Suspensão do juízo: diferenças entre revisões

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== ''Epoché'' cética ==
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A suspensão do juízo caracterizava a atitude dos [[cético]]s [[Grécia Antiga|grego]]s, especialmente [[Pirro]]. Para os céticos, a ''epoché'' era a única atitude capaz de levar à imperturbabilidade. Eles afirmavam que duvidar do caráter bom ou mau de todas as coisas leva o indivíduo a não querer nem rejeitar coisa alguma, tornando-se imperturbável.<ref name="abbagnano" />
A suspensão do juízo caracterizava a atitude dos [[cético]]s [[Grécia Antiga|grego]]s, especialmente [[Pirro]]. Para os céticos, a ''epoché'' era a única atitude capaz de levar à imperturbabilidade. Eles afirmavam que duvidar do caráter bom ou mau de todas as coisas leva o indivíduo a não aceitar nem rejeitar coisa alguma, tornando-se imperturbável.<ref name="abbagnano" />


== ''Epoché'' fenomenológica ==
== ''Epoché'' fenomenológica ==


Na [[Filosofia]] moderna, especialmente na obra de [[Edmund Husserl]] e outros [[fenomenologia|fenomenologista]]s, o termo ''epoché'' adquire um significado diferente. Ao invés de efetivamente chegar a negar a existência, a ''epoché'' fenomenológica implica a "contemplação desinteressada" de quaisquer interesses naturais na existência. Em outras palavras, a suspensão de juízo fenomenológica não põe em dúvida a existência, mas se abstem de emitir juízos sobre ela.<ref name="abbagnano" />
Na [[Filosofia]] moderna, especialmente na obra de [[Edmund Husserl]] e outros [[fenomenologia|fenomenologista]]s, o termo ''epoché'' adquire um significado diferente. Ao invés de efetivamente chegar a negar a existência, como faziam alguns [[sofista]]s, a ''epoché'' fenomenológica implica a "contemplação desinteressada" de quaisquer interesses naturais ou psicológicos na existência. Em outras palavras, a suspensão de juízo fenomenológica não põe em dúvida a existência, como no caso dos céticos, mas se abstêm de emitir juízos sobre ela.<ref name="abbagnano" />

Husserl conclui que os fenômenos são incompreensíveis. A forma como ele resolve esse problema foi afirmar que os fenômenos podem ser intuídos, ou seja, a essência fica somente no campo sensorial. Sendo assim, ela é pré-reflexiva e se dá no irracional. Portanto para compreendê-los temos que fazer “epoché”, que nada mais é do que deixar de lado o racional, os julgamentos e os pré-conceitos. Com isso, ele reafirma que a realidade é subjetiva.{{carece de fontes|data=Fevereiro de 2008}}


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Revisão das 20h51min de 7 de fevereiro de 2015

Suspensão do juízo, também conhecida pelo termo grego epoché ou epokhé (εποχη), que significa 'colocar entre parenteses', é a atitude de não aceitar nem negar uma determinada proposição ou juízo. Opõe-se ao dogmatismo, em que se aceita uma proposição obscura.[1]

Epoché cética

A suspensão do juízo caracterizava a atitude dos céticos gregos, especialmente Pirro. Para os céticos, a epoché era a única atitude capaz de levar à imperturbabilidade. Eles afirmavam que duvidar do caráter bom ou mau de todas as coisas leva o indivíduo a não aceitar nem rejeitar coisa alguma, tornando-se imperturbável.[1]

Epoché fenomenológica

Na Filosofia moderna, especialmente na obra de Edmund Husserl e outros fenomenologistas, o termo epoché adquire um significado diferente. Ao invés de efetivamente chegar a negar a existência, como faziam alguns sofistas, a epoché fenomenológica implica a "contemplação desinteressada" de quaisquer interesses naturais ou psicológicos na existência. Em outras palavras, a suspensão de juízo fenomenológica não põe em dúvida a existência, como no caso dos céticos, mas se abstêm de emitir juízos sobre ela.[1]

Referências

  1. a b c Nicola Abbagnano (1990). Dicionário de Filosofia. [S.l.]: Martins Fontes  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Verbete Epoché, p. 339.
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