Dados dos sentidos: diferenças entre revisões

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'''Dados dos sentidos''', literalmente, significa aquilo que nos é dado pelos [[sentidos]]. A concepção mais comum, ou concepção standard, é a seguinte: os dados dos sentidos são o tipo de coisa que estamos directamente conscientes na [[percepção]], dependem portanto da [[mente]], e as suas propriedades são aquelas que nos aparecem. [[File:Cartesian Theater.jpg|150px|thumb|left|"Percebemos apenas idéias. Portanto, os objetos são idéias." <sub>''(Berkeley)''</sub>]] As teorias filosóficas da concepção mais comum, limitam-se a postular um teatro privado na [[consciência]] do [[sujeito]] onde os dados aparecem. A imagem mental que formamos aquando da percepção de um objeto.<ref>Simon Blackburn, Dicionário de Filosofia. Gradiva, 1997.</ref>


Para o caso da visão tratar-se-ia de uma espécie de espectáculo de imagens internas que em si mesmo apenas representaria indirectamente os aspectos do mundo exterior.
Para o caso da visão tratar-se de uma espécie de espetáculo de imagens internas que em si mesmo apenas representaria indiretamente os aspectos do mundo exterior.


As modernas perspectivas da percepção tendem a rejeitar a concepção mais comum, a representação ou produção de imagens privadas. Muitos filósofos argumentaram que os dados dos sentidos são o objecto imediato de toda a percepção sensorial e não a imagem mental.<ref>Dicionário de Filosofia – Direcção de Thomas Mautner. Edições 70, 2010.</ref> Rejeitam a noção de dado dos sentidos alegando que a percepção nos dá directamente o objecto ao invés de meras imagens mentais. Uma vez que, se fosse como dizem os defensores da teoria standard, não seria possível localizar os objectos no espaço, onde eles existem realmente.
As modernas perspectivas da percepção tendem a rejeitar a concepção mais comum, a representação ou produção de imagens privadas. Muitos filósofos argumentaram que os dados dos sentidos são o objecto imediato de toda a percepção sensorial e não a imagem mental.<ref>Dicionário de Filosofia – Direcção de Thomas Mautner. Edições 70, 2010.</ref> Rejeitam a noção de dado dos sentidos alegando que a percepção nos dá directamente o objecto ao invés de meras imagens mentais. Uma vez que, se fosse como dizem os defensores da teoria standard, não seria possível localizar os objectos no espaço, onde eles existem realmente.

Revisão das 21h36min de 2 de março de 2015

Dados dos sentidos, literalmente, significa aquilo que nos é dado pelos sentidos. A concepção mais comum, ou concepção standard, é a seguinte: os dados dos sentidos são o tipo de coisa que estamos directamente conscientes na percepção, dependem portanto da mente, e as suas propriedades são aquelas que nos aparecem.

"Percebemos apenas idéias. Portanto, os objetos são idéias." (Berkeley)

As teorias filosóficas da concepção mais comum, limitam-se a postular um teatro privado na consciência do sujeito onde os dados aparecem. A imagem mental que formamos aquando da percepção de um objeto.[1]

Para o caso da visão tratar-se de uma espécie de espetáculo de imagens internas que em si mesmo apenas representaria indiretamente os aspectos do mundo exterior.

As modernas perspectivas da percepção tendem a rejeitar a concepção mais comum, a representação ou produção de imagens privadas. Muitos filósofos argumentaram que os dados dos sentidos são o objecto imediato de toda a percepção sensorial e não a imagem mental.[2] Rejeitam a noção de dado dos sentidos alegando que a percepção nos dá directamente o objecto ao invés de meras imagens mentais. Uma vez que, se fosse como dizem os defensores da teoria standard, não seria possível localizar os objectos no espaço, onde eles existem realmente.

Referências

  1. Simon Blackburn, Dicionário de Filosofia. Gradiva, 1997.
  2. Dicionário de Filosofia – Direcção de Thomas Mautner. Edições 70, 2010.

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