Partido Democrata Cristão (1945): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
Linha 1: Linha 1:
{{minidesambig|o partido recriado em 1985 e extinto em 1993 para formar o PPR|Partido Democrata Cristão (1985-1993)}}
{{minidesambig|o partido recriado em 1985 e extinto em 1993 para formar o PPR|Partido Democrata Cristão (1985–1993)}}
{{Info/Partido Político do Brasil
{{Info/Partido Político do Brasil
|nome_partido = Partido Democrata Cristão (1945-1965)
|nome_partido = Partido Democrata Cristão (1945–1965)
|logo_partido =
|logo_partido =
|presidente =
|presidente =

Revisão das 13h04min de 13 de julho de 2015

 Nota: Se procura o partido recriado em 1985 e extinto em 1993 para formar o PPR, veja Partido Democrata Cristão (1985–1993).
Partido Democrata Cristão (1945–1965)
Fundação 1945
Ideologia Democracia cristã

O Partido Democrata Cristão (PDC) foi fundado em São Paulo pelo professor da USP Antonio Ferreira Cesarino Júnior em 9 de julho de 1945, Teatro Municipal. Teve expressão eleitoral média e filiados ilustres como Queirós Filho, Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto, André Franco Montoro, Plínio de Arruda Sampaio e o ex-presidente Jânio Quadros, tendo sido extinto pelo Regime Militar de 1964, por meio do Ato Institucional Número Dois - o AI-2, de 27 de outubro de 1965.

Fundado sob os princípios da democracia cristã, notadamente em sua versão italiana (que passou a governar o país após o fim do fascismo), liderados pelo premier De Gasperi, e na versão alemã liderado por Konrad Adenauer, era um partido conservador moderado, de oposição ao getulismo, com majoritária expressão em São Paulo e sem grande impulso nas demais unidades da federação. Ganhou tal força regional graças à liderança populista de Jânio Quadros, que em 1953 se elegeu prefeito da capital paulista pelo PDC (tendo sido expulso pouco tempo depois por divergências com a cúpula partidária). Governou São Paulo por quatro anos (1959 a 1963, com Carvalho Pinto). Suas mais frequentes alianças eram com a União Democrática Nacional e o seu principal rival nas urnas era o Partido Social Progressista, comandado por Adhemar de Barros. O PDC conseguia seus melhores resultados na capital paulista, ao passo que o PSP era dominante no interior.

Militaram no PDC políticos como o paranaense Ney Braga, Plinio de Arruda Sampaio, Alvaro Valle, José Richa, Nelson Marchesan, e outros, que se destacaram no período posterior ao da ditadura militar após 1964; Em 1960, o PDC elegeu o prefeito de Porto Alegre, Loureiro da Rocha, derrotando o PTB. O PDC centrista sempre teve representação na Câmara dos Deputados, no período 1945-65, até sua dissolução pelo AI-2.

Foi refundado em julho de 1985, pelo médico carioca Jorge Coelho de Sá, logo após a restauração do poder aos civis, tendo disputado todas as eleições regularmente, até ser fundido ao Partido Democrático Social (PDS) para formar o Partido Progressista Reformador (PPR) em 1993, depois renomeado Partido Progressista Brasileiro (PPB) resultado de outra fusão com o Partido Progressista liderado por Álvaro Dias. Afinal, mudou esta sigla para o atual Partido Progressista (PP). Disputou as eleições constituinte de 1986, quando elegeu cinco deputados federais e de 1990 quando elegeu dois senadores e vinte e dois deputados federais. O curioso é que o maior lastro eleitoral do partido veio do estado de Goiás resultado da liderança política do então deputado federal José Wilson Siqueira Campos, tanto que dos cinco deputados federais eleitos em 1986 três vieram das urnas goianas. O domínio de Siqueira Campos nas urnas foi confirmado em 1988 quando este foi eleito governador do recém-criado estado do Tocantins e consigo elegeu os senadores Antônio Luís Maia e Moisés Abrão.

Destaque-se que o grupo original de fundadores do novo PDC desligou-se em 1989, para formar o PDC do B, de duração efêmera.

A influência de Siqueira junto ao corpo partidário foi confirmada dois anos mais tarde quando o PDC elegeu quatro deputados federais em Tocantins e mais quatro em Goiás, ou seja, mais de um terço da bancada democrata-cristã veio de áreas sob a sua influência política. Ainda em 1990 foram eleitos pela legenda os senadores Amazonino Mendes pelo Amazonas e Epitácio Cafeteira pelo Maranhão, que haviam sido eleitos governadores de seus respectivos estados pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) quatro anos antes. Em convenção nacional realizada a 4 de abril de 1993, os filiados ao PDC decidiram pela fusão com o PDS, para formar o PPR, que nasceu com uma bancada de dez senadores e setenta e nove deputados federais, depois transformado no atual Partido Progressista.

Um grupo dissidente, ligado ao ex deputado constituinte de SP, José Maria Eymael, fundou o PSDC, reclamando seu vínculo direto com a democracia cristã.

A Democracia Cristã foi extremamente ativa nas décadas de 60 a 80 na América Latina com partidos organizados em dezenas de países como a Guatemala (DCG), Honduras (PDCH), Nicarágua (PSC), El Salvador (PDC), Panamá (PDC), Argentina (PDC), Paraguai (PDC), Uruguai (PDC, integrante da Frente Ampla), Bolívia (PDC), Venezuela (COPEI). Com maior sucesso, foi fundado no Chile um Partido Democrata Cristão (PDC) na década de 60, que continua ativo e elegeu diversos Presidentes, sempre pelo voto direto.

Fontes de pesquisa

  • ALAMANAQUE ABRIL 1986. 13ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1986.
  • ALAMANAQUE ABRIL 1994. 21ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1994.

Ligações externas

Ícone de esboço Este artigo sobre política ou um(a) cientista político(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.