Glorinha: diferenças entre revisões
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Revisão das 21h31min de 27 de setembro de 2015
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | glorinhense | ||
Localização | |||
Localização de Glorinha no Rio Grande do Sul | |||
Localização de Glorinha no Brasil | |||
Mapa de Glorinha | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Sul | ||
Região metropolitana | Porto Alegre | ||
Municípios limítrofes | Viamão, Taquara, Santo Antônio da Patrulha e Gravataí | ||
Distância até a capital | 44 km | ||
História | |||
Fundação | 4 de maio de 1988 (35 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Renato Ribeiro (PMDB, 2013 – 2016) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 323,641 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 15 340 hab. | ||
Densidade | 47,4 hab./km² | ||
Clima | temperado/subtropical | ||
Altitude | 54 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,785 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 219 687,227 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 29 832,59 |
Glorinha é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.
História
1906: A CAPELA DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA ABENÇOA O NASCIMENTO DE UMA POVOAÇÃO
Em 1834, o Município de Gravataí Região Metropolitana de Porto Alegre - dividia-se em três distritos: Costa de Sapucaia, Freguesia da Aldeia dos Anjos e Passo Grande, mais tarde também conhecido como Rua da Glória. Nas laterais dessa "rua" - em verdade, uma estradinha ainda com traçado bastante primitivo, formava-se uma pequena vila, habitada por agricultores e pecuaristas, em sua maioria descendente de colonos portugueses.
Este singelo núcleo de moradores movimentava-se num cenário composto por meia dezena de casas de comércio (açougue, armazém de secos e molhados, quitandas com frutas e verduras, etc.), um clube recreativo, uma escola e uma primeira Capela Católica, construída pelos próprios colonos, onde, aos fins de semana, assistiam às missa e celebravam festas religiosas. Em 1906, essa capelinha original é praticamente reconstruída e batizada como Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória, com o Distrito de Passo Grande experimentando avanços importantes no seu desenvolvimento, pois por ali cruzava a estrada que era o único elo de acesso entre a Capital e o Litoral Norte, passagem obrigatória para os ousados "veranistas" que faziam sua longa viagem a caminho das praias. A Rua da Glória também era rota tradicional de tropeiros, caixeiros-viajantes e carreteiros, que aproveitavam a sombra de inúmeras figueiras - às época já centenárias e comuns na região- para o seu descanso e pernoite, criando uma aconchegante e movimentada pousada ao ar livre.
PASSO GRANDE - RUA DA GLÓRIA - VILA DA GLORINHA - NOSSA SENHORA DA GLORINHA
Por volta de 1910, a povoação começou ser corriqueira e carinhosamente identificada como a Vila da Glorinha - o nome de sua Santa Padroeira passa, de modo curioso, a representar, ao mesmo tempo, a denominação do próprio vilarejo: Nossa Senhora da Glorinha. E é como Glorinha que logo depois transforma-se em Distrito, subordinado administrativamente às Prefeitura de Gravataí. Seu território já abriga outras etnias, além dos pioneiros portugueses/açorianos, dos contingentes de negros libertos da escravidão e dos descendentes de índios missionados que por ali viviam: são os alemães e italianos, cuja característica habilidade para a agricultura e a pecuária gera resultados muito produtivos, como a acentuada cultura da mandioca, que chegou a ser, por várias décadas, a principal riqueza da economia da região. A fabricação dos derivados da mandioca disputava espaço com outras indústrias caseiras, como os engenhos de cana-de-açúcar e alambiques.
Aos poucos, os alemães diversificaram suas atividades, instalando serrarias, selarias, sapatarias, ferrarias, e melhorando a agricultura de subsistência, do que se originou, por parte das outras etnias, uma forte assimilação quanto ao modo de trabalhar e de desenvolver uma rica gastronomia típica. No início do século XX, edificou-se a Capela Evangélica de Confissão Luterana, na localidade de Rincão de São João e,em 1932, a Capela Nossa Senhora da Glória foi, finalmente, elevada às categoria de Matriz. Em 1936, a pioneira estrada de chão batido que cortava a Vila da Glorinha desde os tempos em que era chamada Passo Grande, é inaugurada como a primeira via asfaltada do Estado - a RS-030. A partir da primeira década de 1960, com a diversificação gradual da economia brasileira, Glorinha passou a ser a mais importante bacia leiteira do Rio Grande do Sul, com o leite e seus derivados despontando e consolidando-se como principal fonte de riqueza do Distrito, ao lado da comercialização de produtos derivados do leite de cabra, engenhos de arroz, atafonas, atividade agrícola desde hortifrutigranjeiros - cultivados em estufa - às piscicultura e às pecuária de corte, somando-se a emergentes indústrias de lacticínios e ao grande potencial natural da região, próprio para o desenvolvimento do turismo rural e ecológico.
TEMPOS DIFÍCEIS PARA O DISTRITO DE GLORINHA
Toda esta pujança no entanto, pouco representava em retorno para o progresso específico do Distrito, distante de sua sede, Gravataí.
Em 1972, com a construção da auto-estrada BR-290 (a primeira freeway do país, ligando Porto Alegre a Osório em sentidos expressos, os antigos viajantes da Rua da Glória - depois a estadual RS-030 - mudaram de trajeto e Glorinha ficou como que esquecida, sofrendo um impacto negativo em seu mercado de serviços e na comercialização dos produtos típicos gerados por centenas de pequenos trabalhadores rurais da região. Este período recessivo é ainda mais agravado pelo crescimento vertiginoso da região metropolitana, com Gravataí - chamado então de município-mãe de Glorinha - tornando-se tipicamente urbano e investindo em políticas administrativas voltadas para uma industrialização frenética, em detrimento de sua zona rural, desprezada em atenção e recursos. Foi exatamente este impasse, estabelecido em pleno início da primeira década de 1980 entre a população e as inquietas lideranças do cada vez mais empobrecido Distrito de Glorinha, que provocou a centelha de um sonho de "independência", a busca ansiada da autodeterminação, a construção do próprio caminho e a decisão de um futuro mais digno. A nascente palavra-de-ordem tinha um significado e peso mais do que absoluto: EMANCIPAÇÃO! Esta conquista histórica aconteceu em 4 de maio de 1988. Pela Lei n° 8590, assinada pelo então governador Pedro Simon, nascia o Município de Glorinha, hoje um dos mais prósperos do Estado do Rio Grande do Sul.
Geografia
Pertence à Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre e à Microrregião Porto Alegre. É um município que conta com as águas dos rios Gravataí e dos Sinos.
O município apresentou o segundo maior crescimento do PIB entre os municípios gaúchos (1996-2006), com taxas de 1.583,32%.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010