Junk food: diferenças entre revisões

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'''Junk food''' ("comida lixo", numa tradução literal do [[língua inglesa|inglês]]), também [[linguagem coloquial|coloquialmente]], "porcaria" ou "besteira", é uma expressão pejorativa para "[[comida|alimentos]] com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de .nutrientes".<ref>[http://www.jornalocal.com.br/noticias/?id=2808 Afinal, o que é junk food?] em [http://www.jornalocal.com.br/ Jornal Local]. Acessado em [[13 de fevereiro]] de [[2008]].</ref> Acredita-se que a expressão tenha sido criada por [[Michael Jacobson]], diretor do [[Center for Science in the Public Interest]], em [[1972]].<ref name="BBC News 1">{{cite news | last = O'Neill | first = Brendon | title = Is this what you call junk food? | publisher = [[BBC News]] |date= 27-11-2006 | url = http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/magazine/6187234.stm | accessdate = 27-11-2006}}</ref> Desde então, seu uso tornou-se disseminado.
'''Junk food''' ("comida lixo", numa tradução literal do [[língua inglesa|inglês]]), também [[linguagem coloquial|coloquialmente]], "porcaria" ou "besteira", é uma expressão pejorativa para "[[comida|alimentos]] com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de nutrientes".<ref>[http://www.jornalocal.com.br/noticias/?id=2808 Afinal, o que é junk food?] em [http://www.jornalocal.com.br/ Jornal Local]. Acessado em [[13 de fevereiro]] de [[2008]].</ref> Acredita-se que a expressão tenha sido criada por [[Michael Jacobson]], diretor do [[Center for Science in the Public Interest]], em [[1972]].<ref name="BBC News 1">{{cite news | last = O'Neill | first = Brendon | title = Is this what you call junk food? | publisher = [[BBC News]] |date= 27-11-2006 | url = http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/magazine/6187234.stm | accessdate = 27-11-2006}}</ref> Desde então, seu uso tornou-se disseminado.


A ''junk food'' contém freqüentemente altos níveis de [[gordura saturada]], [[sal]] ou [[açúcar]] e numerosos [[aditivo alimentar|aditivos alimentares]] tais como [[glutamato monossódico]] e [[tartrazina]]; ao mesmo tempo, é carente de [[proteína]]s, [[vitamina]]s e [[fibras dietéticas]], entre outros atributos saudáveis. Popularizou-se entre os fabricantes porque é relativamente barata de produzir, possui [[prazo de validade]] prolongado e pode nem mesmo precisar de [[refrigeração]] (caso dos [[salgadinho]]s industrializados). Tem tornado-se popular em todo mundo porque é fácil de encontrar ([[supermercado]]s, [[loja de conveniência|lojas de conveniência]] etc), requer um mínimo ou nenhum preparo antes do consumo, e pode exibir uma vasta gama de [[sabor]]es. Mundialmente, o consumo de ''junk food'' tem sido associado à [[obesidade]], [[Doença cardiovascular|doenças coronarianas]], [[diabetes|diabetes tipo 2]], [[hipertensão]] e [[cárie]]s. Há também preocupações quanto ao [[marketing]] direcionado para [[criança]]s.
A ''junk food'' contém freqüentemente altos níveis de [[gordura saturada]], [[sal]] ou [[açúcar]] e numerosos [[aditivo alimentar|aditivos alimentares]] tais como [[glutamato monossódico]] e [[tartrazina]]; ao mesmo tempo, é carente de [[proteína]]s, [[vitamina]]s e [[fibras dietéticas]], entre outros atributos saudáveis. Popularizou-se entre os fabricantes porque é relativamente barata de produzir, possui [[prazo de validade]] prolongado e pode nem mesmo precisar de [[refrigeração]] (caso dos [[salgadinho]]s industrializados). Tem tornado-se popular em todo mundo porque é fácil de encontrar ([[supermercado]]s, [[loja de conveniência|lojas de conveniência]] etc), requer um mínimo ou nenhum preparo antes do consumo, e pode exibir uma vasta gama de [[sabor]]es. Mundialmente, o consumo de ''junk food'' tem sido associado à [[obesidade]], [[Doença cardiovascular|doenças coronarianas]], [[diabetes|diabetes tipo 2]], [[hipertensão]] e [[cárie]]s. Há também preocupações quanto ao [[marketing]] direcionado para [[criança]]s.
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== Campanhas ==
== Campanhas ==
Em todo o mundo, a ''junk food'' tem sido alvo de campanhas governamentais que visam restabelecer o consumo de alimentos saudáveis. Em [[2006]] no [[Reino Unido]], após uma campanha publicitária estrelada pelo [[chef]] [[Jamie Oliver]] e sob a ameaça de ações legais por parte do ''National Heart Forum'',<ref>''[[The Guardian]]'' (Felicity Lawrence) [http://www.guardian.co.uk/food/Story/0,,1803112,00.html Heart campaigners drop case over junk food ad ban] 22 de Junho de 2006</ref> o ''Ofcom'', órgão britânico responsável pela regulação da publicidade, iniciou uma consulta pública sobre o [[marketing]] direcionado à venda de alimentos e bebidas industrializados para crianças.<ref>[http://www.ofcom.org.uk/consult/condocs/foodads/ Television advertising of food and drink products to children - Options for new restrictions]</ref> Como resultado, os anúncios destinados às crianças foram banidos dos horários de exibição de programas infantis.<ref name="BBC News 4">{{cite news | title = Junk food ad crackdown announced | publisher = [[BBC News]] |date= 2006-11-17 | url = http://news.bbc.co.uk/1/hi/health/6154600.stm | accessdate = 2006-11-28}}</ref> A proibição incluiu o [[marketing]] usando [[celebridade]]s, personagens de [[desenho animado]] e afirmações quanto à saúde e nutrição.
Em todo o mundo, a ''junk food'' tem sido alvo de campanhas governamentais que visam restabelecer o consumo de alimentos saudáveis. Em [[2006]] no [[Reino Unido]], após uma campanha publicitária estrelada pelo [[chef]] [[Jamie Oliver]] e sob a ameaça de ações legais por parte do ''National Heart Forum'',<ref>''[[The Guardian]]'' (Felicity Lawrence) [http://www.guardian.co.uk/food/Story/0,,1803112,00.html Heart campaigners drop case over junk food ad ban] 22 de Junho de 2006</ref> o ''Ofcom'', órgão britânico responsável pela regulação da publicidade, iniciou uma consulta pública sobre o [[marketing]] direcionado à venda de alimentos e bebidas industrializados para crianças.<ref>[http://www.ofcom.org.uk/consult/condocs/foodads/ Television advertising of food and drink products to children - Options for new restrictions]</ref> Como resultado, os anúncios destinados às crianças foram banidos dos horários de exibição de programas infantis.<ref name="BBC News 4">{{cite news | title = Junk food ad crackdown announced | publisher = [[BBC News]] |date= 2006-11-17 | url = http://news.bbc.co.uk/1/hi/health/6154600.stm | accessdate = 2006-11-28}}</ref> A proibição incluiu o ''[[marketing]]'' usando [[celebridade]]s, personagens de [[desenho animado]] e afirmações quanto à saúde e nutrição.


== Ver também ==
{{Referências}}

== {{Ver também}} ==
* [[Dieta]]
* [[Dieta]]
* [[Fast food]]
* [[Fast food]]
* [[Medicina ortomolecular]]
* [[Medicina ortomolecular]]
* [[Nutrição]]
* [[Nutrição]]
*[[Light (nutrição)|Light]]
* [[Light (nutrição)|Light]]
*[[Dietético]]
* [[Dietético]]

{{Referências}}


== {{Ligações externas}} ==
== Ligações externas ==
* {{Link||2=http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/documentos/tab_bras_de_comp_de_alim_doc.pdf |3=Tabela Brasileira de Composição de Alimentos |4=em [[Ministério da Saúde do Brasil]]. Acessado em [[13 de fevereiro]] de [[2008]].}}
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* {{Link||2=http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/06/30/materia.2006-06-30.3213318166/view |3=Tabela de alimentos traz valor nutricional de 454 produtos da culinária brasileira |4=em [http://www.agenciabrasil.gov.br/ Agência Brasil]. Acessado em [[13 de fevereiro]] de [[2008]].}}

Revisão das 23h58min de 16 de abril de 2015

Salgadinhos Cheetos em porção moderada.

Junk food ("comida lixo", numa tradução literal do inglês), também coloquialmente, "porcaria" ou "besteira", é uma expressão pejorativa para "alimentos com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de nutrientes".[1] Acredita-se que a expressão tenha sido criada por Michael Jacobson, diretor do Center for Science in the Public Interest, em 1972.[2] Desde então, seu uso tornou-se disseminado.

A junk food contém freqüentemente altos níveis de gordura saturada, sal ou açúcar e numerosos aditivos alimentares tais como glutamato monossódico e tartrazina; ao mesmo tempo, é carente de proteínas, vitaminas e fibras dietéticas, entre outros atributos saudáveis. Popularizou-se entre os fabricantes porque é relativamente barata de produzir, possui prazo de validade prolongado e pode nem mesmo precisar de refrigeração (caso dos salgadinhos industrializados). Tem tornado-se popular em todo mundo porque é fácil de encontrar (supermercados, lojas de conveniência etc), requer um mínimo ou nenhum preparo antes do consumo, e pode exibir uma vasta gama de sabores. Mundialmente, o consumo de junk food tem sido associado à obesidade, doenças coronarianas, diabetes tipo 2, hipertensão e cáries. Há também preocupações quanto ao marketing direcionado para crianças.

Classificação

Hostess Twinkies.

O que constitui comida não saudável pode ser confuso e, de acordo com os críticos, sofre influências de classe, cultura e julgamento moral. No Brasil, por exemplo, fast food do tipo hambúrguer com batatas fritas fornecido por empresas como McDonald's, KFC, Burguer King e Pizza Hut são rotulados como junk food, enquanto que os mesmos produtos vendidos em estabelecimentos freqüentados pela elite, como o Joe & Leo's Burger, não são assim considerados, mesmo que freqüentemente possuam o mesmo conteúdo nutritivo ou até pior.[2] Alguns alimentos étnicos ou tradicionais altamente calóricos, tais como falafel, pakora, gyoza ou acarajé não são geralmente considerados como junk food, embora possuam escasso valor nutritivo e sejam ricos em gordura, já que são fritos em óleo. Outros alimentos, tais como arroz branco, batatas assadas e pão branco também não são considerados junk food a despeito de terem reduzido conteúdo nutritivo se comparados aos alimentos integrais. De modo semelhante, nos Estados Unidos da América os cereais matinais são tradicionalmente considerados saudáveis, mas podem conter altos níveis de açúcar, sal e gordura.[3]

Campanhas

Em todo o mundo, a junk food tem sido alvo de campanhas governamentais que visam restabelecer o consumo de alimentos saudáveis. Em 2006 no Reino Unido, após uma campanha publicitária estrelada pelo chef Jamie Oliver e sob a ameaça de ações legais por parte do National Heart Forum,[4] o Ofcom, órgão britânico responsável pela regulação da publicidade, iniciou uma consulta pública sobre o marketing direcionado à venda de alimentos e bebidas industrializados para crianças.[5] Como resultado, os anúncios destinados às crianças foram banidos dos horários de exibição de programas infantis.[6] A proibição incluiu o marketing usando celebridades, personagens de desenho animado e afirmações quanto à saúde e nutrição.

Ver também

Referências

  1. Afinal, o que é junk food? em Jornal Local. Acessado em 13 de fevereiro de 2008.
  2. a b O'Neill, Brendon (27 de novembro de 2006). «Is this what you call junk food?». BBC News. Consultado em 27 de novembro de 2006  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "BBC News 1" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  3. «Poor nutrition in cereals exposed». BBC News. 31 de março de 2004. Consultado em 28 de novembro de 2006 
  4. The Guardian (Felicity Lawrence) Heart campaigners drop case over junk food ad ban 22 de Junho de 2006
  5. Television advertising of food and drink products to children - Options for new restrictions
  6. «Junk food ad crackdown announced». BBC News. 17 de novembro de 2006. Consultado em 28 de novembro de 2006 

Ligações externas