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Revisão das 21h06min de 4 de junho de 2015

Margarida de Valois
Rainha da França
Rainha de Navarra
Duquesa de Vendôme

A rainha Margot.
Reinado 15891599
18 de agosto de 1572 - 17 de dezembro e 1599 (duquesa)
Consorte Henrique IV
Nascimento 14 de maio de 1553
  Saint-Germain-en-Laye
Morte 27 de março de 1615 (61 anos)
  Paris, França
Sepultado em Basílica de Saint-Denis, Ilha-de-França
Nome completo Marguerite de Valois
Casa Valois(por nascimento)
Bourbon(por casamento)
Pai Henrique II
Mãe Catarina de Médicis

Margarida de Valois (em francês: Marguerite de Valois), (14 de maio de 1553 - 27 de março de 1615), conhecida como Rainha Margot, foi uma filha da França, que tornou-se esposa de Henrique IV, rei da França, vindo a tornar-se, portanto, rainha da França.

Três de seus irmãos se tornariam reis da França, Francisco II, Carlos IX e Henrique III.

Infância

Margarida quando jovem, por François Clouet.


Margarida nasceu em 14 de maio de 1553, no Château de Saint-Germain-en-Laye; foi a sexta criança e a terceira filha de Henrique II e Catarina de Médici. Seus irmãos a apelidaram de Margot. Três de seus irmãos se tornariam reis da França: Francisco II, Carlos IX e Henrique III. Sua irmã, Isabel de Valois, viria a ser a terceira esposa do rei Felipe II de Espanha.

Teve pouco contato com o pai que morreu em 1559, e sua relação com a mãe era fria e distante o que imprimiu nela um sentimento de admiração e medo. Quando Carlos IX ascendeu ao trono em 1560, Margarida foi levada para a corte junto com seus irmãos mais velhos e o jovem Henrique de Navarra.

Casamento

No final de 1560, Catarina de Médicis tentou casá-la com o filho de Felipe II de Espanha, o Infante Carlos, mas não conseguiu. Foram então iniciadas negociações, conduzidas pelo diplomata Jean Nicot para casá-la com o rei português D. Sebastião, mas também não se obteve resultado.

Henrique III de Navarra e Margarida de Valois

Em 1572 casa com o jovem líder do Partido Protestante, Henrique de Navarra; esta união poderia, supostamente, determinar a reconciliação entre católicos e protestantes que se estavam enfrentando na Terceira Guerra de Religião.

As negociações são iniciadas entre Catarina de Médicis e Joana D'Albret, mãe de Henrique, rainha de Navarra e defensora ferrenha dos huguenotes. As negociações foram longas e difíceis. Joana D'Albret exige a conversão de Margarida ao protestantismo, mas esta não cede a sua exigência. No fim Joana acaba dando consentimento para o casamento em troca de um considerável dote pago por sua nora. A rainha Joana faleceu pouco tempo depois, e Henrique tornou-se o novo rei de Navarra. Margarida, obrigada por seu irmão, Carlos IX de França, e por sua mãe, casa-se a contragosto com o soberano que considerava um herege de um reino residual.

Sem esperar a dispensa pontifical requerida, dada a diferença de religião, a união tem lugar em 24 de agosto de 1572. Entretanto, a pretendida reconciliação entre católicos e protestantes revelou-se uma farsa quando, coordenada pela Rainha Mãe, Catarina de Médicis (quem realmente detinha o poder), desencadeou-se uma ação que resultou no assassinato de líderes protestantes e um verdadeiro massacre dos huguenotes que se haviam reunido em Paris para a festa. Esse episódio ficou conhecido como "A Noite de São Bartolomeu", por haver ocorrido no dia dedicado ao santo católico.

A Noite de São Bartolomeu e o início das intrigas

A tranquilidade entre católicos e protestantes dura pouco. Em 24 de agosto, ocorre a Noite de São Bartolomeu, na qual os protestantes foram massacrados, inclusive no interior do Palácio do Louvre (Um homem gravemente ferido se refugia no quarto de Margarida). Henrique então decide converter-se ao catolicismo para salvar sua vida. Por ter sido próximo da Noite de são Bartolomeu, o casamento, de Margarida e Henrique, ficou conhecido como Casamento Vermelho.

Em 1574, quando Carlos IX morreu, protestantes e católicos moderados (chamados de "descontentes") exigem a contenção do Estado nos assuntos religiosos. Francisco de Alençon e Henrique de Navarra, preparam um plano para tomar o poder, mas falham e seus dois cúmplices foram presos e decapitados. Um deles era José de La Molle, suposto amante de Margarida.

Libertados, mas sob a vigilância da corte, Alençon em 1575 e Henrique, em 1576, finalmente conseguem fugir da corte.

Henrique não avisa a esposa de sua fuga e as relações entre ambos os cônjuges ficam seriamente danificadas, especialmente por causa das intrigas da amante de Henrique, Charlotte de Sauvé, dama de honra de Catarina de Médici. Charlotte também causou discórdia entre Francisco de Alençon e Henrique de Navarra, ambos amantes de Charlotte. Margarida teve muito trabalho para reconciliá-los. Este episódio deixou claro que o casamento de Henrique de Navarra e Margarida de Valois era cheio de infidelidades, mas solidamente unido em assuntos políticos. Na verdade, Henrique apenas se relaciona com sua esposa quando ela é útil aos seus interesses, outro tipo de relacionamento é inexistente.

Após a fuga de seu irmão e de seu marido, Margarida fica retida no Palácio do Louvre e vigiada por dois guardas, porque o novo rei, seu irmão Henrique III de França, acredita que ela é cúmplice dos dois. Alençon - que se juntou aos huguenotes - faz frente ao rei e rejeita qualquer negociação enquanto sua irmã não for libertada. Margarida é liberada, e medeia, junto com sua mãe, as reuniões tentando acordar a reconciliação. As reuniões terminam com a elaboração de um texto extremamente vantajoso para os protestantes e para Alençon: o Édito de Beaulieu.

Durante os conflitos, Margarida se reconcilia com seu marido, e Henrique exige que sua esposa seja enviada para a Navarra, mas Catarina de Médici e Henrique III se opõem a ele. Eles temiam que Margarida virasse refém dos huguenotes, ou servisse como um reforço para a aliança de Francisco de Alençon e Henrique de Navarra.

A desastrosa viagem aos Países Baixos

Em 1577, quando a guerra civil começa a esfriar, Margarida - dividida entre a lealdade devida ao marido e ao irmão - solicita a autorização para viajar, em nome do seu irmão mais novo, Francisco de Alençon, ao sul da Holanda. Os flamengos, que se revoltaram em 1576 contra o domínio espanhol, pareciam dispostos a oferecer um trono a um príncipe tolerante e disposto a contribuir com o apoio diplomático e militar necessário para alcançar a independência. Henrique III finalmente aprovou a viagem que, por sua vez, deu-lhe a oportunidade de se livrar do irmão.

No verão, tendo como pretexto curar-se em um Spa, Margarida começa sua viagem. Durante dois meses cumpre sua missão. Em cada uma de suas paradas aproveita a oportunidade para interagir com os nobres hostis à Espanha e para destacar os méritos de seu irmão, tentando convencê-los das vantagens de torná-lo Príncipe. Margarida fez amizade com o governador da Holanda, D. Juan de Áustria, vencedor da histórica Batalha de Lepanto, com quem manteve uma relação cordial. Mas Margarida se interessava mais pelas festas que pelas realidades políticas locais. Seu retorno para a França apresentou algumas dificuldades, pois o país estava em plena insurreição, e Margarida temia ser feita refém pelas tropas espanholas. Embora ela tenha feito alguns contatos úteis, Alençon não soube fazer uso deles.

Na cultura popular


Ancestrais


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Precedido por:
Antônio I
Rainha de Navarra

18 de agosto de 157217 de dezembro de 1599
Sucedido por:
Maria de Médici
Precedido por:
Luísa de Lorena-Vaudémont
Rainha da França

2 de agosto de 158917 de dezembro de 1599
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