maior São João do Mundo, atividades tradicionais do Nordeste, comemoradas no mês de Junho.

Açude José Rodrigues em Galante, com o Distrito ao fundo

Clima

O clima é equatorial semi-árido, com temperatura média de 22°C e umidade variando entre 75% e 83% durante o dia. Os meses mais quentes são de outubro a março e as maiores pluviosidades ocorrem no período de abril a agosto.

Geografia

A vegetação já foi de floresta, porém é hoje dominada pela agricultura e o capim. Galante limita-se, ao Sul com a Serra de Fagundes, ao Norte com a fazenda Tatu de Baixo, ao Leste com o Surrão e a Oeste com a propriedade Tatu de Cima.

Galante, situada no sopé da Serra do Bodopitá e com uma paisagem que encanta pelo bucolismo. O lugar recebe seus maior público durante o Maior São João do Mundo, quando é operacionado o Trem do Forró, famosa travessia de trem pelas serras do agreste rumo a galante.

Turismo

O açude José Rodrigues, a Fazenda Santana, o Restaurante Casa de Cumpadi onde encontra passeio ecológico, tirolesa, passeio de Cavalo e Carroça, entre outras atrações e muita comida regional.

Nas festividades do Maior São João do Mundo Galante recebe o Expresso Forrozeiro, trata-se de um trem com 800 passageiros que parte da estação velha em Campina Grande em direção ao distrito, o trajeto até o distrito dura em média duas horas e é animado por diversos trios de forró. Em Galante, os turistas são recebidos por quadrilhas juninas e durante a festa, pode-se encontrar diversos restaurantes de comidas típicas, ilhas de forró e diversas atrações locais e regionais no Mercado Público e no Palco Principal da festa.[1]

Transporte

Rodoviário

Galante se situa a 18 km do centro de Campina Grande e para se locomover até o distrito pode-se usar o sistema integrado de Campina Grande através do ônibus número 955 da empresa Transnacional de transporte com frequência entre as viagens de meia hora ou através de transporte alternativo que parte da feira central de Campina Grande.

Ferroviário

Galante conta com uma estação de trem que foi inaugurada em 1907, mas com o tempo, a linha de transporte de passageiros foi desativada e atualmente o transporte ferroviário naquele distrito é exclusivo para o transporte de cargas. Com exceção do Expresso Forrozeiro durante O Maior São João do Mundo.

Referências

  1. «Trem do Forró Campina Grande». Consultado em 13 de abril de 2013 


Bandeira de Campina Grande Bairros e distritos de Campina Grande

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