Conclave de 1621: diferenças entre revisões

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Revisão das 12h56min de 11 de novembro de 2015

Conclave de 1621
Conclave de 1621
Papa Gregório XV
Data e localização
Pessoas-chave
Decano Antonmaria Sauli
Eleição
Eleito Papa Gregório XV (Alessandro Ludovisi)
Cronologia
Conclave de maio de 1605
Conclave de 1623

O conclave de 1621 seguiu-se à morte do Papa Paulo V em 28 de janeiro de 1621 e levou à escolha do cardeal Alessandro Ludovisi como papa, tomando o nome de Gregório XV.

Descrição

Houve três facções principais no Colégio Cardinalício, com os cardeais-sobrinhos dos papas falecidos como líderes[1]:

  • "Partido" dos Borghese – a facção do Cardeal Borghese, sobrinho de Paulo V. Agrupou 29 cardeais criados por este pontífice.

Três cardeais de famílias italianas (d'Este, Medici e Sforza) não se incluíram em nenhuma destas facções.

O cardeal-infante de Espanha (Fernando de Áustria) não era eleitor porque apenas tinha 12 anos[2]:

Cria-se em geral que o próximo papa seria o candidato escolhido pelo cardeal Borghese, porque era a pessoa mais influente no Colégio. Quis eleger o seu amigo cardeal Campori, e mesmo antes de o conclave se iniciar já tinha obtido 24 declarações em seu favor. Embora Campori tivesse dois oponentes de peso (a República de Veneza e o cardeal Orsini), Borghese estava seguro que seria capaz de conseguir a eleição no primeiro dia de votação, por aclamação.[1].

Aldobrandini e Montalto, formalmente líderes das facções, não puderam ter nenhum papel significativo durante o conclave. Aldobrandini estava gravemente doente na altura e morreu no dia seguinte à eleição do papa. Nesta situação a real liderança dos cardeais anti-Borghese foi para Alessandro Orsini, oponente à candidatura de Campori[3].

A eleição de Gregório XV

O conclave começou na tarde de 8 de fevereiro. No dia seguinte, o cardeal Borghese tentou eleger Campori por aclamação mas não o conseguiu porque muitos dos seus amigos mudaram de opinião e alinharam-se com Orsini, que já tinha o apoio de França contra Campori. Face a tal forte oposição, Campori retirou a candidatura[1][3].

No escrutínio (o único no conclave), o maior número de votos (15) foi para o cardeal jesuíta Roberto Bellarmino[1], que já tinha declarado no conclave de maio de 1605 que não aceitaria a dignidade papal no caso de ser eleito. Com 78 anos de idade, Bellarmino manteve a sua posição[4].

No resto do dia os cardeais mais influentes - Borghese, Orsini, Zapata, Capponi, d'Este e Medici - procuraram uma candidatura de compromisso[1]. A eleição do cardeal Bourbon del Monte foi proposta mas a Espanha rejeitou-o[5]. Finalmente, os líderes das facções concordaram em eleger o idoso e doente cardeal Alessandro Ludovisi, de Bolonha, ideal para um pontificado temporário.

Referências